Passamos a manhã juntos, conversando e fazendo piadas, comemos, nos beijamos trocamos carícias, mas nada além.

Depois que saímos do hotel fomos para a faculdade de Jesse, era domingo, mas ele disse que devia haver alguém ali. Jesse entrou e me levou junto como visitante, o único que estava era o reitor, Jesse dizia que ele era legal e bla bla bla, mas como eu poderia chegar no reitor da faculdade do meu noivo, adoro isso, do meu noivo, dizendo que transei com ele e esqueci da camisinha. Jesse disse que então entraria sozinho, o pior, ele entrou mesmo sozinho, entrou e voltou com um comprimido de lá.

-Ele disse para dar a você, tome com bastante agua e fique uma hora sem comer, o remédio é muito forte.

-Só? -Ele disse que fôssemos e para não haver uma próxima vez. Eu tive que rir do comentário do REITOR. Tomei o comprimido no bebedouro do corredor, assim que ele desceu eu me senti aliviada, não sei se ia funcionar, mas saber que as chancer de funcionarem eram grandes me deixava alegre.

Andamos até sairmos do campus e Jesse me levou para almoçar na beira da praia, ele abriu a mala mais uma vez me surpreendendo que ali além da roupa que eu usava, a calça jeans e uma blusa preta, também tinha um biquíni e uma saia.

Eu sabia agora com toda a certeza que eu podia ter, que minha mãe sabia. O problema era, ela sabia sobre tudo, ou ela só sabia do pedido, ou pior só sabia que iamos ter nossa primeira vez. Eu rezava para que demorasse muito para chegar em casa, como enfrentaria minha mãe, o que diria a ela, eu estava morrendo de vergonha.

Nós comemos na praia sem muita conversa, depois do almoço ele me levou até algumas pedras afastadas das pessoas e nos sentamos ali, eu no meio de sua pernas e ele encostado na pedra enorme atrás dele.

-Hermosa, fiquei intrigado. Você quer ter filhos?

-Claro, Jesse. Mas nós não somos casados e eu só tenho 17, se casar-me já é estranho imagina se eu ficasse grávida.

Ele sorriu relaxando e me beijou amorosamente. Olhávamos a água quebrar nas pedras fazendo o sol refletir em cada gota, fazendo um pequeno arco-iris instantâneo. Aquele dois dias estavam perfeito. Bom até eu ver aquele ser na parte isolada da praia. Sim, um maldito fantasma estragando meu momento.

-Hermosa, acho melhor irmos...

-Mas nem sonhe em se levantar, Jesse.

-Mas ele pode precisar de ajuda.

-É, que pena. Jesse eu não me importo em mediar fantasmas, é o que venho fazendo a anos, mas não hoje. Por favor.

-Tudo por você, hermosa. -falou me beijando.

O dia passou infelizmente rápido demais, quando percebemos eram cinco e quarenta, hora de ir para minha casa para não me atrasar. Vi Jesse me ajudar a sair da pedra com uma carinha triste, sabia que ele não queria que o dia acabasse tanto quanto eu. Ele dirigiu com uma mão e a outra segurava minha mão esquerda enquanto passava o dedo por cima do anel. Será que ele gostava da idéia de se casar? Ri do meu pensamento e ele ficou interessado.

-O que é engraçado, hermosa?

-Só pensando se alguém ainda tem duvida de sua felicidade por se casar.

-Não é me casar, hermosa, é me casar com você. Agora me explica, COMO EU POSSO NEGAR ALGO A ESSE HOMEM?

Eu sorri, um sorriso largo, de orelha a orelha, eu estava tão feliz quanto ele, ta bom, não a parte de se casar, mas de morar com ele, viver com ele para o resto de nossas vidas, acho que minha vida estaria perfeita, se, claro, não tivesse esse fantasmas que INSISTEM em aparecer.

Ele dirigiu até minha casa, quando chegamos até ela, eu e ele nos olhamos, acho que estávamos sentindo a mesma coisa.

