– O que faz aqui? – Perguntei me levantando do chão.

– Como eu disse: eu ainda não desisti! – Repetiu ele.

– Esta guerra pra você já esta perdida. – Disse Jesse.

– Eu perdi a batalha, e não a guerra. – Retrucou Paul.

Um segundo depois, Paul virou à costa, e foi embora. Simplesmente virou-se e saiu.

– O que deu neste infeliz. – Eu disse.

– Não sei. Mas não gostei do que ele disse.

Eu preferi esquecer este pequeno acontecido e voltar para o que eu estava fazendo. Deitei-me novamente no sofá, com a cabeça no colo do Jesse.

– Então, você tava falando sobre à casa nova. – Eu disse, pois o Paul tinha nos interrompidos àquela hora.

– Então. Como eu ia dizendo, a surpresa é a seguinte...

– Me ajuda a montar uma maquete pra escola, me ajuda! – Gritou mestre, descendo as escadas correndo.

– Mais que merda, todo mundo nos interrompe! – Eu gritei me levantando do sofá, e subindo a escada para o quarto.

– Suzannah! – Gritou Jesse, vindo ao meu encalço.

Jesse me puxou pela cintura, fazendo assim com que meu corpo ficasse colado ao dele.

– O que aconteceu? – Sussurrou Jesse no meu ouvido. O que me fez soltar um suspiro baixinho, mas acho que ele percebeu.

– Vai la ajudar o mestre a fazer o trabalho, eu vou pra cama. – Disse, resistindo aos caprichos dele, e me soltando.

– Suzannah, você não ficou zangada?

– Claro que não. – Disse e entrei em meu quarto.

Assim que entro no quarto, me deparo com nada mais nada menos, que:

– Paul?! – Ele estava sentado na minha cama, com uma cara bem despreocupada, como se o fato de ele entrar no meu quarto escondido não fosse nada.

– Pelo visto, vocês já começaram a se desentender. – Disse ele, com um sorrisinho sarcástico.

– Pelo visto todo mundo deu de entrar pela janela do meu quarto. – Disse me lembrando de quando, Jesse entrou no meu quarto um tempo atrás, enquanto a gente tava brigado. – Vai. Dá o fora daqui.

– Que tal eu sair pela porta da frente. – Disse Paul, se levantando. – Você não acha que o Jesse ia amar ver outro cara saindo do seu quarto?

– Mas você só pode estar louco! – Eu disse.

– Então pense bem. – Ele disse chegando perto de mim. – A Priscila seqüestrou o Jesse e acabou presa, não é?

Eu dei um passo para trás, já que ele vinha se aproximando cada vez mais. Até que de repente ele me alcançou, e ficou bem na minha frente, com as pontas dos dedos segurando o meu queixo.

Foi então que percebi que o hálito dele, estava cheirando a bebida. O que conseqüentemente indicava a o fato dele estar alterado de tal maneira.

– Mas você deve saber que eu sou muito mais inteligente que ela, não sabe? – Perguntou ele, erguendo meu queixo, fazendo com que eu olha-se nos olhos dele. O que me fez sentir medo, uma coisa que eu odeio sentir. – Responda! – Gritou ele.

– Sei – Disse engolindo seco. O olhar dele estava duro como pedra. E continha um ódio que eu jamais achei possível alguém sentir por outra pessoa.

– Pois bem. – Continuou ele. – Já que eu sou mais inteligente que a Priscila, e você também concorda comigo. – Ele soltou meu queixo, e com as mãos livres ele me segurou pela cintura, e me sentou em cima da cama. – Eu vou te contar um segredinho, ok? – eu apenas assenti, e deixei que ele continuasse. – Agora la embaixo. Tem uns... Como posso dizer. Uns amiguinhos meus, que estão cuidando do seu queridinho Jesse, e daquele moleque. – Disse ele, tirando de dentro do bolso uma garrafinha de vidro, e bebendo o liquido dela logo em seguida. - E se você fizer alguma gracinha, eles vão deixar de cuidar deles, e coisas nada boas vão acontecer, entendeu? – Disse ele, guardando a garrafinha no bolso e saindo de perto de mim, e indo na direção da janela. Onde ele pegou uma mochila preta, que estava do lado de fora, em cima do telhado.

Como eu queria matar este filho da mãe. Mas se eu fizesse alguma coisa, Jesse e mestre iam se machucar. Pois eu não duvidava nada que Paul estivesse falando a verdade. Por que do jeito que ele tava com ódio, qualquer coisa que ele dissesse eu iria acreditar.

Ele pegou de dentro da mochila uma corda, e uma fita, e veio na minha direção. Ele colocou arrancou um pedaço da fita, e colocou na minha boca. Depois ele pegou a corda, e colocou ao meu redor, dando um nó em seguida.

– Agora você fica quietinha. – Disse ele. E do nada, ele me pega no colo e me coloca no ombro.

Eu queria matar ele mesmo. Eu estava com os braços presos e a boca amordaçada, o que fazia com que eu somente chacoalhasse de um lado para outro, e murmurasse algo inelegível.

