A Nova História de uma Loba

Animatronics novamente! Parte 2


Eu estava quase dentro da sala do guarda, até que ele, com reflexos rápidos, apertou o botão. A porta começou a se fechar, e prendeu uma das minhas pernas. Eu o olhei, e ele estava desesperado. Seus olhos estavam arregalados, e ele estava em uma posição defensiva.

— Ei, abre essa porta! — Pedi.

— O que você é? — Ele perguntou, com muito medo.

— Humana, assim como você. Estou presa. Agora abre, por favor! — Implorei.

— É mentira, você quer me matar!

— Por que eu te mataria? O que eu iria ganhar com isso? — Perguntei, e ele ficou em silêncio. — Só queremos pegar uma coisa que tem aí na sua sala, não vamos te machucar.

Ele hesitou, mas apertou o botão de novo. A porta se abriu, e a minha perna ficou livre. Ele saiu correndo da sala pouco depois, provavelmente foi embora da pizzaria pra sempre.

Meus amigos entraram na sala, e Puppet pegou algo que estava atrás dos monitores da mesa. Ela segurou aquilo com as duas mãos, fechou os olhos e sussurrou algumas palavras. Com isso, voltamos a ser humanos.

Levamos a vida normalmente depois disso, e os anos se passaram. Já éramos adultos, e tudo parecia bem, mas um dia recebemos uma notícia ruim. Lara continuava solta, e estava matando crianças. Aparentemente, ela queria fazer a mesma coisa que o pai dela.

— Precisamos acabar com isso! — Foxy se revoltou.

— Sim, eu sei, mas... Como? — Bonnie perguntou.

— Matando ela, ora!

— Nós?

— Sim, nós!

— Foxy, não acha que é um exagero? — Chica se intrometeu.

— Ela tá matando crianças, não podemos deixar isso acontecer! — Ele argumentou.

— Se formos matá-la, vamos fazer isso rápido. E sem dor. — Eu disse.

— Por que sem dor? Ela e o pai dela nos fizeram sofrer tanto! — Freddy reclamou.

— Ela nos fez sofrer, mas não vamos nos rebaixar ao nível dela. Eu mesma vou matar ela, porque sei que se deixar com vocês, vocês vão fazer tudo errado. — Impus.

— Não vamos fazer nada errado! — Freddy tentou se defender.

— Não, só vão torturar a garota. — Falei, irônica.

— Tá bom, faz o que quiser então. — Ele fechou a cara.

Puppet conseguiu usar magia e rastrear Lara, e com isso fomos atrás dela. Encontramos ela andando em uma rua deserta, bem no final da tarde. Provavelmente estava procurando alguma vítima.

Me aproximei lentamente e com cuidado, pra não fazer barulho. Quando estava perto o suficiente, dei um único golpe na cabeça dela, fazendo ela desmaiar. Depois que ela ficou inconsciente, eu a matei. Ela não sentiu nada aqui, mas vai sentir quando estiver queimando no inferno.

Admito que tive dificuldade pra dormir depois de ter feito isso, e passei um bom tempo me culpando. Minha consciência ficou pesada por bastante tempo, mas não senti um pingo de arrependimento quando me lembrei das crianças. A morte da Lara fez com que muitas criancinhas pudessem viver, e isso me fez sentir bem melhor.