A fugitiva

A perda de um amigo?


- Carina! - Gritei.
— Tá tudo bem? - Gritou Minho, não obtivemos resposta.
Me escorei na grade tentando me agarrar a esperança de que Carina conseguisse sair viva, Meu estômago embrulhou, não iria chorar, precisava manter a calma precisava encontrar Newt.
Não sei quantos minutos se passaram quando meus olhos pousaram em algo brilhante no chão, Me agachei forçando minha vista, era um ferro.
— Minho olha. - Falei apontando para o objeto brilhante ele sorriu.
— Acha que consegue pegar? - Perguntou, as gaiolas estavam penduradas a poucos centímetros do chão.
Ele bateu na gaiola e grunhiu irritado.
— Esta emperrada.
Comecei a me balançar obtendo a movimentação da gaiola, continuei e me deitei no chão frio da gaiola esticando o Braço por entre as grades.
— Vai só mais um pouquinho. - Insentivou Minho me observando estiquei os dedos e consegui envolver o mesmo com os dedos.
— Isso. - Comemoramos, Me sentei na gaiola e analisei o ferro era moldável.
— Hã... Você sabe abrir isso? - Indaguei e ele se sentou.
— Joga ai vamos ver. -Pediu, joguei o ferro que caiu em sua gaiola, Ele pegou e ficou vários minutos mexendo com o pequeno objeto.
Bufei.
— Vamos sair daqui antes dos 20 anos? - Perguntei.
— Haha. - Ele revirou os olhos e levou a mão até o cadeado mordeu o lábio nervoso enquanto tentava abrir a gaiola quando a porta se abriu e o tal Marcos surgiu da porta com um sorriso fúnebre.
— Bom dia meus ratinhos preferidos. - Cantarolou, caminhando com dificuldade até o Centro da sala.
— O que quer com a gente? - Indagou Minho ríspido recebendo uma risada.
— Ora tudo ao seu devido tempo rapaz. - Ele fitou a gaiola vazia de Carina mais se manteve calado.
— Onde está Newt? - Indaguei após alguns minutos.
— O loiro? Ora não se preocupe, Eu estou cuidando dele. - Falou irônico.
— Seu desgraçado. - Falei sentindo minha garganta se apertar com a angustia.
— Quando sair daqui eu mesmo vou acabar com você. - Minho ameaçou e Marcos pareceu ofendido pois se aproximou da gaiola de Minho a passos lentos.
— Você se acha muito esperto não é privilegiado? - Indagou com raiva surpreendendo nos com o o fato dele mudar de humor tão repentinamente.
— Não muito. - Falou o coreano Saarcastico, Marcos retirou uma arma do bolso vi Minho arregalar os olhos e não pude deixar de me assustar com o barulho do gatilho.
— Eu vou estourar seus miolos imune. - Ralhou ele mirando em Minho.
Olhei em volta e peguei a vasilha de comida, a acertei na cabeça de Marcos, Ele se virou lentamentamente em minha direção.
— Você não vai matar ele. - Afirmei não conseguindo pensar em nada mais inteligente a ser dito. _ Tudo bem. - Sorriu. - Mato você primeiro.
Não consegui ver direito quando a arma disparou errando o alvo, Marcos arregalou os olhos a vida insana se esvaind ode seus olhos, Ele caiu com o ferro prensado em sua nuca dando me a vista de Minho fora da gaiola.
— Não se ameaça uma garota babaca. - Falou o coreano dando uma piscadela em minha direção não pude deixar de abrir um sorriso quando ele abriu minha gaiola e me ajudou a sair.
Peguei a arma de Marcos que jazia no chao e segui Minho para o lado de fora.
— Que tal procurarmos separados? - Perguntou Minho, Olhei para o lado de fora o sol jazia forte no meio do céu, neguei.
— Nem pensar vamos juntos desta vez. - Ele deu de ombros vasculhamos o prédio todo e a cada cômodo vazio minhas esperanças de encontrar Newt e Carina bem diminuiam, já estava escurecendo quando terminamos de olhar tudo, saímos pela porta da frente, cai de joelhos exausta, irritada pelo fato de todos que eu amava sumirem.
— Hey para com esse drama Beth pela Santa mertila, estamos fudidos mais pelo menos estamos livres. - Falou Minho positivo como sempre. Me levantei e ele pois a mão em meu ombro.
— Poxa você realmente me animou bastante, obrigada. - Falei Saarcastica.
— Ele deve ter escapado com certeza Beth, eu conheço aquele cara de Fu como a Palma de minha mão. - Me levantei sabendo que Minho nada mais fazia que tentar me "animar", recomeçamos a andar e me castigava o fato de não conseguir me livrar do pressentimento que Newt precisava de nossa ajuda.
Continuamos caminhando perto de grandes blocos de concretos, Minho se mantinha em silêncio, apertei o passo.
— Admita que estamos perdidos. - Bufei e ele olhou me de soslaio.
