A New Life in NY I
Isn't she pretty?
Liz’s POV
Acordo com um barulho sem entender ao certo o que era. Tento voltar a dormir, mas continuo ouvindo pancadas irritantes como se fossem dentro do quarto. Viro-me para o lado e Chuck ainda está dormindo, as pancadas e os rangidos vem da parede a minha frente, que dava para o quarto de Blair e entendo o que está acontecendo. Não está muito cedo para isso?
Suspiro, ainda estava me sentindo sonolenta e cansada da noite de ontem.
“Deixe eles se divertirem, eu também não posso reclamar da minha situação”, penso me levantando para ir ao banheiro e desistindo de dormir.
Enquanto escovo meus dentes ouço B e N se divertindo e isso me faz rir, fico feliz por eles. Troco de roupa e volto para o quarto de Chuck e ele está com a cabeça embaixo do travesseiro.
⁃ Bom dia! - digo sentando na beira da cama.
⁃ Argh - ele resmunga e me olha. - Quem consegue dormir com esses dois?
⁃ Não que eu e você sejamos discretos, Bass - falo dando de ombros.
⁃ Estou esgotado, Elizabeth. Preciso me recuperar... Eu vou bater no Nathaniel! - ele resmunga se sentando na cama.
⁃ Não seja egoísta, Chuck! Quer tomar café da manhã? Eu estou morrendo de fome.
⁃ Tanto faz - ele bufa se levantando.
⁃ Te vejo lá embaixo.
Desço e o café já está posto, olho meu celular e ainda são sete horas da manhã. Encho uma caneca de café até a boca e Chuck desce com a cara fechada e inchada de sono. Ele pega outra caneca com café e toma antes mesmo de se sentar.
⁃ Achei que esse feriado era para descansar, eu estou mais cansado do que nunca.
⁃ Chuck Bass, você está reclamando de ontem à noite?
Ele me encara rindo:
⁃ Estou reclamando de ninguém me deixar dormir. Ontem à noite foi todo o ponto dessa viajem.
⁃ Você amou fazer trilha também, admite.
⁃ Jamais.
Reviro os olhos enquanto pego uma torrada e passo geleia.
Chuck se senta ao meu lado na mesa e termina de tomar sua caneca de café. Então sinto sua mão quente passando pela minha coxa direita, isso me faz sentir um arrepio na nuca e deixo a torrada cair de volta no prato.
⁃ O que você está fazendo? - sussurro querendo soltar um sorriso.
⁃ Nada - ele responde em outro sussurro no meu ouvido.
Ele coloca meu cabelo para trás e beija meu pescoço. Eu consigo sentir sua respiração e sua pele quente na minha.
⁃ Bom dia! - Nate aparece e isso faz eu me afastar dele assustada.
⁃ Bom dia... Cof cof - falo sem jeito e tento limpar minha garganta.
N se senta do outro lado da mesa e enche um copo com suco e corta uma fatia de pão para se servir.
Chuck continua passando a mão pelas minhas pernas por baixo da mesa. O fuzilo com os olhos e ele dá risada.
⁃ Dormiram bem? - N pergunta.
⁃ Dormimos... E a Blair, cadê ela? – tento falar naturalmente.
⁃ Ah, ela está se trocando. Deve estar descendo daqui a pouco.
⁃ Como foi ontem? Se divertiram? - pergunto e sinto Chuck escorregar a mão para a parte interior das minhas coxas e subindo cada vez mais.
⁃ Sim. Acho que finalmente estamos conseguindo nos reconectar...
C ergue um pouco meu vestido e seus dedos passam pela minha calcinha.
Respiro fundo tentando me conter.
⁃ Vocês estavam se reconectando bastante hoje mais cedo - Chuck fala.
Nate parece ficar um pouco sem graça:
⁃ Ah, desculpa se... Acordamos vocês.
⁃ Desculpas aceitas, Archibald.
Ele passa os dedos por dentro da minha calcinha e sinto um calor percorrer meu corpo.
⁃ Ignore o Chuck, fico feliz que vocês dois tenham se acertado.
