Dias depois...

Pov's Elsa

—Eu volto em breve-garantiu papai me dando um beijo na testa.Ele estava indo visitar Anna.

Ele subiu na carruagem,que começou a andar.

—Até mais queridas!-acenou.

—Boa viagem!-desejou Gothel sorridente.

—Tchau pai!-exclamei.

(...)

Voltei pra dentro de casa,enxugando algumas lágrimas que escorreram.

—Elsa.

Virei-me,vendo Gothel sentada no sofá.

—Vem cá-pediu gentil.

Funguei e caminhei até ela,me sentando ao seu lado.

Ela segurou minhas mãos de forma carinhosa.

—Você sente falta da sua irmã,não é?-indagou.

Suspirei,assenti com a cabeça.

—Oh,não precisa ficar dessa maneira-alertou-Somos sua família agora.

Sorri.

—Obrigada-agradeci.

Um estrondo alto soou do andar de cima.

—Não acredito que você pegou meu sapato!—Tooth se indignou.

—Seu sapato!?!A mamãe deu ele pra mim!—rebateu Julianne revoltada.

Fiz uma careta.

Desde que papai se casou com Gothel,tentei me aproximar melhor de Toothiana e Julianne,mas elas eram muito mimadas,arrogantes e escandalosas - completamente opostas de mim.

—Ah,elas tem brigado muito desde que passaram a dividir o quarto.É pequeno demais para elas duas-relatou minha madrasta em lamento.

Torci os lábios pensativa.

—Meu quarto é o maior da casa-avisei-Talvez eu possa trocar com elas.

—Ah,mas que ótima idéia!-apoiou animada-Mas querida...você não vai ficar desconfortável por ter que ir para um quarto menor?

—Pra mim não tem...

—Não!Você está sendo muito gentil e quero retribuir!-afirmou-Vou mandar reformar o quarto para ficar do tamanho que é o seu de agora!

—Reformar?-indaguei surpresa-Se ele vai ser reformado,onde vou ficar?

—No sótão é claro-respondeu como se fosse óbvio-Mas não se preocupe,é temporário.

Ela se pôs de pé empolgada.

—Vou avisar as meninas!-declarou sorridente já se afastando.

(...)

Subi as escadas,indo em direção ao sótão.Era o último cômodo de cima da casa.

Abri a porta e tossi com a quantidade de poeira que inalei.

Entrei no cômodo,observando várias coisas velhas e teias de aranha.

Suspirei.

—É temporário,Elsa-murmurei pra mim mesma.

(...)

Dois dias depois...

Papai voltava do hospital hoje e para comemorar sua volta pra casa,Gothel resolveu dar uma festa.Não liguei muito,queria apenas ver meu pai.

A música soava pela casa enquanto muitos convidados circulavam pela enorme sala de estar e a sala de jantar.

Ouvi batidas na porta.

—Eu atendo!-anunciei já me movendo.

Abri a porta e franzi a testa ao ver que era Nelson,amigo de papai.Ele era médico também.

—Oi Elsa,quanto tempo-sorriu.

—Oi.O que veio fazer aqui?-questionei curiosa.

—Seu pai foi levado para minha casa.Ele pegou pneumonia-relatou.

Arregalei os olhos assustada.

—Meu Deus!Mas ele está bem agora,né?-perguntei preocupada.

Ele suspirou.

—Sinto muito,Elsa-lamentou-Ele não resistiu e faleceu.

Arregalei os olhos em choque.

—Antes de morrer,ele pediu para dizer que amava você e Anna,e que iria se encontrar com a mãe de vocês-acrescentou-Meus pêsames.

—Meu Deus...-virei dando de cara com Gothel,assustada e pálida-Richard morreu!Como iremos nos sustentar!?!

Meus olhos se encheram de lágrimas e virei para encarar Nelson novamente.

—Obrigada Doutor Nelson-agradeci com a voz trêmula.

Fui fechando a porta lentamente enquanto as lágrimas desciam pelo meu rosto.

Um soluço escapou da minha garganta e caí de joelhos no chão,encostando minha testa na porta.

Meu pai...estava morto.