— Não estamos não, Se estivéssemos com Thomas estaríamos seguindo exatamente por aqui. - Falou convicto, Revirei os olhos.
— Acha que eles estão com Thomas mesmo? - Perguntei e ele demorou alguns segundos para responder.
— Aquele cabeça de Plong é o cara mais sensato que eu conheço com certeza é isso que ele pensaria em fazer, quanto a Carina... Sinceramente? Acho que ela partiu dessa pra melhor. - Falou surpreendendo me sua calma, engoli em seco.
— Talvez ela esteja viva não devemos ser pessimistas. - Murmurei tentando acreditar em minhas próprias palavras.
Continuamos seguindo viagem por mais 3 dias nossa sorte foi ter encontrado dois crancks insanos que concordaram em trocar um pouco de água pelos nossos cobertores e com o cair da noite entendemos o motivo sentia meus nervos duros conforme procuravamos um abrigo "seguro" para passar a noite quando vi uma luz um pouco mais longe da onde estávamos.
_ Esta vendo aquilo? - Perguntei a Minho que se quer deu ao trabalho de virar-se.
— A morte iminente? To eu to vendo. - Respondeu saarcasticamente.
Revirei os olhos e virei seu rosto.
— Parece um carro. - Falou, nos entre olhamos, era difícil de acreditar que isso seria fácil assim. As luzes estavam a ficar maiores e quando vi o rosto de Thomas na janela não pude deixar de sorrir feliz e abracei Minho.
— Nós conseguimos! - Comemorei Thomas desceu do automóvel cujo um homem moreno não muito de idade dirigia.
— Pensei que tinha esquecido da gente, coisa feia. - Exclamou Minho.
— Não precisa agradecer. - Falou irônico, andei até o mesmo e o abracei rapidamente.
— Uh vocês fedem. - Murmurou Gally de dentro do Berg, pensei que Minho retrucaria de alguma forma mais o mesmo parecia aliviado demais por termos conseguido que nem se deu ao trabalho.
— Como conseguiram? Procuramos vocês por toda a parte. - Exclamou Caçarola.
— É uma longa história. - Murmurei bebendo uma garrafa de água como se fosse a última do mundo, Thomas derrepente pareceu se lembrar de algo importante pois arregalou os olhos.
— Perai, cadê o Newt e a Carina? - Perguntou, encarei Minho que desviou o olhar suspirei.
— Carina está morta, e o Newt... Não sei, eu pensei, que ele pudesse estar aqui. - Desabafei e todos pareceram ficar sem fala, Minho foi o primeiro a se manifestar.
— Quem são aqueles trolhos? - Apontou com um balançar de cabeça ao homem
moreno e a garota que estava com ele se virou.
— Eu sou Brenda Arrepiado, e esse é Jorge. - Respondeu nos fitando.
— Eu sou Minho. - Falou de má vontade.
— E ela é a Bethanie. - Completou, escorando se no banco.
— Por que vocês não dormem um pouco? - Perguntou Brenda, fitei Thomas.
— Espera, mais para onde vamos? - Perguntei e ele e Jorge se encararam.
— Vamos para uma cidade, Não muito longe daqui. - Falou, Pisquei, Nao estava entendendo nada.
— O que? E quanto ao braço direito?
— Acha que é fácil achar eles assim? - Perguntou Brenda irritada, ergui uma sombrancelha surpresa.
— Desculpe, É que estou com dor de cabeça. - Falou e voltou a fitar-nos.
— Trabalhei para o cruel a alguns meses atrás, eu e Jorge, e sei que aquele seu amigo loirinho não esta na lista de Imunes queridinhos do cruel. - Falou e foi como se é tivesse levado um soco pois perdi todo o ar, Jorge suspirou e olhou me pelo retrovisor.
— Achamos que ele pode estar no Palácio dos Crancks. - Falou o mais velho.
— E por que raios ele iria estar lá? Vocês simplesmente acham que ele está lá e isso é suficiente? - Perguntou Minho irritado.
— Fica calmo ai o esquentado, Se ele não é imune quer dizer que ele está em fase de transformação, leva algumas semanas, mais o fulgor vai dominando sua cabeça. - Explicou o homem.
— Dentro de alguns dias, o seu amigo, Nao vai passar de mais um cranck. - Completou Brenda, senti minha visão embaçada por conta das lágrimas, e balancei a cabeça.
— Mais a uma cura não há? - Perguntei a voz embargada, Caçarola pois a mão em meu ombro.
— Fica calma Beth. - Pediu gentilmente.
— Nós vamos dar um jeito de traze-lo conosco Beth. - Falou Thomas firmemente.
— Agora durmam um pouco, vocês precisam. - Murmurou Brenda, a contra gosto tive de concordar, sentia cada músculo do meu corpo implorar por descanso, encostei a cabeça na janela do carro e em poucos minutos adormeci.
