A Promessa

A Verdadeira Face de Um Shinegame...


Assim que a porta foi aberta deram de cara com uma cena tanto inusitada quanto familiar, uma jovem com cabelos curtos e negros de pele clara como porcelana, de uns 15 anos, estava desmaiada no sofá e um rapaz de cabelos negros e olhos cinza como os de um lobo apenas um pouco mais claros que os de Liza, um rapaz realmente atraente aos olhos de Mai e de qualquer garota que enxergasse, devia ter entorno dês uns 18 anos, ele estava sentado no braço do sofá onde a menina estava desmaiada, e a olhava com nítida preocupação nos olhos, mas seu rosto continuava estoico assim como certo alguém e sentado em um sofá ao lado da menina esta um senhor que tinha em torno de uns 50 anos ele tinha os olhos cinzas idênticos aos do garoto, estava visivelmente preocupado e segurava a mão da menina com ternura.

Charlotte logo foi até eles preocupada com o resto da RPS em seu encalço, menos, Mai e Naru ficaram para traz vendo tudo de longe, mas dava claramente para escutar a conversa deles.

– o que houve Akatsiki? – perguntou Charlotte para o homem de meia idade.

– eu não sei! Ela estava se sentindo mal desde que chegamos aqui e logo desmaiou... – disse o Akatsiki olhando para a menina.

– essa idiota... Eu a mandei ficar no escritório porque sabia que aqui ela se meteria em problemas mais do que ela já faz – mesmo dizendo isso de um jeito tosco e seco a preocupação estava visível em seus olhos, o que fez todos pensar que ele se parecia com Naru quando Mai se colocava em perigo e acabava inconsciente.

– hara-san você acha que ela esta possuída ou algum espírito esta a seu lado? Já que Mira sempre teve sonhos espirituais, ela tem ESP – perguntou Charlotte a Masako que a olhou surpresa pela revelação sobre a garota Mira.

– não ela não esta possuída... Ainda... – disse Masako com a manga do ki mono sobre a boca.

– então o que seria?... – disse Akatsiki confuso e frustrado.

– isso provavelmente é... – sussurrou Masako para si mesma olhando para Mai que estava ao lado de Naru, cujo estava olhando ao redor da sala com cenho franzido.

Naru olhou para Mai, que tinha os olhos fixos na garota inconsciente no sofá, ele suspirou já sabendo o que se passava na cabeça dela.

– se você entregar esse anel, você ficara sem, e até mesmo você vai acabar sucumbindo a pressão – disse Naru sério, mas logo deu um sorriso de canto – mas você não vai me escutar não é?

Mai apenas sorriu levemente para que apenas ele veja.

– eu tenho algo alem dos anéis, que me protegera... não se preocupe Naru – disse Mai lhe mostrando o colar que ela tinha ganhado do seu irmão/medico(cap prólogo) que foi embora quando ela era criança, e esse colar acabou sendo um colar de proteção que afastava espíritos e bloqueava maldiçoes.

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Naru a olhou meio em duvida, mas logo suspirou fechando os olhos Mai realmente não tinha mudado, sempre pensava primeiro nos outros e acabava se esquecendo de si própria e esse era uns dos lados de Mai que ele mais gostava e também o que mais o preocupava.

– vem comigo – disse Naru pegando na mão de Mai e entrando em uma pequena sala, para que ficassem a sós.

– se você for lhe dar o anel, então fique com isto - disse Naru tirando do pescoço um colar de prata pura.

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Mai olhava hipnotizada para aquele lindo colar de dragão, algo naquele objeto lhe era familiar, não era o colar em si, ela não sabia exatamente o que lhe era tão familiar... Mas quando Mai tocou aquele colar com os dedos soube o que lhe era tão familiar, aquele colar estava impregnado com o PK-LT de Naru e Mai quase o fez cair no chão, surpresa com quão poderoso aquele colar era, ela olhou para ele confusa, porque diachos ele estava lhe dando algo tão poderoso, apenas por causa da pressão espiritual daquele lugar...

