A dança lenta acabou e começou a tocar uma música agitada, preferi então puxar jesse pela mão e tira-lo do meio da bagunça,acho que ele não seria muito fã dessa dança.

Procurei pelos rosto conhecidos e todos estavam na pista, ou pelo menos, quase todos.

Tinham alguns casais dando uns amassos, uma menina falando no telefone e Cee Cee estava sendo prensada na parede pelo Adam, ali estava quase rolando algo meio proibido em lugares publicos, principalmente em frente a padres, freiras e do lado de uma capela.

Mesmo com Cee Cee tentando resistir, ali estava quente.

Eu ri e jesse que estava sentado ao meu lado, na nossa mesa e com o nossa quero dizer: cece, adam, jesse e eu, perguntou.

-O que há de tão engraçado, hermosa?

-Bom, é que eu fico aqui tentando te convercer a me desrrepeitar um pouco mais e a Cee Cee esta ali tentando fazer o Adam respeita-la um pouco mais. Ele levantou uma sombrancelha para mim e depois olhou na direção que apontei.

-Ah hermosa, o que faço com você?

-Quer mesmo saber.-falei rindo, eu nunca ria tanto, mas agora eu sempre tenho motivos, eu tenho o jesse ao meu lado e meus pais e amigos podem VER ELE!

Ele pegou meu rosto em suas mãos e me beijou, calmamente, suas mãos estavam no meu rosto, depois no meu pescoço, nas minhas costas, o beijo já estava mas urgente e minhas mãos desceram do seu pescoço, pelo pequeno espaço que aqueles dois botões desabotoados formavam de pele exposta. Tinha certeza que daqui a pouco ele ia falar que era melhor paramos por aqui e desapare... Pera, ele não iria poder desaparecer. Quando ele se afastou de mim dizendo que era melhor paramos e eu cai na gargalhada.

-Hermosa?-Jesse me olhava com cara de que me achava uma louca, uma completa louca. Parei de rir, mas ainda tinha um sorriso na boca.

-O que você vai fazer agora que não pode desaparecer depois de falar isso, hein hermoso Ele me deu um meio sorriso, depois um pequeno beijo nos meu lábio, então começou a levantar.

-Você nem pense em fugir, ouviu Hector.

-Ei, calma suzana, eu não vou fugir.

-Então...

-Vou fazer isso. Jesse me puxou pelas mãos e eu me levantei, então me puxou para ele, me abraçando forte, então me beijou no pescoço. Ah, ele ainda ia me enlouquecer, fazer eu entrar em combustão ou até as duas opções, meu deus grego latino. Ele se afastou e pegou minha mão e a beijou.

-Senhorita já são 12:00 am, esta na hora de irmos.

Eu bufei quando ele se afastou de mim só segurando minha mão, só para constar: ODEIO OS HORARIOS DO ANDY.

Jesse riu e me levou na direção de Cee Cee e Adam para nos despedirmos. Depois de dar tchau para todos, fomos para fora do salão, então eu olhei para trás e o vi.

Adivinha quem, não, não era um fantasma, era o Paul, dançando todo feliz com a kelly, ele se virou e encontrou meus olhos. Sorri e acenei para ele, Paul fez o mesmo, quando continuei andando, vi Jesse me olhar de cara fechada.

Odiava que ele ficasse bravo comigo, mas eu acreditava que Paul mudara, todos podem mudar.

Bom eu acho. Quando entramos no carro eu me virei para Jesse e o chamei, quando ele me olhou, eu avancei e o beijei, no primeiro momento ele ficou paralisado, mas depois relaxou e seus lábios ficaram gentis contra os meus e suas mãos foram para meu pescoço. Depois de alguns minutos paramos o beijo e encostamos nossas testas, minha mão em seu rosto a dele em meu pescoço.

-Jesse, eu sei que você não confia nele, mas acho que...

-Shh, -Jesse colocou os dedos nos meus lábios- tudo bem, eu confio no seu julgamento.

