Aquele dia, Zaniah passou toda manhã e tarde com os amigos, cuidando de Darwin. O garoto já estava acordado e conversava, mas sentia-se fraco fisicamente. Reclamou algumas vezes de dor de cabeça, e seus amigos o entupiram de poções analgésicas.

No andar inferior ao dos quartos, Tom conversava com Joseph Lestrange, Orion e Cygnus Black e Abraxas Malfoy.

— Aqueles seis. – Tom apontou para cima, indicando o quarto onde os amigos deveriam estar. – Gosto da relação deles. – Declarou. Os olhos de Orion brilharam em orgulho de sua filha, mas os outros aparentavam estar confusos. – São muito próximos, vocês viram como nenhum deles hesitou em ajudar Darwin? Inclusive, estão lá até agora. Isso é importante, essa confiança entre parceiros. – Ele bebericou seu copo de whiskey enquanto dizia isso. – Soldados que confiam um nos outros tendem a ter resultados melhores, pois se protegem.

Os quatro homens ouviam atentamente o que seu mestre lhes dizia.

— Vamos começar a montar grupos de treinamento pelas afinidades. – Declarou. – Eu seguro os seis mais novos comigo. – Já avisou rapidamente. – Vocês podem definir sozinhos os outros.

— Senhor, não seria melhor deixar Zaniah e Rabastan no mesmo grupo? – Joseph perguntou, mas sua cabeça estava levemente abaixada.

— Na verdade, não. – Riddle respondeu cínico. – Preciso que Zaniah proteja seus companheiros, não que se atire na frente de uma maldição por um deles.

— Zaniah é um exemplo, eu creio, já que tenho certeza que Rabastan também faria de tudo para protegê-la. – Joseph falo, parecendo minimamente ofendido.

— É claro. – Tom respondeu de forma debochada. Não, Riddle não acreditava naquilo.

Tal ação do Lorde das Trevas deixou Orion Black com uma pulga atrás da orelha.

— Certo, vamos falar sobre as documentações do Departamento de Mistérios. – Tom começou. – Cygnus, conseguiu algum progresso com isso?

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Zaniah olhou o horário, 17hrs23min. O sol começava a se pôr e ela mal saíra do quarto dos garotos aquele dia.

Não sabia que horas Rabastan havia ido encontrar sua cobaia, mas imaginava que ele já havia terminado sua primeira etapa.

— Hey, pessoal, vocês se importam se eu sair um pouco? – Zaniah falou, cortando rapidamente o assunto.

Darwin a olhou com um sorriso leve no rosto.

— Não, Zan. Já te roubamos bastante por hoje. – A Black suspirou aliviada, levantou-se da cadeira onde sentava e deixou um beijo na testa do amigo acamado.

— Não se esforce, ok?

— Pode deixar, comandante.

Despediu-se rapidamente dos amigos e rumou ao andar debaixo. Não foi difícil encontrar Rabastan.

Ele estava esparramado num dos sofás da sala ampla, os olhos fechados e o corpo rígido, como se estivesse com dor de cabeça. Zan se perguntou qual seria o estado de cansaço mental que ele poderia alcançar com aquele teste.

Aproximou-se devagar, mas se fazendo ouvir para que não o pegasse de surpresa. Agachou-se no chão, ao lado de sua cabeça.

- Está cansado? – Sussurrou perto de seu ouvido, o corpo de Rabastan tremeu levemente. Ele apenas assentiu. – Cansado demais pra um passeio na praia comigo?

Ele abriu os olhos levemente, Zaniah sorria para ele. Ela se ergueu, oferecendo a mão a ele.

— Vamos?

Ele suspirou alto, mas aceitou a mão da namorada.

Não demorou muito para que eles chegassem à extensa faixa de areia.

— Então, como foi seu dia? – Zaniah perguntou casualmente, sua mão entrelaçada na do garoto.

— Cansativo. – Ele respondeu apenas. – E o seu?

— Interessante, eu acho. – Zaniah ponderou. – Me senti uma enfermeira a maior parte do tempo.

Rabastan não respondeu nada, instalando um completo silêncio entre eles dois. Eles apenas andavam pela praia, até que Rabastan parou bruscamente, soltando a mão da garota, que deu dois passos para frente no impulso.

— Até quando vamos ficar assim? – Perguntou. Os braços gesticulavam conforme suas palavras.

— Como? – Zaniah indagou confusa.

— Desse jeito, Zaniah. – Ele demonstrou a distância entre eles com as mãos. – Uma vez nós falávamos de qualquer assunto sem nenhum problema, a qualquer hora do dia. Éramos a prioridade um do outro, Zaniah. Mas isso não existe mais, não é?

