A New Life in NY I

Everything is falling apart


Era sexta-feira, amanhã seria o tão esperado dia do baile. Finalmente as férias chegariam e como eu precisava delas.

Acordei com um raio se sol, que entrava no quarto por uma pequena fresta da cortina, atingiram meus olhos. Virei-me com sono para o outro lado da cama e Chuck estava lá, dormindo profundamente, tão tranquilo como se nada se ruim pudesse acontecer.

As provas já haviam acabado, não teríamos mais aula, eu já tinha o meu vestido e os sapatos. Uma sexta sem preocupações.

Levantei-me, peguei uma camisa branca dele que estava jogada em cima da poltrona e a vesti e me dirigi até o telefone da sala para pedir serviço de quarto.

Logo uma mulher chegou com um café da manhã enorme, me sentei no sofá para começar a comer e C acordou:

— Bom dia...

— Bom dia!

— Eu preciso te falar uma coisa.

— O que? – perguntei curiosa.

— Só amanhã, depois do baile.

— Nem uma dica?

— Não.

Será que era o que eu estava pensando? Ele diria as três palavras? Se não por que ele esperaria até depois do baile.

—x-

Já era sábado, o baile seria daqui alguns minutos, dei uma última olhada do espelho para ver se tudo estava ok e desci as escadas com Chuck já me esperando:

— Você está linda.

— Obrigada.

Eu usava um vestido preto bordado e ele um terno Giorgio Armani.

Ele estendeu a mão para mim e eu a segurei:

— Tenho um presente para você. – ele tirou a outra mão de suas costas que segurava uma caixa Cartier.

— O que é?

C me soltou, abriu o presente lá havia uma pulseira, mas não qualquer pulseira. Era a pulseira Love da Cartier, aquela que o fecho é um pequeno parafuso, significa compromisso e nunca deixar quem você gosta, já que uma vez colocado você não deve mais tirá-la.

— Posso colocar em você?

— Claro.

Era linda, toda de ouro e eu não estava acreditando que ele havia me dado aquele bracelete.

Depois que Chuck o fez, fomos até o térreo e entramos em sua limusine para irmos até o salão onde o baile aconteceria.

Logo o motorista estacionou e abriu a porta para nós. O lugar estava decorado como qualquer outro baile de fim de ano estaria, com flores, luzes, música alta...

— Quero que essa noite seja perfeita – ele sussurrou em meu ouvido e sorri enquanto entrávamos no lugar.

— E vai ser – concordei.

— Vou pegar algo para a gente beber.

— Você sabe que aqui não vai ter bebida alcoólica, não é?

— Eu dou um jeito – ele disse rindo e eu revirei os olhos.

— Liz!

—Serena! Você está maravilhosa.

— Olha quem fala – rimos. - Vou procurar o Dan.

— Vocês voltaram?

— Não, mas quem sabe hoje...

— Boa sorte! A gente se vê.

— A gente se vê.

Revolvi ir até a mesa de frios pegar algo para comer e Chuck voltou:

— Aqui está – me estendeu uma taça.

— Obrigada.

Tomei um gole e ele se aproximou para me beijar.

— Elizabeth.

—Blair, será que dá para vir aqui depois? – C brigou com ela.

— Não, não dá. Será que a gente pode conversar? Agora.

— Claro. Já volto.

Caminhamos até a entrada:

— Que história é essa? – B me interrogou.

— Que história?

— Que eu enviei uma mensagem para o Nate? Eu nunca fiz isso.

— Do que você está falando, Blair? – tentei desviar, mas acho que tinha sido pega com todo o meu plano.

— Você tem alguma coisa haver com isso?

— Claro que não – menti.

— Não mente para mim. Você ficou sozinha no meu quarto aquele dia. Foi você?

— Não.

— Então diz olhando nos meus olhos.

— Nã-não.

— Eu não acredito! Foi você! Por quê? Você não podia se meter nisso, ninguém pediu sua juda.

— Porque alguém tinha que fazer alguma coisa para vocês dois voltarem.

— Não, Liz. Ninguém tinha que fazer nada. É a minha vida e ninguém tem direito de se intrometer nela sem a minha permissão.

— Eu só fiz isso para te ajudar, B.

— Mas você não me ajudou... Achei que fossemos amigas, só que amigas não fazem isso. Você mentiu pra mim, agiu pelas minhas costas.

Ela passou por mim:

— Espera! – gritei.

