— Sua filha duma égua tá beijando peão?- Marcão o tinha chamado.- Desgraçada duma figa, eu vou te matar!

— Ele que me agarrou, ele.

Cristina correu gritando não queria nem saber não ia ficar ali para apanhar.

— Você está de safadeza !!!!! Está de mais safadeza!!!!

Marcão saiu e encontrou Severiano e olhou,

— Leva sua filha daqui e se ela afrontar Victória de novo, eu dou uma coça nela aqui!

Severiano bufou e olhou a filha.

— Cristinaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! Cristinaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!- Gritou olhando ela com raiva, ia tomar uma surra! Agarrou Julio pelo colarinho assim que chegou perto dele.- Você é um safado fique longe dela!

Júlio o empurrou e Marcão gritou.

— Parem com isso, Severiano e melhor ir embora!

— Cristinaaaaaaaaaaa!!!

Cristina não parou de correr, ele gritou a filha ainda mais. Se fosse apanhar iria apanhar longe de todo mundo e já chorava querendo a mãe para se livrar da surra.Estava perdida, o pai ia arrancar seu coro e ela sabia ainda mais depois de vê-la agarrada a um peão.

— Vamos embora agora!!! Vamos embora agoraaaaaaaaaaaa!!!! Já esfregou minha cara na lama.- Subiu no cavalo dele e sumiu mirando o destino da filha.

Frederico estava com Victória na sala.

— Vamos tomar café... Estou morrendo de fome.- estendeu a mão a ela.

— Essa piranha desgraçada não entende! Eu vou dar na cara dela! Tomara que apanhe!

— Ela é maluca...- ele disse com raiva odiava escândalo.- Eu estou com muita fome, vamos.

Frederico se levantou e foi na frente.

— Eu ainda pego ela! Pode esperar.- Suspirou e sentou na mesa emburrada.

Ele sentou e a olhou.

— Não aconteceu nada, ela só disse asneiras!Desemburra essa cara.

— Não sou obrigada!- Pegou o pão.- Você tem que ir ver nosso filho, ele está crescendo.- Falou se referindo ao porco deles.

Ele riu na mesma hora.

— Por que não vamos depois do café, me mostra?

— Te mostrar o que?- O olhou servindo ele.

— O nosso filho!- ele começou a beber café amava café.- Eu quero pão, amor, quatro com queijo.

Ela pegou os quatro pães e colocou na frente dele depois o queijo.

— Pode fazer.- Mordeu o dela cheio de geleia.

Ele riu e a olhou. Depois fez o pão dele e começou a comer.

— Victória, quando posso ver nosso filho no médico? Quero ouvir o coração dele.

— Eu não fui ao médico não. Nem sei quando você pode ir!

Paulina apareceu ali e beijou os dois e sentou a mesa junto a eles.

— O dia já começou agitado.

Marcão veio a mesa e beijou a boca de seu amor.

— Amor, vamos na rua comigo?- ele disse com calma.- Victória, Frederico está certo, vamos ao médico na capital!

Victória apenas assentiu não respondeu estava de boca cheia.

— O que vamos fazer na cidade?- Paulina serviu seu amor.

— Vamos fazer umas comprar e preciso da sua atenção com minha filha!- ele disse amoroso.- Victória tem que ficar perto de mulher e comprar as coisas do casamento dela. Nem enxoval tem só pensa em abrir as pernas pra esse safado!- disse com o rosto sério.

— E vou abrir mais ainda na viagem.- Falou sem querer.- Me desculpe!- Bebeu o café quase se queimando.

Paulina segurou a risada para não afrontar Marcão. Frederico nem ligou e soltou uma gargalhada, passou a mão na perna de seu amor.

— Delicia, minha porquinha!- implicou com ela.

— Porca é a tua mãe!- Victória levou a mão a boca era melhor ficar calada para não dizer mais nada de errado.

— Tudo bem, Victória, as vezes eu e seu pai roncamos juntos!

— Victória, não diga isso!!!!!!- Marcão falou para não deixar o clima pesado logo cedo, brigou com ela na mesma hora.

Ele bufou e Frederico olhou a mãe.

— É a verdade, meu filho, se vocês são filhos de porcos, porquinhos são até neto porco temos.

— Meu Deus, que família.