Zaniah cerrou os olhos.

— Bem, se eu não sou mais sua prioridade, fale por você, Rabastan. Não por mim. – Ela falou magoada, mas tapando a mágoa de sua voz com a raiva.

— Não pareci sua prioridade hoje. – Ele falou, cuspindo as palavras.

— Darwin foi torturado, Rabastan. Torturado. Eu conheço qual é a sensação, não sei se você se lembra disso. – Zaniah também cuspia as palavras.

— Lembra da razão, não é, Zaniah? – Rabastan falava num tom de voz venenoso. – Você desrespeitou as crenças do seu berço, não é? Da mesma forma que você está me desrespeitando agora.

Zaniah sentiu seu sangue subir até seu rosto.

— Desrespeitando você? – Falou, a voz cheia de raiva.

— Sim, me desrespeitando! – Rabastan elevou o tom de voz, seu corpo se curvando para cima de Zaniah, numa forma de dominação. – Eu sou seu noivo e seu futuro marido. Eu exijo que me respeite!

O sangue de Zaniah borbulhava.

— E posso saber no que não estou te respeitando? – Ela falou, tentando controlar sua respiração.

— Há tempos que você dá mais prioridade aos seus amigos do que a mim! – Rabastan gritou com ela, que recuou um passo.

— Isso é mentira. – Zaniah falou pausadamente, a voz saindo cortada de sua garganta. – Eu apenas fico do lado daqueles que mais precisam de mim no momento!

— E aparentemente eu nunca sou essa pessoa, não é?

— Bom, se você não me diz o que está precisando, eu não tenho como adivinhar! – Ela aumentou a intensidade da voz, impondo-se.

— Eu não preciso dizer, Zaniah! – Rabastan cuspiu as palavras. – Você é a minha namorada. Sou eu o detentor de sua atenção máxima. Ou deveria ser, não é?

A Black não acreditava no que estava ouvindo.

— O quê?

— Além disso, você me desrespeitou ao ficar ao lado de Darwin e não de Anthony, meu melhor amigo, que recebeu punições severas do Lorde das Trevas.

Aquilo foi o estopim para Zaniah.

— Eu te desrespeitei? – Sua voz saiu amarga. – Escute bem o que eu digo, Rabastan Lestrange: eu nunca vou ficar contra um amigo meu, independente do que aconteça. – Rabastan tentou contestar, mas ela não permitiu e continuou falando. – E já que você quer falar sobre respeito, Anthony só recebeu punições severas do Lorde porque desrespeitou a sua única regra: não matar, torturar ou mutilar. – Zaniah falou raivosa. – Então, namorado, não existia um único motivo para eu apoiar alguém que quebrou uma regra explícita, ainda mais em cima do meu melhor amigo.

Rabastan soltou um som que parecia um rosnado.

— Eu deveria ser seu melhor amigo! Você não percebe como você nos afasta?

— É tudo minha culpa, não é? – Ela falou debochando. - E não, Rabastan, você é com certeza uma das pessoas que eu mais confio no mundo, mas não é meu melhor amigo. Você é meu namorado.

— Confiar em seu irmão eu até entendo, mas você me vê tendo melhores amigas?

— Se você não tem é porque nunca conseguiu, ou não quis. Eu nunca disse que queria ter sua atenção exclusiva para mim.

— Vai desviar da responsabilidade, então? – Rabastan perguntou, rindo com escárnio.

— Qual responsabilidade, Rabastan?

— Com quem está sua lealdade, Zaniah? – Ele respondeu com uma pergunta.

— Minha lealdade está comigo mesma e automaticamente com aqueles que me fazem bem. – Zaniah respondeu secamente. – Meus amigos me fazem bem, o Lorde me faz bem. Sou leal a eles, pois eles são leais a mim. – Ela explicou, os braços cruzados sobre o peito. – Eu não vou ficar ao lado daqueles que não me fazem bem. Eu não vou mudar quem eu sou ou o que eu acredito para agradar alguém, Rabastan. Nem mesmo por você. – Ela falou, a voz acalmando e dando espaço à mágoa.

A expressão furiosa do Lestrange mudou no mesmo segundo, tornando-se surpresa e, então, assustada.

— O que você quer dizer com isso, Zaniah? – Ele perguntou e sua voz tremia. Zaniah sentiu a primeira lágrima rolar por sua bochecha.

— Que o que nós vivemos foi lindo, Rabastan, mas não é mais. E eu não pretendo ficar em algum lugar onde eu não me sinta amada.

— Zan, não... Não é sobre isso. Não confunda as coisas. – Rabastan falou, exasperado.