Ele me deu um selinho e nos separou. Ligou o carro e seguiu em direção da minha casa, a viagem aconteceu em silencio, mas um silencio confortável, sua mão segurava a minha enquanto dirigia e apesar de ser um pequeno gesto, era mágico para mim, era uma prova que ele estava ali quente e vivo.

Chegamos na minha casa à 12 em ponto, percebi ai que ele tinha mentido para mim o horário só para fugir, CRUEL!.

Ele me acompanhou até a porta, me deu um beijo rápido nos lábios, e depois deu um beijo na minha mão, o que me fez sorrir, eu abri a porta e entrei enquanto ele saia com o carro. Fui cantarolando pela sala, passei pelos meus pais, espera pela minha mãe e pelo Andy, nossa devo estar muito feliz.

Dei um beijo em cada um falando: boa noite, depois subindo as escada berrei um amo vocês, ta eu estava certamente muito feliz essa noite. Cheguei no meu quarto, tirei meu vestido e fui para o meu banheiro tomar banho, já sai de lá vestida.

Quando olho para minha cama, adivinha, não, não era um fantasma e muito menos o Paul, era a minha mãe, ela estava sentada na beirada da cama com um olhar sério, ops.

O que eu fiz dessa vez?

-Mãe?

-Deixa-me falar, tudo bem querida? Veja, eu vi que você esta muito apaixonada por esse garoto, eu nunca te vi assim, cantarolando, dizendo eu te amo, e você quase chamou o Andy de pai. Acho que se o Brad tivesse aparecido você ia abraçá-lo,

-Exagero mãe. Exagero demais.

- O que quero dizer é que eu sei que você o ama, então quero que você me fale quando vai acontecer, quero te ajudar, sei que um dia isso ia acontecer, então vou te ajudar e aceitar, te levo para um medico e você aprende a usar os preservativos...

-Mãe. -Berrei, eu estava totalmente vermelha, já sabia disso.

- Mãe, com isso você pode parar de se preocupar, pro Jesse isso só depois do casamento, então, PARA! POR FAVOR!

Ela se levantou e eu sai de perto da parede que estava me encostando e me deitei na minha cama e me cobri, ela finalmente se virou menos nervosa, já respirando normal, me deu um beijo na testa e disse que estava aliviada, então com um sorriso se retirou.

É cada uma que me aparece viu. Apesar da ultima parte eu não demorei para cair no sono e terminar aquele dia tão perfeito dia do meu baile com o MEU JESSE. Acordei já pensando no jantar, o jesse estaria aqui, jantando com a minha família, quero dizer, minha mãe, meu padrasto e seus filhos.

Nunca havia tomado um banho tão demorado, mas quando finalmente sai dele me enrolei na toalha, me olhei no espelho e corri para o quarto da minha mãe, entrei sem ao menos bater, ou ficar constrangida por flagrar minha mãe e o Andy dando uns “amassos”, corri direto para seu banheiro e comecei a pegar todos os produtos de pele, maquiagem e etc, que ela tinha.

-Susannah! -Minha mãe chamou-me da porta do banheiro.

Eu virei o rosto para olhá-la, com um saquinho de amostra grátis de creme que eu segurava com a boca e com um perfume caríssimo dela em uma mão e um pote de base na outra.

-Hm? -Era a única coisa que eu consegui pronunciar naquele momento.

-Susinha essa bagunça que você esta fazendo por um acaso é por causa de o Jesse vir aqui para o jantar?

Eu praticamente cuspi o saquinho da minha boca.

-O que?! Claro que não até tinha me esquecido que ele...-Fui interrompida pelo telefone tocando. Me afastei das coisas que eu pegara e sai empurrando minha mãe, o Andy que estava na porta, e o Jake que quase atendeu o telefone.

-Alo?

-A Suze, oi, o Jake está.

-Ginaa! Você é minha amiga, minha MELHOR amiga, e nem me pergunta se estou bem?!

-Perdão, mas é que quero fazer uma surpresa, desculpe. Tudo bem com você e seu gato?