— Não. Não fala mais comigo... Foi um erro ter deixado outra pessoa entrar no nosso grupo.

Fiquei ali parada, encarando ela ir embora, eu não podia ter acabado de ouvir aquilo. Engoli em seco e saí dali, fiquei sozinha do lado de fora encostada na parede de tijolos vermelhos tentando me recuperar.

— L? Está tudo bem? – uma voz perguntou se aproximando.

Levantei a cabeça:

— Dan. A Serena está te procurando.

— Você não me respondeu, está tudo bem?

— Am... Está.

— Tem certeza?

— Não.

— O que aconteceu?

— A Blair... Ela está brava comigo.

— Mas logo vocês voltam a se falar. Quer dizer, você também faz parte do Non-Judging Breakfast Club, vocês sempre se perdoam.

— Acho que não dessa vez... Ela disse que... Que foi um erro ter ficado minha amiga... Que foi um erro ter deixado eu me aproximar deles.

— Ela é Queen B, ela fala todo tipo de coisa. Esquece isso.

O olhei e ele me encarava:

— Acho que você devia ir atrás da S e...

Não pude acabar de falar, ele se aproximou tão rápido que não teve como eu reagir e nossos lábios se tocaram.

Eu não estava fazendo aquilo, ele era o namorado da Serena. Bom, ex-namorado, mas não muda nada. Tentei me afastar quando ouvimos:

— Dan? Liz?

Ele me soltou:

— Serena...

— Não acredito nisso.

— Não, por favor. Vamos conversar – tentei falar.

— Não! Eu não quero conversar com nenhum de vocês dois... Que nojo! Quer saber? Eu cansei. Você a quer, Daniel? Fica com ela logo, eu sou Serena van der Woodsen e eu não vou ficar correndo atrás de ninguém. E você, L, faça o que quiser, nós não somos mais amigas. Se é que algum dia nós fomos. A gente já tinha conversado, eu já tinha dado outra chance a vocês dois. Liz, você me garantiu que não havia nada com que eu devesse me preocupar.

Ela sai e nos deixa ali:

— Você está de brincadeira, Dan? – começo a gritar. - Eu tenho namorado! E você tem a S, por que você ia me querer? Ah, Deus... Eu tenho que ir. Arruma essa bagunça que você fez!

Saí dali correndo para o banheiro do salão, mas antes que eu pudesse entrar alguém segurou meu pulso:

— Liz? Por que você está correndo?

— Me deixa, Chuck.

Eu estava me sentindo horrível, minhas duas melhores amigas não queriam sequer ouvirem meu nome.

Ele me largou e percebi o quão cheio aquele lugar estava. Dei meia volta e saí dali andando o mais rápido que pude, atravessei a rua e antes que eu pudesse ir mais longe C me segurou de novo.

— Liz! Por favor, espera!

— Vai embora, Chuck – disse me virando para ele.

— Não, eu não vou. Eu prometi cuidar de você e é o que vou fazer. O que aconteceu?

Respirei fundo:

— A Blair e a Serena... Nós brigamos.

— Por quê?

— A B descobriu o que eu fiz, que eu enviei aquelas mensagens.

— Mas a culpa também foi minha.

— Não! Foi só minha. Eu planejei tudo.

— Mas e a Serena?

— Não foi nada.

— Liz...

— O... O Dan me beijou e ela viu.

— O que?! Eu vou matar aquele...

— Não! – o interrompi – Você não vai. Você vai ficar aqui.

— Eu não vou deixar isso assim.

— Por favor, fica comigo. Você não precisa fazer um escândalo.

— Não agora. Quer ir embora? – C perguntou pegando minha mão.

Balancei a cabeça assentindo.

Entramos na limusine para irmos até o Empire. Não conversamos o caminho todo e era melhor assim. O motorista estacionou e nós dois descemos, entramos no hotel e caminhamos até o elevador, ele apertou o botão para a cobertura. A porta se abriu e me deparei com a última pessoa que eu precisava ver:

— Hilary... – falei sem graça olhando as duas malas, uma em cada mão – Você está indo embora?

— Estou – foi apenas o que ela disse.

Aquele silêncio estava me matando, infelizmente eu não havia magoado apenas o Philip ao terminar com ele, mas também a Hilary.

Saímos do elevador para que ela pudesse entrar e seguimos até a suíte do Chuck:

— Hey, está tudo bem? – ela me perguntou por cima do ombro, acho que estava escrito na minha cara como estava afetada.

