–Por que você insiste em negar? – perguntei a Bella enquanto ela continuava a rir sem parar – Sabe que sou o melhor contador de piadas do mundo.

–Claro e eu sou a rainha da Inglaterra – disse e mais uma vez me presenteou com um de seus lindos sorrisos.

–Eca! Nem me fale isso – falei fazendo cara de nojo – Imagine eu beijando aquela mulher velha – Bella riu ainda mais e me deu um selinho, desde que aconteceu nosso primeiro – de muitos – beijo, sempre estávamos juntos, apenas a noite quando a deixava em casa é que éramos obrigados a dizer tchau, eu sempre tive curiosidade de saber como era o casal que ela morava mais Bella achava melhor não e eu respeitava.

–Você é muito bobo – disse sorrindo lindamente.

–Janta comigo hoje? – perguntei enquanto retirava seus óculos estranhos.

–Jantar? Tipo fora? – perguntou meio incerta.

–Bem sim – falei e a encarei confuso – o que foi?

–Bem é que... – me olhou como se analisasse bem minha atenção e suspirou – todos nos veríamos juntos – falou e desviou o olhar.

–Pare de desculpas e aceite – falei como se não ligasse para o que ela acabou de dizer, apesar de que realmente se nos vissem juntos apesar de não acreditarem começariam a especular sobre nós e se eu já detestava aqueles abutres, não gostaria nenhum pouco de expor Bella a eles.

–Tudo bem eu aceito – falou e me deu um selinho sorrindo como se eu fosse um lindo presente de natal, balancei a cabeça e sorri.

***

As 20h00min em ponto mandei uma mensagem para Bella, avisando que estava na porta de sua casa. Pouco tempo a vi de longe, olhei bem suas roupas e sorri, pela primeira vez a vi sem suas roupas extremamente largas, Bella usava um vestido amarelo não muito bonito, mais era melhor do que as blusas extremamente estranhas, estava de sapatilha e seus cabelos prendiam em um coque e claro seus inseparáveis óculos feios.

–Boa noite –disse assim que chegou perto, a puxei pela cintura e lhe dei um selinho.

–Boa noite – falei e depois abri a porta do carro para que ela pudesse entrar. Segui ate o banco do motorista e segui ate o restaurante onde havia feito as reservas.

Durante o caminho Bella respondia apenas meias palavras o que deixava claro seu nervosismo, assim que chegamos ajudei Bella a sair do carro, reparei alguns olhares em sua direção, infelizmente minha imagem era ligada a varias modelos internacionalmente conhecida por suas belezas e fama.

–Boa noite Senhor Cullen – a recepcionista me saudou e claramente fingia não ver Bella ao meu lado.

–Minha mesa – falei firme e ela assentiu, coloquei minha mão sobre as costas de Bella e a guiei ate onde a recepcionista já nos esperava com nossa mesa, por Bella ter ficado sem graça quando lhe convidei liguei para o restaurante e pedi que nos colocassem numa mesa mais privada.

–Obrigado – Bella agradeceu quando lhe estende o cardápio, após a saída da recepcionista – Apenas um Ravióli de Cogumelos – disse fechando o cardápio, fiz sinal para o garçom que prontamente veio em nossa direção.

–Boa noite estão prontos para pedir? – perguntou e eu confirmei.

–Dois Ravióli de Cogumelos e seu vinho 1891 melhor safra – pedi e o garçom assentiu saindo rapidamente – E então esta gostando? – perguntei para Bella que sorriu assentindo - Gosto de você assim, sorrindo tão lindamente que é ate difícil me concentrar em algo sem ser este sorriso – fale e suas bochechas coraram me fazendo sorrir.

–Obrigado – disse e passou a mão sobre a minha fazendo carinho, olhei nossas mãos juntas e algo em mim se agitou.

Jantamos em um clima amigável e cheio de confidencias, Bella contou sobre a perda do pai quando ainda era bem nova e sobre as mudanças de sua vida quando a mãe se casou com um dos amigos do pai o que na época a fez se fechar ainda mais, consegui conhecer Bella de uma maneira que achei que não fosse possível. O jantar estava quase no fim quando percebi a aproximação de alguém simplesmente estragaria tudo.

–Boa Noite – os olhos de Bella se fecharam no momento que a voz e Tânia soaram por de trás dela – Edward querido você esta sumido, estou com saudades – ela disse sorrindo e então notei a presença de Eleazar Denalli seu pai e um de nossos melhores clientes.

–Eleazar tudo bem? – perguntei cumprimentando-o.

–Quanto tempo meu caro – ele disse apertando minha mão – A ultima vez que tive noticias suas foi quando Tânia me disse que haviam reatado, não avisou que tinham terminado querida – a voz cínica me fez gelar completamente ao olhar o rosto de Bella totalmente congelado.

–Mais não terminamos papai sabe disso – Tânia aproveitou que eu estava de pé e me abraçou pela cintura – Edward esta aqui com a Diretora Financeira dele, não é mesmo querido? Eu estava ate mesmo indo para o apartamento dele como havíamos combinado mais cedo – disse passando a mão sobre meu rosto – eu sabia desse encontro não é mesmo amor?

–Senhor Cullen eu estou indo, com licença – Bella disse se levantando antes que eu falasse algo.

–Claro querida, afinal não é bom verem um homem comprometido com outra – Tânia disse e Bella me olhou e balançou a cabeça em negativa, quando a vi sair pela porta tão rápido quanto podia, respirei fundo me afastando de Tânia.

–Sabe muito bem que terminamos Tânia – falei e sai jogando algumas notas na mesa, se faltasse algo eu sabia que eles me ligariam, corri ate a porta e olhei ao redor, assim que o manobrista chegou com o carro sai tão rápido quanto podia, passei pela rua próxima ao restaurante e a avistei de longe, Bella estava com os braços ao redor do corpo como se segurasse – Bella entre – falei andando com o carro próximo a ela que apenas me olhou com o rosto molhado de lagrimas me fazendo ofegar – Por favor, entre – seus passos se tornaram mais rápidos, acelerei um pouco e parei a frente saindo do carro.

–Por favor, me deixe – pediu quando parei a sua frente.

–Me deixe levá-la esta muito tarde – pedi e ela assentiu, assim que ela se acomodou no banco do passageiro corri ate o motorista e sai com o carro, Bella olhava pelo vidro me evitando, mesmo que eu quisesse dizer algo sabia que não era agora, pois poderia ser pior.

Avistei a casa de Bella e a olhei, pelo reflexo vi as lágrimas silenciosas escorrerem por sua bochecha, respirei fundo estacionando em frente a casa e peguei sua mão antes que ela saísse.

–Me escute, não de ouvidos ao que aconteceu lá, por favor – pedi nervoso.

–Eu não daria – disse puxando a mão – Mais você não fez nada, apenas ficou lá enquanto eles diziam sobre nos com deboche.

–Eu sei me perdoa, eu juro que queria dizer mais... – o olhar que ela me lançou fez tudo em mim ruir.

–Desculpe por hoje, mais vou entrar Senhor Cullen estou cansada – disse e saiu do carro, a olhei correr para longe de mim e coloquei a cabeça no volante tremendo de raiva e de algo mais confuso em mim.