A Procura Do Assassino.

Capítulo 5 - Mentiras legais.


- você deveria saber que eu sou lesbica, não deveria? Não gosto de pepino. Prefiro melões. – falei olhando o rosto dele, que passou a ter uma expressão decepcionante, claro que eu não sou lesbica, mas seria o único jeito de voltar à superfície, evitando afogamento no mar de mel.

- co-como assim, lesbica? – tinha um grande ponto de interrogação em seu rosto, ele estava totalmente decepcionado. - porque ninguém me falou isso? Mas e o que Drake me falou? Era tudo mentira? Teatro? – falou sentando-se a minha frente, perguntou duvidoso, pera ai, dessas eu não sabia.

- e o que ele falou? – perguntei sentando também.

- falou que o amigo dele te pegou e aprovou. – estava escrito na testa dele que ele não estava entendendo nada.

- seu idiota, eu não sou lesbica, e vou ter uma boa conversa com esse Drake. – falei rindo da cara dele, peguei o celular e fui em direção à cozinha.

- AH NÃO, PODE PARAR, FOI GOLPE BAIXO!- ele correu ao meu lado com uma cara de cachorro.

- os espertos que se dão bem. – falei dando uma risada convencida peguei a jarra de água, e um copo, coloquei água no copo e coloquei a jarra de volta na geladeira.

- mas, responda, você sente algo por mim, não é? – ele me segurou pela cintura, no mesmo momento me deu um ataque de risos, acabei cuspindo a água que estava em minha boca, que foi parar em seu peito, larguei o copo na pia, pondo as duas mãos na barriga.

- eu te co-conheci ho-hoje, acha me-mesmo i-isso? – falei gaguejando por conta das risadas.

- realmente, o que me falaram é muita verdade. - ele saiu emburrado de braços cruzados subindo as escadas, batendo pé.

- Calma ai lindão, vem cá, eu te amo desconhecido! – eu continuava rindo, realmente ele pensou isso? Zuei com ele. Corri até as escadas, cheguei ao corredor e apenas vi o quarto de hóspedes se fechar.

Do nada me veio um estranho sentimento de culpa, também, exagerei, eu não precisava ter rido do garoto.

- toc toc- bati na porta do quarto, que durante um tempo seria dele.

- entra! – autorizou, até parece, a casa é minha.

- ta, não foi legal ter rido de você, mas... – fui interrompida.

- mas nada, estou cansado, gostaria de dormir, ou melhor, que você saia do quarto. - foi totalmente rude, não liguei muito por estar hipnotizada pela toalha sendo passada pelo peito dele.

- mas nada uma ova, enquanto você não der um sorriso verdadeiro, mostrando que esta tudo bem, eu não arredo o pé daqui. – fechei a porta e cruzei os braços.

- ah não sai? – perguntou ameaçador.

- não!- respondi firme.

- ok. - respondeu calmo. Em instantes ele abaixou as calças ficando com apenas uma cueca Box preta.

- seu idiota! Veste isso agora! – falei tampando os olhos com as mãos.

- estou no meu quarto temporário, e eu gosto de dormir de cueca. - falou calmo, se esparramando na cama, de pernas abertas.

- se tampa com o cobertor então! – mandei, mas não fui respeitada.

- os incomodados que se retirem. – pegou o controle e ligou a TV.

- ah é? – perguntei ameaçadora. – vamos ver se você não vai tirar essa expressão cu da cara, e vai por um sorriso grandioso. - falei e pulei na cama, ficando por cima de sua barriga. Comecei a fazer cosquinha nele.

- SORRI AGORA!- gritei continuando a fazer.

- PA-para, por favor! – implorou rindo.

- SORRI!- rir é uma coisa, sorrir é outra. Parei e ele me olhou, e mostrou um sorriso branquinho e grandioso. – bem melhor, boa noite. - falei sorrindo e sai do quarto, fechei a porta atrás de mim e direcionei-me até meu quarto.

Realmente, foi bom ter aliviado esse sentimento de culpa, cheguei ao meu quarto, escovei os dentes e me dirigi pra baixo dos lençóis dormindo em seguida.

##

- triiiiiiiiiiiiim triiiiiiiiiiiiiim- bosta de despertador tocando. Eu tinha que buscar Lia no colégio, Lia é minha Irma mais nova, eu prometi a ela que iria passar o dia com ela.

Levantei preguiçosamente, mas levantei, dormi tarde ontem, por isso estou com sono às 11 horas da manhã.

Tomei uma ducha rápida, me vesti, penteei meus cabelos, passei uma base, um perfume, desodorante é claro, coloquei um short escuro, um vans branco, e uma camiseta babylook branca com uma cruz preta no meio, acessórios. E estava pronta.

Peguei uma bolsa preta, e sai, desci as escadas correndo, eu chegaria 10 minutos atrasada, e Lia odeia esperar.

- estou saindo volto daqui meia hora, beijo tchau. – falei apressada para uma das garotas, nem vi quem era.

Corri até a garagem, pegando o primeiro carro que vi uma ranger rover preta, abri a garagem saindo derrapando pneu. Por sorte consegui chegar na escola 1 minuto antes de bater.

Sai do carro, acionando o alarme e fui até a parte da entrada.

Bateu e aquela pirralhada toda saiu, até eu avista minha princesa, Lia tinha 13 anos, e era loira, dos olhos cor de mel.

- Minha pequena! – a abracei.

- Jaz. - a repreendi com o olhar.

- Megan. – sorri.

- Meg. - teimou.

- ok, pode ser assim, vamos pra onde agora?- perguntei enquanto íamos para o carro.

- to com fome. - reclamou entrando no carro.

- esfomeada! – resmunguei, fazendo nós duas rirmos. – restaurante burguer king, ou Mc? – liguei o radio.

- Mc – respondeu levantando o volume, e começando a cantar “criminal” da Britney.

- ok- a acompanhei cantando, fomos até o Mc cantando alto e dando risadas.

- vamos ao Drive? É mais rápido, comemos em casa, pode ser? – perguntei.

- aham. – entrei com o carro lá.

- dois bigmac (nem sei escrever) com batata frita e coca, e dois quarteirões com salada e suco de uva. - fiz meu pedido.

- não vou conseguir comer dois bigmac sozinha. - me olhou com os olhos arregalados.

- eu sei, um é pra você, o outro é pro Derek, ele esta La em casa. - dirigi ao próximo carinha, paguei tudo e peguei os lanches saindo de lá.

- ata- pegou seu lanche.

Chegamos rapidamente em casa.

Estacionei o carro na frente de casa, um motorista o colocaria na garagem.

Lia correu pra sala de jantar com seu lanche.

Entrei calmamente em casa e subi as escadas.

- seu lanche, minha irmã esta aqui, se quiser descer e comer na sala de jantar pode descer. – falei rápida deixando o pacote em cima do seu criado mudo.

- ta, mais 5 minutos. – falou virando para o outro lado.

- em 5 minutos seu lanche esfria, vai arriscar? – me direcionei a porta, abri e esperei resposta.

- opa! Que lanche? – deu praticamente um pulo da cama.