Frederico pegou frutas. Victória começou a rir negando com a cabeça aquelas barbaridades que dizia e comeu rindo.

— Eu quero é uma porcada com Victória. Minha oinc inc Sandoval!

— Frederico não me faça enfiar a faca em você.- Falou rindo.- Eu não sou porca coisa nenhuma.Eu em!

Ele riu mais e mais porque ele adorava ver ela rindo. Paulina ria do jeito dela era só uma menina.

— Do jeito que peida é porca sim!- ele soltou rindo alto e Marcão disse a ele.

— Minha filha não peida, Frederico, ela solta bufa!

Victória o olhou no mesmo momento e se levantou saindo dali temperamental do jeito que era mudava de humor tão facilmente que era de estressar os outros. Paulina levantou no mesmo momento para ir atrás dela, mas antes disse.

— Vocês não sabem brincar mesmo em! Dois jumentos.

— Eu em, mulheres!!!- Marcão falou rindo com Frederico.

— Já fica sabendo que ela peida que parece que tá cagada! Se ama fica sabendo!- ele riu.- O que tem de princesa, nessa hora, acaba!!!

Frederico riu e o olhou.Paulina foi atrás de Victória que estava sentada do lado de fora em um banquinho de pedra e chorava, mas quando a viu secou suas lágrimas e ela sentou ao seu lado e acariciou seus cabelos.

— Não precisa chorar, eles são homem e nem sabem o que dizem.- Falou com calma tocando seus lindos cabelos que estavam balançando com o vento enquanto ela limpava as lágrimas do rosto.

— Eu estava com gases ontem e ele já está fazendo piada de mim!- Soluçou.- Eu não tenho culpa se ele me engravidou e agora fica zombando de mim? A culpa é dele!

Paulina a abraçou no mesmo momento acariciando seus cabelos para que ela se acalmasse.

— São somente seus hormônios gritando daqui a pouco passa!- Tocou a barriga dela.- Esse é só o começo de sua gestação ainda não viu nada e muitas vezes eles não vão entender.Mas você precisa ter paciência, são dois jumentos que não entendem nada!

Frederico veio com umas uvas na mão e um pão com geleia, foi até elas e disse com amor.

— Me desculpe, amor!

Beijou os cabelos dela e Victória ficou ali abraçada a ela sentia tanta falta de uma figura materna que nem sabia o que sentia ali naquele momento sendo cuidada por alguém que não era sua mãe, mas sentia tanto carinho por ela desde o primeiro momento.Victória o olhou e não disse nada continuou ali nos braços de Paulina.

— Não a provoque, Frederico.- Paulina o advertiu.

— Não estou mãe...- ele disse com calma.- Estou apenas me desculpando mesmo. Amor...- ele se sentou com elas.- Me desculpe, não queria te magoar... Come, você não pode não comer.

— Eu não estou mais com fome. Come você!

— Não quero, amor...- ele disse frustrado, tudo agora, ela se magoava.

Victória limpou o rosto fungando enquanto sentia o afago dos braços de Paulina. Ele olhou a mãe e suspirou pesado, nove meses assim, ia ser complicado.

— Ta bom, eu vou trabalhar!- ele se levantou.

Ela o olhou e sentiu tristeza parecia que o amor e desejo que ele sentia por ela não existia mais já que ela só sabia reclamar e se sentir inferior ao olhos dele, mas Frederico parecia não entender o que ela sentia naquele momento.

— Vá trabalhar, meu filho, eu cuido dela e de meu neto!

Ele caminhou até dentro de casa e sentiu uma coisa estranha. Suspirou e voltou a ela se abaixando em sua frente.

— Mãe, nos deixa sozinhos!- ele disse carinhoso olhando sua esposa abraçada a mãe dele.

— Frederico, vá trabalhar eu não vou te atrapalhar não e sua mãe cuida de mim ela já disse.- Os olhos pareciam cristal de lágrimas que tinha presas ali.

— Mas eu quero ir ver nossos porcos com você, amor, vamos...

Paulina suspirou e a soltou com calma beijando seus cabelos para ir, ele disse com amor olhando nos olhos dela e tocou o rosto.

— Leva essas comidas, mãe pra mim!- ele deu a fruta e o pão a ela.

