Capitulo 4: A decisão errada

POV ALICE

Corri para o quarto de Annabeth junto com Sérgio.
–Annabeth o que foi?- ela estava sentada na cama dela, em estado de choque, não se mexia e não falava nada com nada.
–Chame o papai por favor Sérgio.- pedi a ele que saiu correndo.-Annabeth o que houve? Fala comigo irmã.
Ela não respondia.
–Mais que gritaria e essa?-diz meu pai.
Olhando o estado de Annabeth ele nao diz mais, nada, simplesmente manda eu e meu irmão irmos dormir. Meu pai andava muito grosso conosco... Algo estava acontecendo. Ele colocou alguns guardas no quarto de Annabeth, e a deitou na cama.
–Papai esta estranho né Sérgio?
–Sim Lice, mais vamos dormir.- ele diz.
Me deito com ele e adormecemos. Em semanas, dormi como um bebe, sem pesadelos, sem sonhos, sem acordar, sem nada, apenas dormi.

–Bom dia Alice.
Abro meus olhos para ver quem me chamava, era Zilda, minha conselheira, ou seila o que ela fazia, sei que cuidava de mim, muito bem.
–Seu pai pediu para levantar-se e se arrumar, ele precisa falar com voces.
–Ah, ok, obrigada.
Ela coloca a mão no meu rosto e me observa.
–Amo você tanto.
–Tambem te amo Zilda.
Ela era uma especie de mãe, as pessoas até brincavam que ela era minha mãe mesmo, eramos muito parecidas.
Me levantei, tomei um banho, coloquei um vestido lindo que ganhei de Annabeth e fui para a sala central, era mais provavel que meu pai estivesse la.

Chegando lá, meus irmãos ja estavam em seus "tronos", mais estava diferente, o do meu pai estava na frente e o nosso de frente para o dele, tipo alunos e professor... O que seria isso?
–Bom dia a todos- eu digo.
–Bom dia- respondem.
–Alice, Annabeth e Sérgio, chamei vocês aqui pois tenho uma noticia. Sentem-se que eu explico.- nos sentamos em nossos tronos- Bom, eu conheci uma pessoa- meu coração acelerou- Percebi realmente que a amo, como nunca amei ninguem, decidimos nos casar. Por favor entre querida.- ele chamava minha mãe de querida.
As portas se abrem, entra por elas uma mulher, alta, loira, olhos azuis, ela era linda, parecia uma deusa, bem nova, no maximo 30 anos.
–Venha até aqui- pediu meu pai.
Ela se aproximou, sorriu para nós com uma tamanha delicadeza.
–Esta é Ravenna, minha futura esposa e rainha da Inglaterra, e se vocês preferirem assim, futura mãe de vocês.
Aquilo foi o cumulo para mim, me levantei da cadeira assustando todos, não percebi mais gritava.
–Futura mãe? Minha mãe morreu quando eu tinha 11 anos, ninguem substituirá minha mãe você entendeu? Se você quiser substituir ela por uma cópia 10 anos mais nova problema é seu! Mais eu não, ninguem assume o lugar da minha mãe.
Sai da sala, sem aviso, escutei ele dizendo alguma coisa, mais na hora do nervoso, nao prestei atenção. Eu estava realmente chateada e irritada. Entrei no meu quarto e lá fiquei.

POV REI PHILIP
Esta menina esta passando dos limites, mal ela sabe quem ela é!
–E vocês? Vão enlouquecer tambem?- eu disse para os meus outros filhos.
–Papai, eu acho que a Alice esta certa, mãe é só uma.- disse Sérgio.
–Levante-se dai e eu te deserdo garoto.- essas crianças acham que podiam competir comigo?
–Eu acho magnifico papai, bem vinda Ravenna- sem duvidas Annabeth era a unica inteligente ali!
–Obrigada, que bom que você me aceitou, seremos boas amigas.
Pelo menos minha filha querida e minha amada estavam se dando bem.

POV ALICE
TOC TOC.
–Quem é? -eu geralmente ja dizia pode entrar, mais do jeito que eu estava.
–Ravenna.
Era uma vagabunda mesmo. Me levantei irritada e abri a porta.
–O que você quer?
–Conversar- sem minha permissão ela entra em meu quarto- Belo quarto.
–Tanto faz, sobre o quer quer conversar?- nao fui com a cara dela.
–Sobre nossa familia.
–Por favor não me faça rir!
–Alice, eu realmente amo seu pai, desde adolescente eu sentia tração pelo rei- a interrompi
–Pelo rei ou pela riqueza do Rei?
–Assim você esta me ofendendo.
–Problema é seu! Olha aqui, eu não fui com a sua cara, posso ver o odio nos seus olhos, posso ver a maldade dentro de você! Me responda uma coisinha, o que uma mulher jovem e linda quer com um homem ja velho? Obviamente você tem algo a mais que amor né? Você tem cara de vadia, isso sim, fique longe de mim! Longe, e nunca mais repita que sera minha mãe ou amiga! Nunca.
Ela não disse nada. Simplesmente saiu do meu quarto.