Eu não pude acreditar, quando o vi, me colocando sentada na beira da janela, e pulando logo em seguida. Assim que ele se apoiou certinho no telhado, ele me pegou novamente, e como várias vezes eu pulava a janela para poder sair de casa escondida, eu sabia que não era perto do chão e que precisaria de cuidado para poder descer ou subir da li.

Se eu que já sou craque de descer e subir daqui e ainda assim tenho dificuldade, imagina alguém que quase nunca fez isto, segurando outra pessoa junto e só pra melhorar: Bêbedo. Resumindo: ISTO NÃO VAI PRESTAR!

Eu fechei meus olhos, para não olhar o estrago que aquilo ia virar.

Diferentemente do que eu pensava. Nada aconteceu.

Depois que eu abri os olhos, eu percebi que já estávamos no chão. Como, eu não sei. Mas estávamos. O que me fez ver que o Paul é muito mais hábil do que eu presumia.

Ele caminhou comigo no colo, até um carro e me jogou no banco traseiro, o que não foi nada delicado da parte dele.

Eu mal conseguia me mexer, mas mesmo assim eu tentava a todo custo me soltar.

Paul entrou no lado do motorista, logo em seguida ligou o motor e partiu. Eu sentia o carro indo cada vez mais rápido, e não conseguia nem gritar para ele parar, pois eu estava com uma fita na boca, e estava com as mãos atadas: Literalmente.

Eu sentia o tempo passando lentamente por mim, minhas forças tinham se esgotado. Eu já não conseguia nem tentar me libertar. Já havia tentado a todo custo antes, e havia falhado. Até que eu desisti.

Não tinha mais forças para aquilo, tudo tinha acabado. Eu não sabia mais o que fazer, Paul estava fora de controle. E eu só conseguia sentir o carro indo cada vez mais rápido, e mais rápido.

E então eu apaguei.


Eu abri os olhos com um pouco de dificuldade, e o que vi a seguir me chocou completamente. Eu estava ao redor de várias flores, de tudo quanto é tamanho e tipo diferente. E pra você que esta curiosa ai: Não, eu não morri! E não estou dentro de um caixão rodeada de flores. Graças a Deus.

Pela as coisas que eu via, eu percebi que eu estava em uma cama de hospital, cheia de agulhas gravadas em mim. Então eu senti uma mão tocando em mim, foi então que olhei para o lado e vi o Jesse.

– Está tudo bem? – Perguntou ele.

– Eu estar em uma cama de hospital conta pra você? – Eu disse, sem segurar o sarcasmo.

– Pelo menos você esta bem. – Disse ele dando uma risadinha fraca. – Achei que tinha te perdido.

– O que aconteceu? Você esta bem? – Eu perguntei, ao me lembra do que tinha acontecido. E que Jesse estava em casa, com alguns caras. – Te machucaram.

– Não. – Disse ele. – Quando dois homens apareceram La na sua casa, e pegaram eu e o David desprevenidos. Jake e Brad chegaram. E nós conseguimos pegar eles, e chamar a policia. Mas quando fui no seu quarto, eu não te encontrava. Até que recebemos um telefonema, dizendo que você e o Paul tinham sofrido um acidente de carro. E que você estava na parte de trás toda amarrada.

– Cadê o Paul? – Eu perguntei.

– Ele não resistiu ao acidente. – Disse Jesse. – Ele estava bêbado, e estava sem cinto. Então ele se chocou contra outro carro. E como você estava deitada na parte de trás, você só sofreu alguns cortes, e ele que bateu direto contra o carro, não resistiu.

Apesar de tudo o que o Paul fez, eu ainda sentia pena dele. O que fez com que uma lagrima solitária escorre-se pelo meu rosto, fazendo com que Jesse enxugasse-a com a sua mão.

– Os garotos estão bem? – Eu perguntei, para mudar de assunto, e tirar aquela tensão do ar.

– Sim. Todos estão bem.

– E todas estas flores? – Perguntei.

– Cee Cee, Adam, Padre Dom, seus irmãos e Eu. – Disse Jesse.

– Hmm. – Só conseguir dizer isto. Pois logo em seguida uma enfermeira entrou no quarto e praticamente expulsou o Jesse de la, dizendo que eu precisava dormir. Então ela me deu uma injeção, que acabou por deixar o meu corpo cansado, fazendo com que eu pegasse no sono.

Alguns dias depois, eu já estava em casa. Jesse estava sentado na beirada da minha cama, enquanto eu estava deitada.

– Então você vai ficar cuidando de mim até quando? – Eu perguntei.

Porque desde aquele dia no hospital, o Jesse não sai de perto de mim, a não ser quando a enfermeira o expulsava do quarto, e quando cheguei em casa a mesma coisa. Como se eu atraísse perigo para perto de mim.

– Espero que para sempre. – Disse ele, se curvando na minha direção e me dando um selinho. – Quero te dar uma coisa. – Disse ele.

– O que? – Eu perguntei, morrendo de curiosidade.

Então Jesse simplesmente tirou de dentro do bolso da calça, um caixinha de veludo, e apontou para mim, dizendo:

– Suzannah Simon, aceita se casar comigo?

– Sim. – Disse, o puxando pelo colarinho e o beijando.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.