A aventura dos sonhos
De volta pra casa.
Sasuke pensa em Naruto e Sakura até enxergar sua casa. O menino Uchiha recorda de enfrentar o irmão. Diante da entrada, ele encara a maçaneta uns trinta segundos. É a única porta além da porta do quarto a não precisar empurrar para o lado.
— Finalmente você chegou. - Itachi o encara sério:
— sabe quanto tempo esteve sumido? Precisei incomodar várias pessoas em busca de ti!
—...
Sasuke não dá atenção, ele quer retornar para o quarto e passa direto pelo irmão.
— Não vire as costas pra mim!
Itachi segura o menino pelo braço. Já foi muito paciente com Sasuke. Precisa se impor. O menor dá de encontro ao corpo do maior. Itachi sente as mãos pequenas fechadas lhe socarem o peito. Segurou os pulsos do menino, forçando-o a encará-lo.
— Eu quero ir pra casa! - Sasuke grita se debatendo e tentando se soltar:
— por que você não me escuta? Por quê?!!
Itachi abraça o pequeno, com uma mão atrás da cabeça dele, afundando os dedos nos cabelos negros e arrepiados tão parecidos com os seus.
— Na sua idade também não gostava de acompanhar nosso pai no trabalho. Era um lugar terrível, um escritório apertado, cheio de adultos chatos. Mas entenda, nosso pai lutou para conseguir o que tem hoje. Ele viveu na miséria quando criança e deve ter sido um pesadelo. Ele não tem mais a quem confiar o trabalho além de nós.
Sasuke desorientado pelo abraço demora para assimilar as palavras de Itachi. O menino não recorda outro momento em que Itachi o abraçou desse modo. Por que estava sendo tão carinhoso?
— Por que não arranja filhos para substitui-lo? - perguntou Sasuke se afastando do irmão:
— Já pensou que nós fomos feitos pra isso?
— Não viaja. – Itachi dá um toque forte na testa do irmão antes de se erguer:
— fiquei preocupado. Não suma mais. Se eu lhe perder, eu vou perder nossos pais também.
—... - Sasuke pousa a mão na testa. Tentando entender o porquê de levar os toques:
— você tem medo de ser pobre?
— Não sei o que é isso. – Itachi rir um pouco:
— mas se nosso pai quer evitar isso pra gente, eu quero ajudar.
— Não quero ajudar.
Itachi suspira. Resolve deixar o resto da conversa para o dia seguinte, satisfeito pelo irmão estar bem. Vai retornando para a cozinha:
— Vá para o quarto. Sasuke. E é melhor que o arrume.
Sasuke hesitante permanece parado. Em vez de voltar para a cama, o menino Uchiha segue o irmão e começou a assisti-lo preparar o jantar.
— Quando vai construir as obras na cidade?
— Hum? Daqui a um ano ou dois.
Itachi sorrir surpreendido pelo interesse do irmão.
— Que lugar escolheu daqui de Konoha?
Sasuke desvia os olhos para o chão, só então percebendo seus pés ainda estarem calçados. Itachi também notou, porém ignorou, preferiu respondê-lo:
— Um campo, ele dará a vista para Konoha inteira. Será a primeira coisa que as pessoas verão quando chegarem à cidade. E a estrada até aqui precisa precisa ser consertada. - Itachi observa o irmão estar cabisbaixo:
— o que foi? Sasuke?
— Se eu pedisse para fazer em outro lugar- longe do campo-
O menino Uchiha não consegue concluir a pergunta.
— Por quê? O campo pertence aos Harunos, antigos amigos da nossa família.
— Antigos amigos?
— Foram amigos dos Harunos quando jovens. – Itachi se lembra de algo:
— por acaso o almoço de hoje era com eles.
— “Aquela garota é minha vizinha?”.- Sasuke arregala os olhos. Sem ligar para o que Itachi continuou dizendo a respeito dos Harunos, o caçula corre para o quarto, chegando lá, ele pula na cama, indo até a janela para abri-la:
— “Não pode ser-”.
Na casa ao lado tem uma janela aberta, através dela, Sasuke vê a rosada sentada em frente de uma escrivaninha. Ela faz anotações de algo. Quando ela vê ele, não ficou surpresa, somente esticou o braço para fechar as cortinas.
— “Ela não está machucada.” - Ele nota assustado, pois apesar de ser noite, viu claramente o rosto dela iluminado pelo abajur:
— “Mas eu vi. Saiu muito sangue do nariz dela. Será que passou algum remédio? Não ficou nenhuma marca. a altura do balanço era alta demais.”.
Sasuke cai como uma pedra na cama. Ele coloca a mão no nariz. Dói quando mexe muito nele. A mente de Sasuke está cansada. Naruto, Sakura, Itachi. A fome não o incomoda, logo adormece.
— Nada de dormir sem tomar banho! - Itachi acorda Sasuke o puxando pelos pés pra fora do colchão. Faz o caçula cair de bunda no chão:
— me deixa falando sozinho e ainda quer dormir sujo na cama?!! Olha essa bagunça!! Nem tentou arrumar seu quarto! Vou jogar essas tralhas no chão fora hein, aqui não temos empregados não...
— "Eu preciso fugir daqui.".
Pensa Sasuke derrotado.
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O galo sobe até o telhado e da parte mais alta, ele abre as asas e larga seu canto. Seu grito estrondoso acorda Sakura. Habituada, ela somente estica os braços para cima ao se espreguiçar. Sente ela os lábios secos, logo os umedece com a língua. Usa ela um camisão branco de mangas curtas. O tecido ultrapassa os quadris, mas basta erguê-lo um pouco para mostrar a calcinha florida. Ela afasta as cobertas de uma vez, depois ao sair da cama, ela anda apressada até a janela e se curva sobre a escrivaninha, ela abre as cortinas.
— Bom dia. – Deseja para o galo o qual cai em frente da janela. Ele pousa no espaço pequeno de terra, antes reservado para criação de ervas. Sakura adorava abrir a janela após acordar e sentir o cheiro de ervas tão cedo, mas abandonou a criação de ervas, permitindo que se tornasse um espaço de descanso para o galo.
— Cócóoo!
— Mesmo? Estou tão bonita assim? Obrigada!
— Cócooo!
— Sim. Eu estou melhor.
— Cócooo!
— Fui pra casa da árvore ontem e passei a tarde fugindo de um almo-
Sakura vê Sasuke Uchiha a lhe fitar da janela do quarto dele. As sobrancelhas do menino se apertam. Ele está estático. Fazendo cara feira, ela pega o galo no colo e além de fechar as cortinas, ela fecha a janela com o trinco.
— Doida. — Sasuke diz rouco e se afasta da janela, indo se preparar para mais um dia.
CONTINUA
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