– Ei Leo! - gritou Laila correndo os degraus da frente do prédio da escola. Ela pulou aqueles degraus de uma vez e alcançou Leonard.

– E aí Wigon? - ele sorriu segurando a alça da mochila no ombro direito deixando a outra pendente.

– Posso te perguntar uma coisa? - Laila perguntou. Sua respiração entre cortada e um pouco pesada.

Laila estava reunindo toda sua coragem fazia algumas horas. Ela precisava perguntar a Leo sobre a garotinha do quadro e passou o dia tomando forças para fazer isso. Ficou o tempo todo procurando por ele para poder perguntar, e agora que conseguira aborda-lo na saída, não sabia bem como começar.

– Claro, o que é? - ele perguntou.

– Bom, - ela começou apertando a alça da mochila – é uma coisa sobre Nico.

– Hum...

– Ele, por acaso, tinha alguma irmã, prima ou coisa parecida? - ela perguntou um pouco receosa.

Leo mudou o peso do corpo para uma perna depois para outra.

– Acho que não posso te ajudar, Laila. - ele disse em tom sério.

– Ah, qual é Leo! Por quê?

– Bom, - e ele mudou o peso novamente de perna – isso é um assunto que eu não posso tocar. Me desculpe.

– Mas, Leo, eu só queria saber...

– LAILA! - gritou Cloe de algum lugar atrás deles.

– Eu tenho que ir, Laila. - disse Leo andando para longe.

– Não! Espera!

– Ei Laila! - Cloe surgiu ao lado de Laila com os cabelos loiros bagunçados. – Eu estava te procurando por toda parte! Onde você se meteu?

Mas Laila estava distraída olhando a silhueta de Leo que desaparecia aos poucos no meio da multidão.

– Droga - gemeu Laila baixinho.

– O que foi? - Cloe perguntou.

– Ahn... nada – Laila mentiu virando-se para a amiga.

– Vamos embora?

– Claro. Cadê o resto do pessoal? - Laila perguntou olhando ao redor.

– Estão esperando perto do carro, já que eu não conseguia te achar porque você havia sumido de repente. - disse Cloe.

– Me desculpe, okay? Eu... eu precisava fazer uma coisa.

– O quê? O quê houve? - perguntou Cloe. Laila revirou os olhos.

– Nada. Anda, vamos.

Laila pegou Cloe pela mão e a arrastou por entre a multidão até a rua, onde o carro de Cloe estava parado perto do meio fio com uma pequena multidão ao redor dele.

– Ei! Onde vocês estavam? - perguntou Alison assim que elas duas se aproximaram.

– Eu estava procurando pela Laila.

– Tá, ótimo, vamos logo! - apressou-as Carly.

Todas entraram no carro e partiram para a casa de Lailae Carly.

– Mãe? Pai? Que malas são essas? - perguntou Carly ao alcançar o hall de entrada primeiro que as outras, chutar uma mala preta e quase cair.

– Meninas? Estou aqui! - disse Elizabeth, sua voz vinha de algum lugar da sala de estar.

Carly pulou a mala preta e as outras duas, igualmente grandes, na cor marrom antes de seguir para a sala de estar.

– Olá meninas! - cumprimentou-as Elizabeth Wigon.

– Olá senhora Wigon – disseram Cloe, Alison , Claire e Samantha.

– Mamãe, pra que as malas ? - perguntou Carly apontando com o polegar por cima do ombro.

– As malas são minhas e do seu pai, querida. Eu e ele vamos viajar. - explicou Elizabeth.

– Vocês vão viajar? Não quis dizer “nós vamos viajar”?

– Não, filha, apenas seu pai e eu. - Elizabeth se aproximou da filha e colocou as mãos em seus ombros.

– Por que?

– Bom, - Lizy suspirou e apertou o ombro da filha de leve – nós recebemos uma ligação de urgência da vovó Ophélia.

– O quê? O quê houve com a vovó Ophélia, tia? - perguntou Laila irrompendo pela sala de estar.

