Ela retirou a katana fazendo o corpo cair no chão morto. Ela suspirou e olhou ao redor algumas coisas se mantinham de pé, mas quase tudo estava destruído. Ela olhou o líder que tinha sua filha menor no colo e a outra ao seu lado. Sakura se aproximou do líder e fez uma breve reverencia, como símbolo de respeito.

— Eu e meu vilarejo iremos abrigar pessoas que não podem lutar como os civis. Nós os manteremos a salvo da guerra que se iniciou- a rosada falou

O líder assentiu e olhou para suas filhas.

— Não verei problema se os Hyuugas se juntarem a nós sendo ou não guerreiros.

— Decidiremos isso na fogueira ao anoitecer – ele avisou.

— Apenas aviso que partirei cedo amanha.

Ele assentiu e se encaminhou para o lugar menos destruído do castelo, depois de falar:

— Se puder nos ajudar até lá.

A rosada olhou em volta e suspirou. Resolveu por enfaixar o corte em seu braço esquerdo antes de qualquer coisa. Olhou para Neji confirmando que ele estava bem e após constatar que sim, se direcionou para a tenda onde os feridos estavam indo...

Assim que o sol se pôs todos já estavam bem e ajudando a reerguer as casas danificadas. Sakura estava pegando suas flechas dos corpos, estava distante do pequeno acampamento improvisado. Adentrou a floresta e se abaixou para pegar sua última flecha. Levantou-se quando ouviu um barulho nas arvores, viu um vulto e colocou a mão na katana.

No mesmo instante sentiu uma mão sobre a sua. Olhou para trás vendo um homem albino segurando uma kunai apontada para o pescoço da rosada que segurava a kunai com sua mão livre. Ouviu a risada do albino.

— Sakura é feio erguer a arma para um amigo – o albino falou.

— O que veio fazer aqui Orochimaru? – ela falou fria.

— Eu te dei um presente e você me trata assim?! – ele fingiu estar ofendido.

— Você quase me matou – ela falou.

— Foi por uma causa maior – ele respondeu.

— Diga logo o que quer – ela falou grossa.

— Apenas vim ver como anda sua marca – ele falou.

Uma cobra saiu da manga de suas vestes e a cobra se enrolou em Sakura prendendo seus braços. Sakura sabia que cada vez que se mexesse mais a cobra a apertaria. Tentou pensar em algo, mas assim que sentiu os dedos frios do albino tocar sua pele, se arrepiou e todos seus pensamentos foram embora.

Desesperou-se ao o sentir abaixar a blusa descobrindo a marca de uma flor azul quase negra. Sentiu a cobra lhe apertar e sua visão embaçar assim que ele tocou a marca. Seus joelhos cederam e Sakura sentiu a grama abaixo deles.

Uma dor lhe invadiu quando ele começou a girar o dedo em volta da marca. Orochimaru tampou a boca dela no primeiro sinal que ela gritaria. A cobra a soltou aos poucos e Sakura tentou tirar a mão do homem de sua boca, mas já estava fraca.

Ele parou de girar o dedo pela marca e se ajoelhou puxando a rosada mais para si.

— Isso ajudara nos planos quando nós precisarmos de você.

Sakura arregalou os olhos ao entender.

— Acho melhor ficar quieta sobre minha visita ou serei obrigado a machucar alguém – ele falou maldosamente.

A cobra chiou e ele por fim jogou o corpo da rosada para o lado e desapareceu dali. Sakura assim que a dor diminuirá para um nível que ela aguentasse, ela se levantou e voltou para o acampamento. Sentou em um lugar livre vendo o líder começar seu discurso o qual ela não prestou uma atenção.

Assim que ele lhe deu a fala ela se levantou e olhou para todos antes de começar.

— Convido a todos a se juntar a Konoha. Estamos pedindo aos civis principalmente que nos acompanhem. Nossas equipes se responsabilizarão pela segurança do pequeno vilarejo que montamos em uma floresta, temos tuneis que foram construídos para evacuações rápidas dos civis quando a área apresentar perigo.

Ela respirou fundo antes de continuar.

— A ajuda de todos é bem-vinda e os guerreiros que puderem se juntar para ajudar na patrulha também serão bem recebidos – a rosada concluiu- Quem estiver interessado esteja no portão de entrada um pouco antes do nascer do sol amanhã, partiremos assim que ele aparecer.

Cochichos se espalharam entre todos. Sakura se retirou para a tenda que ficaria apenas naquela noite. Dormiu rapidamente por causa do cansaço. Acordou sentando rápido, estava suada e ofegante por causa dos diversos trechos de memórias que passaram enquanto ela dormia. Levantou-se e tomou banho pegando suas coisas que deixara organizada antes de dormir.

Dirigiu-se ao portão onde viu ao longe duas equipes de Konoha se aproximando. Logo pessoas começaram a se aglomerar nos portões. Sakura ouvia as estratégias de Shikamaru enquanto olhava para o céu. Quando o sol nasceu ela se levantou e estava pronta para ir quando ouviu o líder lhe chamar e se aproximar com suas filhas.

— Elas ficarão mais seguras com você – ele falou entregando Hanabi, a menor, que dormia com o dedo na boca tranquilamente.

Sakura assentiu e sorriu para o líder. O agradeceu e pegou caminho para Konoha com Hanabi em suas costas, ainda dormindo.

...

Chegaram a Konoha por volta de meio-dia, os civis seguiram para os tuneis para se juntarem aos outros. Sakura seguiu com os guerreiros Hyuugas para a academia onde seriam divididos entre os times. Sakura foi para sua casa e parou ao ver alguém dentro da casa. Respirou fundo e entrou olhou ao redor e não viu mais nada. Suspirou.

