==> Seu nome é SHIROYAMA YUU, você possui uma enorme variedade de interesses, tais quais GUITARRAS, sua BANDA INTERNACIONALMENTE FAMOSA, seus GRANDES AMIGOS DA BANDA INTERNACIONALMENTE FAMOSA e sua INTERNACIONALMENTE FAMOSA VIDA SOCIAL ARRUINADA POR CONSTANTES ATAQUES DE PELANCA NO TWITTER.

Você ainda está embasbacado no caminho de volta para casa, não para aquele apartamento minúsculo em Tóquio, mas sim Mie, sua cidade natal. Todos, muito abalados com o fato de Uruha, eternamente a vadia da banda e fonte de piadas homo-referentes de todos estava namorando.... A Kes...

Ke$ha.

Você precisava se consultar com seu próprio amor. Balançava no trem, sentindo-se como se estivesse em alto mar, próximo a ele. Sim, ele. Você fazia tantas piadas do pobre Kouyou quando você era o homossexual da banda. Mas estava tudo bem enquanto eles não descobrissem...

Depois de horas naquele vagão, segurando um grande livro você encontrou-se com a praia, as ondas quebravam fortes, espalhando água salgada por todo seu rosto e um vento gélido soprava do litoral. Era a noite perfeita para encontrá-lo. Seu caso de amor secreto, talvez nunca pensaria em namorar alguém como ele.

Só de pensar naquilo você aperta o livro contra seu peito, muito mais forte, sentindo o coração bater contra ele, doki-doki kokoro, doki-doki. Suas bochechas coram, mas são acariciadas pelo vento que agora está mais forte e as gotículas de água fixavam-se em seu rosto.

O seu início de relacionamento deu-se de uma forma muito inusitada. Você estava triste, muito triste, aquele bullying que o levou a deletar o twitter acabou com seu coração, e, confiante de que algum dos seus amigos no MSN iriam o ajudar, você logou, mas logo logo seu coração espatifou-se.

Você foi apresentado ao célebre som: Aoi, volta para o mar oferenda.

E foi isso que você fez, se ninguém o queria vivo, tudo bem, correria para o mar e se afogaria, ninguém ia sentir sua falta.

Foi quando... Ele aconteceu.

Em sua corrida desenfreada você tropeçou, caindo de cara na areia grossa, as lágrimas agora misturando-se com as pequenas pérolas do mar. O que quer que havia o feito tropeçar deveria pagar, o que o havia feito tropeçar fora um livro, mais especificamente um grimório.

Para os leigos, como você, basicamente um livro que invocava demônios e criaturas ancestrais, capazes destruir civilizações. Ali seu desejo de vingança seria satisfeito! Você com emoção invocou a criatura que achou mais perigosa... O Cthulhu. Ele destruiria com certeza todas as fãs que o disseram que estava chato, feio, bobo e namorando o Uruha.

Volta pro mar oferenda, uh?

Você não se demorou, fazendo todos os complicados desenhos com facilidade e invocando a criatura. Em sua chegada ele deu um grito absurdo, doloroso.... O grito tinha cheiro de vingança e peixe podre. Aquela palma, verde, com uma membrana entre os dedos fez-se de plataforma para seu corpo minúsculo e levou-o em nível com os olhos dele: Verdes, mortais... E aqueles tentáculos que a cada minuto acariciavam sua pele com a respiração...

Foi ali que seu coração fez...

Doki doki.

Suas bochechas coravam, seu coração fazia o doki-doki, o sangue corria para outra parte de seu corpo... Você estava apaixonado. Apaixonado por Cthulhu... Todo o seu desejo de vingança havia se esvaído com o mero toque daqueles tentáculos. E naquela noite você sentiu em seu corpo nu o toque de cada ventosa, cada pequena gosma ecto-plasmatica que cobria seu ser enquanto Cthulhu o violava com tentáculos.

Amor à primeira vista.

E agora estava você, invocando o monstro, não para uma noite de sexo inter-espécies, mas para consultar-se.

- Cthu-kun.. O Uruha está namorando...Não não amor! Não é ciúmes, me deixe terminar, você nunca me deixa terminar! – A briga sempre começava ali, Cthulhu morria de ciúmes do loiro, tinha vontade de comê-lo com molho branco. – Ele está namorando a Ke$ha!

Um grito indignado, um grunhido e Aoi, após o esporro básico sobre ter ciúmes de Uruha entendeu o que seu namorado queria dizer.

- Eu gosto da música dela amor! Imagina? Eu? Ouvindo primeiro os singles dela? O que eu quero dizer Shiroyama, é que não importa quem se ama. O que importa são as vantagens.

E logo seus braços estavam ao redor dele apertando um dos tentáculos que fazia seu coração bater mais forte.

Realmente, Cthulhu era um sábio monstro ancião.

E seu namorado.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.