Provavelmente lendo a pergunta nos olhos de Mai Naru disse para ela – você continua botando a segurança dos outros acima da sua... e quando eu não puder estar ao seu lado, este colar lhe protegera em meu lugar, querendo ou não ele é uma parte de mim que sempre estará com você , mas nem por isso se meta em problemas backa.

Mai o olhou surpresa, pela demonstração de carinho que ele estava dando, Ignorando completamente a ultima parte da frase, Naru nunca tinha sido um cara que demonstrasse o falasse tão abertamente sobre seus sentimentos, mas depois daquela noite no escritório ele estava mostrando um lado diferente para Mai o que fazia ama-lo mais ainda, e Deus sabia, ah como sabia! Que ela queria passar o resto da vida ao lado daquele homem, mas ela não teria esse luxo, entao ela simplesmente aproveitaria cada minuto, cada segundo que ela passava ao lado dele e os guardaria para sempre em seu coração e na memória, ela aproveitaria até que o tão fatídico e esperado dia chegue.

– obrigada Naru... – disse Mai envolvendo o pescoço de Naru em um abraço – eu te amo tanto...

Naru rodeou sua cintura com seus braços fortes em um firme abraço.

Depois de uns momentos assim Naru se afastou dizendo:

– vamos, já faz uns cinco minutos que saímos de lá, e provavelmente nos encherão o saco se demorarmos mais – disse Naru olhando para Mai que estava franzindo o cenho para a sugestão que ele deu.

– certo vamos embora, mas antes Naru se importa de coloca-lo par mim? – perguntou Mai mostrando o colar e Naru apenas negou pegando o colar e se colocando atrás de Mai, cujo tirou o cabelo para um lado mostrando seu alvo pescoço, Naru colocou o colar para logo dar um longo beijo na curva seu pescoço fazendo com que Mai se arrepiasse por inteira e dar um pulo surpresa.

– Naru!

Ele apenas sorriu de canto – vamos temos que voltar – e saiu pela porta deixando uma Mai confusa e frustrada.

Assim que chegaram na sala Mai foi direto ao sofá onde estava a garota morena.

Vendo que Mai se aproximava junto com Naru, Akatsiki que ao parecer só percebeu os dois agora, se levantou em um pulo e endireitou as costas e se curvou respeitosamente.

– professor Davis, Aoi-san é uma honra conhecê-los pessoalmente sou Hitome Akatsiki este é meu filho Akira- disse Akatsiki apontando para o garoto sentado no encosto do sofá – e a garota desmaiada é minha assistente Ao Mira.

Naru e Mai assentiram em reconhecimento, Mai se aproximou do sofá onde estava Mira, mas parou ao ver o olhar frio e desconfiado de Akira, mas sem se importar se agachou ao lado de Mira e a olhou de perto ela viu que a respiração da garota estava tão fraca quase a ponto de parar, se isso continuasse ela acabaria... morrendo.

Quando Mai tentou toca-la sua mão foi repelida, ela franziu o cenho e olhou para Naru que já estava ao seu lado observando tudo, ele se agachou e tentou toca-la mas também foi repelido.

– Hitome tente toca-la – mandou Mai ao pai e Akira,

–por que? O que houve?! – perguntou Akatski preocupado.

– apenas faça o que ela disse – disse Naru com uma voz autoritária e seca e assim Akatski fez o que ela pediu sem nenhum problema.

Mai suspirou e Naru massageou os olhos.

–você tem noção do quão difícil é fazer uma kekkai nível A? – perguntou retoricamente Naru – a única que provavelmente seria capaz de vaze-lo seria Masako, mas com o anel é impossível – então seus olhos pousaram em Yuki quando uma suposição passou por sua cabeça – a não ser que...

–exatamente – disse Mai confirmando as suspeitas de Naru – Yuki tem o ESP mais forte que eu já vi e seu controle é impecável alem do mais sua especialidade são kekkais.

– mas é uma kekkai difícil, pra alguém tão jovem, ela ira conseguir fazer?

– não saberemos se não tentarmos, e a garota esta ficando sem tempo – disse Mai olhando para Mira que parecia cada vez mais pálida, então Mai olhou pra Naru– terá que ajuda-la Naru, Yuki não tem PK suficiente para uma barreira dessa magnitude e o meu PK não é compatível com o dela já o seu...

