— Asahi! — Dou um tapinha fraco nas suas costas, vendo ele perto da mesma estação que eu pegava.Ele estava tão sonolento e que só se virou na minha direção graças ao tapinha.

— Oh!Boom — Ele boceja — dia Nishinoya — Ele sorri logo depois do Bom dia, tão radiante, me faz sorrir.

— Bom dia — Comprimento-o descendo as escadas e entrando no metrô, superlotado.

Não falamos mais nada, o metrô sempre era lotado e silencioso, é difícil até de se virar pra ver ele. Depois de descer do metrô, fomos para a escola e chegamos bem a tempo. As aulas passaram bem rápido e normalmente, como éramos de classes diferentes, nem no lanche direito eu o via.

Logo depois das aulas acabarem, era hora das atividades de clube. Asahi como esperado, não estava nem um pouco motivado. Tentei conversar com ele mas não adiantou muito, pediu para que eu desse espaço.

— Hei!Nishinoya, Asahi ele ainda está triste? — Daichi pergunta para mim preocupadamente.

— Sim, mais cedo, pediu para que eu desse espaço para ele... O tempo de luto é diferente pra cada um certo? — Pergunto retoricamente, pegando uma garrafa d'água e bebendo dela.

Daichi deu de ombros e correu para acudir Hinata que era esbofeteado por Kageyama. Depois do treino, Asahi estava atrás do ginásio lavando o rosto nos bebedouros e pias, chego por trás e ponho minha mão no seu ombro, esperando uma reação.

Ele levanta o rosto para ver quem é sorri ao me ver.

— Fim do treino é? — Sorri abobadamente, puxando a toalha e secando o seu rosto.

Logo estávamos indo para casa em um silêncio constrangedor, ele estava desanimado e eu não sabia bem o que fazer.Ah! Sobrou trocados do almoço de hoje, talvez comida o alegre. Peço para que ele me espere bem aqui que voltaria correndo. Vou até a loja de conveniência mais próxima e compro vários pães doces e um refrigerante gelado. Começo a correr como se não houvesse amanhã, vejo-o de longe, apreciando o céu acredito eu.

— Aqui aqui Asahi! Pelo nosso esforço no treino de hoje!Pães doceees! — Sorrio jogando todos eles nele.Seus olhos brilham, hahaha, meu ego não podia estar maior do que agora.

— Por que comprou tudo isso Nishinoya? — Ele se senta na calçada e já abre o primeiro, dando uma mordida deliciosa.

— Você estava tão triste que não sabia o que fazer!Então, comprei pães doces.

— Boa ideia Nishinoya!Obrigado.

Me sento ao lado dele, sem menosprezar os pães doces, já começo a comê-los com gosto, humm, fofos e gostosos, como Asahi. Engasgo em seguida depois de pensar isso.Para ver se não era só fachada da parte dele, o olho de canto, estava todo cheio de migalhas pelo rosto o que me faz rir muito. Puxo um lencinho da bolsa e depois seu rosto, limpando-o.

— Parece uma criança!Que sujeira Asahi — Rio enquanto o limpava, o mesmo, expressava-se de diversas formas, apertando os olhos com força, mastigando de cantinho. Depois de limpa-lo, apenas guardo o pano, e passamos a nos olhar. Asahi tinha ficado corado e ao perceber minha ação, eu fiquei também.

— Você, é muito gentil Nishinoya. Obrigado, de novo — Ele puxou minha mão e deu um beijo na palma dela. Sinto minha visão aumentar, meus olhos ficam arregalados com sua ação tão carinhosa e inusitada.

— Apenas, faço o que um amigo faria — Sorrio sem jeito — Vamos, vamos logo pra estação antes que fique tarde! — puxo minha mão com certa pressa, e me coloco para andar sem que ele perceba que meu rosto inteiro havia ficado vermelho.

Novamente, aquela caminhada silenciosa até nosso destino, o clima era mortal e eu conseguia escutar nossos passos duvidosos e meu coração bater como nunca antes. Seguro bem minha camiseta do colégio, como se estivesse tendo um ataque, acho que estou ficando sem ar, meu Deus acho que vou morrer!

— A-ASAHI!

— Hm, o que foi?! — Asahi notavelmente se assusta com eu o chamando.

— E--E… POR QUE NÃO ME CONTA COMO ESTÁ AS COISAS EM CASA?? — não consigo controlar o tom da minha voz, me sinto fora do ritmo e tonto, mas que idiotice de assunto eu estou puxando?

— Ah… bem… — Ele inicialmente balança a cabeça provavelmente não entendo por que eu estava gritando, ele riria se soubesse o motivo — aparentemente só eu estou triste com a morte dela, nem mesmo minha mãe liga muito haha. Acho que sou sensível demais.

— Não vejo por esse lado, é normal ficar triste com isso, vocês são próximos e quando perdemos alguém tão junto á nós, é normal que fique sensibilizado... — falo com um tom adulto, parecendo que eu era sábio e bem responsável, como um monge da montanha.

— Ohhh, falando assim parece que teve um vida cheia de experiências Nishinoya.

— Bem, as provas já acabaram mesmo faz um bom tempo, que tal você ir na minha casa pra sair da tensão do falecimento? Sabe, espairecer um pouco.

— Ah, obrigado pelo convite porém, não tenho tempo para espairecer Nishinoya, este ano é meu último, preciso estudar para o vestibular. — Asahi sorri de canto meio sem graça, dando de ombros. Quando ia falar alguma coisa, notei pelo barulho do ambiente que já estávamos na porta da estação. Ambos suspiram.

— Tudo bem… — Puxei a mão do Asahi, a aperto com força. — Mas pense bem, final de semana não faço nada e minha mãe ia adorar ver você.

— Pensarei. — Sorrimos juntos, apertando as mãos com força e logo soltando, Asahi se despede sem prolongar mais, e mesmo indo embora, o calor tenro das mãos dele ficaram na palma da minha mão

Meu coração dispara quando a põe sobre peito, eu sinto minhas bochechas ficarem rubras e meu olhar calmo e disperso trás a tona um sentimento novo. Sinto-me tão triste por ver de costas indo embora, desejo que fique mais tempo comigo e que não se vá tão tardio. Asahi… essas últimas palavras saíram como um assobio da minha boca, sumindo nas correntes de vento que passava.