— As ações são escolhas nossas, Rabastan. A reações são inevitáveis, e podem não nos agradar.

Depois de dizer isso, a Black virou as costas e rumou em direção à grande casa. Sentiu algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto e teve a impressão de ouvir seu nome ser chamado diversas vezes, por mais que não tivesse certeza.

Apenas seguia seu coração, que guiava suas pernas até a única pessoa que ela conseguia pensar em ver naquele momento.

Sabia que ele tentaria acessar sua mente de qualquer forma, então começou a mentalizar as cenas que ocorreram anteriormente, até chegar no ponto de estar quase gritando seus pensamentos. Entrou na casa, secando as lágrimas de seus olhos, e quase correu até o gabinete particular do homem.

Ao abrir a porta, sem pedir permissão para entrar, percebeu que seu pai, seu padrinho, seu tio e seu ex—sogro estavam na sala do Lorde, que a olhava com uma sobrancelha arqueada.

Ela olhou nos olhos dele, transmitindo todos os pensamentos que conseguia.

— Deixem-me falar com Zaniah a sós. – Riddle falou, havia uma pontada de urgência em sua voz. – Agora.

Os quatro homens saíram enquanto Zaniah entrava, a olharam com interesse, mas Zaniah ignorou a todos.

Quando a porta trás de si se fechou, Zaniah desabou no chão e as lágrimas começaram a rolar livremente pelo seu rosto, porém seu choro era silencioso.

— Eu estava certo, então. – Tom disse com indiferença. – Seu relacionamento não ia nada bem. – Ele relembrou o que havia dito.

Zaniah sentia o vazio a preenchendo, como se por algum momento a dor e a solidão dominassem seu corpo por completo.

— Eu sempre achei que ele não era o suficiente para você, de qualquer forma. – Tom falou, esnobando a dor da garota. – Você precisa de alguém mais forte ao seu lado, Zaniah, com um pulso mais firme. Alguém do seu nível, não abaixo.

A respiração da garota começou a voltar ao normal. Ainda assim, havia uma sensação de queimação no seu peito. Ela ergueu o rosto para Tom.

— Faça parar! – Implorou. – Faça essa dor passar.

Tom ergueu-a do chão sem maiores problemas e a colocou sentada em sua mesa. Fez ela olhar em seus olhos.

— Suas razões são genuínas, Zaniah. – Ele falou, a voz calma. – Você me lembra muito eu mesmo quando mais jovem. E você tem razão: nossa lealdade deve estar conosco e com aqueles que nos fazem bem. – Tom sorriu, os olhos distantes, lembrando-se de sua adolescência. – Era exatamente assim que eu pensava e... Bem, olhe onde estou hoje.

A garota não respondeu, Tom suspirou, entediado.

— Entenda, Zaniah, você fez o certo.

— Então por que dói tanto? – Ela perguntou, as mãos sobre o peito, apertando-o. A voz era baixa e rouca.

— Porque você gosta do garoto. – Tom falou indiferente. – Quantas vezes eu te falei para não deixar os sentimentos te dominarem?

Zaniah refletiu, não estaria sofrendo se tivesse seguido os concelhos do seu mestre.

Com um resmungo de derrota, Zaniah curvou seu corpo pra frente, apoiando sua cabeça no peito de Tom. Sentiu as lágrimas voltarem a se formar e fungou levemente.

— Não ouse molhar minha camisa, Zaniah Black. – Tom disse com a voz rígida, mas envolveu seus braços no corpo da garota.

Zaniah sentiu a forte onda magnética que sempre a envolvia quando estava com Tom, atraindo-a até ele. Então, ficou hiper consciente da proximidade de seus corpos, uma proximidade que Zan não se lembrava de ter tido com o homem mais velho. Ainda com a cabeça apoiada em seu peito, a garota reparou que Riddle estava entre suas pernas. Isso os deixava ainda mais próximos. As mãos dele em suas costas eram quentes e deixavam sua pele ardendo. Ele havia a tocado frequentemente ali desde que ela chegara. A respiração dele era tranquila e ritmada, e Zaniah começou a tentar imitá-la.

— Se sente melhor? – Ele perguntou. A voz rouca estava baixa e a fala fora proferida extremamente próxima à orelha de Zan. Aquela proximidade fez seu corpo se arrepiar, principalmente na área do pescoço.

Tom percebeu e sorriu com aquilo.

— Zaniah... – Ele disse num modo falsamente repreendedor.

A garota resmungou baixinho.

— Não é minha culpa. – Retrucou. – Isso sempre acontece, de qualquer forma.

