A Promessa

Sinal de mudanças


Mai estava na varanda de seu apartamento sentada em uma cadeira de balanço, era uma manha ótima o céu estava cheios de nuvens e azul o sol estava fraquinho, mas o suficiente para esquentar o corpo de mai já que ventava um pouco sem contar que naquela varanda se tinha uma bela vista da cidade de Seul, já que era um prédio de 25 andares e mai morava na cobertura, que por sinal era BEM GRANDE.

Mas mai não estava prestando atenção no céu lindo ou na vista maravilhosa, seu pensamento estavam bem longe dali, Mai estava pensando em como sua vida mudou durante esses 4 anos que passou longe de sua “família” ela deu um sorriso amargo ao se lembrar de quando ela se declarou a Naru no lago, onde encontraram o corpo de Gene, depois que ela se declarou ele peguntou “eu ou Gene?” essas palavras afincaram em seu coração como se fosse adagas, ela lembra-se que ficou tão atordoada que ficou sem palavras e que naru apenas deu um sorriso doloroso que fez com que mai se sentisse ainda pior com o medo de que ele achasse que ela estava apenas o usando como substituto para o irmão morto, mas mai amava gene como um irmão mais velho não como um amante, ela ia dizer isso mas naru não deu a chance de mai falar pois ele já estava indo embora, depois disso mai correu para dentro da floresta se escondeu para que ninguém a visse, e desabou de tanto chorar e soluçar seu coração estava quebrado e doía mais ainda ao pensar que talvez naru estivesse pensando que ela só o queria para ser substituto de gene, mai chorou por horas depois ela enxugou rosto e foi para onde os outros estavam ela não queria preocupar ninguém então mesmo que por dentro ela estivesse em pedaços com o coração quebrado, ela continuaria sorrindo para que ninguém se preocupasse

Depois disso naru voltou para a Inglaterra fechando a SPR e deixando para mai uma foto dele e gene, depois de sua partida mai ficou deprimida e chorou por dias trancada no quarto, até que ela decidiu que queria desabafar com alguém mas não queria preocupar ninguém da SPR,e suas amigas estavam de viajando já que era férias escolares então mai decidiu ir para o único lugar que ela sabia que a escutariam... O cemitério

Quando ela chegou onde seus pais foram enterrados ela desabafou, boto tudo para fora e chorou como nunca .

Ela voltou para casa cansada de tanto chorar ela foi até seu armário para pegar seu pijama e sem querer ela esbarrou em uma caixinha de musica ela pegou essa caixinha e a abriu quando ela viu uma carta e um endereço dentro da caixinha, sua mente deu um estalo, mai caiu de joelhos no chão com olhos lacrimejados e falou :

–como pude me esquecer disso!- mai se sentou e encostou as costas no armário

– me desculpe mãe por te me esquecido da promessa que fiz a você, mas eu vou cumpri-la não importa que aconteça – falou mai segurando a caixinha, agora fechada, contra seu peito.

– chega de derramar lagrima por alguém que provavelmente nem se importa comigo – falou limpando sua lagrimas com as costas da mão

Mai se levantou e foi para o banheiro , quando ela se viu no espelho, não gostou nada, nada, do que viu, seus olhos estavam sem brilho pareciam mortos, tinha olheiras profundas por ficar noites inteiras acordada, seus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar, sua pele estava pálida, seu cabelo estava todo bagunçado e sem vida

– meu deus! Eu pareço patético agora, é dar pena- falou com um sorriso sarcástico no rosto, ela bate com força com as duas mãos no rosto, depois fez uma careta de dor.

–CHEGA!- gritou com suas bochechas vermelhas

–é hora de acordar pra vida, Taniyama Mai nem tudo que se quer, se pode ter nessa vida, de a volta por cima e supere! Vamos arrume essa sua aparência horrível, por que temos uma promessa a cumprir! – falou para si mesma com determinação.

