Reyaa acordou, estava sozinha - pois todos foram abrir a cripta dos escudos - ela se sentiu mal pelo ocorrido de ontem, ela queria estar lá, mas depois deu ombros e saiu para pensar um pouco, aquela imensidão, sem ninguém em casa, ela podia relaxar, ela podia pensar e refletir sobre a vida, a casa deles ficava na antiga terra dos gigantes, quando os ataques de dragões começaram a ocorrer a maioria dos gigantes não resistiu por muito tempo, então se mudavam para os bosques mais perto, da casa deles dava para ver Whiterun, e mais além - na direção dos bosques - era possível ver alguns mamutes pastando. Ao ver toda aquela passagem ela pensava como seria seu futuro, ela poderia ir para algum lugar? Ela ficaria ali pelo resto de sua vida? O pouco que ela sabia sobre Ilusionismo - que não era muito - todos os dias ao acordar e antes de dormir ela praticava, saia de suas mãos luz, energia, cores incríveis, quando ela se esforçava a luz era tanta que acendia a casa, a forma como ela produzia aquela energia era linda. Logo ela avistou no horizonte - em direção ao forte próximo de Whiterun - que foi atacado por um dragão - Anead,Togrim, e Tomja que estava a cavalo - eles vinha em formação, por sinal estavam limpos e sem marcas de luta, ou sangue. Quando os reconheceu ela voltou para dentro e os esperou sentada, depois de 20 minutos eles chegaram.

– Oi filha - disse Anead apressada, ao cumprimenta-la, ela saiu coletando os alimentos que estavam em casa e os colocando em um cesto grande - Nos vamos nos mudar para a cripta, seu pai já começou a fazer a reforma, a parte que estava soterrada já esta limpa, eles só vão adicionar mobília, arrumar outra entrada, essas coisas, e lá não tinha nenhum draug ou skeevers!

Reyaa franziu o semblante e paralisou enquanto sua mãe corria pela casa, ela começou a observar Togrim que estava fora de casa com um machado na mão, ele vai derrubar a casa, pensou ela logo ela decidiu ir ajudar a mãe, pegou todos os recipientes que podia e guardou todos os objetos que couberam - castiçais, colheres, velas, tochas, entre outros - ao terminar elas colocaram tudo em cima do cavalo de Tomja e foram a pé para a sua nova casa - menos Togrim que ficou para destruir e " reciclar " oque sobrar da casa.

Ao chegarem Reyaa ficou impressionada de como o lugar era grande, ela pensou quem poderia ter andado por aqueles salões, de quem era aqueles túmulos, aqueles escudos, tudo para ela era muito interessante, depois de observar a cripta ela ouviu sua mãe a chamar, ela finalmente percebeu q sua mãe havia desaparecido, e que não havia lugar nenhum para descarregar a bagagem, ao lado dos túmulos havia uma grande passagem - e escura - que dava em um corredor pequeno, porem havia uma luz no fim do corredor, ela pegou a bagagem - um saco cheio de roupas limpas - e levou até o a passagem, já havia uma sala construída, com uma lareira, e bancos esculpidos em pedra, a lareira já estava acesa e iluminava toda a sala - inclusive o começo de outro corredor - Reyaa deixou as roupas em um dos bancos e começou a acender as tochas que estavam ao lado da porta, ela colocou um por um, cada tocha em seu suporte iluminava todo corredor - menos a cripta que já fora iluminada.

– Então oque achou do lugar? - Seu pai estava todo sujo de poeira, e segurava uma picareta na mão esquerda - nossa nova casa... À noite terminaremos a reforma, chamei meus dois primos para morar conosco, a ajuda deles foi tanta que já fizemos a sala e os quartos.

– Isso é ótimo... - um estante de silencio foi feito, logo Tomja apareceu.

– Minha neta? - Reyaa se virou para a sala dos escudos e Tomja estava lá esperando por ela, então Reyaa caminhou em sua direção, seu pai disse alguma coisa, mas ela não prestou atenção.

