A Promessa

Uma revelação inesperada!


Quando Mai abriu os olhos viu que o sol da manhã invadia o escritório pelas frestas das persianas, e quando ela olhou para o relógio da parede arregalou os olhos em choque.

–merda! – amaldiçoou em voz baixa – já é tão tarde assim?!

Mas quando ela estava saindo do sofá, os braços de Naru a puxaram de volta e a abraçando firmemente, enterrando seu rosto na curva de seu pescoço e inalando seu doce perfume.

– só mais um pouco... – sussurrou Naru com a voz ainda rouca pelo sono.

–Naru! – exclamou Mai – já são as 7:30! Daqui a pouco Lin-san e os outros vão chegar! E se nos virem assim – disse Mai apontando para os dois deitados com as pernas entrelaçadas e seus corpos completamente colados – Vão pensar que... q-que f-fizemos... O que nos definitivamente não fizemos!

– não foi por falta de vontade... – disse Naru, Mai podia sentir o sorriso dele em seu pescoço o que a deixou ainda mais chocada.

– Naru! – ela estava perplexa, e Naru simplesmente a puxou mais para si e espalhou vários beijos molhado por toda extensão de seu pescoço até o lóbulo de sua orelha onde ele deu uma leve mordida a fazendo suspirar.

– você não sabe o quanto tive que me controlar ontem... – sussurrou Naru em seu ouvido com sua voz rouca, ele se afastou o suficiente para ver seu rosto corado, e cabelos revoltosos – e não sabe o quão tentadora esta gora...

E no segundo seguinte os dois estavam se beijando com toda fome e paixão que sentiam uma pelo outro.

Até que o celular de Mai vibrou na mesa de Naru, fazendo com que ela voltasse ao seus sentidos, que estavam completamente perdidos com aquele beijo, e parar de beija-lo.

– Naru eles já vão chegar... – alertou Mai e Naru apenas suspirou e olhou para Mai com um pequeno sorriso de canto em seus lábios.

– ok, vamos nos arrumar- disse Naru.

E quando Mai estava se levantando do sofá ela parou no meio do caminho quando se lembrou de uma coisa, ela olhou para Naru com uma expressão divertida no rosto.

– então o grande Oliver Davis lendo cinquenta tons de cinzas...interessante – disse Mai com uma sobrancelha erguida.

Naru simplesmente se sentou e passou a mãos pelos cabelos, fechou os olhos e sacudiu a cabeça com um sorriso cansado.

– enquanto estava na Inglaterra, minha mãe me obrigou a ir com ela visitar por uns dias, uma velha amiga dela, que morava no campo, onde não tinha sinal de celular e nem de internet, e ficava a 2 horas da cidade, e pra variar o nosso carro tinha quebrado, então fiquei exilado e entediado, e la não tinha muita escolha de livros... ou era a trilogia cinquenta tons de cinza ou crepúsculo – contou Naru com uma careta de desgosto.

Mai imaginou como Naru ficaria em uma cadeira de balanço lendo crepúsculo em uma casa de campo... Não teve outra, Mai não aguentou e começou a rir.

– que bom que a minha desgraça te diverte... – disse sarcasticamente Naru.

–g-gomem!*risos* mas *risos* não tem como te imaginar numa casa de campo sem dar risada- disse Mai entre gargalhadas - e ainda por cima lendo crepúsculo! *e caiu na risada mais uma vez*

– e você não tem muito que falar, quem diria que a grande Aoi Sakura era uma grande pervertida – disse Naru sorrindo ao ver que Mai tinha parado de rir na mesma hora e suas bochechas ficaram coradas.

–eu não sou uma pervertida! – Mai estava revoltada – e eu só li aquele livro porque fui forçada! Ayane não parava de me encher o saco pra que eu o lesse! E só porque eu tive uma vez uma fantasia igual a do livro não quer dizer que seja uma pervertida! – Mai colocou as mãos sobre a boca na mesma hora e arregalou os olhos, ela não acreditava no que tinha acabado de falar! Seu rosto ficou tão vermelho como um tomate e ela se recusava a olhar na direção de Naru, e esperava, que por um milagre a terra a engolisse.

– então... você é realmente uma pervertida – disse Naru com uma voz divertida, se segurando para não rir, e só para atormenta-la mais um pouco disse – Espero que você tenha fantasiado comigo e não com o protagonista do livro...

–NARU! – mai olhou pra ele perplexa, ainda vermelha, mas perplexa! Desde quando ele tinha ESSE tipo de senso de humor!!! E o pior é que ele esta certo...! Pensava Mai ficando ainda mais vermelha se isso era possível.

Naru viu o rosto de Mai e sorriu malicioso

– eh... então foi comigo...

– não! – mentiu Mai e se levantando as pressas e indo até seu celular e viu a mensagem que Liza tinha mandado.

já acordou? Estamos a caminho do escritório. PS: Yuki não cala a boca dizendo que quer vê-la, minha paciência esta no limite! É melhor estar acordada quando nos chegarmos ai!!!”