Paulina pegou e os olhou mais uma vez e depois foi para dentro de casa Victória só era uma menina carente que nunca tinha vivido aquilo antes e se o filho não entendesse eles teriam muitos problemas. Ele se sentou ao lado dela a puxando para ele.

— Me desculpe, eu não queria magoar você. Vamos ver os porcos?- beijou o cabelo dela com amor.

— Não tem porcos é só um...- Deitou a cabeça no ombro dele.

Ele disse rindo para o jeito dela e a puxando para seu colo cuidar dela era prioridade.

— Precisamos resolver isso! Ele não pode ser sozinho. Precisamos dar um amor a Frederico júnior. Ele precisa de uma Vick filha!

— Ele é uma criança não tem idade pra isso! Nenhum porco vai carregar meu nome!- Falou seria.

— E o meu pode?- ele disse amoroso beijando ela e alisando sua pele.- Eu sou pai desse bicho.

— Sim, o primeiro filho sempre leva o nome do pai.

Ele riu alto, bem alto para ela e alisou a barriga.

— Meu amor, ele vai ter uma porquinha pra ele, mas tá cedo mesmo.

— Eu sempre tenho razão por isso nosso filho vai se chamar Mariano!

Ele balançou a cabeça...

— Eu não quero que fique triste comigo, me dá um beijo.

— Você não merece beijo e meu pai não merece uma filha como eu.- Falou toda magoada.- Como se vocês nunca peidasse e ainda nunca vão saber o que é isso porque não podem ter filhos.

— Seu pai te ama... ele estava apenas brincando e você sempre brinca com ele também, amor. Meu amor, eu te peço perdão, eu peido sim e você vai saber porque vamos casar! Eu vou dormir todo dia com você...- beijou ela nos cabelos e alisou seus braços.

— Estou pensando se vou me casar com você. Ultimamente não sinto que me ama mais como diz.

Frederico suspirou e disse com calma.

— Está com dúvida?- ele sentiu uma tristeza, ele a amava e cuidava dela e ela não estava feliz?- Você não é feliz?

— Ultimamente só me magoa, me faz chorar e agora que me engravidou não tem nem um pouco de paciência comigo! Grita comigo!

— Victória, meu amor, eu tenho paciência sempre com você...

— Me manda ao diabo se for preciso!

— Eu te amo, me perdoe se eu não sei ser pai. É a primeira vez para mim também!

— Eu também não sei ser mãe, mas eu estou aqui!- Suspirou agarrada nele toda chorosa ainda.

— E eu estou aqui também, meu amor...

— Eu quero o meu Frederico não esse que digo "A" e ele surta comigo como se eu já não estivesse surtada. Eu estou grávida e só quero amor...

Ele agarrou ela beijando mais e mais.

— Meu dengo, meu amor, eu vou te dar tudo! Não fica assim.- ele disse amoroso.- Eu quero que você sorria, amor!

— Eu quero sorrir com você.- O olhou nos olhos.- Eu te amo, Frederico.

— E você vai sorrir, meu amor, todos os dias! Vamos acertar isso...

— Me promete?

Estava preso nos olhos dela.

— Eu prometo, amor... e quando eu ficar nervoso... vou me controlar.

Ela o beijou na boca e sorriu quando cessou.

— Mas se você avançar em alguém, eu vou te proteger e proteger meu filho.

— Agora vamos ver nossos filhos. Porque não vou falar daquela galinha não.- Se levantou.

— E nem eu quero...- ele riu e saiu com ela na direção do chiqueiro.- Você quer fazer o que? Colocar comida? Ou levar pra passear?

— Ir pra minha casa por que, Frederico está lá e aqui só tem porco feio o meu é o mais lindo de todos que nasceu a cara do pai.- Sorriu queria atenção dele sempre.- Vamos levar sua mãe que depois vamos no médico.

Ele sorriu e colocou ela nas costas para carregar como cavalinho.

— Vamos passear minha potra e depois vamos ver nosso filho!- ele andou rápido para ela rir.- Vamossssssssssss, aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Ela segurou nele com força e riu era o seu amor.

— Amor, eu quero um queijinho da cidade em.- Ela segurou firme.

— Tudo que quiser, amor...- ele disse carinhoso com ela.