⁃ Já era hora... Já acabei de comer, você se importa se eu for dar um mergulho da piscina, Nathaniel?
⁃ Pode ir, vou esperar a Blair.
Chuck me olha e se levanta da mesa.
⁃ Eu também já terminei, acho que vou com você, Bass. Até mais tarde, Nate.
Levanto e sigo C até os fundos onde ficava a piscina.
⁃ Por que a gente não foi pro quarto? - pergunto quando ele me puxa para trás da casa da piscina e me encosta na parede.
⁃ Porque assim é mais divertido.
Ele me beija enquanto agarra meu cabelo com uma mão e com a outra ergue meu vestido percorrendo os dedos pela minha silhueta. Sinto-o me pressionando contra a parede e eu o quero mais do que nunca. Mas o afasto:
⁃ O que foi? Tem algo de errado, Liz?
⁃ Não.
Abro o zíper do meu vestido e o deixo cair no chão e isso faz ele sorrir, então ele tira a camiseta e o short e eu corro para a piscina aquecida dando um pulo.
⁃ Ah, Elizabeth, é por isso que tem que ser você...
Ele corre atrás de mim mergulhando também, eu pulo nas suas costas e o abraço rindo. Então ele me pega pela cintura e eu o beijo, entrelaçando minhas pernas nele.
⁃ Eu me divirto muito quando estou com você - ele fala me encostando na borda da piscina e tirando meu sutiã.
⁃ Eu sei.
—x-
Mais tarde Blair e Nate querem ir ao estábulo para todos andarmos a cavalo.
⁃ Vamos, Liz! Por favor - B pede me puxando pelo braço.
⁃ Eu nunca andei a cavalo, B! - reclamo, mas ela não parece se importar.
⁃ Ah, Redford, se você me fez ir numa trilha, agora é a minha vez de judiar um pouco de você - Chuck diz aparecendo na porta do quarto vestido a caráter com botas e calça de montaria.
⁃ Eu nem tenho roupa para isso - falo cruzando os braços emburrada. - Podem ir, a gente se encontra mais tarde.
⁃ E você vai ficar aqui sozinha fazendo o que o dia todo? Eu te empresto roupas e botas de montaria, você calça o mesmo número que eu, não é?
⁃ Blair, por favor... - tento choramingar, mas vejo que não tem como fugir da situação.
⁃ Vamos para o meu quarto pegar as roupas.
Vou atrás de B desistindo de lutar contra.
⁃ Não se divirtam muito sem mim - Chuck fala quando passamos por ele.
⁃ Não seja engraçadinho, Bass, argh - B bufa e bate a porta do seu quarto.
Ela pega uma calça de montaria branca, uma camisa cor de areia e um casaco preto com botões dourados em meio às suas roupas.
⁃ Acho que vai servir em você - ela me estende as roupas para eu me trocar. - Ainda bem que eu sempre trago roupas a mais.
Enquanto me visto ela vasculha em meio as malas até achar uma par de botas pretas de cano alto até os joelhos.
⁃ Sorte sua que eu não consegui me decidir qual bota trazer e trouxe três.
⁃ Azar meu, você quis dizer - reclamo.
⁃ Você precisa prender o cabelo também, L. O vento pode te atrapalhar - ela fala enquanto penteia meu cabelo para trás e junta em um coque no topo da minha cabeça com um elástico e alguns grampos. - Agora fique de pé, deixe eu ver como você está... Ficou perfeito! - ela fala em um gritinho batendo as mãos. - Vamos?
Nós quatro caminhamos por parte do vasto campo aberto que a casa de Nate possui até chegarmos ao estábulo. A cuidadora nos recebe com os cavalos já prontos com os equipamentos para montaria. Todo mundo parece saber muito bem o que fazer e pegam os cavalos indo até o pasto a frente.
⁃ Nate me ligou, disse que você nunca montou a cavalo, é verdade? - digo que sim. - Bom, prazer, eu sou Charlotte - ela estende a mão para mim.
⁃ Prazer, Liz.
