Depois de horas intermináveis de aula chata, finalmente fomos liberados.

Eu enxerguei Jesse, parado em frente a portaria da missão, e fui correndo lhe dar um beijo, pois já estava morrendo de saudade do meu amor!

- Oi. – Eu disse, após telo beijado. – Pronto, para a reuniãozinha? – Eu perguntei.

- Claro. – Respondeu ele. – E você não vai me dizer sobre o que é, esta pequena reuniãozinha? – Indagou ele.

- Você saberá não se preocupe.

- Ok.

- Agora vamos, estamos atrasados! – Eu disse, puxando-o pelo braço, em direção a sala do Padre Dom.

Assim que chegamos à sala, eu bati na porta e ouvi o Padre Dom, falando “entre” com a voz serena como sempre.

Eu e Jesse entramos na sala e encontramos o Paul sentado na cadeira à direita e o Padre Dom, sentado na cadeira que fica atrás de sua mesa. Eu me sentei então, na cadeira do meio e o Jesse ao meu lado, na da esquerda, justamente para não ter briga entre os dois.

- Primeiramente, fico feliz por vocês terem concluído à missão dos três fantasmas. – Disse Padre Dom.

- Obrigada. – Eu disse, seguida de mais três “obrigados” vindo de Paul e Jesse.

- Pois bem, estamos aqui para debater outro assunto, que é tão relevante quanto.

- E qual seria? – Perguntou Jesse, ao Padre Dom.

- Não contaram à ele?! – Perguntou o Padre Dom, se direcionando a mim e ao Paul.

- Não. – Eu disse.

- O que você não me contou? – Perguntou Jesse.

- É que se eu lhe contasse antes, você não iria acreditar. – Eu disse a verdade, pois ele não acreditaria mesmo, já que ele tava hipnotizado por aquela guria ruiva, falsa.

- Porque você acha que eu não iria acreditar? – Virou policia agora?

- Sabe Jesse, na época você acreditava em contos de fada ainda, você achava que a ruivinha tosca era legal, mas ela não era e nem é legal! Entende o que eu digo?

- Como assim?

- Pelo visto não era só naquela época que ele acreditava em contos de fada. – Disse Paul, mais para si, do que para os outros.

- Hoje, quando você chegou cedo aqui, e me encontrou falando com ela. – Eu disse. – Assim que ela o viu, ela mudou completamente o rumo da conversa e fez aquela voz de sonsa.

- O que aconteceu realmente então? – Perguntou Jesse.

- Ela veio me ameaçar. – Eu disse, olhando para a cara que ele fez quando eu disse “ameaçar”, praticamente de uma hora pra outra a cicatriz dele ficou branca, de tamanha raiva que ele devia estar. – Ela disse que sabia que todos nós somos mediadores, e que ia nos matar. Fim. – Eu disse.

- Como? – Disse Jesse, cheio de raiva.

- Mais que besta você é! – Gritou Paul. – A sua ruivinha, como diz a Suze, é uma falsa, e uma louca! Ela quer nos matar, vê se entra isto na tua cabeça de uma vez por todas!

- Se acalme Paul. – Disse o Padre Dom.

- Me acalma como? Não agüento tanta burrice vinda de uma pessoa só de uma vez! – Disse Paul, para o Padre Dom.

- Eu já entendi certo? – Disse Jesse. – Só não estava digerindo esta informação ainda.

- Já que está tudo esclarecido, vamos voltar ao assunto certo. – Disse o Padre Dom.

- Então. – Começou Paul. – Só que eu e a Suze temos uma vantagem, pois somos deslocadores e não somente mediadores, como ela pensa.

- Tem razão. –Disse o Padre Dom. – E o que os dois iram fazer? – Perguntou para mim e para o Paul.

- Suze, que nos encontrarmos no final de semana, para a gente se encontrar com o meu avô. Ele vai saber dizer o que devemos fazer tudo certo pra você? – Perguntou Paul.

- Claro isto se eu não tiver de castigo ainda. – Eu disse, me lembrando deste maldito castigo.

- Não se preocupe, eu do um jeito. Sua mãe confia em mim, lembra que você dormiu na minha casa e sua mãe não disse nada.

- Como é que é? – Danou-se.

- É uma longa história. – Eu disse. – Depois conversamos sobre isto.

- Acho bom, Suzannah Simon. – Disse Jesse.

- Vamos largar a discussão de lado, e nos despedirmos. – Disse o Padre Dom.

- Ok. – Eu disse. – Tchau Padre Dom, até outra hora.

- Tchau Suzannah.

- Vamos Jesse. – Eu disse me levantando da cadeira.

- Vamos. – Disse Jesse. – Tchau Padre.

- Tchau Padre. – Disse Paul.

- Tchau rapazes, e sem brigas, certo? – Disse o Padre Dom.

- Certo. – Disseram os dois ao mesmo tempo.