— Claro – menti.

Ele girou a maçaneta e entramos. Finalmente um lugar seguro:

— Então, o que você queria me dizer? – perguntei convicta do que ouviria em seguida. Aquilo me faria sentir melhor.

— Não sei se é o momento certo.

— Por favor, já cansei de esperar. Preciso de algo bom hoje.

— Tudo bem... Eu quero que você venha passar as férias comigo em Saint Tropez.

— O que? – não era o que eu queria ouvir, nem chegava perto.

— Você quer vir para...

— Não, não é isso... Eu entendi – não precisava que ele dissesse novamente, só me machucaria mais.

— Há algo de errado?

— Não...

— Você não sabe mentir, Liz. Eu falei ou fiz alguma coisa errada? – balancei a cabeça negando e C continuou me encarando esperando uma resposta sincera.

Nesse instante milhões de coisas passaram pela minha cabeça. Eu disse que era o suficiente estar namorando o Chuck sem nenhuma garantia, mas talvez não era. Engoli em sego ao pensar nisso. Ter Chuck Bass era tudo o que eu queria, só que seria o bastante estarmos juntos se eu não conseguia ter certeza do que ele sentia por mim? Eu precisava ouvir aquelas pequena frase, três palavras, sete letras, apenas isso. Eu tinha certeza que ele me diria hoje, mas ele não o fez.

"Acho que não é o suficiente, Liz", uma voz dentro de mim sussurrou. Era como se houvessem jogado uma bomba de realidade dentro de mim.

Respirei fundo:

— Isso é tudo o que você tem para me dizer?

—É.

A decepção inevitável, olhei para cima tentando evitar que alguma lágrima escorresse.

— Eu... Eu preciso ir embora.

— Você não vai passar a noite aqui? A gente acabou de chegar.

— Eu acho melhor não... Na verdade, talvez seja melhor nós passarmos nossas férias separados.

— O que há de errado com você, L?

— Nós só... Nós não podemos ficar juntos.

— Você não está falando só das férias, não é?

— Não sei. Faça o que você quiser enquanto viaja, Chuck. Eu sinto muito, eu preciso ir.

— O que você quer que eu faça?

— Me diz um motivo para eu não te dar as costas e sair por aquela porta agora.

— Eu... Eu quero que você fique.

Era como se meu coração tivesse levado um golpe forte o bastante para se partir ao meio.

Fechei meus olhos por um segundo com força e encarei o chão, balancei a cabeça de um lado para o outro desejando não estar ali.

— Não, Chuck... Não é o suficiente.

— Por que não é?

Revirei os olhos sentindo medo de alguma lágrima escorrer. Eu estava reagindo de forma exagerada? Talvez. Talvez fosse tudo o que já havia acontecido entre B, S e eu. Talvez fosse meu medo de me machucar mais no futuro. Talvez eu devesse esquecer todo mundo que conheci aqui.

— Adeus – sussurrei e me virei indo até a porta, a abri e antes que eu conseguisse sair ele segurou meu pulso como sempre fazia antes de eu ir.

— Não vai – me voltei para C.

— Você sabe... Três palavras, sete letras... Diz e eu não vou.

Chuck me olhava em silencio:

— Eu... Eu...

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto:

— Você não consegue.

— Eu... – ele desviou o olhar para o chão.

— Olhando nos meus olhos.

— Eu... Eu te amo. – ele falou rápido desviando o olhar outra vez e mais uma lágrima caiu.

— Não, você não me ama. Mas obrigada por tentar dizer – Chuck me largou.

Todo tempo do caminho por aquele corredor, pegar o elevador e atravessar a recepção do hotel demorou mais do que o costume, eu só queria sair dali.

Parei em frente ao Empire e senti o mundo desmoronar aos poucos.

Aproximei da rua para chamar um taxi, logo um parou.

Eram férias, eu não tinha que continuar em Nova York, ao menos por um mês. Fugir de tudo isso parecia uma ótima opção.

Talvez fosse tudo o que eu precisasse era ficar longe de todos.

O táxi finalmente estacionou, paguei o motorista e entrei indo direto pegar o elevador, apertei o botão para a cobertura, só precisava passar um longo tempo dentro da banheira, colocar uma roupa confortável, me jogar na cama e pensar em um lugar para ir.

A porta se abriu e eu saí:

— Megan? – a chamei estranhando ela não estar espalhada pelo sofá da sala de estar.

