Amanhã estaremos nos mudando, terei de largar a escola, meus amigos(nem tantos), simplesmente tudo. E tudo isso porque o meu pai recebeu um aumento no trabalho, portanto estamos indo para Tóquio.

Meu nome é Himura Kenshin, tenho 16 anos, cabelos escarlates, olhos lilás e uma cicatriz em forma de X no lado esquerdo de minha face, mais especificamente na bochecha, é de infância ( não sou nem um pouco chamativo).

Quando cheguei em Tokyo, não me espantei muito com o local, nada muito diferente de Kyoto. Os arranha - céus, a grande quantidade de pessoas andando pelas ruas, as propagandas nos telões, cosplayers, nada muito diferente do que já havia visto.

O carro entrou em uma rua silenciosa, mas com várias árvores, cerejeiras e muitos prédios, eu havia suposto de que um deles deveria ser minha nova casa.

O saguão do prédio era bem simples fazendo com que desse uma ar amigável.

O síndico nos mostrou mais locais do prédio, áreas de lazer como: academia, sauna, jardins, piscinas, parquinhos para as crianças se divertirem. Pensei pouco animado: 'nada que eu fosse usar no dia - a - dia'.

Chegamos no 10 andar e finalmente disse:

- Bem! Vou deixar vocês descansarem e desfrutarem do novo lar, bem vindos! - Falou alegremente.

Quando eu estava fechando a porta, vi uma menina vestida de lolita (cosplay) abrindo a porta de seu apartamento. Aparentemente parecia ser bonita, mas com toda a maquiagem que estava utilizando era impossível distinguir seu rosto.

Em desdém, fechei a porta e fui ajudar meus pais com as malas.

- Kenshin, por favor vá desarrumar suas malas em seu novo quarto, ah, aproveite e leve estas caixas, são seus pertences. - Disse a mãe entregando - lhe a caixa com um sorriso feliz.

Abri a janela de meu quarto, e vista era realmente bonita, dava para ver a torre de Tóquio e vários arranha-céus magnificos no centro. Tirando pelo fato de ter no prédio vizinho um cara com cabelos castanhos espetados e uma tatuagem no braço nada amigável estar olhando da sua janela para o andar abaixo do meu apartamento com um binóculo, estava tudo maravilhoso.

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No dia seguinte, primeiro dia de aula, acordei um pouco atrasado, peguei um hotcake e a coloquei na boca.

- Chom chia bãe - Falando com o hotcake na boca....

- Menino mastigue primeiro e depois fale, é falta de educação - Disfarçando um sorrizinho pelo filho ser um palhaço.

-Traduzindo o que eu disse antes, bom dia mãe. - Falei.

- Está nervoso? - Perguntou pegando o syrup ( um tipo de mel que é colocado em massas de panqueca ou hotcake) e a manteiga.

Levantei o dedo de forma diplomática e disse:

- Nem um pouco, se eu não fizer amigos não tem importância, só espero não ser odiado por ninguém. O que mais me importa são os estudos.

Olhei o relógio de meu celular e já estava na hora de ir, fui me despedindo de minha mãe.

- Iterachai!

Eu sai de casa com o peito estufado e um ar de confiante, mas admito, estava bem nervoso.

No caminho me juntei à um grupo de estudantes com o mesmo uniforme. A rua do colégio tinha arvores de cerejeira que por sinal ainda não brotaram suas flores, o jardim do colégio era vasto e continha várias flores nos canteiros.

Olhei para alguns estudantes e entre eles haviam algumas garotas, pensei: “ até que as meninas não são tão feias”.

Na entrada, tirei os sapatos, os coloquei no armarinho e coloquei os sapatos oferecidos pela escola. Os corredores eram extensos, tinham muitas portas, algumas eram salas de aula, outras laboratórios, diretorias; Mas o problema era, eu não tinha ideia em qual sala eu deveria ir.

Depois que todos entraram em suas devidas salas só ficou eu em um dos corredores perdido.

Até que um cara se esbarrou em mim com tudo e me derrubou no chão sem querer, pelo jeito devia estar com muita pressa.

-Ei! Me desculpe você esta bem? – Falou com um ar de preocupação e estendeu a mão para me ajudar a levantar.

Quando eu levantei, usando sua mão como apoio, vi que era o cara de cabelo espetado, com aquela tatuagem escrita “mau”( agora da pra ver melhor), de perto era mais alto e tinha olhos castanhos e puxados. Mas deixando os pensamentos de lado respondi sua pergunta:

- Acho que sim....

- Você é novo na escola? É que nunca te vi por aqui.

- Sim, acabei de me mudar de Kyoto.

- Legal... Posso ver em que sala você esta? Parece estar perdido.

Entreguei – lhe o papel que indica a sala.

- Você esta na mesma sala que eu! – Disse batendo no papel – Espero que nos demos bem.

Chegando na porta de uma sala de aula que estava um pouco barulhenta, que aparentava ser a minha e a dele, estendeu a mão e disse:

- Meu nome é Sagara Sanosuke

Eu estendi a mão em cumprimento e mostrei – lhe um sorriso:

- Himura Kenshin, prazer.
Nós dois entramos na sala e cada um se sentou no local em que fora sorteado.