Sakura

Parei na frente de casa achando ter visto Sasuke lá dentro. Organizei minhas coisas e logo sai para ver como andava as pesquisas de meu irmão. Cheguei à ala de pesquisas e procurei meu irmão não o encontrando. Virei e vi-o sorrindo enquanto vinha em minha direção. Por um momento fui para o passado revendo tudo que ele fez por mim.

— Sakura? – ele me acordou do transe.

O abracei forte tive medo de algo ter acontecido a ele.

— E então? – perguntei.

— Ainda estamos tentando, estava te esperando para tentar algo – ele me guiou até uma maca que tinha um dos vampiros modificados do ataque.

O encarei e ele sorriu como se me encorajasse.

—Confie em você mesma, tenho certeza que dessa vez você consegui – ele falou.

Assenti e olhei para o homem. Daisuke pegou em minha mão direita e a guiou até a cabeça do homem.

— Estarei aqui ao seu lado – ele falou foi à última coisa que ouvi antes de ir para um corredor escuro.

Olhei ao redor vendo vários homens em celas entrei em um quarto onde várias pessoas estavam sentadas amarradas. Várias pessoas aplicavam algo nos homens amarrados, várias marcas se espalharam e se agruparam na base do pescoço dos homens que foram levados para as celas. Vi mais ao fundo a figura de Madara jogar Sasuke no chão tentei ouvir o que diziam, mas tudo começou a ficar borrado.

Ouvi a voz do meu irmão falando com alguém, ele pediu ajuda e me encarou ficando aliviado e dispensando os outros que voltaram a fazer seus afazeres.

— Como foi? – ele perguntou.

— Eles estão montando um exército – respondi – Eu tenho que voltar para lá – falei – Por que me tirou de lá?! – perguntei.

— Você começou a se agitar e eu me preocupei pensei que você estava tentando voltar e não conseguia.

Suspirei notando que estávamos ajoelhados no chão meu irmão tinha os braços me envolvendo em um abraço. Levantei-me junto a ele que me encarou.

— Você ficou muito tempo lá, acho melhor amanhã tentarmos novamente.

— Dai eu... – ele negou e eu me calei olhando para baixo.

— Apenas descanse – ele falou.

Assenti e sai dali olhando o chão. O que Madara fez com Sasuke?

...

Acordei com a porta de meu quarto se abrindo Daisuke entrou e se sentou na beirada da cama.

— Fiquei preocupado quando você foi para lá. Liberei suas lembranças então elas podem voltar a qualquer momento. Isso poderia acontecer em uma luta.

Ele suspirou, escondia algo como sempre.

— O que aconteceu? – perguntei.

— Seu colar brilhou quando você estava na mente daquele homem. Seus joelhos cederam e mesmo sem contato físico você não perdeu a conexão.

— Quanto tempo fiquei lá?

— 01 hora.

Abaixei o olhar.

— O que você viu? – ele perguntou.

— Eles estavam colocando marcas em vários vampiros – falei.

Ele me abraçou sabendo o quanto aquilo machucava. Deixei o choro vir sendo ninada por ele. Quando me acalmei olhei nos olhos dele que estavam no meu pescoço. Coloquei a mão em cima desviando o olhar.

— Deveria estar negra e não azul, a barreira não está funcionando? – ele perguntou.

Não o respondi e ele me encarou sério.

— Sakura o que aconteceu? - ele me perguntou.

Neguei a ele que tentou me segurar, ele tentaria descobrir mesmo que fosse a força. Desci da cama mantendo distância.

— Eu não quero lhe machucar, Sakura – ele falou.

Tentei correr até a porta, mas ele me jogou na parede antes disso acontecer. Seu peso estava sobre mim.

— Daisuke – pedi e ele sabia que não usava seu nome muitas vezes, apenas quando estava brava.

Ele segurou meu rosto e começou a adentrar minha mente, a marca começara a arder e senti o chão abaixo de mim. Empurrei Daisuke e sai correndo pela porta da sacada. Parei ao chegar a um rio, sentei me escorando em uma arvore. Ouvi passos pelas arvores, tentei ver algo, mas estava tudo borrado.

— Olha que sorte nós tivemos, encontramos a princesa Haruno fraca, sem condições de lutar – eles riram.

Um deles puxou meu rosto para cima.

— O que foi? - ele riu novamente.

Orochimaru deveria ter planejado isso.

Sasuke

Estava perto de um rio onde pegava água para voltar a minha viajem. Vi um ponto rosa com vários homens ao redor. Levantei e parei em uma arvore próxima dali. Era Sakura, mas por que ela não estava se defendendo? Uma mão dela estava na base de seu pescoço na parte esquerda a outra segurava a mão do homem que estava em seu rosto. Afastei os homens de perto dela e eles saíram correndo. Ela estava encostada a uma arvore, me encarava com medo me aproximei e ela se apertou mais contra a arvore.

— Fique longe.

Ela pediu. Vi um homem descer de uma arvore com um sorriso por vê-la naquele estado.

— Disse para não falar de nosso encontro, cerejeira – ele disse.

O homem parecia ignorar minha presença.

— Não me importa se seu irmão pode ler sua mente.

— O que você quer comigo, já não foi suficiente o que você fez?

O homem se aproximou e Sakura apertou a base de seu pescoço e se contorceu. Corri até o homem e tentei acertar um soco. Ele se defendeu e me jogou no chão.

— Não se intrometa você ainda tem muito que aprender – ele falou me encarando.