Ophélia é mãe de Elizabeth e de Richard, pai de Laila, e nunca foi um exemplo muito bom de saúde. Estava sempre doente e, desde que seu marido Carlos faleceu, ela vivia sozinha no norte do país.

– Ela está bem, Laila. Só que precisa de cuidados especiais por causa da idade e vocês sabem disso. – explicou Elizabeth – Bom, ela nos telefonou esta tarde. Sua saúde não está muito boa e Bob e eu precisamos ir ficar com ela por uns dias.

– Ela está bem mesmo tia? Faz muitos anos que não vejo a vovó Ophélia – disse Laila.

Elizabeth puxou a sobrinha e a filha e apertou os ombros delas carinhosamente.

– Ela está bem. Só precisa de uma visitinha da família por alguns dias, só isso.

Carly e Laila trocaram um olhar e suspiraram.

– Okay então. - suspirou Laila.

Lizy sorriu para elas, aquele sorriso quente cheio de amor que aquecia todo o ambiente.

– Mas, mamãe, não era melhor irmos todos então? - perguntou Carly.

– Oh não, não! Não há essa necessidade querida! Eu e seu pai vamos, ficamos alguns dias e voltamos. Sem problemas. E tem mais, você, Laila e Derick tem escola. Eu e seu pai não vamos faze-los faltar na escola, podem esquecer.

Carly suspirou.

– Quando vocês voltam? - ela perguntou.

– Em quatro, talvez cinco dias. Por isso, até nosso retorno, conto com vocês para cuidarem uma da outra e desta casa e, é claro, cuidar do Derick.

– Tia, o Derick não é mais um bebezinho. Ele sabe se cuidar. Mas, se quiser, nós ficamos de olho nele sim. - disse Laila.

– Que bom que disse isso, Laila, porque é você que ficará no comando até nossa volta.

– Por que a Laila? - perguntou Carly cruzando os braços como uma criança mimada.

– Porque ela é mais velha que você e que seu irmão, filha – explicou Elizabeth apertando os ombros de Carly.

– Nove meses mais velha que eu. Grande coisa.

– Ah Carly, não começa! - exclamou Laila.

– Está bem. Ela fica no comando – disse Carly de má vontade.

– Ótimo, pois eu já tenho que ir. Seu pai vai vir me buscar a qualquer...

– Senhora Wigon? - surgiu Cloe na sala de estar. – Tem um carro buzinando na frente da casa.

– E como eu dizia, a qualquer instante – Elizabeth completou rindo. Ela jogou os cabelos ruivos para trás por cima do ombro e abraçou a filha e a sobrinha. – Cuidem-se e , por favor, não transformem essa casa num circo, okay?

– Sim senhora. - responderam Carly e Laila em unisom.

– Ótimo. Eu ligo para cá quando chegarmos lá.

Elizabeth beijou a testa de Carly e depois de Laila, ajeitou o sobretudo bege no corpo e passou pela passagem até o hall de entrada.

– Meninas? Podem me ajudar com as malas?

– Claro, senhora. - disseram Alison e Cloe.

– Oras por favor! Nada de senhora nesta casa. Sou Elizabeth! Céus, quando dizem senhora me sinto idosa! - brincou Lizy fazendo todas rirem enquanto ela, Cloe e Alison saiam da casa carregando as três malas enormes.

– Adeus meninas! - gritou a senhora Wigon quando alcançou o carro depois de guardar as malas no porta-malas.

– Tchau! - elas gritaram de volta.

O sedan de Bob Wigon deixou o meio fio buzinando alegremente até virar a esquina e sumir da vista das garotas.

Quando bateu o horário de Laila, ela foi para a casa de Nico.

– Olá Nora. - disse ao chegar à porta.

– Olá Laila, como está?

– Bem obrigada. E você? - Laila perguntou enquanto entrava no tão conhecido salão de entrada da mansão dos Parker.

– Ora, muito bem. - e Nora sorriu enquanto fechava a porta.

Laila partiu dali para as escadas. Atravessou o corredor e parou ao lado da porta entreaberta do quarto de Nico.

– Toc toc – ela disse empurrando a porta de leve e metendo a cabeça pela abertura.

