A Mediadora: o Futuro Me Espera

Capítulo 5: Todo mundo apareceu?


O fantasma que apareceu não era alguém que eu conhecia, mas alguém que me lembrava, de uma pessoa conhecida, eu só não conseguia lembrar quem.
Mas acho que Jesse sabia, pois ele enrrigeceu na mesma hora, eu fiquei olhando para a menina que devia ter uns 13 ou 14 anos, de cabelos pretos, palida de tão branca, com um vestido de festa. Era uma menina até bonita, pena que estava morta.
Eu ainda a olhava tentando lembrar quem ela parecia, quando Jesse se levantou.
–O que você precisa?
–De ajuda, não é isso que vocês fazem.
–Sim.
Jesse estava sendo rude, mas ele nunca era rude, foi então que percebi quem ela me lembrava, ela me lembrava o Michael.
O QUE ESTAVA ACONTECENDO?
Todos estavam voltando para me assombrar. Desculpa o trocadilho.
Eu fui até Jesse e olhei para a menina, apesar de tudo ela não tinha culpa, pelo menos não toda a culpa.
–Em que você quer ajuda.- Jesse falou.
Eu olhei para ele e vi que seus olhos brilhavam, eu ja tinha visto esse brilho, era ciúmes, ele estava com raiva da menina por ser irmão do Michael.
–Preciso que você Susannah, por favor, tem que ser você, fale para cada membro da minha familia, minha mãe, meu pai e meu irmão, que esta tudo bem, que eu estou melhor agora. Eles estão mal com a minha morte e com as coisas com o Michael, eles só ouviram você.-Ela falou caindo no choro, era de dar dó, principalmente quando ela ajoelhou no chão.
Eu fui até ela e encostei em seu ombro.
–Eu prometo, vou falar com TODOS.
–Até Michael? -Ela fungou.
Eu nem precisava me virar para saber a cara de Jesse, ele devia estar morrendo de ódio, a menina tinha vindo e pedido para mim ir atras de um dos meus ex pretendentes que queria me matar, até a mim a historia não me atraia.
Não tinha o que fazer, precisava mediala e se o que ela queria era que EU falasse com sua familia, então teria que fazer isso, ja tinha um fantasma na minha cola, não precisava de outro.

Assim que falei isso ela sumiu com um pequeno sorriso de uma criança feliz. Me levantei e me virei o mais lento que pude, não queria ver o rosto do Jesse.
–Eu tinha...
–Tudo bem, eu entendo, nós somos mediadores, isso que fazemos.
–Isso.
–Mas eu vou junto.
–Mas...
–Não tem discução, hermosa eu vou.
Eu estava chocada, como alguém podia cada dia ficar mais super protetor, poxa, eu me virava bem antes de conhe-lo, não preciso de ajuda para tudo.
Acho que ele percebeu meu pensamentos, pois veio até mim, me beijou, então me abraçou e sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar.
–Eu me preocupo, porque eu te amo, hermosa.
–SUSANNAH.-Minha mãe berrou.
Eu ia beijar o Jesse mesmo com a interrupção, mas ele não deixou, pegou minha mão e me levou para baixo, até a cozinha, puxou minha cadeira para que eu pudesse sentar, o que sempre imprecionava minha mãe e tenho certeza que ela brigava com o Andy por não fazer essas coisas.
–Como esta o David?- Perguntei, mesmo que ele tenha brigado comigo eu me preocupava, ele era quem eu mais amava dos meus "irmãos", ele era quem me ajudava.
–Péssimo. Acho que ele esta agora mais triste por ter brigado com você do que outra coisa.-Andy falou
–Não queria brigar com ele, queria ajuda-lo.
–Nós sabemos suzinha.
O resto do jantar foi silencioso, até Brad não se movia, era estranho, mas acho que precisava disso.
Quando o jantar terminou levei Jesse até a porta, que relutou bilhões de vezes em ir, acho que depois da visitinha da irmã de Michael ele estava com medo por mim.
Nós nos beijamos rapidamente já que tinha um bando olhando pela janela e ele foi para sua casa, ou era isso que eu pensei na hora.