— Eu quero muita coisa, Frederico.

— Meu amor, você quer ir sozinha comigo ou quer ir com minha mãe também?- Ele sorriu e girou com ela, estava feliz e sorridente.

— Eu quero que sua mãe vá, ela cuida de mim.

— Tá bem, amor, vamos todos então, seu pai também, podemos comer na rua e vemos nosso meninão.- ele disse orgulhoso.

— Mariano será lindo.- Falou com o coração rasgado de sentimentos e ao mesmo tempo que estava triste estava feliz.

Ele começou a rir com aquele nome que ela insistia em colocar.

— Mariano é? Isso é nome de homem!

— Não fale assim de nosso filho que se um dia virar gay pode chamar Mariana tudo resolvido!- Brincou agarrada nele.

— O que?- ele deu um grito.- Gay? que Gay?- ele disse com ela em casa e olhando os pais.

— Para de ser bobo, amor! Ele vai ser macho.

— Ele vai ser sim ou risco a faca!- ele disse rindo e olhou a mãe.

— Mãe, pega as coisas e vamos na rua! Sogrão também!- ele disse alegre e erguendo Vick do chão.- Vamos ver esse Reynaldo aqui!- colocou a mão na barriga de Vick.

— Mariano!!- Falou com autoridade.

— Tá bom que vou dar esse nome a meu filho!- ele disse todo risonho pegando as coisas e saindo para o carro.

Ela riu e quando olhou o pai fechou a cara e segurou a mão de Paulina.Queria ela bem perto dela gostava dela e tinha uma segurança que nem conseguia demonstrar.

— Vamos logo, gente que quero ver Reynaldo, quero ver ele.- estava eufórico e só esperou seu amor para irem ao carro.

— Nome horroroso, Frederico. -Entrou no carro junto a paulina atrás.

— Eu não vou nem discutir, amor. Reynaldo Mariano Frederico Juniorrrrrrrrrrrrrrr!Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!- ele gritou e sorriu para ela puxando para um beijo.

— Pára com isso, meu filho, não deixe ela nervosa.- Defendeu Victória que riu.

— Escuta sua mãe, Frederico.- Ela riu.

Marcão veio e eles todos saíram da fazenda alegres e prontos para o que era aquele momento no meio da viagem Frederico disse assim!

— É verdade que podemos ver mesmo ele já, Vick?- estava curioso.

— Acho que sim... Não sei quanto tempo tenho de gravidez.- Sorriu.- Mas acho que dá sim.

Ele bateu no volante rindo e buzinou com amor por ela.

— Minhaaaaaaaaaaaa prendaaaaaaaaa, que lindaaaaaaaaaaaa! Me dando um filhão, eu sou o melhor! Uma prenda linda e um filhão!

Ela riu negando com a cabeça.

— Você é doido.

A viagem correu tranquila e eles chegaram até a clinica onde Vick faria os exames. Estavam todos eufóricos, Marcão deu a mão a Paulina e os dois riam andando junto com os filhos. Vick fez a ficha com ele dizendo que era o pai toda hora até ela rir e por fim ele e ela entraram no consultório.

O médico era lindo e sorria a todo tempo para Victória e ela o retribuía era natural aquele gesto dela e nem percebeu a cara de Frederico e ele fez diversas perguntas nas quais ela respondeu a todas.

Frederico estava muito feliz com sua paternidade, mas aquele médico sorrindo para Victória, era uma coisa que ele nem queria pensar que existia. Ele não era homem de ficar nos rodeios e por isso, foi rude e olhou o médico para mostrar território...

— Doutorzinho, me diga se preciso ser diferente com minha mulher, porque somos fogo na cama e quero saber se tenho que diminuir o ritmo... ele riu debochado e safado ao mesmo tempo. - Porque o ritmo eu posso diminuir, mas o tamanho não e como ela gosta muito quero saber se não vou machucar meu filho.- Sabia que Victória ia responder algo, estava vermelha como um camarão...Ele não gostava dela sorrindo por aí e ele sabia bem a mulher que tinha.

— Frederico, pare com isso!- Ela disse toda envergonhada.- Me desculpe doutor ele é um chucro!

