A Vida em Tons de Cinza

Mas que magnífico futuro...


Assim que ele se cansou, puxou a cabeça dela e arremessou-a com toda a força contra um armário prateado. Então o homem pegou um bisturi limpo na bandeja, e veio enraivecido até a redoma que Airleen estava. Apertou um botão e a redoma se abriu. Tentou se mexer, mas suas pernas estavam presas e as mãos algemadas magneticamente.
— Vamos ver se essa enzima não entra com o seu corpo dilacerado.

Nessa hora, o bisturi entrou fundo em seu pé. A dor foi indescritível.
— Ah, doeu? Não vamos deixar o outro lado ficar discrepante, não é?
Ele então enfiou em seu outro pé. Isso fez Airleen gritar.
— Isso, grite, grite mais, ninguém te ouve aqui, assim como não ouviram eles.
Airleen olhara pro homem com os olhos repletos de confusão. Como assim, eles?
— Ah, você não pode ver, esqueci. Tolo que sou. Não vamos deixar sua última visão consciente ser meu belo rosto, não é? Não, precisamos de algo para embalar seus sonhos.

Ele pegou uma espécie de tablet na mesa, apertou algumas teclas. Airleen ouviu barulhos de engrenagem, e umas cinco redomas cheias de um líquido cor de alabastro apareceram. Todas com pessoas dentro.
— Vê? Esse é seu magnífico futuro...