– Ei! - disse Nico que estava deitado em sua cama sustentado por um dos cotovelos. Com a mão livre, digitava algo no teclado de seu notebook.

Ele empurrou o notebook para frente e se sentou.

– Achei que não viria hoje, já que temos mais alguns dias para terminar – ele disse fechando o notebook.

Laila se aproximou e se sentou de frente para ele na cama, enquanto tirava a bolsa de um dos ombros e jogava o chão.

– E eu achei que você nem estaria aqui hoje. - ela disse.

– Por que?

– É sexta, lembra? Tem sempre as festinhas e tal – ela disse.

– Ah tá . Bom, hoje, por incrível que pareça, hoje não terá nenhuma festa. Pelo menos, não que eu saiba. - ele sorriu.

– Bom – Laila apanhou o notebook e o abriu – então vamos começar logo, não?

Nico deslizou para o lado de Laila e eles retomaram o trabalho. Eles riam algumas vezes, mas estavam bem focados em terminar logo o trabalho, por isso as brincadeirinhas não eram muito constantes.

Cerca de uma hora, talvez uma hora e meia, depois eles encerraram o dia de estudos. Laila fechou o notebook e colocou-o de lado.

– Vou pegar alguma coisa para beber lá embaixo, quer? - Nico perguntou levantando-se.

– Ahn... claro – respondeu Laila.

Nico saiu do quarto deixando-a sozinha. Laila olhou ao redor. Olhou para a porta checando se Nico não estava mais ali e depois se levantou. Abriu algumas gavetas e só encontrou roupas. Ela estava procurando por muito além disso. Queria informações sobre a garotinha. Aquilo já estava incomodando Laila de todos os modos possíveis. Ela não parava de pensar em quem podia ser a menininha e em porquê todos estavam escondendo isso dela. Quando falou com Leonard naquela tarde, ficou óbvio que ele sabia perfeitamente do quê ela, Laila, estava falando. Mas por que não quis contar a ela? E por que ficou tão sério quando ela tocou no assunto?

Laila abriu as gavetas da cômoda mas só encontrou cuecas e meias ( coisa que fez Laila corar furiosamente). Voltou-se para perto da cama e abriu a gaveta única do criado-mudo e encontrou um álbum grande de capa negra. Laila lançou um outro olhar para a porta temendo que Nico aparecesse . Suspirou fundo enquanto se sentava na cama e abria o álbum de fotos.

As primeiras fotos eram de um bebê de cabelos curtos, cheios, escuros e desengrenhados. Nico. Na quarta ou quinta foto, o bebezinho aparecia no colo de uma mulher muito bonita, com seus cabelos tão ecuros quanto os de Nico. Eles eram cacheados e cheios. A mulher , que era claramente a senhora Parker, tinha olhos bem claros e um sorriso brilhante que cegava qualquer um.

As fotos continuavam com a evolução de Nico. Agora , ele aparentava ter uns dois ou três anos. Vestido apenas com uma fralda, ele tentava em vão se equilibrar nos pezinhos gordos. Na foto seguinte, mostrava ele sentado no colo de um homem que parecia com Nico em todos os aspectos. Os cabelos espetados e bagunçados, o sorriso torto e maroto que irritava Laila e os olhos profundos. A única diferença era a barba por fazer do homem, o senhor Parker.

Laila avançou algumas páginas do álbum passando direto por fotos do tipo Nico brincando de carrinho ou empinando pipa. Ela queria encontrar alguma coisa sobre a menininha. Foi então que, lá pela quinta página do álbum, surgiu uma foto. Ela estava sozinha na página toda. Era Nico pequeno com aquela mesma garotinha ao seu lado. Ao fundo, via-se uma grama bem verdinha e extensa e mais ao fundo ainda, via-se um lago com barcos deslizando sobre as águas ao longe. Nico parecia ter uns sete anos e a menina bem menos. Tavez três ou quatro. Ambos sorriam para a câmera. Nico usava um chapéu de pescaria com vários apetrechos presos a ele. A menininha usava um outro chapéu de pescaria que ficava enorme em sua cabeça. Eles seguravam juntos uma vara de pescar na vertical. Estavam tão felizes e sorridentes que Laila não queria nem imaginar quem era a menina e o quê acontecera a ela que ninguém falava.