-Tudo perfeito, gina. Mas não precisa força. -afastei o telefone e berrei pro Jake voltar para atender.- De qualquer jeito tenho que me arrumar pra quando ele chegar.

-Você ta tão loka, Simom.

-Eu sei, beijos.

-Beijos.

Depois entreguei o telefone pro jake sem falar quem era, quando ele ouviu a voz da Gina, foi a vez dele de correr, ele disse para ela esperar, jogou o telefone para mim, correu pro quarto e quando ouvi um PODE DESLIGAR, desliguei rindo comigo mesma.

-Não mãe, eu nem me lembrava que ele vinha.-Minha mãe fez uma terrivel imitaçao de mim, não sei como as pessoas podem ser tão ruins em imitações, porque ela e o jesse, sério, podem dar as mãos, só rezo para que eles que sejam ruins não eu que seja assim.

-Ta bom mãe, era pra ele, mas...

-Sem explicaçoes, mocinha, já pro quarto

-Mãe, eu...-Sera que ela ia brigar comigo por causa disso?

-Chega, ja coloquei tudo que eu tinha lá, vou te ajudar a se arrumar. O primneiro amor da minha suzinha.

-E o único. -Sussurrei.

-O que disse?

-Que você é demais, mãe.- A fala sério, não ia falar que meu primeiro namorado seria também o ultimo, pelo menos não para minha mãe.

A abracei e ela retribuiu mesmo desconfiada, subimos para o quarto, quando entramos nele, vi aquele ser, literalmente, de outro mundo, ou pelo menos que devia estar em outro mundo, parado do lado da cama.

-Mãe, eu vou no BANHEIRO, ja volto. -Falei olhando pra ele, o qual me entendeu e me seguiu até lá.

Sim era um fantasma, é posso ver fantasmas, sim sei que parece maluquice, mas não é, eu sou mediadora, na verdade deslocadora, posso ver, falar e dar um chute nas bundas deles quando preciso, porém o Jesse (que já foi um fantasma que eu por acidente trouxe de volta) e o padre Dominic falam que meus métodos não são realmente bons.

Sou alguém que ajuda os fantasmas a passar para o outro lado, seja lá qual for. O único problema, ta não é o único, mas o pior, é: isso acaba com a minha vida e nem ganho remuneração.

Fechei a porta, respirei fundo e comecei meu trabalho de mediadora. Não posso dizer, que é sempre um saco ter que ajudar os fantasmas, vamos ser sincera se não fosse isso eu nunca teria conhecido o Jesse, mas Jesse a parte...

-Então quem é você e o que você quer?

-Eu não sei quem eu sou.

-Como assim, não sabe quem é.

-Eu não me lembro.

-Só o que me faltava um fantasma com amnésia, mereço.

Olhei de novo para o fantasma e quer saber eu reconhecia a cara dele, eu sabia quem ele era, porque a quase um ano eu impedi ele de matar Tad e a mim. Ele podia não se lembrar, mas eu lembrava.

-Moça? Eu não conseguia falar, o fantasma de Marcus Beaumont estava na minha frente, eu não podia me mover, o terror me possuiu, o meu único pensamento era: se como humano ele já era ruim imagina como fantasma.

-Não se lembra mesmo?-Falei com uma voz estrangulada.

-Não.-Ele falou com uma voz inocente. Mas a verdade é: tudo isso podia ser uma farça, ele podia estar fingindo para depois se vingar de mim e sinceramente nada disso me agradava.

Agora é uma boa hora para gritar um: JESSE!

Passara já meia hora quando o fantasma de Marcus decidiu falar.

-Acho que a senhorita não vai me ajudar, então...

Ai ele sumiu, assim do nada, mas não vou dizer que isso me entristeceu. Eu comecei a me preocupar com o que eu faria se ele aparecesse de novo, foi isso que estava pensando quando minha mãe bateu na porta.

-Suzinha, tudo bem?

-Sim, mãe. -Respirei fundo e sai do quarto para começar a me arrumar.