A única coisa que vinha na minha cabeça era David, eu estava preocupada com ele, então resolvi levar algo para ele comer, já que ele rejeitou o jantar.
Peguei um copo de leite, alguns biscoitos e um papel, no qual escrevi o seguinte:
Eu sei que você esta certo e peço desculpas, eu erro muitas vezes e sim sopu esgoista mas não posso traze-la acredite se pudece faria por você. Te a... antes de terminar eu parei, não conseguiria por um amo ali entao preferi mudar...doro. Suze.
Então levei até o quarto dele coloquei na cabeceira e o chaqualhei de leve, quando ele piscou, eu sai do quarto.
Fui para o meu, peguei meu pijama e fui tomar um banho, tinha me acostumado a ter que me trocar no banheiro, então era uma mania.
Terminei o banho de espuma na banheira e coloquei meu pijama de shorts e uma blusa larga. Não precisava me preocupar com meu pijama.
Ou pelo menos normalmente não preciso, porque quando sai, me deparei com alguém deitado na minha cama.
Lá estava, deitado de lado, virado para a porta do banheiro, durmindo na minha cama, meu lindo, tesão, latino, Jesse.
Eu sorri em ver ele deitado na minha cama, meio encolhido, com uma carinha tão inocente que não reisti de andar até ele deitar no espaço que tinha do lado dele e começar a acariciar seu rosto.
Ele abriu os olhos bem devagar e piscou algumas vezes para a visão entrar em foco.
–Hermosa.
–Oi, Jesse.
–Desculpe achei que não durmiria.
–Esta tudo bem.
Ele fez carinho na minha bochecha e eu sorri para ele, estava feliz que ele estivesse aqui, não queria durmir sozinha.
–Sei que você odeia quando sou super protetor, mas estava preocupado demais, não consegui ir para minha casa.
Eu só sorri e o puxei para mim, então começamos a nos beijar, o calor subiu pelo meu corpo e eu entrelaçei as pernas em volta da cintura dele, que por sua vez deixou as mãos subirem pela minha perna, depois entrarem por baixo da minha blusa.

Eu tentei, juro que tentei, mas não aguentei, gemi baixo, mas esse som o fez ficar mais animado como senti, mas também o fez saltar da cama, se liberando das minhas pernas e braços.
–Hermosa eu não queria, desculpe, de verdade eu...
–Tudo bem, Jesse, não teve danos.
–Ainda bem, acho melhor eu ficar no banquinho aqui da janela, estou acostumado com ele mesmo.
Eu revirei os olhos e o chamei com as mãos. Como meu amor era bobo, ele achava mesmo que eu o deixaria durmir ali.
–Venha logo, Jesse. Juro que não te tentarei.
–Você ja faz isso só por existir, Susannah.-Ele disse mais para sí mas eu pude ouvir.
–Eu ouvi.
–Eu sei e não menti.
–Jesse... -Falei meio que chorando.
Sabia que quando ele me via triste ele não resistia a nada que eu pedisse e eu vivia abusando disso, mas era algo mutuo ele também fazia comigo, só que era menos frequente, que eu.
–O que você não me pede chorando que eu faço sorrindo?!
Eu ri com a frase, nada mais verdadeiro.
Ele veio até a cama e deitou-se ao meu lado, passando o braço em minha volta, puxando-me para ele e nos cobrindo, assim adormeci, na cama em conchinha com meu namorado rezando para que minha mãe não entrasse no meu quarto.


*POV JESSE*

Ela durmiu nos meus braços muito rápido, eu fiquei olhando para o seu rosto, a boca vermelha com um pequeno sorriso, os olhos verdes que eu amava estavam fechados fazendo com que seus cílios pretos e grossos ficassem em evidência, sua bochechas estavam com um rosado delicado e seus cabelos estavam espalhados pelo travesseiro, eu adorava o contreste que eles davam com seu rosto claro e olhos verdes.
Levantei uma mão e passei pela sua bochecha, depois passei mão pelos seus lábios, desci pelo seu pescoço, seu ombro, quando olhei para baixo, puxei minhas mão de perto dela.
–Jesse, para com isso, você tem que respita-la, lembre ela é a sua hermosa.-Falei para mim mesmo, em um sussurro.
Mas era como se ela soubesse que tinha me afastado um pouco, pois ela começou a procurar-me no escuro, quando me achou na ponta da cama, veio até mim e colou a cabeça em meu peito.
Eu passei os braços em volta dela e beijei o topo de sua cabeça.
–Eu te amo, hemosa.
No dia seguinte era segunda e eu teria que ir trabalhar então precisava ir dormir, estava morrendo de sono, tanto que durmi enquanto a esperava.
Fechei meu olhos para dormir quando ouvi um barulho no telhado, apertei ela mais em mim. Não importava o que era, não machucaria minha hermosa.
Fiquei olhando atento para todos os cantos do quarto esperando o que havia feito o barulho aparecer.
Então me surpreendi quando um gato gordo que eu adorava pulou pela janela e veio até a cama.
Ele pulou para cima e deitou-se na ponta da cama onde tinha um espaço entre mim e Susannah.
Eu estava rindo da cena. A tipica cena de um casal, casado, os dois na cama, com um bicho de estimação.
Quem dera fossemos mesmo casados. Foi com esse pensamento que adormeci.