Nenhum de nós dois queria ir embora, queria se separar, eu o amava e ele me amava, tínhamos passado a melhor noite de nossas vidas e mortes, ou pelo menos a minha melhor noite. Então nos beijamos, como se aquele beijo fosse nos fazer aguentar a ausência um do outro. Nos beijamos como se o outro fosse a unica coisa que importasse, o que na realidade, era a mais pura verdade, ele era tudo o que me importava. Nos separamos, ele me olhou nos olhos e beijou minha testa.

-Boa noite, mi hermosa. Amanhã vou trabalhar na faculdade, mas a noite podemos ir algum lugar.

-Claro. Eu te amo.-Falei abrindo a porta para sair. Quando coloquei um pé para fora do carro ele segurou meu braço e puxou-me para outro beijo.Esse beijo terminou com um idiota gritando.

-Vão procurar um motel.-Ouvi dunga berrar. Ele que me espere, iria mata-lo quando entrasse.

-É melhor eu ir.

-Suzannah!-Jesse me chamou quando sai do carro. Então me inclinei um pouco para dentro e ele me deu um beijo rápido nos lábios.-Ontem foi a melhor noite de toda minha vida e morte.

-A minha também- Sorri e me virei andando até a porta. Entrei em casa e não vi minha mãe, GRAÇAS A DEUS!

-Cheguei.-Berrei quando Max foi o único a vir me comprimentar. Subi as escadas e entrei no quarto com um sorriso enorme, que não durou quando vi a pessoa que estava na minha cama.

Droga!

Ali sentada na minha cama estava uma mulher com cara fechada, que me olhava de cima a baixo, cada olhar que ela me dava quase me cortava, definitivamente eu queria ter ido com Jesse.

-Oi mãe.-Falei enquanto me direcionava para o banheiro.

-Volta e senta.-Ela disse com uma voz que não se pode classificar como feliz. O que eu ia fazer, sair correndo e me atirar da janela?

Ta, até que era uma boa idéia, mas tinha o lance de me machucar quando caísse ou até ela chegar em mim antes de eu pular. Isso só iria piorar. Preferi então dar meia volta e me sentar na cama, mas claro, bem longe da minha mãe. O que claro minha mãe revirou os olhos.

-Você acha que vou brigar?

-É.-A minha resposta só fez sua cara piorar, fazendo eu me afastar mais.

-Pois eu vou mesmo, O QUE VOCÊ ESTA PENSANDO!

-Mãe, eu posso explicar.

-Vai explicar o que?

-MÃE VOCÊ SABIA!

-NÃO SABIA!

-CLARO QUE SABIA!

-VOCÊ ACHA QUE EU DEIXARIA SE SOUBESSE?!

Nossa conversa estava sendo ouvida até pelo nosso vizinho, tenho certeza.

-Mas então como ele tinha minhas roupas? -Perguntei baixando o tom.

-ANDY!-Minha mãe o chamou. Acho que ele até sabia que ele iria ser chamado porque apareceu no mesmo instante e sabe, não era como se para ouvir precisasse colocar o ouvido na porta, por tanto só podia ser por ele saber.

-VO-CÊ DEU AS ROUPAS?-ela falou separando mesmo a palavra \"você\" e chegando perto dele no resto.

-Helena, querida,-Andy falava tentando acalma-la. Não ia adiantar, ele nunca viu minha mãe brava.-o garoto pediu sua filha em casamento, organizou tudo, pediu para os pais antes de pedir para a suze e tem mais ela esta apaixonada por ele, ia ser pedida, tinham que fazer aquela noite mais perfeita possível.

-É isso que você chama de perfeição..?

Depois disso eu não consegui prestar atenção, como assim ele pediu antes para os meu pais, primeiro o Andy NÃO é meu pai e segundo eu devia ser informada primeiro. E E se eu dissesse não, ta bom, sei que era totalmente improvável, mas, FALA SERIO, século XXI!

-Suzannah!

-OI!

-Me diga que pelo menos se preveniu.

-Mãe?

-Você fez, agora vai responder minhas perguntas?

-Querida.

-Andy -falou chegando perto. -SAI! Ele nem se atreveu a ficar. Como queria ser ele e poder sair.