Laila tirou a foto do álbum e deslizou o dedo indicador pelo rostinho sardento da menina.

– O quê está fazendo com isso? - exclamou a voz de Nico da porta.

Laila arfou por um segundo, pulando da cama , fazendo com quê o álbum de fotos caísse no chão com um baque. Nico , com as mãos ocupadas por um prato com lanches e duas latinhas de refri equilibradas, olhou da foto nas mãos de Laila para o rosto pálido e assustado da garota.

– Nico... eu... eu... - mas Laila esquecera completamente de como se falava qualquer coisa.

Nico largou o prato em cima da cômoda e marchou até Laila. Por um segundo ela pensou que ele bateria nela ou gritaria com ela. Quando ele se aproximou, ela se encolheu de medo dando um passo para trás até sua perna esbarrar no criado-mudo. Ele a fulminou com o olhar. Depois apanhou o álbum do chão e se sentou na cama.

– Me desculpe, okay? - Laila conseguiu murmurar enquanto se sentava no cantinho da cama. – Eu fiquei muito curiosa. Desculpe, eu não queria ter mexido nas suas coisas. - e ela estendeu a foto que estava em sua mão para Nico. Ele a encarou de esguelha e pegou a foto, colocando-a no mesmo lugar de antes no álbum.

– Estava curiosa com o quê? - ele perguntou tentando manter a voz calma.

Laila suspirou e se aproximou ,receosa, dele.

– Para saber de uma coisa – ela engoliu em seco – Desde o dia que vi aquela foto de você e daquela menininha, eu fiquei curiosa Nico. Me desculpe. - Laila baixou os olhos.

– Então, você queria saber quem ela é – disse Nico apontando para a fotografia.

– Bem – Laila mexeu a cabeça – talvez um pouco.

Laila ouviu Nico suspirar pesadamente. Pôde ouvir as engrenagens da cabeça dele trabalhando.

Na cabeça de Nico travou-se uma batalha. Parte dele queria expulsar Laila dali e manda-la esquecer da menina na foto, mas grande parte dele também queria contar tudo a ela. Será que era a hora certa para confiar a ela tal assunto?

Nico suspirou enquanto seu dedo indicador deslizava pelo rosto sorridente da menina na fotografia. Ele levantou um pouco a cabeça e olhou para Laila. Ela também o olhou e eles se fitaram por alguns instantes.

– O nome dela é Lúcia. – Nico falou baixando os olhos novamente para a foto – Ela era minha irmã.

Uma voz interior de Laila gritou “Eu sabia!” mas Laila a ignorou.

– Não sabia que você tinha uma irmã – ela disse.

Nico suspirou mais uma vez e fechou o álbum.

– Eu tive.

Ele se levantou e guardou o álbum na gaveta do criado-mudo. Ele ficou ali em pé, de costas para Laila, encarando a parede. Ela sabia que era abuso demais, mas Laila queria saber por mais. Estava sedenta por mais.

– O quê … o quê houve com ela?

– Ela morreu a cerca de 4 anos. - murmurou Nico. – Morreu de câncer.

Laila engoliu em seco. A voz de Nico parecia sentir a dor das próprias palavras. Laila baixou os olhos para os pés e depois voltou a fitar as costas de Nico.

– Eu... – a voz de Laila embargou e ela gaguejou – eu... sinto... sinto muito, Nico.

O silêncio de Nico doeu tão forte em Laila que ela implorou para que ele começasse a gritar com ela. Ela sabia a dor que ele sentia. Ela o entendia perfeitamente. Também teve que lidar com perdas importantes para ela.

– Tudo bem – Nico respondeu por fim, mas sem se virar. – Laila, acho melhor você ir agora.

– Claro - ela respondeu rapidamente. Laila se levantou e pegou sua mochila. – Bom, até mais – ela disse e saiu do quarto quase correndo.

