A magia de Nárnia

Capitulo 19- Nos seus braços


Chegaram no castelo ao cair da noite, assim que adentraram o palácio Telanie veio em direção a garota a abraçando forte e depois olhou para o seu rosto.

–Minha querida que susto você nos deu.

–Bom agora não precisa mais se preocupar, eu estou bem.-Falava ela com seu habitual sorriso meigo.

–Graças a Aslam.-Disse ela.-Você parece cansada é melhor subir e dormir um pouco, todos vocês.

–Tem razão Telanie, eu nem sei como estou me aguentando de pé.-Confessou Edmundo.

–Boa noite Telanie.-Disse Nêssa docemente.

–Boa noite majestades.

Todos subiram para o andar de cima, e foram cada um para o seu quarto, Nêssa tomou um banho e colocou uma confortável camisola branca, queria dormir para esquecer do que passou naquele dia, estava escovando seus cabelos, quase pronta para dormir quando ouviu batidas em sua porta.

–Pode entrar.-Disse ela colocando a escova sobre a penteadeira e vendo pelo espelho Caspian entrar no quarto e fechar a porta.

–Espero não ter te acordado?-Disse ele olhando pra ela que se levantou e parou diante dele.

–Não, eu estava me preparando para ir pra cama.

–Eu só vim te desejar boa noite.

–Boa noite.-Respondeu ela, Caspian a olhou com súplica e a contra gosto virou-se para abandonar o quarto.

–Sabe... -Começou ela o fazendo voltar e encará-la.- Teve um momento lá na Calormania, que o despresivel do Rabadash me beijou.-Confessou ela.

–Aé?-Caspian não conseguiu esconder o ciúme.

–Eu detestei, foi o meu primeiro beijo, eu jamais imaginaria que seria com alguém que tivesse acabado de me seqüestrar.-Caspian ouvia a tudo em silêncio.-E aí eu lembrei do nosso quase primeiro beijo.- Agora ambos riram tímidos.-Que foi interrompido por uma queima de fogos de artifício.

–Momento inapropriado.-Riu ele passando as mãos pelos cabelos para tentar esconder a timidez.

–Muito.-Concordou ela.- Mas o fato é que eu queria saber como é um beijo real.... de amor.-Ela caminhou em direção a ele e parou a centimetros o fitando nos olhos.

–Eu esperei tanto por isso.-Confessou o jovem telmarino.

Ela colocou suas mãos envolta do pescoço dele e ficou na ponta dos pés para igualar suas alturas, Caspian colocou seus braços envolta da fina cintura dela colando seus corpos um ao outro, e foram se aproximando aos poucos , quando seus lábios estavam quase se tocando ela fechou os olhos esperando pelo toque dele, e finalmente os lábios se encontraram num beijo terno e calmo, Caspian queria sentir o calor dos lábio dela que estavam tremulos, deu pequenos beijos nos lábios da amada e depois foi escorregando lentamente sua língua para dentro da boca dela, os lábios dela estavam úmidos e facilitou a passagem, logo o beijo calmo deu lugar a um beijo quente e apaixonado, Caspian subiu suas mãos para os cabelos negros dela e a moça fez o mesmo com ele.

Eles pareciam que háviam esquecido que precisavam de ar, Nêssa não conseguia explicar oque sentia, cada investida mais profunda da língua de Caspian em sua boca a fazia ir aos céus, sentia-se flutuando na mais alta nuvem, esqueceram o mundo a sua volta e se entregaram aquele tão esperado beijo.

Mesmo não querendo se separar seus pulmões já reclamavam por ar então quebraram o beijo e ficaram se olhando por alguns minutos, até que Nêssa deu um demorado selinho nos lábios vermelhos do rapaz que fechou os olhos para apreciar melhor aquele momento, após isso a moça se afastou devagar dele que se mantinha estatico no mesmo lugar apenas a olhando, Nêssa estava corada, não imaginava que teria coragem para beijá-lo, Caspian sorriu para ela que retribuiu, assim ele tomou a mão dela na sua e beijou delicadamente.

–Boa noite Nêssa.

–Boa noite Caspian.

Assim que o rei deixou o quarto da moça ela se jogou sobre a cama, com certeza sonharia com aquele beijo por muitas noite ainda, com este pensamento e um sorrisinho bobo nos lábios ela adormeceu.

No mundo da garota ainda não faziam dezenove horas que ela hávia desparecido, seu pai já estava desesperado, então num impulso, pegou as chaves do carro e se direcionou a porta.

–Espera pai, aonde o senhor vai?-Perguntou o filho mais velho.

–Cansei de ficar esperando por uma ação da polícia, eu mesmo vou atrás da sua irmã....

–Mas onde, nem sabemos onde ela está?

–Eu procuro.-Ele saiu porta a fora com o casaco na mão e a chave na outra.

–Espera pai, eu vou com você!-Gritou o rapaz indo atrás do homem.

No dia seguinte em Nárnia, os reis e rainhas, incluindo Nêssa que era chamada assim também por boa parte dos narnianos, no inicio ela os lembrava de que não era uma rainha, tampouco uma princesa, mas com o tempo acabou se dando por vencida e se acostumou com o título, cavalgavam animadamente pelo bosque a procura do tal cervo branco.

–Tá legal, me diz de novo porque caçar o pobre animal?-Nêssa perguntava em meio a corrida.

–Diz a lenda que quem o capturar terá um desejo realizado.-Contou Susana também correndo com seu cavalo por entre as árvores do bosque.

–Opa então eu quero pegá-lo primeiro!-Disse ela fazendo seu cavalo de pelagem marrom correr com mais velocidade.

–Sinto muito minha querida, mas por uma questão de honra, ele é meu!-Respondeu o rei magnifico também dando velocidade em seu cavalo.

Eles riam enquanto cavalgavam a procura do pobre cervo, até que seus cavalos empinaram ao mesmo tempo e recuaram um passo, os monarcas não entenderam o motivo até vê-lo, grande e imponente, emanava uma energia calida e aconchegante, ao mesmo tempo forte.

–Aslam!-Disse a rainha destemida com um sorriso nos lábios.

Henrique já hávia estado com todos os amigos da filha e nenhum a viu, já estava se dando por vencido, andava a passos lentos pela movimentada rua, acompanhado do filho Mario, quando um carro interceptou seu caminho, abaixou o vidro revelando o senhor Digory.

–Kirke oque faz aqui?-Perguntou ele sério.

–Entrem, e eu os levarei até Nêssa.

–Então o tempo todo sábia aonde ela estava?-Henrique perguntou num tom acusatório.

–Sabia, agora entrem logo!- Os dois entraram no carro que partiu rumo a casa do professor.