A sala estava diferente, mais iluminada e agora o encantador arcano estava do lado esquerdo da sala, e havia um laboratório de alquimia do lado direito e no meio uma ampla mesa, cheia de papeis, e ferramentas de embalsamento, as pedras da alma agora jaziam numa prateleira em cima do encantador, e ao lado do laboratório havia uma estante cheia de ingredientes - dedo de gigantes, raiz de nirn, asas de borboleta, língua de dragão, orelha de elfo, entre outros - ao lado da extensa mesa havia uma pequena estante cheia de livros com cores florescentes, sua avó: Tomja estava ao lado da estante e feliz ela dizia.

– Eu sei o quanto você gostaria de ir para Winterhold, mas eu achei na cripta esses livros, você esta livre para ler e aprender - a anima de Reyaa era resplandecente, ela abraçou sua avó cautelosamente, ela admirou a estante por mais alguns... Algumas horas.

Depois de um longo dia, e uma longa noite, a casa finalmente estava razoável, Reyaa e Anead preparam os quartos, com colchoes e cobertores, o quarto de Togrim era junto o de sua irmã - com duas camas de solteiro é claro - os outros quartos - os de Risthor e Anead, Bandogrim, Baran, primos de Risthor, eram de camas de casal - só faltava a cozinha ser preenchida com mobília. Os próximos dois dias foram cansativos, fazendo estantes, prateleiras, vitrines, suportes para armas, mesas, cadeira...

Ao longo de uma semana a casa estava pronta, todos já haviam volta a sua vida normal, Togrim com os guerreiros, Bandogrim e Baran agora eram novos caçadores da província de Whiterun, e Risthor um guarda costa, agora ele usava os escudo inquebrável - que por hora estava rachado, porem aquilo era um sinal de grandeza para o escudo - com o seu legado de volta os Bronken-Shield eram pouco reconhecidos novamente, alguns guerreiros festejaram com Togrim pela volta de seu clã, Reyaa agora usava seu conhecimento secretamente, todos os dias ela colocava um manto preto e ia até Whiterun para fazer um show de luzes, alguns passavam e doava alguns septims.

– Pai? - Togrim estava de volta, a casa nova já não era mais estranha, a presença de seus primos também não era novidade, Togrim continuou procurando pela casa, até ir parar no quarto de seu pai, ele estava sentado escrevendo em seu diário - olá meu pai, eu...

– Olá meu filho, oque te traz aqui?

– Eu vou para Winterhold, tenho que exterminar alguns espectros de gelo, eu vou ficar - fez se uma pausa, Togrim olhou para traz preocupado - eu vou ficar uma ou duas semanas fora, não sei quando voltar irei sozinho a cavalo.

– Oh... - Risthor levantou e deu um longo abraço em seu filho - que Talos guie você, tome cuidado meu filho - logo ele deu dois tapas fraco no rosto do seu filho, sorrindo eles se despediram.

Mas oque não sabiam era que Reyaa estava ao lado ouvindo tudo, em minutos ela elaborou um plano de usar seu pouco dinheiro, comprar um cavalo e seguir Togrim até Winterhold. Em minutos ela escreveu uma carta explicando porque saiu de casa, e porque esta seguindo, e não indo com ele - ela não sabia o caminho - ela comprou o cavalo e assumiu um posto de vigilância - atrás do estabulo.

– Não! - dizia Togrim para Reyaa, ele percebeu que estava sendo seguido e conseguiu flagrar Reyaa o perseguindo - Sabe onde estamos? Estamos perto de Windhelm e você me seguiu até aqui! - gritou Togrim - mas já não adianta mais, é perigoso voltar, eu vou te acompanhar até Winterhold, e depois iremos voltar juntos entendeu?

– Está bom, mas... - Reyaa estava na ponta dos pés e falando charmosamente - nossos pais sabem que você é um lobisomem?

– O-oque? - Togrim gritou, ele de fato era um lobisomem, um filhote, ele mal sabia se controlar - C-como você ficou sabendo?

– Eu não sou boba.

– Ta bom, quando eu voltar eu digo que você esta bem, e que esta com... Com aqueles magos, mas você ficará por conta própria entendeu?

– Entendido!