A Nova Legião

O caos enfim saíra das sombras


As névoas densas de uma terra distante chamavam por Lena, sem saber onde estava e o porquê de estar ali, a garota apenas seguiu o caminho dentre a visão de seus olhos. Após alguns passos o caminho se tornara uma escadaria e no topo havia uma brilhante e forte luz como a de mil sóis; Lena respirou fundo e partiu em uma largada única em direção à luz e quando chegou, uma surpresa: várias garotas com idades próximas umas das outras, lutando, treinando como grandes guerreiras. Uma das garotas cuja túnica possuía uma capa dourada e longa em suas costas exclamou: - “Valquírias, reúnam-se! “ . E com extrema velocidade, a ordem da líder fora concedida. E com o relapso do sonho se acabando, da rotina te puxando para fora, Lena só ouvira uma frase, “Nossa hora está chegando irmãs, chega de sofrermos com a influência do mundo dos homens.”

[...]

Uma batida na porta chamava a atenção de Sabrina, por mais cedo que fosse o horário a ruiva não estranhou, parece que ela estava se acostumando com a rotina de treinos logo cedo mesmo com um pouco de sono. Ao abrir a porta, em sua frente estava Lyu com um olhar cansado e com olheiras aparentes, bocejou alto antes de dizer – “Bom dia Sabs, dormiu bem? Preciso muito conversar contigo. “. E como resposta, ele recebeu um grande bocejo e um aceno de cabeça. – “Me encontra no terraço daqui quinze minutos, okay? “– Disse a garota.

Após se arrumar e colocar seu par de tênis, Sabrina fora encontrar seu amigo no lugar onde combinaram. Lyu estava olhando para o horizonte, como se estivesse procurando as palavras certas para serem ditas, em sua mente algo lhe fascinava e o fazia temer o futuro. Quando a viu, veio em sua direção. – “Então... Fiquei pensando em como perguntar isso pra você e ainda não achei as palavras certas pra te contar, mas vou ser direto. Um garoto e uma garota, um pouco mais novos do que nós, vieram até mim. E eles me disseram e me mostraram o que o futuro nos espera; e não tem nada de bom vindo por aí. E como você é uma das pessoas que sou mais conectado aqui, precisei te contar: eu vou com eles.

A notícia repentina deixou a ruiva boquiaberta e sem palavras. – “E eu quero que você venha comigo. Pelos seus poderes, podemos fazer o melhor do que apenas treinar e obedecer a eles, podemos evoluir com nossas habilidades! Por favor, não deixe que eu vá sozinho... “– Completou o garoto. E tudo que ela podia fazer naquele instante era não falar nada. E o silêncio tomou conta do terraço.

Enquanto uma possível proposta quebraria a sincronia do time dos mocinhos, Eduardo e Vinícius discutiam sobre um futuro próximo. Calculavam as possíveis proporções que a vinda de Lyu e Sabrina criariam à sua Legião. – “Pelos relatos hackeados do Centro de Comunicações da Shield, o Lucas possui grande voracidade e audácia em relação aos “limites” que seus poderes poderiam ter; enquanto Sabrina, muito astuta e calculista, com um mexer de mãos podia acabar com qualquer um. Bem visto Vinícius, teremos muita vantagem contra os humanos. “– Comentou o irmão mais novo. – “Como sempre, eu sou o gênio da família, não é mesmo? “- Respondeu com desdém. – “Falando nisso, que tal fazermos um treino ofensivo com os habitantes de New York Dudu? Mandarmos o time alfa só para causar uma euforia nos corações deles, podemos levar como um teste. “- Completou Vinícius.

Um sorriso amedrontador se abriu no rosto de Eduardo, a resposta estava relatada em sua face obscura. – “O que está feito, está feito. Vamos ter uma conversa com a Terra. “- Disse Eduardo, como um imperador.

[...]

Um cometa.

Um raio.

A maioria das pessoas estavam andando, era um domingo de sol, ou seja, grupos de pessoas se encontravam no centro da cidade; até que aconteceu. No centro de uma avenida, após a destruição e explosão instantânea, quando a poeira abaixou, podia se ver cinco figuras estampadas no ambiente procurando o que destruir. De longe podia se ver, eram adolescentes: duas garotas e três garotos; uma garota ruiva e uma de cabelos castanho-claro quase loiro. Dentre os garotos um possuía uma barba cheia, outro com tons indígenas pelo corpo, e o último não tinha muito de diferente de um adolescente normal, a não ser pela baixa estatura.

A polícia local chegara, apontavam suas armas de baixo calibre em direção aos jovens. Com palavras de ordem, diziam que deveriam se render e que nada de mal aconteceria a eles. Entretanto, o garoto da barba urrou em resposta – “Tentem a sorte meus caros, nós somos o mal em pessoa. Mostre nossa canção a eles Mermaid.” – Urrou aos policiais. E como ordenada a menina ruiva deu dois passos à frente e acenou aos seus alvos e lentamente começou o seu cântico e em alguns instantes as armas antes apontadas em sua direção, estavam largadas ao chão. O canto da sereia aumentava sua intensidade a cada momento, os vidros dos prédios e de objetos próximos já começavam a rachar com tamanha potência.