Mai sorriu ao ler a mensagem, bom parece que elas estão bem e a salvo, Mai sentiu os braços de Naru rodear sua cintura e a puxar mais para si, ela se aconchegou em seu cálido abraço e descansou sua cabeça em seu ombro, fechou os olhos respirou fundo sentindo seu cheiro invadir suas narinas, que era estranhamente acolhedor para ela e disse de forma pensativa:

– tudo vai mudar agora né...?

– sim... eu nunca mais vou questionar as funções de uma gravata... – disse Naru se fazendo de serio, Ma riu.

– naru! to falando sobre nós! – disse Mai se virando para ficar de frente para ele, ainda com um sorriso divertido no rosto.

– eu sei... – disse ele a olhando nos olhos – vai tudo mudar, e eu vou fazer de tudo que mude para melhor – dito isso ela a beijou com ternura.

Quinze minutos depois Mai estava saindo do escritório de Naru, ela tinha lhe acabado de entrega seu tão precioso chá, quando ela foi atacada por um par de pequenos braços de certa garota de cabelos escuros e acabou caindo de bunda no chão...

– Itaiiiiii ! – exclamou Mai com uma careta – Yuki! Desse jeito, você vai acabar me descadeirando!

Yuki que tinha caído em cima de Mai, apenas sorriu e a abraçou mais forte enquanto lagrimas escorriam em seu rosto, Mai apenas suspirou e sorriu a abraçou de volta.

– nunca mais me assuste desse jeito okaa-san! E- eu p-pensei que você nunca mais ia acordar!

– hai, hai... eu estou bem Yuki...

– hmp! Eu disse a ela! Que você estava bem e só precisava de descanso, mas não! Ela tinha que me atormenta a manhã inteira querendo te ver!!! – disse Liza que já estava sentada no sofá bufando de frustração.

Mai deu a ela um sorriso de desculpa, Liza apenas revirou os olhos e sorriu de volta para Mai.

– já acabaram? Então será que da pra vocês levantarem do chão do corredor?- pediu/ordenando Naru que estava encostado na porta com os braços cruzados em seu peito apenas as observando.

Mai olhou para ele depois para a xícara em sua mão e sorriu balançando a cabeça era inacreditável o quão rápido ele podia tomar uma xícara de chá, depois de se levantar ela foi até Naru e pegou sua xícara e se virou para as duas meninas que estavam sentadas no sofá.

– Liza você poderia ir ate a loja de ervas ali da esquina e comprar mais chá para gente? – pediu Mai Liza apenas assentiu e saiu do escritório.

– bom eu vou botar a água para ferver- disse Mai indo para cozinha, quando Naru ia voltar para sua sala foi detido por Yuki que estava segurando a manga de seu casaco, ele se virou para ela e se agachou para ficar na altura dela.

– nani? – perguntou Naru com uma voz tão gentil que até ele ficou surpreso.

– aringatou – disse Yuki sorrindo – por cuidar da okaa-san ontem a noite aringatougosaimasu! – agradeceu Yuki se curvando .

– aniki... – sussurrou Naru

Naru arregalou os olhos naquele momento, por um instante ele tinha visto seu irmão no lugar daquela garota, o jeito dela falar: educada mas gentil, foi tão parecido com o jeito do seu irmão, se bem que olhando de perto ela era extremamente parecida com ele mesmo seus cabelos escuros e o formato do rosto até o jeito polido como ela anda eles eram parecido, Mai falou uma vez para ele que Yuki era tão arrogante quanto ele...

“*massaka... ela... é impossível!... não é?” pensou Naru

– Oliver?... *Daijoubuka? – perguntou Yuki vendo que Naru estava completamente aéreo.

– h-hai – disse Naru saindo do transe ele sorriu para Yuki e disse – não se preocupe, e não foi nada eu estou acostumado a cuidar da baka da sua mãe, agora vá ver se ela não destruiu a cozinha, é capaz de ela botar fogo no prédio se nós nos descuidamos dela.

Yuki riu com o comentário de Naru e assentiu com a cabeça e foi para cozinha, Naru voltou para sua sala esperando seu chá e uma resposta para suas suspeitas, bem ele queria apenas a confirmação, já que ele tinha quase certeza que suas suspeitas estavam corretas...

10 minutos depois...

– entre – disse Naru fechando o livro que estava tentando inutilmente ler.

– seu chá- disse Mai entrando na sala e colocando a xícara na mesa quando ela se virou para ir embora Naru a deteve dizendo.

– você não tem nada que queira me contar Mai – perguntou Naru sentado em sua cadeira com os braços cruzados.

– não... que eu saiba – mentiu Mai, na realidade ela tinha que dizer um monte de coisa para ele mas nada comparado aquilo que ela tinha quase certeza que ele tinha descoberto.

– *honto? nao tem que me contar nada? Principalmente sobre a Yuki? – perguntou Naru sarcasticamente.

Mai suspirou alto e encostou-se à porta e sorriu para Naru.

– eu sabia, você descobriu não foi?- Mai perguntou retoricamente .

Dessa vez foi a vez de Naru suspirar e olhar para Mai, ainda não conseguindo acreditar.

– ela é minha...? – ele não terminou a frase, mas Mai sabia o que ia dizer.

– sim – disse Mai assentindo e Naru simplesmente a olhava em choque.