-Então.

-Sim mãe, me preveni.-Era quase verdade, depois, eu preveni.

-Bom, onde vocês fizeram? No carro? No apartamento dele?

-Em um hotel, na suite de lua de mel. Com pétalas de flores no chão e uma linda paisagem para ver quando acordamos!-Falei brava, eu não tinha feito nada de errado, poxa.

-...-Ela estava sem falas e isso me irritou mais,pois ela ainda me olhava brava. Me levantei e fui em direção ao banheiro, pegando uma roupa no caminho, dizendo: -Olha, não sei porque a senhora esta zangada, eu tive a minha primeira vez na noite em que fui pedida em casamento, com home que me pediu, o qual AMO e que namoro ha quase UM ANO. Não fiz por impulso, fiz com consciência, não foi com um estranho, foi com o cara que conheço e AMO por quase DOIS anos. Então se a senhora que casou com um homem que viu umas tres vezes, me da licença quero tomar banho.-Nesse momento já estava dentro do banheiro e bati com toda a força a porta.

-SUZANNAH!-minha mãe falou e repetiu na porta do banheiro até que percebeu que não ia sair então foi embora batendo a porta. Abri a torneira da banheira e tirei minha roupa entrei nela e segurei meus joelhos de encontro com meu peito, colocando minha cabeça nos joelho e chorando. Como ela pode estragar uns dos melhores dias da minha vida assim?

Mas o choro sumiu quando uma mão gelada segurou meus pés.

*POV AJ*

Paul estava tomando banho, enquanto eu levava o Jack para cama e o punha para dormir.
Bom, pelo menos ele mudou, antes ele era muito estranho, vivia se escondendo, nunca entendi porque, bom até esses dias, quando descobri que era por causa que ele via fantasmas.
Coitado, mas o pior era ter descoberto que Suze achava que Paul iria ajudar o irmão ela não conhecia mesmo o Paul.
Deixe contar algo de Paul, ele sempre se preocupa com ele mesmo, ta eu sei que estou namorando ele, mas é que eu gosto dele de verdade, eu o amo, entende.
Não sei porque, de verdade, ele nunca fez nada muito romântico ou alguma coisa, de qualquer jeito, mas sempre gostei dele. Mesmo brigando, mesmo ele sendo um idiota as vezes, mesmo ele não me amando.
Depois de deixar Jack dormindo fui no meu quarto, peguei uma calça jeans preta, uma blusa preta com uma estrela de 6 pontas no meio branca, uma pulseira quadriculada, preta e branca, joguei tudo na cama e fui para o banheiro.
Tomei um banho rápido, coloquei minha roupa, uma bota preta sem salto, soltei meu cabelo e comecei a sair do meu quarto.
Queria sair , dar uma volta pela praia sozinha, não queria pensar em Paul mesmo que fosse impossível.
Não ia sofrer como tinha visto muitas sofrerem por ele.
Sai do meu quarto apagando as luzes e ligando meu iphone no radio, quando uma música muito velha tocou e eu tirei os fones, nunca soube o nome, mas agora sabia porque sempre gostei dela, ela me lembra de alguém, de Paul.

[http://www.youtube.com/watch?v=rJYcmq__nDM]

Continuei descendo as escadas e quando ia abrir a porta senti alguém me segurar pela cintura e me puxando.