Descobri porque as pessoas adoram se arrumar tanto, assim que minha mãe começou a falar de todos aqueles produtos e como utilizar a dor de cabeça por causa do Marcus Beaumont sumiu, tudo bem que veio outra por tentar entender o que minha mãe falava. Outra coisa que descobri: o Jesse tinha razão de rir, ver minha mãe falar sem para e fazendo com que não entendesse nada era mesmo hilário.

Segurei-me muito para não rir, depois de toda a explicação ela arrumou meu cabelo, prendendo metade em um coque, depois me maquiou, pegou uma saia jeans que eu tinha, uma blusa vermelha com um pequeno decote em v no meu armário e me fez colocá-la. Duvidem se quiser, mas demorou horas para ela fazer tudo.

Acabamos de me arrumar já eram cinco e meia. Quando ela saiu o telefone tocou e eu atendi, me lembrando de como fui burra de ter descido para atender tendo um telefone no meu quarto.

-Alo.

-Suze?

-Paul?

-Não, é o Tad. -Ok, família beaumont caindo em cima de mim, que isso, dia de enlouquecer a Susannah.

-Porque ligou?

-Só queria avisar que estou de volta a cidade,suze.

-Que bom, né?

-Desculpa preciso desligar. Tchau.

-Tch...

Ele nem esperou para desligar o telefone. Outro Beaumont que faz isso comigo, mas ta bom, eu prefiro que me ignorem. Hoje definitivamente não era meu dia, definitivamente.

O jantar chegou rápido, quando a campainha tocou um pouco antes do horário para o jantar, sabia que era o Jesse então corri para atender.

Abrindo a porta vi a imagem do meu deus, aqueles cabelos encaracolados pretos, os olhos mais pretos ainda, sua pele naturalmente bronzeada e seu corpo perfeito, não pude resistir de dar um passo para frente e beija-lo, mas Jesse sendo sempre o Jesse, retribuiu o beijo por alguns segundos sem deixar a mão escorregar, assim fazendo elas ficarem em meu rosto, depois me afastou e entregou uma rosa vermelha, então olhou para trás de mim e sorriu.

-Senhora Ackerman. -Então lhe entregou um buque de rosas amarelas. -A suze cada vez estou gostando mais desse namoro. Sabia que ela falava por causa, que eu disse que ele não iria transar comigo até casarmos, mas ninguém precisava saber.

Jesse me olhava com uma cara estranha até parecia saber que meu dia tinha sido péssimo.

-Vai me contar o que atormenta depois do jantar, hermosa. -Ele sussurrou em meu ouvido.

Ele me deu um beijo na testa e puxou a cadeira para que eu me sentasse, minha mãe ficou encantada com o gesto, acho que ela nem ligava mais para os anos de diferença. Comemos pela primeira vez em paz, mas acho que isso deve ao Dunga/Brad, não ter estado ali. Depois do jantar jesse me lovou até a sala e me sentou ao seu lado, por incrivel que pareça minha família me deu privacidade, ninguém foi lá, nem o Max, nosso cachorro.

-Me diga Susannah, o que aconteceu?

Eu achei melhor contar de uma vez, pois o Sr. Beaumont, bem que podia aparecer para o Jesse, era melhor ele estar preparado se isso acontecesse.

-O fantasma de Marcus Beumont apareceu no meu quarto.

Sabia que tinha sido direta demais, mas não encontrei outro jeito.

-O que? Beaumont? Susannah o que ele falou, o que aconteceu?

-Ele disse que não se lembrava de quem era.

-Isso pode acontecer?

-Não sei.

-Não importa, vou ligar para o Padre Dominic agora e vou afastar ele de você, não se preocupe Susannah, dessa vez ele vai pagar por todos os crimes que já cometeu, principalmente por ter ameaçado você, prometo mi hermosa.- Ele falou isso com tanta raiva que até eu fiquei com medo, mas acho que ele entendeu errado o medo e me abraçou como para me acalmar.