– isso! Já é hora de acordar, vou fazer o meu melhor! – disse mai – é hora de amadurecer e para de ser tão ingênua – disse ela indo tomar banho, depois que ela saiu do banho ela se trocou e foi arrumar sua mala, mai não precisaria e preocupar com a escola, pois ela fez uma prova muito difícil, para poder pular o segundo e terceiro ano e ela tinha passado com êxito, mesmo não parecendo mai era a melhor aluna da escola e com as melhores notas.

Mai estava terminando de arrumar sua mala quando ela viu a uma foto, na foto estava gene sorrindo e abraçando naru que estava com seu rosto normal (estoico -.-), mai passou o dedo indicador sobre naru e sorriu tristemente

– não adianta o quanto eu tente eu não consigo... Não... Eu não quero te esquecer, você querendo ou não eu sempre vou te amar – disse mai com um sorriso triste no rosto ela coloca a foto dentro da mala e a fechou, mai foi até sua sala levou a mala até a porta e foi para a mesa onde tinha papel e caneta, mai se sentou na cadeira e começou a escrever uma carta para as pessoas que ela considerava sua família a gangue da SPR, ela sabia que eles iriam ficar preocupados se ela fosse embora sem contar a eles, mas mai sabia que se ela fosse se despedir pessoalmente ela não conseguiria ir embora então ela decidiu fazer uma carta e deixaria com seu porteiro já que ela sabia que eles iriam a procurar em seu apartamento.

Na carta estava escrito o seguinte:

De : mai

Para: SPR

“querida SPR eu sei que vocês devem estar bravos comigo, por ter ido embora sem avisar, mas eu sabia que se eu fosse me despedir de vocês eu não conseguiria ir embora então me desculpe por isso”.

“E eu fui embora porque eu acho que já estava na hora de cumprir a promessa que fiz a minha mãe quando ela ainda estava viva”.

“E tem mais uma coisa que me corta o coração, a verdade é que... Provavelmente eu nunca mais poderei ver vocês de novo, peço que vocês passem essa carta para Lin-san, Madoka e Naru”.

“Então essa é a ultima noticia que vocês terão de mim, mas o que eu quero que vocês saibam é que eu os amo do fundo do meu coração”.

“Temo que eu não possa explicar a minha promessa, por favor, não fiquem tristes, tomara que em um futuro nos encontremos de novo, enquanto isso não acontece...”.

“Adeus minha querida e amada família”.

“Sentirei falta de vocês...”.

“Amor”

“Taniyama Mai”

Mai se levantou pegou a carta e foi até sua mala dando uma ultima olhada para seu apartamento deixando umas lagrimas silenciosas caírem pela saudade que sentiria do apartamento em que viveu 6 anos sozinha e de sua família SPR, e que sua vida mudaria drasticamente da li para frente ,pois sua promessa, que ela fez a sua mãe, era muito complicada e se tornaria perigosa para as pessoas ao seu redor, com um suspiro ela limpou as lagrimas se virou e saiu pela porta e não voltou mais .

Foi isso que aconteceu a 4 anos, agora estava ela sentada na varanda de seu apartamento em Seul na Coreia do Sul “de uma garota completamente inocente das coisas da vida mas que pelo menos sabia como confiar em pessoas, para uma mulher experiente e com coração receoso e medroso quando se trata de confiar em pessoas” pensou mai suspirando e olhando para o céu azul “eu mudei de mais nesses 4 anos, tudo isso começo por causa daquela promessa”

–Ara... Ara okasan você me meteu em uma enrascada- disse mai olhando para o céu sorrindo – mas não me arrependo de nada, e obrigada por sua causa eu sei mais sobre meus poderes e como controla-los para que eu não machuque ninguém, obrigado okasan – disse mai – mas acho que já esta na hora de voltar a ser meu eu de antes aquele que sorria verdadeiramente e que cofiava nas pessoas - disse mai com um olhar distante no rosto “bom só a um lugar na qual eu posso voltar a ser o meu “eu” de antigamente, haaaa quando eu voltar para lá eu vou levar uma bronca daquelas!! ” disse mai estremecendo pensando nos gritos de Ayako e bou-san, mas logo depois sorriu, pois ela voltaria a ver sua família de novo, mai foi tirada de seus pensamentos quando ouviu o telefone do escritório tocar, mai sabia que quando aquele telefone tocava era um novo caso a sua espera na outra linha, então ela foi para seu escrito sentou-se em sua poltrona e atendeu o telefone