-Você não vai fugir de mim.
-Não..
-Não magina. Você acha que não conheço você AJ, acha que eu não sei que quando se veste assim é porque esta triste, que adora por significados nas musicas que ouvi, que provavelmente essa música tem um significado, o qual queria que não fosse para mim, mas pelo jeito que me olha é, acha que eu sou uma doença, da qual você não consegue se curar, AJ, eu te conheço, entendeu, eu te amo, droga!-Ele começou a falar e não parava por isso acreditei no que ele falou no ultimo momento, aquilo não foi algo planejado foi espontâneo!
-O que você disse?
-Nada.-Falou se virando e indo em direção das escadas.-Esquece.
Segui ele passando pela sala e vi que ali tinha uma mesa, iluminada com velas e dois pratos com o macarrão que criamos quando eramos menores.
-PAUL!-Berrei e ele virou com o susto do berro.- Você fez isso?-Falei com um pequeno sorrriso de esperança no rosto.
-Aham, mas esque...-Nem deixei ele terminar corri os degraus que nos separavam e o beijei, passando os braços por seu pescoço.
Ele me beijou de volta, suas mãos desceram pela lateral do meu corpo até chegarem nas minha coxas, ele me puxou para cima e eu entrelacei minhas pernas na sua cintura, senti ele subindo as escadas e depois abrindo a porta, ouvi um barulho de porta batendo, então ele me deitando no seu colchão macio, que estava com seu cheiro maravilhoso.
Suas mãos entraram por dentro da minha blusa, foram subindo ela até que seus lábios se separaram dos meus para poder tirar minha blusa, assim que eu estava sem ela, ele voltou a me beijar.
Suas mãos voltaram a descer pelas minhas costas encontrando o fecho do meu sutiã preto, quando ele jogou longe meu sutiã seus lábios começaram a descer pelo meu pescoço, meu colo, até meu seios e começou a chupa-los.

Suas mão me acariciavam e eu já estava gemendo, mordia meus lábios para que gemesse baixo, assim não acordaria ninguém, não adiantou quando ele mordeu de leve, eu gemi alto e o arranhei.
Ele parou e sorriu e me beijou.
Comecei a sentar levantando ele, quando estávamos sentados um na frente do outro tirei sua blusa de botão, enquanto escorregava pelo seus braços o arranhava, que em respostas deu um chupão em meu pescoço depois uma mordida leve e voltou a me beijar.
Tirei meu sapato sem parar o beijo, depois minha calça, percebi que ele fazia o mesmo, somente nossos lábios se tocavam, nada mais enquanto tirávamos toda a roupa que tinha sobrado.
Ele me deitou na cama e nenhum dos dois iria aguentar mais, ele entrou com tudo em mim e eu gemi em um berro.
Estava tendo mais prazer que tive em minha vida inteira, ta bom até parece que eu ja milhares de vezes isso, mas não, só uma, com o cara com quem perdi, eu falo cara porque foi em uma noite que tinha ficado bebada, também pela primeira vez e ultima e nem me lembro do nome do ser.
Terrível eu sei, mas não me culpem, estava depressiva no dia, tinha brigado com minha familia e Paul tinha se mudado.
Ele acelerou seus movimentos e não conseguia pensar nada coerente no memento. Eu estava em êxtase.
Chegamos ao ápice juntos, ele relaxou o corpo em cima do meu e eu comecei a fazer carinho sua cabeça, era perfeito tudo aquilo, foi ali que percebi que meu celular estava jogado todo detonado no chão, minhas mãos param de fazer carinhos e eu comecei a rir.
-Porque meu celular ta quebrado e no chão, Paul?

Ele olhou para o celular e se levantou de cima de mim e saiu da cama, aquilo me preocupou, não era para ele sair.
Então ele pegou o IPhone e jogou no lixo, sinceramente não me importava, qualquer coisa comprava outro. Porque naquele momento eu só queria o Paul de novo na cama!
Mas acho que ele entendeu minha expressão errada.
-Eu te compro outro, só que aquela musica me irritou, você não vai se livrar de mim, você não vai se \"curar\". -Ele disse meio bravo.
-Estou pouco me lixando pra esse celular, quero você de volta aqui na cama.-Disse fazendo biquinho, morrendo de vontade rir.
Ele veio até mim rindo e se deitou do meu lado, me puxando pra si e me beijando .
-Eu te amo.-Ele sussurrou, acho que ele ainda não gostava de dizer isso.
-Eu também te amo, muito.-Falei na altura normal da minha voz beijando ele e depois me deitando em seu peito.
Ele começou a acariciar meus cabelos e eu dormi com ele na sua cama, com ele e eu sem nada nos cobrindo.
Mas posso dizer uma coisa, pela primeira vez em muito tempo esta me sentindo completa e feliz.