O homem sorriu divertido.

— Sempre, é?

— Na verdade, só quando tu ficas muito próximo a mim. – Zaniah se corrigiu.

Tom aproximou a ponta de seu nariz da pele da garota, roçando-o e provocando ainda mais arrepios nela. A Black suspirou.

— Assim fica muito fácil, minha querida. – A voz de Tom era tomada pela sensualidade e ele recheara a frase com possessão.

— Para quê? – Zaniah achou a consciência quase perdida para conseguir realizar a pergunta.

Ao invés de responder, Tom segurou as extremidades de seu rosto com suas mãos, fazendo seus olhos se cruzarem.

— Você quer que eu vá embora? – Ele sussurrou, sua boca, novamente, muito perto da pele de Zaniah.

A garota não conseguiu responder. Ao invés disso, agarrou o quadril de Tom com suas pernas. A mão direita de Riddle saiu do rosto de Zaniah e desceu até sua coxa no mesmo lado. Ali ele acariciou toda extensão da parte posterior do membro, enquanto ainda olhava nos olhos da garota.

Zaniah sentia seu corpo ferver com aqueles toques e então resolveu ter um pouco de atitude. Aproximou perigosamente o seu rosto do rosto de Tom, que não recuou nem um milímetro.

— É sua última chance para me mandar sair daqui. – Tom disse, dessa vez um pouco mais sério.

Zaniah deslizou sua mão para o pescoço do homem, trazendo-o mais perto de si para, finalmente, colarem seus lábios.

Tom era, como Zaniah previra, rápido. Quando ela percebeu, estavam os dois sentados na cama, ela por cima dele, enquanto ele desfazia o nó de sua gravata o mais rápido que conseguia. Zaniah, por sua vez, não fazia a menor ideia de onde estava seu suéter, mas abria com velocidade os botões da camisa social de Tom.

Quando juntos se livraram de ambas as peças, o Lorde os virou na cama, ficando por cima da garota. Ele foi rápido em tirar a blusa de lã e a de malha que a garota usava. Ele percorreu todo seu colo e barriga deixando beijos, lambidas e chupões por onde passava, arrancando alguns suspiros da Black.

Chegou no cós da calça dela e não tardou a retirar aquela peça de roupa, junto de seus coturnos e suas meias. Olhou para Zaniah em sua cama, seminua e ofegante. Encostou em sua intimidade por cima do fino tecido da calcinha e a viu ronronar com o gesto. Ela já estava completamente molhada, assim como ele já estava completamente ereto. Buscou uma das mãos dela, esparramada na cama, e a levou até sua ereção, onde ela acariciou e apertou, dando-lhe prazer.

Depois, Zaniah desabotoou com um pouco de dificuldade a calça do homem, mas quando conseguiu abri-la, livrou-se da calça e da cueca de uma vez só. Tom retirou suas meias.

Zaniah pôde contemplá-lo por alguns segundos. Tom tinha o peitoral malhado e marcado por algumas cicatrizes – de batalhas, Zan imaginava. Suas coxas eram grossas e seu membro lhe dava tesão apenas por olhá-lo. Rígido, Zaniah apenas conseguiu molhar os lábios ao vê-lo. Era de um comprimento mediano, porém grosso e reto, nada curvado para um dos lados. Tom riu ao perceber o que atraíra tanta atenção da mais nova.

— Gostou? – Perguntou, o tom de voz provocativo.

— Me fode, Tom. – Ela falou num resmungo.

Os olhos do homem brilharam em malícia e ele sorriu antes de dizer.

— Vai ter que esperar um pouco.

Com toda calma do mundo, o que torturava Zaniah, ele retirou seu sutiã e sua calcinha, logo descendo seus beijos para chupar a intimidade da garota.

Zaniah controlava os gemidos que saíam de sua garganta para não ser ouvida por quem estivesse do lado de fora do gabinete. Tom parou de chupá-la, voltou seu rosto para perto do dela e ficou observando suas reações enquanto a masturbava com dois dedos.

Quando percebeu que ela começava a tremer e se contorcer, aumentou a intensidade, causando seu orgasmo. Zaniah estremeceu e gemeu baixo algumas vezes, mas Tom não permitiu que o fizesse por muito tempo, pois a beijou novamente. Agora as duas intimidades se tocavam sem restrição alguma, causando espasmos nos dois.

Mas Zaniah estava decidida. Com toda força que tinha, girou os corpos na cama, deixando Tom por baixo. Ela foi distribuindo beijos por toda a extensão do corpo do homem, até chegar em seu membro e colocá-lo inteiro na boca.