— Não se preocupe é algo que todos pais tem preocupação. Mas posso te dizer senhor Frederico que sua esposa sabe o limite e fora isso apenas cuide para que seu filho nasça bem e sadio fazendo todas as vontades dela.

— Obrigada, Doutor, não quero machucar ele não!- disse todo orgulhoso.

— E nem vai.- Victória falou logo.

— Eu posso ver meu filho?- ele disse com o rosto sorridente e colocando a mão na barriga dela. -Posso ver?

— Pela última menstruação creio que somente daqui a alguns dias não vou arriscar o bebê e uma simples ultrassom deixará vocês apreensivos.- Disse a verdade como médico.

Frederico disse com o rosto tenso naquele momento.

— Eu não posso ver meu filho? Como não posso?

— Tem algo de errado?- Vick falou nervosa.

Ele levantou a mão para que eles se acalmasse. Ele segurou a mão dela e respirou fundo, estava com medo e com dor no coração.

— Diz, Doutor!- ele esperava a resposta.- Nosso menino tem o que?

— Um feto de quatro semanas é muito sensível e eu não vou fazer uma ultra vaginal para que ela sangre. - falou com calma para que eles entendesse. - Victória precisa de pelo menos sete semanas para que possamos ver o saco gestacional e vocês não criem teorias loucas. O bebê está aí só precisa crescer mais um pouquinho para que vejam ele.

Frederico respirou suave e beijou Victória. Estava mais aliviado com aquela notícia.

— Mas poderei ver ele, não é? Outro dia?

O médico dizia tudo com calma sabia que eles eram jovens e estavam tendo a primeira experiência.

— Sim, em três semanas vocês voltam e poderemos ver até o coração bater. Não vou arriscar agora é fazer ela sangrar.- Sorriu a Vick que sorriu de volta a ele.

— Tudo bem, se vai machucar, eu não quero!

— Você é o melhor doutor.- Ela falou toda acesa, Frederico olhou os dois e fechou a cara na mesma hora. Soltou a mão dela e cruzou os braços.

— Só cuido de minhas grávidas.- Disse normal.

— Ela não é sua não, ela é minha!- ele disse rude.- Ela é bem minha e meto é bala!

— Amor, para com isso.- Ela disse rindo.- Não ligue ele não me queria mais até saber do filho.- Provocou ele

O médico riu anotando na ficha dela.

— Acontece muito.- Disse com simplicidade.

— Você que me chutou, Victória, não começa de mentira não!- ele disse com raiva por ela se comportar assim.- Eu corria atrás de você e você me esnobando por causa daquele moça! Lalete!- Debochou do nome dele.

— Não fale de Lalinho! - Era começado uma briga ali entre eles.- Você não aceita nem um peido meu que me zoa! Olha isso doutor, eu não posso nem ter gases que ele e meu pai tiram sarro de mim!

Ela se enraivou e ele o olhou.

— Gases são só o começo você tem que respeitar e entender sua mulher ou ela vai te chutar.- Falou com calma..- Já vi muitos pais sair de casa porque a mulher os odiava e só voltou depois que o bebê nasceu.

Ele olhou com raiva para o médico e depois para Victória e não disse mais nada. Estava com raiva dela revelar intimidade deles. Suspirou e nada disse e se afastou mais dela.

— Idiota.- Ela bufou.- Vou cagar no seu travesseiro!- Falou só para ele.

O médico riu eram jovens demais. Frederico deu língua para ela de modo discreto. Estava de saco cheio das coisas que ela dizia, mas sabia que só ia piorar. O médico anotou todos os exames que ela deveria fazer e anotou a receita das vitaminas e entregou a Victória sorrindo.

— Te espero em três semanas para ver o bebê!- Ela sorriu mais.

— Com certeza estarei aqui!

Frederico apenas se levantou e agradeceu saindo enquanto esperava ela estava furioso com Victória e com o jeito que ela tinha feito as coisas no consultório. Ela se levantou e só faltou beijar o rosto do médico era assanhada e agora não negava mais e saiu junto a Frederico. Frederico a olhou e disse assim que estavam saindo.

— Vamos comprar os remédios.

— Eu quero transa!- Disse para ele, sabia que estava bravo.- Não vou peidar em você!- provocou.