–Aoi Sakura falando, o que posso ajudar? – falou mai em um tom de negócios

–h-hai é... Eu sou Charlotte Stewart eu liguei para pedir a sua ajuda Aoi-san, por favor, me ajude, eu e minha família nos mudamos para uma casa no Japão há pouco tempo e há coisas muito estranhas acontecendo, já contratei diversos médiuns, caçadores de fantasmas, mas nenhum conseguiu resolver o problema, eu sinto que estou sendo vigiada por alguma coisa, minha família esta correndo perigo e eu estou a ponto da loucura com os acontecimentos em minha casa, por favor, Aoi-san me ajude, ajude minha família. - pediu Charlotte desesperada

– entendo o que esta passando senhora Stewart, mas eu não aceito trabalho por telefone a, senhora terá que vir ao meu escritório aqui em Seul, Assim a senhora poderia me explica em detalhes o que acontece em sua casa. - falou mai com seu tom normal de voz... Frio como gelo.

Mai queria ser amável com Charlotte, mas durante esses 4 anos mai passou por muita coisa, coisas que lhe mostraram o lado escuro da vida, durante esses anos mai aprendeu com uma dolorosa experiência, de não confiar em ninguém alem de si mesmo, por isso mai aprendeu a esconder seu verdadeiros sentimentos e colocar no lugar uma mascara fria e calculista para se proteger das pessoas que querem se aproveitar de bondade e ingenuidade, mai apenas retirava essa mascara quando estava a sós com as três garotas com quem ela morava, pois eram suas amigas mas por mais que ela tente Mai não consegue confiar completamente nelas, seu medo e trauma de se ferir novamente por uma traição é maior que a confiança que ela tem nelas.

– hai estarei ai amanha mesmo pela tarde– falou Charlotte apressadamente com a voz meio tensa pelo jeito frio que mai a tratou

– estarei esperando – foi a única coisa que mai disse

–hai estarei ai sem falta – disse Charlotte depois disso mai desligou o telefone e suspirou “parece que terei que enfrenta-los mais cedo do que esperava bom, mas pelo menos poderei revê-los” mai estava perdida em seus pensamentos quando ela percebeu que estava sendo observada.

–HÁ! Bom dia Yuki já tomou o café?- perguntou mai olhando para Yuki, e deixando sua "mascar" cair de seu rosto e sorrindo amavelmente.

–hai Liza-nesan comeu comigo- disse Yuki com um sorriso, ela era uma das tres pessoas que morava com mai, uma garotinha de uns 6 anos de idade com uma pele branca como a neve e cabelos lisos e pretos que iam até sua pequena cintura com traços delicados e olhos azuis como o céu em um dia ensolarado, ela estava vestindo um vestido rosa claro que ate a cima dos joelhos com babados na parte da saia e uma fita branca na parte da cintura com um laço a trás

– Yuke o que você acha em ir a um caso comigo? – perguntou mai já sabendo a resposta

Yuki abriu um sorriu de orelha a orelha e saiu correndo em direção a mai e pulou no seu colo

– sim!!!! Mil vezes sim! – disse yuke – posso ir?! Eu realmente posso ir?!- perguntou Yuki toda elétrica ela adorava coisas sobrenaturais, mai sorriu e acenou que sim com a cabeça.

– sim você pode ir, mas com uma condição – falou mai com um rosto serio, Yuki olhou para ela atenta para saber qual condição – você terá que ficar comigo em todo o caso e me obedecer entendeu?-perguntou mai

– HAI!!!! – disse sorrindo, mai também sorriu, esse seria o primeiro caso que Yuki iria então mai teria que estar com ela o tempo todo para garantir que ela não se machuque.

Yuke abraçou mai com força e disse

– eu te amo mamãe !!!!