Alguns minutos depois meu pai entra no meu quarto sem bater, com Ravenna ao lado, ela estava com um rosto de quem chorou.
–Alice, quem você acha que é?
Não respondi.
–Olhe o que você fez com Ravenna.
–A por favor papai, olha o que? Disse verdades- eu respondi
–Você não tem o direito de ameaça-la e xinga-la! Ela é minha esposa, digamos assim, e em breve sua madrasta, dai tera poder sobre você!
–Ameaça-la? Poder? Faça-me o favor Rei Philip!
–Você ameaçou a me machucar se eu não sai-se do seu quarto- disse ela.
–Eu o que?
Meu pai me encarava.
–Você passou dos limites! Vai pro colégio interno!
–O QUE? PAI, VOCÊ MAL CONHECE ESSA SUJEITA E JA VAI SE CASAR COM ELA? A TRAZENDO PARA CASA? ME INTERNANDO? NAO ACREDITANDO EM MIM? DESPREZANDO MINHA MÃE? ESTAMOS EM UM PERIODO PERIGOSO! E SE ESSA AI É O LOBO?
–Seus irmãos a aceitaram normalmente, mais você passou dos limites.
–Claro que aceitaram, você ameaça o Sérgio a cada minuto, e Annabeth sempre sera a certinha. Você ainda se lembra da minha mãe?
–Não posso ficar preso na sua mãe a vida toda, ela ja morreu, não existe mais espaço para ela na minha vida! Eu realmente nunca a amei, foi um casamento obrigado!
Percebi que estava chorando, Ravenna me olhara com um sorriso do tipo "Ganhei". Me descontrolei.
–VADIA! VAGABUNDA! SAIAM DO MEU QUARTO! OS DOIS! EU TE ODEIO REI PHILIP! TE ODEIO! SAAAAAAAAAAI! E SAIBA QUE EU NÃO IREI PARA NENHUM COLÉGIO INTERNO! O LOUCO DESCONTROLADO AQUI É VOCÊ!
Eles sairam, me joguei na minha cama e comecei a chorar. Sem perceber, dormi.

Acordei ja era noite, olhei no relógio, 02:45, perfeito, assim ninguem ia ver! Fui até o quarto de Sérgio de pontinha de pé. Entrei no closet, peguei umas roupas dele, camisete, calça e sapato. Voltei para o meu quarto, coloquei as roupas, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, ele era bem grande, peguei uma espada e arranquei o rabo. Sim, eu tinha cortado meu cabelo tipo "Joãozinho" como dizem. Agora eu podia fugir sem ser reconhecida.
Fui para fora do castelo, em silencio. Cheguei no estabulo e peguei minha sela.
–Holliver, shiu, sou eu- passei a mão pela cara dele. Coloquei a sela e montei. Corri com ele. Os portões estavam fechados, mais em em minutos se abriria para a chegada de mercadorias. 5 minutos depois ele abriu, na primeira oportunidade corri com Holliver, corremos muito, em direção a vila. Anna Julia me dissera onde morava, e eu ia para lá.
Começou a chover, mais eu não iria parar, corri mais que o possivel, até que cheguei na casa dela. Molhada, suja, exausta...
TOC TOC. Era mais que obvio que iriam se assustar, a essa hora, uma princesa correr descontroladamente até a casa de uma camponesa.
–Quem?- era a voz dela.
–Alice.
Ela abriu a porta devagar e se espantou.
–Alice? A princesa?
–Sim- eu ri.- Posso entrar?
–Claro!
Entrei sem jeito, a casa era muito fofa por sinal.
–O que houve? E o seu cabelo?
–Ah, eu fugi e o cortei.
–Alice você é louca!
–Talvez, posso tomar um banho e dormir? Alias, posso passar uns dias aqui? Até me comunicar com a minha familia materna?
–Claro! O tempo que precisar.
Agradeci e ela me mostrou o banheiro. Era simples, mais otimo.
Tomei um banho, a agua era fria, mais pelo menos eu estava limpa. Ela me levou até um quarto que continha uma cama bem confortavel por sinal, la me deitei e dormi.
Acordei de madruga com um homem me olhando, eu o conhecia! Raphael!
–O que faz na minha cama e na minha casa? - ele disse rindo.
–Sua casa? Mais eu estou na casa da Anna Julia.
–Exato, minha irmã.