— Eu não quero saber de nada agora...- Disse com raiva dela e andando.- Você estava se arreganhando pro doutor, não foi? Por isso quer transar? Porque ta com fogo na Viquetinha?

— Ele é lindo!- Ela suspirou apertando ele.- Meu Deus, se não gostasse de jabuticaba comia aquela moranga! Aquela manga verde! Meu Deus, que delícia! Eu quero comer!

Frederico se afastou dela e a olhou nos olhos com raiva.

— Você acha que tô achando graça? Não estou não, Victória... E quando chegar em casa, você vai ver só!

Ela o olhou e disse séria.

— Se não me der o que quero você sabe que vou procurar no meio da Fazenda.- Era pura provocação queria apenas ele o amava, mas ele com ciúmes era lindo.

Frederico bufou e disse segurando a mão dela.

— Não me dê o que quero e conto ao meu pai que você só está me usando!

— Se eu pego você perto de alguém, arranco a cabeça dele e te dou uma coça! Eu não estou para brincadeira!!!! Não estou!

— Espero que seja com esse jabuticabão!- Lambeu os lábios.

— Não em nada ai, vai ficar com a Viquetinha solta e sem pau! Que você me fez de bobo e fez raiva!- Estava tão chateado...

Ela o largou, o provocava e ele ficava furioso, não gostava de provocações.

— Isso que você pensa!- Saiu na frente.- Eu sou uma Sandoval, se eu quero eu tenho ou eu acho.- Falou com desejo e foi em direção ao pai.

Marcão olhou para ela e disse sorrindo.

— Foi tudo bem, filha?- abraçou sua menina com amor.

— Mesmo brava com você, eu digo que foi sim tudo bem.

Frederico estava virado e chegou perto deles em silêncio.Ela abraçou o pai.

— Pai, Frederico não quer mais casar porque o médico riu para mim.- Iniciou um choro mentiroso, era pra provocar ele e conseguia.

— Brava com seu papai? Por que? Brava com Fred?- o pai estava furioso.- Como assim?

— Frederico o que fez?- Paulina defendeu ela.

— Ele não quer mais...- Ela chorou, sabia que assim ia ter tudo dele em casa.

— Ela estava rindo para o safado do médico!- ele disse com raiva.- E agora acha que sou bobo!

Marcão olhou Frederico e sentiu uma coisa...

— Que isso?

— Ele me odeia porque sou uma peidona!- Agarrou mais o pai.

Marcão beijou ela com amor e olhou feio para Frederico.

— Minha filha não pode passar raiva!- ele disse chateado.

Frederico a olhou e disse

— Deixe de ser chantagista!!!! Você é uma chantagista!

— Olha aí, pai...- Ela chorou mais.

— Frederico, pare com isso!- Paulina beliscou ele.

— Eu sou uma idiota mesmo, vamos embora!- Ela soltou o pai saindo na frente deixando todos contra ele.

Frederico bufou, estava se chateando com aquilo. Ele não tinha paciência para aquela bobeira toda ou ela mudava ou iam brigar o tempo todo. Marcão foi atrás da filha! Estava zangado e partiria a cara de Frederico vendo Vick daquele modo.

— Vamos pra casa, pai, deixa ele aí.- Segurou a mão de Paulina.- Ela vem com a gente!

— Victória...- Marcão disse com o rosto vermelho.- O que houve de verdade? Me diga de uma vez o que houve?- Estava chateado...

— Vamos pra casa a peidona aqui cansou!- Ela falou toda mimada.

O pai abriu a porta do carro para a filha e ela entrou depois todo mundo entrou. Frederico disse com raiva olhando aquela cena ridícula

— Me dá a receita dos remédios e podem ir embora! Eu vou depois...- estava de saco cheio de toda aquela criancice.

Victória o olhou e rasgou tudo sem ligar pra nada era muito mimada e se ele iria se afastar dela agora tinha motivos para isso é jogou nele todos os papéis picados. Frederico bateu na parte de cima do carro e disse com raiva.

— Pode ir, Marcão, eu não vou pra casa agora!- ele disse com raiva, Victória estava insuportável.

— Vai, pai, pode ir.- Ela disse respirando alto.- Vou arrumar com que ocupar meu tempo!

Ela colocou o cinto de segurança e esperou para ir embora.