*POV SUZE*

Eu acordei e tatiei o espaço pela cama, mas ela estava fazia, levantei com o susto e então vi na minha cabeceira, do lado da foto que eu e Jesse tiramos no dia do Baile um bilhete, que dizia:
"Tinha que ir trabalhar, desculpa sair sem me despedir.
EU TE AMO MUITO, mi hermosa.
Com carinho,
Jesse."
Eu também tinha que trabalhar, mas não hoje, eu fingiria alguma doença, pois iria visitar meu salvador, Padre Dominic.
Arrumei-me, passei minha maquiagem, chapinha e sai de casa, não tive problemas com isso, não tinha ninguém em casa.
Pequei o carro e dirigi até a Missão visita-lo. Cheguei um tempo depois, o pior é que quando ia entrar me deparei com ela, sim à irmã ERNESTINE.
Ela estava de costas para a porta, então comecei a andar me escondendo entre os visitantes, quando ela se virou estava no corredor da sala do padre D.
Abri a porta e ele abriu os olhos o máximo que podia quando me viu, mas depois deve ter entendido porque estava ali, pois seus olhos diminuíram.
–Não precisa agradecer, Susannah.
–Eu preciso e muito Padre D.
Ele riu e colocou o livro que estava lendo na bancada, então levantou seus óculos e olhou para mim sério.
–Susannah, de verdade, isso esta ficando perigoso, Marcus Beamount não é brincadeira.
–Padre D, você não sabe nem da metade.
Comecei a contar de tudo desde o jesse me perdoando até a irmã de Michael, tudo bem, editei um pouco a historia, mas poxa ele é um padre o que ele ia achar das partes em que eu e o Jesse nos pegávamos ou DURMIAMOS juntos?
–Susannah, você devia ter me procurado, como você deixa as coisas irem tão longe? Como você pode ser tão irresponsável...
Padre D. começou a falar e sabia que ele continuaria por um bom tempo, mas o que ele queria que eu fizesse,


Só tinha achado que dessa vez eu também poderia resolver tudo sozinha. No que eu tinha me enganado extremamente.
Por causa desse erro Jesse e eu, brigamos duas fezes em dois dias, Brad foi legal, Gina...
Ai meu Deus, Gina! Onde ela estava?
Eu me levantei em um pulo e o Padre D. se sobressaltou.
–O que foi Susannah?
–A Gina padre D. ela não dormiu em casa, e faz um tempo que não a vejo.
–Susannah, mas ela não é sua visita?
–É, só que... Ai meu Deus, Padre D. depois conversamos preciso saber da Gina.
–Conversamos mesmo, isso aqui ainda não terminou.
–Ok, Padre D.
Sai da sala dele correndo sem nem ouvir o que o Padre D tinha começado a falar. Que amiga que eu era tinha me esquecido dela totalmente, iria correndo ver se o Jake sabia onde ela estava, depois iria até ela e pediria desculpa...
Estava tão desligada que não vi a menina na minha frente, esbarrei nela e nós duas caímos.
–Não olha por onde anda, garota... -Nesse momento parei de falar e vi quem era.-AJ?
–Suze!-Ela me deu um abraço.- Oi, tudo bem?
–O que esta fazendo aqui?
–Vim fazer minha matricula, aqui na missão.
–Você vai estudar com a gente no ano que vem?
–Vou, irei passar o último ano com meu namorado e com você, suze.
Espera ela falou namorado?
–Namorado?
–O Paul me pediu ontem.
–Que bom para você.
Ou não.
–É.
–AJ, eu tenho que ir, depois nós nos falamos.
–Ta, foi...
Sei que fui grossa de sair sem deixa-la se despedir, mas primeiro: eu estava chocada com o ela namorando o Paul, só quero ver a briga entre Kelly e AJ. Apesar de que acho que ela ganha fácil e segundo: eu precisava encontrar a Gina ainda.
Corri até meu carro e fui em direção da casa, Jake devia estar lá só que dormindo, eu acho. A casa não devia estar vazia como eu achava que estava, só devia estar todos dormindo, claro tirando Andy e minha mãe que trabalhavam.
Entrei em casa e comecei a berrar pelo Jake, quando entrei no quarto dele estava vazio,então fui para cada quarto da casa, ninguém.

Isso era muito estranho, liguei para o museu e perguntei do Jesse, alguns minutos depois me disseram que ele não havia chegado.
Liguei para o Paul, esse atendeu meio assustado.
–Eu sei, meu avô e a AJ sumiram.
–Eu vi a AJ na missão.
–Eu sei, mas já fui lá e só encontrei o celular no chão, mais nada. Quem da sua casa sumiu.
–Minha família toda e o Jesse. O que esta acontecendo Paul?
–Não sei, mas vamos descobrir, fique ai estou indo.
Desliguei o telefone e me virei foi quando vi o papel branco com manchas vermelhas, preso na janela.
Nele dizia:
"O jogo começou, você me fez perder tudo o que tinha agora irei fazer você perder todos os que tem."
Sentei-me na cadeira mais perto, minha cabeça doía, Marcus estava fingindo, achou que me convenceria que ele não se lembrava, como não deu certo ele seria mais direto.
Esperei por duas horas pelo Paul e nada, liguei para a casa, para o celular e nada também.
Sabia então que ele também havia sumido.