A fugitiva

Capítulo 1 A sede


Abri os olhos com dificuldade a claridade Branca me chegava e levei alguns sem fundos para me adaptar a luz branca que estava em meu corpo, olhei em volta havia várias pessoas deitadas em macas algumas pareciam mortas e outras apenas dormindo, tentei mecher meu braço ou me levantar mais algo prendia meu pescoço e braços, comecei a me debater o que foi inútil, sentia toda a adrenalina correr pelas minhas veias.
_ Tem alguém ai? - Indaguei apavorada, meu tornozelo doía conforme o puxava tentando escapar.
Ouvi Passos vindo em minha direção e um homem com uma máscara branca e uma injeção na mão sorriu.
_ Que bom que acordou criança. - Falou sua voz transmitia calma de um profissional cujo paciente devia se acalmar foi exatamente o contrário.
_ O que é isso?! - Idaguei apavorada olhando hora para a seringa hora para o homem. - Onde estava minha família? Lembro-me de uma bomba atingir minha casa e depois...
_ Shh, É para seu bem. - Ele deu tapinhas carinhosos em meu ombro e conforme a agulha penetrava minha pele sentia o líquido queimar todo o meu corpo conforme ia se espalhado, tudo começou a ficar embasado embaralhado não conseguia pensar em nada, por um momento vi sangue em minhas mãos, o que sangue fazia em mim, me vi caminhando por um longo corredor Branco onde zumbidos e gritos eram ouvidos, ou talvez fosse minha mente com mais uma de suas brincadeiras.
_ Não importa o que disserem. - Alguém sussurrou em meu ouvido.
_ Você não é igual eles, você é muito importante agora criança. - Meus pulsos estavam amarrados um no outro e minha vista aos poucos voltava ao normal, comecei a ler os números de cada porta que passávamos, ele me parou em uma porta onde tinham dois homens e minha visão foi puxada para a arma na cintura de cada um deles.
_ Essa e a última está semana - O homem atras de mim falou e me empurrou de maneira nada delicada para dentro do que parecia um refeitório onde tinha umas vinte pessoas, a maioria rapazes da minha idade.
Todos me encararam e usavam estranhas roupas brancas, uma garota veio em minha direção sorrindo simpática.
_ Oi você está com fome.? - Ela tinha cabelos loiros curtos e uma pequena cicatriz no rosto.
Engoli em seco olhando tudo em volta.
_ Onde... Onde estamos? - Indaguei, É ela indicou todo o lugar com a mão.
_ Estamos na zona 4, qual seu nome? - Nome... Meu nome... Olhei em volta, e dei de ombros.
_ Não sei... Não me lembro.
(... )
Os dias ali pareciam se fundir um nos outros, não tínhamos relógio nem data so uns aos outros e nossos proprios pensamentos, me sentia perdida sem saber quanto tempo estava ali se eram meses ou apenas semanas, não sei ao certo, parei de contar a um bom tempo, observei a flor em minha mão com cuidado como se a qualquer momento ela fosse se despedaçar, estava em um tipo de Jardim artificial dentro da instituição, onde eram rara as vezes que o sol penetrava os telhados escuros.
_ Vocês vão se fuder seus desgraçados. - Ouvi uma voz masculina gritar e me levantei caminhando na direção da origem da voz, quando vi um rapaz pouco mais alto que eu loiro de olhos castanho escuro e nossas típicas roupas brancas, ele me olhou e por alguns momentos parou de se debater, ele me parecia familiar, eles o levaram até a sala de tortura, nunca o tinha visto antes mais seja lá quem seja senti um enorme desespero.
_ nao! Larguem! Soltem ele! - Antes de entrar ele me fitou confuso, corri e quando estava quase conseguindo fecharam a porta, fui até a grande janela de vidro e comecei a bater nela, o colocaram em uma cadeira e não pude ver o resto.
_ Soltem ele seus filhos da puta! - Gritei mesmo sabendo que ninguém me ouviria, sentia raiva e frustração cerrei o punho e deixe-me cair no chão, eu iria sair dali custe o que custar.
Parece que passaram alguns minutos quando a porta finalmente fora aberta, me levantei os encarando com raiva e senti meu rosto arder, quando a mão de um deles me acertou.
_ Nunca mais de uma de espertinha conosco. - Gritou e me pegou pelo braço me jogando na sala onde o rapaz estava, jogaram uma mochila De primeiros socorros e fecharam a porta. Me aproximei do rapaz sua camisa estava rasgada e com sangue.
_ Qual seu nome? - Indaguei e ele abriu os olhos engolindo em seco.
_ Newt. - Murmurou, seu tórax subia e descia de maneira acelerada.
_ Você vai ficar bem. - Abri a caixa e peguei um algodão com álcool limpando o ferimento, ele gemeu de dor mais sua cabeça pendeu escorando-se na parede.
_ Por que tentou me ajudar? - Indagou sem me olhar, comecei a encaixar suas feridas e dei de ombros, a verdade era que eu não sabia.
_ Não sei... - Admiti e meio sem jeito me aproximei para limpar o canto de sua boca onde continha um corte, ele usava um tipo de aparelho respiratório no nariz e me observou durante todo o processo que claro tentei fazer o mais rápido que pude. _ Quanto tempo está aqui? - Indagou sua voz era calma e tinha um leve tom divertido.
_ Acho que um ano... Não sei ao certo. - O fitei.
_ E você?- Indaguei e ele olhou em volta.
_ Uma semana mais ou menos estava com meus amigos mais fomos atacados por vários homens e... aqui estou. - Ele explicou erguendo os bracos para indicar a si mesmo, arregalei levemente os olhos, se eles estavam a 1 semana aqui isso quer dizer que.
_ Você precisa ir embora. - Falei e ele piscou sem entender. _ A cada uma semana um grupo de jovens chega, eles ficam 1 semana e depois são levados para a sala 610... - Olhei pelo vidro a sala e suspirei. _ E depois nunca mais voltam. - Me virei o fitando e ele se levantou com dificuldade e andou até o vidro olhando para a sala. _ Sabe o que acontece lá? - Indagou, Neguei ele se virou para mim com a testa franzida e já ouvia sua pergunta antes mesmo dele perguntar. _ Então como você... - A porta foi destrancada e em silêncio nos pegaram caminhei e pude sentir o olhar confuso de Newt me seguindo.