Naru assentiu já tinha ideia que isso aconteceria, ele sabia que seu PK era idêntico ao de seu irmão, pai de Yuki, e teria mais facilidade em se misturar com o PK de Yuki para poderem fazer a kekkai mais solida e poderosa.

– temos que levantar uma kekkai nível A( barreira) envolta dela se não ela não aguentara, ela esta sendo esmagada pela pressão espiritual e também... por esses espíritos imundos que estão tentando possuí-la.- disse Mai, para os dois homens que estavam preocupados com Mira – Hitome não aguentara afastá-los por muito tempo.

– como sabia que eu... – disse Akira surpreso, ele estava fazendo o possível discreto ninguém naquela sala percebeu antes, ele sabia que seu pai odiava quando ele usava seu PK tão constantemente, era perigoso ele sabia, mas ele não podia deixar que alguma coisa machucasse aquela backa que era tão estimada para ele, mesmo ele não querendo admitir esse fato.

– seu PK esta focalizado em Ao-san se agitando de maneira constante, mas teve varias recaídas foi assim que percebemos, essas variáveis estão acontecendo com mais frequência o que indica que você esta perto do limite. – explicou Naru estoicamente para Akira.

– Akira! – exclamou Akatsiki exasperado – já conversamos sobre isso!

– isso não importa agora, temos que salvar Mira!, você... – disse Akira olhando para Mai – Aoi certo? Sabe como ajuda-la?

– sim

– entao... por favor a ajude – pediu Akira a Mai cuja apenas pegou um anel de seu dedo e o colocou em Mira.

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Mai se levantou e se virou para Yuki que a olhava atentamente par acatar qualquer ordem dada a ela.

– Yuki você levantara uma barreira de cinco pontas.

– m-mas! Okaa-san! Eu ainda estou praticando as kekkai de 4 pontas! Eu nunca fiz algo tão grande! E mais ainda com uma pessoa dentro! S-Se eu cometer um errinho sequer e-eu p-posso acabar a-a... matando... –Yuki estava desesperada, ela estava feliz que sua mãe confiasse tanto em seu poder a ponto de dar um trabalho assim, mas mesmo assim! Era a vida de uma pessoa em risco!

– por isso Naru te ajudara – disse Mai para Yuki – você sabe os princípios das 5 pontas certo? – perguntou Mai já sabendo a resposta Yuki vivia roubando livros sobre keekkai avançada de sua biblioteca, Yuki assentiu relutante – começaremos então.

–e se der errado? Mira pode realmente morrer?!!! – perguntou Akatski apreensivo.

– sim – disse Mai ainda sem demonstrar expressão nenhuma – mas não ira dar nada errado.

Akira, que não saiu do lado Mira em nenhum momento, olhou para Mai meio apreensivo, mas logo se levantou e se afastou devagar de onde Mira estava, para logo desabar na cadeira em que seu pai oferecia, estava exausto, nunca tinha ficado tanto tempo usando seu PK, ele sentia seus olhos ficando mais pesados a cada segundo, mas sucumbiria, não enquanto Mira não estivesse bem.

– afastem a mobília para o mais longe possível – mandou Naru para os outros que até agora não deram um piu apenas observaram, então eles começaram a afastar as mobílias e Naru olhou para Mai com cenho franzido – a barreira é garantida eu irei ajudar Yuki se preciso, mas e você? Conseguira sozinha? Eu não os vejo, mas os sinto são pelo menos uns 15...

– são 20 ao todo, eles são fracos eu me viro sozinha. – disse Mai indiferente, e Naru apenas suspirou e não disse nada ela não iria mudar de ideia de qualquer jeito.

Depois que afastaram as coisas Yuki se sentou no chão uns dois metros de distancia do sofá onde Mira estava e começou a se concentrar.

– Naru... – começou Lin mas Naru o impediu de continuar com um gesto de mão.