Tom agarrou seus cabelos com força e começou a ditar o ritmo com que Zaniah se movimentava. Quando ele começou a sentir os sinais do orgasmo, puxou a cabeça da garota para cima, fazendo-a se chocar contra seu corpo. Mais uma vez, beijaram-se. Tom puxou as pernas dela, fazendo-a encaixar no seu membro. Não demorou para que Zaniah começasse a rebolar no colo de Tom, seu órgão já inteiramente dentro dela.

Tom a segurava firme a cintura de Zaniah, mantendo os corpos grudados. A Black apoiou sua cabeça no vão do pescoço do Riddle. Daquela forma, ele ouvia todos os gemidos baixos que ela soltava.

Depois de um tempo naquela posição, Tom inverteu, ficando por cima. Forçou os joelhos de Zaniah para cima, obrigando-a a abrir ainda mais suas pernas. Naquela posição, o som dos corpos colidindo reverberava pelo quarto e nem Tom conseguiu controlar seus gemidos. A única coisa que eles tomavam cuidado era para que não fizessem barulho.

— Olha pra mim, Zan. – Tom falou, enquanto puxava o queixo da garota, fazendo seus olhares se cruzarem.

Ela encarou o homem, que enroscou a mão em seus cabelos, e mordeu o lábio na tentativa de abafar um gemido.

Tom continuou estocando seu membro nela enquanto os dois se olhavam nos olhos.

O corpo de Zaniah começou a estremecer e ela soube que logo chegaria em seu segundo ápice naquela noite.

— Tom, eu vou... – Ela resmungou, mas não chegou a terminar o que falava, pois seus olhos se fecharam com a sensação que dominou seu corpo e tudo ao seu redor se tornou escuro para que ela pudesse se concentrar apenas no seu corpo.

Até que a escuridão explodiu em cores, como uma supernova surgindo no universo. De repente, Zaniah recebia informações demais de todos os lados, mas conseguia captar todas. Sons, sensações, temperaturas. Ela não estava mais em um limbo, na verdade ela nunca tivera sua mente tão clara.

E foi então que ela percebera o que via.

Sua própria magia ali, em expansão. Seu corpo inteiro reagia à sua própria magia, atrelando-a à sua força vital. Sentiu algo ferver seu corpo, era bom.

Teve a impressão que encostava em algo muito quente, mas não sabia se era apenas seu corpo.

A queimação começou a dissipar de seus membros, mas parecia subir seu pescoço, até que se concentrou na região dos olhos. Zaniah sentia como se tivessem empurrando seus globos oculares para dentro do seu crânio, não sabia dizer se exercia algum som, pois não escutava nada do lado de fora de seu universo particular.

Aos poucos, ela foi se desconectando com aqueles mundo e foi retornando ao gabinete de Tom. Estava deitada na cama por baixo dele, que de repente parecia muito pesado e quieto. Um instante depois ele voltara a se apoiar em seus braços, retirando o peso de cima do corpo da mais nova.

— Quanto tempo eu fiquei fora? – Zaniah perguntou hesitante.

— Fora? – Tom a olhou, estranhando sua pergunta.

Quando Zaniah o olhou nos olhos, arfou. Suas orbes, antes azuis cobalto, agora eram prateadas e com sombras roxas, azuis e rosas, como a supernova que Zaniah vira.

— Seus olhos! – Eles exclamaram ao mesmo tempo. Zaniah congelou, será que seus olhos estavam diferentes também?

Ainda nu, Tom se levantou apressado e foi até perto de um espelho, onde se encarou por um tempo. Zaniah repetiu a ação do homem, ficando em pé ao seu lado no espelho.

Sim, seus olhos estavam diferentes. E exatamente iguais aos de Tom. Aquela mudança em seu rosto a assustou primordialmente, mas lhe dava um incrível ar de poder.

Tom os observava pelo espelho. Abraçou a cintura de Zaniah por trás e beijou seu ombro.

— O que isso significa? – Zaniah sussurrou, a voz perdida.

— Eu não sei. – Tom suspirou parecendo derrotado.

A garota apenas continuou olhando no espelho, assombrada com seus olhos e com quão bem seu corpo encaixava no de Riddle.

Era isso, então? Era por isso que a magia dele sempre atraía a dela, como um imã?

Tom deslizou sua mão para a intimidade da garota, que suspirou e sentiu suas pernas bambearem.

— Eu lhe falei, não é mesmo? – Tom perguntou enquanto seus dedos se moviam no ponto de prazer da garota. – Alguém de seu nível, minha querida, não abaixo.

Zaniah se virou para frente do homem e o encarou. Naquele momento, aceitou seu destino.