Resolvi procura-la, passei pelo corredor e a encontrei na outra sala, a de TV. Mas Megan não estava sozinha, ela estava se agarrando com um garoto. Fiquei ali escondida atrás da porta tentando descobrir quem era, quer dizer, como podia minha prima não me contar que havia arranjado um namorado?

Ele estava de costas, até que uma mistura de sentimentos dolorosos me invadiram. Engoli em seco:

— PHILIP?! –falei entrando.

Eles estavam fazendo isso comigo o tempo todo? Acho que karma está batendo na minha porta, aqui se faz e aqui se paga, não é o que dizem?

— Liz?! – ela disse se afastando dele assustada.

Eu estava em choque.

— Liz, não...

— Calem a boca. Não precisa falar nada – consegui falar, essa era a ultima gota que faltava para mim transbordar – Vocês vão dizer o que? Que não é o que parece? Ou que não é nada do que eu estou imaginando? – falei sem gritar.

— L, por favor... – ela me chamou enquanto eu me virava para sair.

— Eu não quero conversar, Megan – falei por cima do ombro – ANNE! Meu quarto agora!

Subi as escadas e andei tranquilamente até o meu quarto e Anne apareceu logo atrás de mim sem folego. Dava para perceber pela seu rosto sua preocupação e o cansaço de ter corrido desesperadamente até ali.

— Sim, Srta. Liz? – ela entrou e fechei a porta. – Algum problema?

— Desculpa, mas você pode me ajudar a arrumar as malas, por favor? Preciso sair de Manhattan o mais rápido possível – disse enquanto lagrimas caiam pelo meu rosto.

— Claro.

Entramos em meu closet, comecei a pegar algumas roupas e ela pegou duas malas grandes e uma pequena de mão Louis Vuitton.

— Liz, abre a porta – Megan pediu e eu a ignorei.

Peguei uma blusa branca larga, uma calça preta, uma sapatilha Chanel, um blazer preto e entrei no banheiro para me trocar. Eu não podia simplesmente viajar com aquele vestido.

Dois minutos depois já estava devidamente vestida, fui ajudar a arrumar as malas.

— Está tudo bem?

— Não, Anne. Nada está bem... Eu sinto como se tudo estivesse desabando.

Peguei a mala menor e passei a mão pela minha penteadeira colocando tudo dentro dela.

— Eu sinto muito... Por favor, vamos conversar... Você é a ultima pessoa que eu quero magoar.... Eu te amo, você é a minha melhor amiga, Liz... Você é muito mais importante para mim do que qualquer garoto... – ela começou a chorar e falar entre soluços. – Me perdoa...

Olhei para a porta tentando me controlar.

— Entra logo – falei a abrindo e logo voltei a trancá-la.

— Olha, eu realmente sinto muito.... Você lembra aquela vez em que eu fui com você para Washington nas férias? Foi a única vez que eu fui. Nós tínhamos nove ou dez anos e você me apresentou ao Philip... Eu gostei dele. Na verdade, naquele mês eu me apaixonei por ele... Mas eu era uma criança e qualquer um podia ver que ele gostava de você, eu decidi esquecer isso e ficar feliz caso vocês dois ficassem juntos e vocês ficaram. No entanto, você começou a fazer aquelas coisas, brincar com ele e o Philip não merecia ser enganado. Você estava apaixonada pelo Chuck.

— Então você decidiu me falar todas aquelas coisas só para me separar dele... Você, a Blair e a Serena... Elas sabiam, não é? Nenhuma de vocês são santas pra me julgarem.

— Sabiam... Mas nós só falamos tudo aquilo para fazer você ver o que estava sentindo e decidir o que queria, claro que nenhuma de nós quer que ele parta o seu coração... Mas é dele que você gostava, não do Philip.

— Estava tão óbvio esse tempo todo. Quer dizer, você sempre implicando com ele, dizendo que era como o Angel, o personagem que você era apaixonada e... E era isso o que a Gossip Girl quis dizer com "a verdade que não pode ver a luz do dia". Porque você escondeu isso de mim todo esse tempo? Você sabe que eu não iria julgar, que eu até ajudaria vocês dois a ficarem juntos... Mas você esperou até ele me pedir em namoro, por quê?

— Porque ele nunca ia querer nada comigo.

— Ah, sério? Não foi isso o que eu vi lá embaixo.