***
Acordei em uma cama, Pisquei confusa, me sentei perguntando me como raios tinha ido parar ali, era uma espécie de cômodo, provavelmente algum prédio abandonado, ouvi passos se aproximarem e Brenda apareceu com uma muda de roupas em mãos, ela suspirou.
— Ah que bom que acordou, achei que tinha morrido. - Falou, levei a mão a cabeça graças a enchaqueca que me atingiu derrepente e a fitei.
— Como assim?
— Parece que você desmaiou enquanto dormia, então trouxemos você para cá. - Respondeu abrindo um sorriso mínimo.
— Precisava ver a cara daquele garoto Asiático ao ver que você não acordava. - Falou debochando.
— O nome dele é Minho. - Retruquei e olhei em volta.
— E onde eles estão? - Perguntei, ela colocou a muda de roupas em minhas pernas.
— Jorge, Thomas e Minho foram atrás do garoto loirinho, e o resto foi atrás de Calleb, um dos antigos integrantes do Braço direito, ele saberá nos dizer onde estão acampados. - Concordei concluindo que já estávamos na tal cidade.
— Agora tome um banho e coma algo. - Pediu e com um gesto apontou para a porta do "banheiro".
— Pode demorar o quanto quiser, só não beba a água, não é potável. - Explicou Murmurei um "obrigada" e adentrei no que um dia foi um banheiro, lavei me e vesti a calça larga e uma regata preta um pouco justa demais para o meu corpo, como Brenda parecia não simpatizar muito comigo passei o resto da tarde retirando os nòs do meu cabelo quando Thomas entrou, me levantei e corri até eles, minha esperança se esvaindo ao ver o rosto abatido do garoto.
— E então? - Perguntei, senti Brenda parar a alguns passos de mim anciosa por notícias novas.
— Sinto muito Beth. - Falou Jorge.
— Ele estava lá mais... Não quis vir conosco. - Thomas falou parecia tão afetado quanto o resto de nós.
— Mais... Que droga de mundo é esse?! - Exclamei sentindo como se tudo no mundo parasse de ter sentido, andei de um lado pro outro, era tão injusto... Gally e Teresa apareceram algumas horas mais tarde animados com a notícia da localização do Braço direito, mais o clima tenso ainda pairava ali dentro. Me sentei na mureta da janela, o vento frio clareando meus pensamentos.
— Beth? _ Se não comer algo vai voar. - Falou Minho me assustando, estendeu uma Barra de cereais que aceitei em silêncio, ele se sentou em minha frente na janela e por alguns minutos ficou fitando o visão catastrófica da uma parte da cidade.
— Como você tá? - Perguntou sério, dei de ombros.
— Viva... E você? - Perguntei e ele riu.
— Vivo... - Respondeu e suspirou.
—O Thomas, ta muito mal Beth, todos estamos, mais ele não iria querer ver você assim... Não iria querer ver nenhum de nós assim, nem o Thomas, você entende? - Perguntou se inclinando para obter minha atenção, me fitou nos olhos.
— Vocês três, devem ter sido como irmãos... - Comentei e ele concordou.
— Nós fomos, e é por isso que não quero ver ninguém assim, sei que é o que ele quer e apesar do pouco tempo ele gostava muito de você, Beth. - Falou, sorri minimamente, ele mal se dava conta de que já nos conhecíamos muito antes do labirinto.
— Eu sei, Obrigada Minho, você é um bom amigo. - Agradeci e ele piscou.
— É o que todos falam. - Sorriu e se levantou.
— Vou tirar uma soneca, você vem? - Perguntou, neguei com um aceno.
— Não pode ir, acho que dormi demais. - Sorri ele concordou e bagunçou meu cabelo.
— Boa noite.
— Boa noite. - Desejei e o observei se deitar em um sofá Velho em um canto mais afastado do cômodo, já era tarde da noite quando decidi não aceitar o fato de que tínhamos perdido Newt, precisava falar com ele, ve-lo com meus proprios olhos, não acreditava que ele estivesse tão ruim ou agressivo, Não era do feitio dele, andei na ponta dos pés tendo o máximo de cuidado possível ao pegar uma das armas de Jorge, se iria sair sozinha tinha que ter algo para me defender, abri a porta com cautela mais foi em vão pois quando estava descendo as escadas ouvi alguém chamar-me.
— Aonde vai? - Pergutou Jorge e só ai lembrei me de não o ver entre os corpos adormecidos no quarto.
— Vou até o Palácio dos Crancks.
— Seu amigo já era.
— Não, e eu vou ir ve-lo. - Falei deixando clara minha decisão.
— Vai sozinha?
— Ele não vai me machucar. - Ele riu e balancou a cabeca voltando a ficar serio.
— Você está se arriscando muito, hermana. - Falou ficando a alguns degraus de onde estava.
— É o que se faz pelos amigos. - Dei de ombros descendo mais alguns degraus quando ele contrariado me parou.
— Eu te levo. - Falou, concordei e a passos silenciosos o segui.