Capítulo 25 - Decision.

“Toda decisão acertada é proveniente de experiência. E toda experiência é proveniente de uma decisão não acertada.”

A dupla de loiros retirou-se silenciosamente da guilda. Palavras não eram proferidas enquanto estes seguiam pelas ruas semi-silenciosas.

Logo pararam na praça central da cidade. Esta estava quase vazia, ainda se podia ver um casal aqui e ali passeando.

- Você esta bem Miss Lucy? – indagou o loiro assim que sentou-se ao lado da maga. Este a observava com preocupação já que a Heartphilia sempre fora muito enérgica e mal costumava calar-se.

- Sim... – murmurou-a suspirando logo em seguida.

- Tem certeza? – voltou a perguntar.

E novamente esta suspirou.

- Eu só estou pensando no... Rogue. Na briga que tivemos – assumiu. – Eu queria o apoio dele quando escolhi usar as chaves negras... – e assim os olhos da loira marejaram. – M-Mas... a gente brigou... Viemos brigando desde dois dias atrás quando o Dante me ofereceu as chaves. – a esse ponto as lágrimas já escorriam pela face da jovem.

- Ele só quer o melhor para você Miss Lucy – informou o loiro vendo-a tentar, inutilmente, enxugar as lagrimas.

- E-Eu s-sei... – gaguejou. – Mas eu quero me tornar mais forte para ajudá-los mais nas missões... Eu nem deveria ser chamada de Líder do nosso time já que sou tão fraca...

- Lucy...

- Eu só quero me tornar mais forte para ser capaz de proteger ele e a Sting caso seja necessário. Quero ser forte para ajudar a todos... E eu sei que com essas chaves novas, com esses novos amigos, eu serei capaz de me tornar alguém melhor e mais forte. – concluiu-a.

- Dê um tempo a ele, sei que aquele Cheney vai te entender em breve – afirmou Rufus. – E mesmo que não entenda, Minerva pode obrigá-lo a isso – riu-o e junto a ele Lucy também o fez.

- Obrigado oni-san, só você para me fazer rir em uma hora assim – agradeceu-a, e só então lembrou-se de como havia o chamado. – V-Você não se importa se eu te chamar assim, certo? – indagou corada.

E mais uma vez o loiro riu.

- Claro que não, nee-chan – e logo o mago sentiu os braços da loira o envolver em um abraço fraternal.

- Você acha... que ele está muito bravo comigo? – perguntou a maga celestial.

O loiro apenas suspirou buscando uma forma de dizer que – na verdade – logo após ela ir falar com o Rei celestial, Rogue pegara uma missão classe S e partiu... sozinho.

- Lucy-nee... ele... – outro suspiro. – O Rogue foi em uma missão classe S sozinho...

A Heartphilia apenas permitiu-se arregalar os olhos enquanto se afastava para poder encarar melhor o Lohr.

- Sting tentou impedi-lo de todos os modos... mas foi inevitável... – informou-o. – Ele foi deixando, até mesmo, Frosch para trás...

E novamente lágrimas vieram a face da maga, e esta apenas voltou a agarrar-se as vestes do mago enquanto soluçava e chorava.

Será que era mesmo esse seu destino? Ficar só... Ficar triste... Chorar...

Ficaram alguns minutos em silencio apenas apreciando a brisa que se passava no local enquanto a maga – aos poucos – tornava-se a ficar calma.

Sem que notassem o dia já havia começado a entardecer.

- Melhor irmos para a guilda, devem estar sentindo nossa falta. – afirmou o mago memory make.

- Sim... – murmurou Lucy enquanto o mago erguia-se. – Nee nii-san... eu acho que... – e então ergueu o olhar para encarar o Lohr nos olhos. – Acho que vou me afastar das guildas para poder treinar – afirmou voltando o olhar para o céu que ganhava tons alaranjados.