Amarguras do passado

Era noite, chovia e eu estava sentado em uma cadeira ao lado da pia. acho que eram umas 23:00 horas e, eu já no decimo copo de cafe com whisky só aquela noite e, porra nada fazia sentido pra mim.

toca o telefone. aquela garota, aquela maldita garota acho que amava muito ela, merda ela só queria sugar o meu dinheiro. afinal todos querem o meu dinheiro, e não é pra menos sou herdeiro do maior puteiro que essa cidade já viu! sou rico, bonito, famoso e depressivo talvez nem tudo esteja perdido.

decido sair para beber fora. meu quadrado esta me matando, ligo o meu carro, abro uma cerveja, converso com as vozes em minha cabeça, (as mesmas vozes a qual me fizeram ser tachado como louco na escola) acendo meu cigarro e sigo para minha boate, e como de costume muito bem recebido. eu não estava me sentindo muito bem naquele buraco então resolvi ligar para o meu traficante, pedi 20g de maconha, e fui para uma praça qualquer.

00:50 marcava o relógio quando decidi voltar para casa, e foi quando eu vi, aquela va**a! aquela desgraçada me traindo, então era para isso que ela queria o meu dinheiro, era por isso que ela nunca tinha tempo para mim?. mesmo assim decidi seguir meu caminho como se nada tivesse acontecido e deixei ela curtir a aventura que ela procurava.

chegando em casa decido ligar novamente para o meu traficante, pedi a droga mais forte que ele poderia me fornecer, ele pergunta se eu estou com algum problema e eu respondo que não, deu 30 minutos ele chegou com 25g da mais pura cocaína, agradeço pago e o dispenso.

apos usar metade recebo uma outra ligação. era do hospital o câncer contra qual meu pai estava lutando acaba de mata-lo. desligo o celular, sento no sofá, respiro, aspiro, respiro, aspiro. decido visitar minha mãe e ver como ela estava. chego na casa dela e descubro que ela estava em um relacionamento escondido com o motorista que meu pai tinha contratado para ela, discutimos e eu resolvo voltar para casa. mas que bela noite não?

termino de usar o resto das drogas que eu tinha incluindo o álcool, já estava muito tonto e decido tomar uma decisão!

pego uma caneta e um papel e escrevo as seguintes palavras:

"Que os anjos que me rodeiam desistam, que os demônios que me cercam desistam, minha vida sempre foi uma lastima então que as metáforas que eu uso se tornem lagrimas! que a vida que eu tenho se torne cinzas, que os amigos ou inimigos que não tenho apareçam e se tornem físicos, ou melhor, o dinheiro que eu tenho já ira fazer isso. que o inferno me aceite, o peso dos meus atos pesaram neles. serão poucos os que me entendem! que Deus me perdoe, Amém!"

pego a minha calibre 12 que esta guardada em baixo de um vão secreto na sala, pego a minha carta penduro na geladeira, pego uma cadeira e sento, dou uma ultima olhada em tudo já com a visão turva, conto até três e... lembrando que isso não foi metade do que passei.