– eu apenas vou ajuda-la um pouco – disse Naru e soriu de canto quando continuou – assim como eu fazia com Gene – disse encerrando a conversa e sentando ao lado de Yuki que estava visivelmente nervosa e tensa, estava quase tremendo.

– teremos que fazer uma grande, que caiba todos os espíritos, Mira e sua... Mãe – o disse e Yuki o olhou surpresa e Naru apenas deram de ombros dizendo – alguém tinha que exorcizá-los...

– m-mas são muitos! – disse Yuki em um sussurro, ela não queria que Mai ouvisse não que ela duvidasse da capacidade de sua mãe, mas uma pessoa tinha seus limites! Coisas que Yuki sabia que sua mãe se recusava a acreditar.

– ela é uma cabeça dura sem remédio – disse Naru tirando um risinho de Yuki, ele a olhou e levou sua mão até a cabeça dela e a afagou sorrindo minimamente apenas para ela ver – eu estou aqui com você, não se preocupe.

E com essas palavras Yuki relaxou, ela sabia que poderia confiar nele, algo nele fazia com que ela acreditasse que com ele ao seu lado tudo era possível, ele inspirava uma confiança espantosa, der repente Yuki estava confiante que a kekkai sairia perfeita, mas sua única preocupação era a loca! De a sua mãe enfrentar 20 espíritos! De uma vez só, sozinha!

– ela vai ficar bem – disse Naru como se lendo sua mente, ele logo tirou sua mão de sua cabeça e a botou em seu ombro – agora tente se concentrar em fazer uma barreira estável e poderosa e quanto ao PK eu me viro – Yuki assentiu e começou a se concentrar.

E assim uns minutos depois cinco grandes e grosas paredes de cor violetas transparentes se erguiam em volta de Mai e Mira, deixando todos boquiabertos, até mesmo Naru se surpreendeu, com a capacidade de Yuki, depois de erguidas as paredes começaram a tremular, e Yuki franziu o cenho.

– tem que estabiliza-la – disse Naru – dividir seu poder por igual nos cinco pontos.

– mas se eu fizer isso elas serão tão fracas e resistentes quanto um papel...! Eu disse para okaa-san mas ela nunca escuta! Eu não tenho PK suficiente para fazer uma kekkai poderosa desse jeito! – disse Yuki exasperada, e Naru apenas deu aperto de leve em seu ombro como para acalma-la e funcionou.

– deixe que eu me viro com o PK apenas a estabilize Yuki – disse Naru tranquilamente, e Yuki assentiu, meio incerta mais ainda o fez, e quando o fez Naru mandou para as paredes uma certa quantidade de seu PK misturado com o do de Yuke através do corpo da dita cuja.

Enquanto isso Liza eu estava junto com os outro observando tudo ela avisou os olhando.

– é bom vocês prestarem bem atenção no que vão ver, pois pode ser única chance de alguns de vocês verem a verdadeira natureza de Aoi Sakura – disse Liza se virando para Mai e os preveniu- se tem algum medroso é melhor sair agora, pois não vão conseguir se mexer diante da aterrorizante shinegami cintilante.

Quando Mai viu que a kekkai se estabilizava e se fortificava ela voltou toda sua atenção para o problema à frente, ela tinha evoluído muito em suas viagens e em suas experiências da vida levando suas habilidades ao maximo, antes via apenas borrões, mas agora os via tão nítidos quanto via pessoas normais, ouvia e falava com eles melhor do que qualquer médium, e o que ela via agora era as coisas mais repulsivas de todas...

– yosh! – disse Mai atraindo a atenção de vinte espíritos com clara sede de sangue, mas ela não estava nem ai apenas retirou a jaqueta preta e a colocou num canto no chão, e arregaçando as mangas da blusa até um pouco acima dos cotovelos deixando amostra seus brancos braços cheios de símbolos e maldiçoes escritos em latim o que vez todos os espíritos ali recuarem com terror do que viam.

Mai estava com uma expressão tão aterrorizante e sombria que amedrontaria até o mais corajoso dos homens, e com um sorriso aterrador que fez todos naquela sala se arrepiarem, deixando bem clara sua intenção assassina, e com uma voz fria e maldosa disse:

– ta na hora da brincadeira.