Com suas presas já imobilizadas e hipnotizadas, outro integrante do grupo denominado Alfa chegou perto da Mermaid e apontou as mãos em direção às viaturas e como os quatro ventos, o garoto índio mandou tudo para longe. O restante do grupo se preparava para mais, todavia, o líder ficava parado atento observando seus aliados se preparando. Um deles tocava em diferentes objetos, procurando algo que lhe agradasse. Até o líder lhe chamar a atenção. – “Martinato, pegue isso. Irá te ajudar contra o que está por vir.” - Afirmou Eduardo. Ao pegar o pequeno objeto que ao contrário de seu tamanho, era bem pesado, Martinato imediatamente absorveu o material; sentia cada parte do seu corpo mais forte e resistente. Enquanto a outra garota acabava de afiar sua katana, que brilhava ao cortar a luz do sol.

[...]

O alarme cortava o silêncio do Q.G. da Shield, as luzes dos quartos piscavam em sinal de alerta para que todos pudessem acordar e se vestir para qualquer emergência. Por mais que sonhasse e viajasse em seus próprios pensamentos, Lucas acordou e começou a se vestir; tropeçou aqui e ali para colocar a calça e a pressão de uma “primeira missão” inusitada não lhe ajudava muito. Depois de alguns segundos o asiático estava pronto e seguia em direção ao Centro de Inteligência do Q.G., as luzes já não piscavam como antes e quase todos os agentes estavam reunidos no painel holográfico vendo o que estava acontecendo. Passo à passo, ele se engrenhava diante dos outros até ficar de frente para o painel, o que ele via era a cidade, sua nova casa, sendo atacada por adolescentes ... com superpoderes. Momentaneamente ele ficou um tanto quanto feliz e preocupado, pois poderia ser a chance dele e de seus amigos mostrarem serviço.

- “Agente Yokota, venha aqui agora. “- Ordenou Fury, que estava próximo a Clint Barton e seus amigos. – “O Gavião Arqueiro irá liderar seu time para parar esses moleques, entendeu? E você vai organizar seus amigos para isso. Vão. Agora! “– Gritou o chefe do Q.G. Os pressentimentos de Lucas estavam corretos, seria sua primeira missão. De relance na sala, ele via todos seus amigos, exceto Lyu e Sabrina. Uma pontada de desconforto quase tirou sua atenção ao pensar nos dois, algo havia acontecido mas não era hora de pensar e sim de agir. – “Eu sempre quis dizer isso, então... Avante vingadores! “– Gritou o asiático, e assim seus amigos, seguidos por Clint, correram em direção as naves que deixariam eles no centro da cidade.

[...]

Será que o que eles estavam fazendo era certo? De vingadores para traidores, que destino era esse para mudar o lado da moeda tão rápido quanto ocorreram os fatos? Não havia tempo para procurar por respostas, tudo o que eles tinham que fazer era chegar na parte sul da cidade antes das seis horas da tarde, para que pudessem se encontrar com o que o futuro os aguarda. Sabrina estava cansada, saíram logo pela manhã, antes de todos acordarem; Lyu tinha pego apenas algumas barrinhas de cereal e água para eles comerem no caminho. Como estavam com pouco dinheiro, tiveram que revezar entre ônibus e caminhadas. E no momento que o relógio de Lyu tocou ao dar 18:00hrs em ponto, uma luz os puxou para cima fazendo com que suas partículas moleculares fossem transportadas para outro lugar. Quando a luz dissipou, eles estavam em uma sala gigantesca, do tamanho de uma pequena cidade; e no centro dela, um menino de cabelos um tanto quanto compridos e negros os esperavam.

[...]

O caos havia tomado conta de New York, as ruas desertas mostravam ruínas e apenas os culpados por tal feito resistiam por lá. Lucas e seus amigos mal podiam acreditar que cinco adolescentes eram capazes de fazer tamanha bagunça mesmo não sendo uma festa. – “Concentrem-se galera, temos que mostrar que somos capazes – “Disse Lorenna. Nem todos desceriam do veículo porque iriam analisar e ajudar o time pelos computadores, como Felipe e Julia. – “Quem ordenou você como líder mesmo? “– Perguntou Thalles. – “Na verdade ninguém, mas ela está certa Thalles, precisamos focar em detê-los” –Confirmou Giulia. – “Ta bom, ta bom, mas encontro com vocês lá embaixo! “-Disse e assim que acabou a frase, já não estava mais lá. – “Essa foi nossa deixa galera, vamos mostrar o que somos capazes de fazer, honrar esse legado que nos fora passado. “– Disse Lucas, e então as portas da nave se abriram e então saltaram em direção ao chão.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.