– Até – Nico respondeu, mas ele sabia que ela não estava mais lá.

No caminho até sua casa, Laila sentiu o peso enorme da culpa nas costas. Ela fizera Nico tocar em um assunto doloroso para matar sua curiosidade. Estava se sentindo um monstro. Ela sabia o quanto era horrível tocar neste tipo de assunto. Quando as pessoas perguntavam de seus pais, ela odiava contar-lhes qualquer coisa. Ela sabia o quanto era doloroso e estava se sentindo uma péssima pessoa por fazer Nico relembrar uma coisa que , definitivamente, não era nada agradável.

– Oi. Chegou cedo. - disse Cloe à Laila quando esta apareceu na sala de estar e jogou a mochila no chão.

– O quê faz aqui? Pensei que já estaria na sua casa uma hora dessas. - Disse Laila se sentando em cima das pernas no sofá, ao lado de Cloe.

– Nós vamos passar a noite aqui – disse outra voz, agora de Alison, que saía da cozinha.

– Vão?

– Sim, vamos. - respondeu Sam que saía da cozinha atrás de Alison. Claire vinha atrás delas. Todas se acomodaram nos sofás.

– Cadê a Carly? - perguntou Laila.

– Aqui na cozinha! - gritou Carly além da porta branca no fim da sala de estar.

Laila olhou para cada uma das amigas e deu de ombros. Sua cabeça estava cheia demais, mas ela não iria transparecer isso.

– Então vocês vão dormir aqui? - Laila perguntou.

– Sim. - responderam as outras.

– Vão passar o fim de semana aqui também?

– É claro – elas riram.

Elas passaram a hora seguinte jogadas de pijama na sala. Enquanto Laila estava fora, as outras foram cada uma para sua casa pegarem roupas e comida. Carly e Laila arranjaram alguns colchões e cobertores e colocaram na sala. Cloe e Ali trouxeram fimes. Dos melosos até os de terror. Claire e Sam passaram no mercado e encheram um carrinho apenas com balas, chocolates, refrigerantes, salgadinhos e outras porcarias. Elas fizeram pipoca e se jogaram nos colchões para assistir aos filmes.

– Ei meninas! - exclamou Derick ao chegar em casa lá pelas 21 horas. – Mãe! Pai! Cheguei! - ele gritou.

– Eles não estão – disse Carly sem tirar os olhos da televisão e a mão do chocolate.

– Ainda estão no trabalho? - ele perguntou enquanto apanhava um pacote de Fini do colchão e se jogava no sofá menor.

– Não. Foram viajar – disse Cloe antes de enfiar uma fileira de chocolate na boca.

– Como assim viajar? - ele perguntou alarmado.

– Vovó Ophélia precisava deles, então mamãe e papai foram ficar com ela uns dias. Laila e eu estamos no comando – Carly disse enfiando um punhado de pipoca na boca.

– Ah tá. - ele disse – Vocês não vão fazer uma festinha do pijama aqui, ou vão?

– Sim, nós vamos – Carly e Laila responderam juntas.

– Ah não! - Derick exclamou – E como eu fico?

– E como você fica o quê? - perguntou Alison.

– Um monte de garotas em casa e só eu de homem. Por que não me avisaram de nada? Eu podia ter saído! Ou chamado alguns amigos, sei lá! - disse ele irritado.

– Foi mal, primo! - disse Laila encarando Derick. - Nós , meio que, esquecemos que você estaria aqui.

– Bela família! - ele exclamou deixando a sala para trás e subindo as escadas. Laila suspirou e encarou as outras.

– Mandamos mal. Muito mal mesmo! - Laila gemeu.

– É, esquecemos que o Derick viria para cá - Cloe disse.

– Acha que ele vai ficar irritado com a gente, Carly? - perguntou Laila.

– Sei lá. Talvez um pouco. Não ligo – e ela deu de ombros.

– Uau garota! Cadê seus sentimentos? - exclamou Claire rindo sarcasticamente.

– Cala boca e passa a pipoca! - Carly riu atirando uma almofada em Claire.