A Marota

O mapa do maroto


- Eu tive uma ideia para montarmos o mapa. – Falei depois de já estarmos confortavelmente instalados em uma cabine do expresso de Hogwarts.

- Pode falar. – James falou se ajeitando para ouvir melhor.

- Encontrei um feitiço que traça locais exatos, outro que consegue seguir as pessoas e um que é um tipo de senha. – Expliquei calmamente. – São bastante complexos, mas acho que comum pouco de esforço devemos conseguir juntar todos eles em um pergaminho e assim criar o mapa.

- O que estamos esperando? O Mapa do Maroto está a um passo de ser realizado. – Sirius falou como se isso fosse o evento do século.

- Primeiro de tudo, parece que andou bem ocupada com as suas pesquisas, em Rave? E segundo, “Mapa do Maroto”? Sirius você não tem a menor criatividade para dar nomes. – Remo reclamou.

- Se deixarem esse nome eu juro que não dou nenhum palpite durante a senha.

- Até que não é um acordo tão ruim. – James falou nos olhando. – Está bem Sirius, você venceu. Será o Mapa do Maroto.

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Faz cinco meses que voltamos para Hogwarts e o final de mais um ano letivo se aproxima, nós pela a primeira vez estávamos bastante ansiosos para isso, pois o Senhor Potter conseguiu ingressos para nos levar à Copa Mundial de Quadribol que acontecerá durante as férias, mas para ser totalmente sincera existe outra coisa ocupando nossas mentes enquanto ainda estamos aqui, o Mapa do Maroto está em sua reta final, por isso estamos na sala precisa hoje e se tudo der certo iremos finalizá-lo antes que a noite termine.

- Prontos? – Perguntei encarando os meninos, nós formávamos um circulo ao redor de um pergaminho em branco perfeitamente dobrado de acordo com o que aprendemos em nossas tentativas anteriores. – Agora

- Mapelios. – Dissemos juntos e finas linhas começaram a preencher o pergaminho.

Depois de esperarmos por quase duas horas o desenho estava acabado e nos mostrava todos os cantos dos terrenos de Hogwarts o que incluía as passagens secretas, esse feitiço de certa forma também se baseava em nossas próprias memórias. Há apenas um lugar em todo o castelo que não aparece no mapa, como descobrimos em nossas tentativas anteriores, a sala precisa como só existia com a ajuda de alguma pessoa não era capaz de aparecer em nosso mapa.

- Vamos começar a segunda parte. – Remo falou chamando a atenção de todos nós.

- Segulos animalis personales. – Gritamos novamente juntos, descobrimos na trigésima terceira tentativa que criando o mapa primeiro não precisávamos especificar um localização para o segundo feitiço porque ele reconhecia e apenas seguia as pessoas que estivessem dentro do limite previamente selecionado.

- Funcionou! – James gritou ao ver os vários pezinhos tomando conta do mapa.

- Agora começa as partes complicadas e estou falando da frase de abertura, não da senha.

- Que tal os nossos nomes? – Peter perguntou.

- Só isso? Vai ficar muito sem graça. – James reclamou.

- O que acham desse: Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas, Pontas e Nix orgulhosamente apresentam o Mapa do Maroto.

- Eu gostei. – Os meninos concordaram e eu me mantive quieta até eles terminarem de se manifestarem.

- Eu achei que não iria mais optar se deixássemos se chamar o Mapa do Maroto?

- Eu disse que não daria nenhum palpite durante a senha, Nix. – Sirius rebateu.

- Bom saber disso, agora senhor Nix? Sério mesmo, Sirius?

- Qual é o problema, Ravena?

- Eu não sei se você nunca reparou, mas eu sou uma garota. – Reclamei, em horas como essa eu realmente me arrependia de ser a única no grupo.

- Agora que você comentou... – Sirius começou, mas parou ao ver minha varinha apontada em sua direção e provavelmente se lembrando do que acontecera no Natal onde seu cabelo ficara rosa. – Está bem, colocamos senhorita Nix, satisfeita?

- Muito, mas quem vai escrever?

- Você tem a melhor letra e é a que desenha melhor então... – Remo falou me entregando uma pena enfeitiçada que havíamos criado.

Com cuidado a segurei e escrevi a ideia do Sirius no topo “Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas, Pontas e a senhorita Nix orgulhosamente apresentam.” em cima disso desenhei um tipo de brasão com os dizeres Itinerarium maraudentium (jornada marota) desenhei uma imitação fajuta do castelo com uma bandeira escrito Hogwarts, o salgueiro lutador e alguns caminhos até o lago negro formados por séries de palavras aleatórias e o toque fina, no meio do desenho do castelo derramei um pouco de tinta e com a ponta da pena contornei dando a forma das seguintes palavras “O Mapa do Maroto” depois de seca a tinta passara a lembrar um lacre de cera.

- O que acharam? Foi o melhor que deu para fazer.

- Está muito bom, Nix. – Peter me elogiou.

- E a senha para revele-lo? – Remo perguntou, para fazer o conteúdo do mapa aparecer bastaria encostar a varinha e dizer a senha como se o feitiço fosse um tipo de cadeado.

- Não farei nada de bom. – Peter falou brincando.

- Até que não é uma ma ideia, principalmente se fizermos algo mais formal, algo como, juro solenemente não fazer nada de bom. – James sugeriu e todos nós adoramos de forma que o James repetiu a fala pressionando a varinha contra o pergaminho, agora toda vez que quiséssemos abrir bastava recitar o juramento com o varinha sob o mapa.

- E para fechá-lo? – Sirius perguntou.

- Malfeito, feito? – Remo sugeriu.

- Brilhante. – Sirius falou incentivando o Remo a fazer o mesmo que James. – Agora o toque final Repeliun Curioson.

Esse feitiço faria qualquer um que não soubesse o juramento e tentasse ler o mapa ter no lugar da apresentação e do mapa em si uma resposta ao estilo maroto.

- Eu proponho um brinde, rapazes. – Falei estendendo o meu copo de cerveja amanteigada e os meninos me imitaram. – Aos marotos e ao seu mais novo invento.

- Que nos ajude em muitas pegadinhas e a nunca ser pego. – James acrescentou.

- Saúde. – Remo falou batendo com o seu copo nos nossos.

- Saúde. – Respondemos tomando um grande gole em seguida.

Agora era completamente oficial, com a capa da invisibilidade do James e o Mapa do Maroto, mais ninguém conseguiria nos segurar. Nós somos Aluado, Rabicho, Almofadinhas, Pontas e Nix. Nós somos os Marotos.