— O-o que? Não, Liz. Você não está entendendo. Ele veio aqui procurar você, saber como você estava, o motivo de você ter saído da casa dele aquele dia daquele jeito, que você parecia estranha e se você tinha conseguido um acompanhante para o baile, já que tinha prometido ir com você e, caso você não tivesse, ele iria. Mas você não estava e nós começamos a conversar e... E quando eu vi, eu estava indo para cima dele o beijar... Espera! A Anee está arrumando suas malas? Você vai viajar? Isso é por minha culpa? Não, Liz... Se alguém tem que ir embora, sou eu.

— Calma! Respira. Vocês não estavam me traindo esse tempo todo?

— Não! Você tinham terminados, mas eu sei que não é certo o que eu fiz.

Abracei-a.

— Ah, Megan. Achei que vocês dois tinham um caso esse tempo inteiro. Sei que traí o Philip e não tenho direito de ficar brava se ele também me traiu, mas me doeu mesmo assim quando pensei que vocês dois me traíram.

— Está tudo bem, então? Você não está brava?

— Não. Não com você.

— E por que esse rosto triste e as malas?

— Aconteceram muitas coisas esta noite que não tem a nada a ver com você.

— Quer falar sobre isso?

— Não.

— Para onde você está indo?

— Não posso contar. Desculpa.

— Devo me preocupar?

— Não, Megan.

— Certeza?

— Certeza. Escuta bem o que eu vou dizer, é importante.

— Pode falar.

— Depois que eu entrar naquele elevador eu quero que você vá até o Philip e agarre ele de novo e de novo, não deixa ele escapar.

— O que? – ela franziu a testa.

— Você entendeu. Eu quero te ver feliz, isso é o bastante para mim.

Ela me abraçou:

— Você é a melhor pessoa do mundo por mais que não veja isso.

—S ó mais uma coisinha – ela me soltou. – Deixa eu judiar dele só um pouquinho?

— Como assim?

— Deixa?

— Qualquer coisa que você quiser.

— Tudo bem... Eu vou me sentir melhor e ele vai precisar de alguém para consolá-lo, aí você se oferece. Vamos ver se em duas semanas vocês já não estão juntos.

— As malas estão prontas – Anne disse fechando o ultimo zíper.

— Obrigada, Anne. Ah, Megan?

— Sim?

— Eu vou precisar parecer brava com você e com tudo o que aconteceu, então tira esse sorriso do rosto e finja estar triste, o mais importante: deixa a maquiagem borrada quando descer para ele ver que você chorou – ela me olhou estranhando. – Confia em mim. Agora, vamos.

James entrou em meu quarto, pegou as malas e eu peguei minha bolsa. Desci atrás dele que ficou me esperando ao lado do elevador.

Philip estava parado na sala de estar sem saber o que fazer:

— Me desculpa, Liz. Eu... – parei em sua frente.

— Você é mesmo um idiota. – revirei os olhos.

— O que?

— Eu te traí o tempo todo com o Chuck.

— O namorado da Hilary?!

— Primeiro: ele não era namorado dela, eles só ficaram aquele dia e foi para me fazer ciúmes. Segundo: não envolve sua irmã nisso, ok? Terceiro: você é um panaca, Philip Collins e eu estou pouco me importando se nossos pais são melhores amigos, até porque eu nem sei se posso dizer que tenho um pai.

Dei as costas para ele e entrei no elevador com James.

Olhei para minha prima parada no meio na escada boquiaberta. Ergui minha sobrancelha a fazendo lembrar do que havíamos acabado de conversar.

— Para onde, Srta. Liz?

— Vamos fazer uma viagem, James. Já sei para onde eu vou – respondi enquanto as portas se fechavam.

—x-

"Upper East Siders,

Se tem alguma coisa que eu aprendi nessa vida é que, às vezes, coisas entram no seu caminho e você tem uma escolha. Você pode enfrentá-las ou simplesmente fugir, mas você tem que fazer um ou outro para poder seguir em frente. Acho que a escolha mais fácil sempre é correr o máximo que você conseguir sem olhar para trás.

Sei que ás vezes o destino aprece cruel, te separa da pessoa que você achava ser tudo em sua vida. Mas apesar de cruel, duvidoso e infeliz, de vez em quando o destino não erra, uma história para ser quase perfeita, precisa ter curvas. E o relógio não pode soar sempre a meia-noite, Ciderela.

And who am I? That's onde secret I'll never tell.

You know you love me.

Xoxo- Gossip Girl."