⁃ Eu vou te deixar com o cavalo mais calmo que temos aqui, ele se chama Don, vou te apresentar a ele. O mais importante é entender que ele também é um ser vivo e precisa se sentir seguro com você assim como você quer se sentir segura com ele.
Assinto:
⁃ Olá, Don - falo me aproximando dele.
⁃ Você vai amar ele - Chuck fala aparecendo atrás de mim. - É o cavalo de infância do Nate.
C se aproxima e Don abaixa a cabeça como se cumprimentasse e Chuck acaricia sua cabeça.
⁃ Ei, Don! Há quanto tempo eu não te vejo, você lembra-se de mim ainda? Essa é a Liz, ela é nova na turma, você gostou dela? - Chuck conversa com Don e me chama para me aproximar mais. - Ela é linda, você não acha? - Don relincha e isso me faz rir. - Acho que ele concorda.
⁃ É um prazer te conhecer, Don. Eu também te acho um cavalo muito bonito - ele cheira a minha mão e deixa eu afagar sua cabeça.
Charlotte ajeita a sela e me ajuda a subir e me instrui em como segurar as rédeas. Chuck conduz Don até o pasto aberto e eu tento me manter calma e me esforço para não desequilibrar e cair.
⁃ É meio alto daqui de cima - eu falo e Chuck ri.
⁃ Não precisa ter medo do Don.
⁃ Eu não tenho medo do Don, eu tenho medo de cair.
⁃ Relaxa, se você ficar muito tensa ele vai sentir.
Respiro fundo algumas vezes tentando deixar meus ombros mais soltos e a coluna ereta.
⁃ Posso soltar dele? - Chuck pergunta.
⁃ Ainda não...
⁃ Não sabia que você era tão medrosa, L.
⁃ Fácil pra você dizer, você pratica hipismo desde os cinco anos de idade.
⁃ A culpa não é minha que você não pratica.
Respiro fundo de novo:
⁃ Tudo bem, pode soltar.
⁃ Tem certeza?
⁃ Tenho... Don, tenha calma comigo, por favor.
Aperto minhas mãos nas correias e começamos a cavalgar devagar pelo pasto de grama, quando me dou conta eu e Don demos uma volta inteira sem eu desabar no chão.
⁃ Já demos uma volta completa?
⁃ Viu? Não é tão ruim assim - Chuck fala montando em seu cavalo e vindo ao meu lado.
⁃ Don, você é incrível - falo perto de sua orelha e faço carinho em seu pescoço.
Damos mais algumas voltas ao lado de Chuck:
⁃ Como você nunca montou a cavalo?
⁃ Do mesmo jeito que você nunca fez trilha.
⁃ Justo - damos risada.
⁃ Mas eu gostei... O Don está sendo muito paciente comido.
Depois de um tempo eu começo a ficar com dor de ficar na mesma posição na sela e decido parar. Charlotte me ajuda a descer e me pergunta como foi minha experiência.
⁃ Bem melhor do que eu imaginava. Obrigada por me ajudar!
Ela oferece se eu gostaria de pentear a crina de Don enquanto ela tirava os equipamentos dele e eu aceito.
⁃ Obrigada também, Don... Vou te contar um segredo, mas fica só entre nós, tá? Você é o único cavalo que eu gosto. Você deixaria eu te roubar do Nate? - ele balança a cabeça relinchando. - Acho que você entende o que a gente fala... - dou risada. - Tudo bem, eu não sou te roubar do Nate, sei que você ia sentir saudades.
Despeço dele e vejo Chuck indo com seu cavalo para a parte de trás do estábulo com obstáculos de hipismo. Caminho até me aproximar para assisti-lo praticar, encosto-me a uma cerca e fico ali o vendo fazer alguns percursos.
Quando termina ele deixa o cavalo com Charlotte e vem até mim:
⁃ O que você achou?
⁃ Você até que leva jeito - respondo.
Ele ri:
⁃ É difícil se concentrar com você aqui.
⁃ E o que eu fiz para te distrair, Bass?
⁃ Usou essas calças. A visão traseira está especialmente linda hoje.
Dou um tapa em seu ombro enquanto ele sorri pra mim.
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