PDV Tori
Eu definitivamente não vou para Pripyat,uma cidade com não mais do que 300 habitantes,só por que meu querido pai detetive da policia,quer encontrar dois criminosos que fugiram para essa cidade.
Eu tentei resistir ou convencê-los de todas as formas mas não deu e por isso aqui estou eu,no carro,chegando em Prypiat,cidade obscura, parece ter algo errado aqui.
Desci as malas, e subi as escadas desanimada,as coloquei na cama e comecei a desfazê-las.
Depois de tudo pronto meu pai me chamou para lanchar,eu desci peguei qualquer coisa pra comer e ia subindo.
— Filha eu sei que é difícil mas você vai se acostumar e...- Ignorei minha mãe e bati forte a porta do quarto.
Eu não quero ficar aqui eu deixei tudo pra trás por causa deles,que nem sequer pensaram em mim,ou perguntarem se eu gostaria ou me dar opções.
Passe o resto da tarde no quarto e não saí pra nada.
— Filha vem comer - Meu pai me chamou.
— Não - Gritei morrendo de raiva.
— Você tem que comer - Abri a porta e o encarei.
— Vocês nunca pensam em mim,pra quê se preocupar agora?- Falei ironicamente.
— Para com isso,você sabe que...
— Mentiroso,você só que achar esse malditos idiotas,me deixa em paz se eu ficar com fome eu pego alguma coisa na cozinha.- Ele parecia morrer de raiva,seus olhos assumiram um leve tom amarelo,ele se virou e desceu,bati a porta do quarto e me joguei na cama,olhando para a janela e desejando colocar fogo em alguma coisa.
Nesse instante a cortina começou a pegar fogo,eu gritei e meus pais inrromperam a porta,no mesmo segundo o fogo apagou.
— A cortina acabou de pegar fogo do nada - Meus pais se entreolharam e depois minha mãe se aproximou de mim.
— Eu deixei uma vela ali acesa me desculpe,está tudo bem - Olhei pra ela incrédula.
— Não,não está tudo bem,não tinha vela nenhuma ali e o fogo apagou do nada - Eu queria chorar,mas não faria Isso na frente deles,alem de me trazer forçada pra essa cidade me tratam como se eu fosse criança.
— Você não deve ter reparado mas eu deixei...- Não deixei ela terminar de falar,a empurrei e saí correndo de casa bati a porta e andei até o portão. Respirei fundo e saí,não dei mais do que 5 passos e dei de cara com um garoto alto,forte,cabelos de um tom de castanho claro,olhos verdes,na minha opinão um tremendo gato. Ele me encarava tentei desviar mas ele não e deixou passar.
— Oi - Falei olhando diretamente em seus olhos
— Oi...Você é nova aqui não é?vou te dar um conselho,não ande sozinha à noite por essa cidade...tenha com você alguém que possa te proteger - Eu não sabia do que ele estava falando.
— Obrigada pelo conselho...?-Ele me encarou sem entender.
— James
—Ok James - Acenei com a cabeça e depois me virei.
— Eu posso saber o seu nome?- Parei de andar e Ponderei por alguns segundos
— Victoria,mas me chame de Tori - Falei de lado.
— Olha eu sei que bruxas e vampiros não se dão bem mas...acho que em Prypiat você gostaria de um amigo vampiro.- Me virei pra ele incrédula.
— Você está bem?Do que você ta falando? Essas coisas não existem -Ele riu.
— Claro que sim,não adianta esconder eu sei que você é uma bruxa...Até colocou fogo na cortina da sua casa.
— Realmente não sei do que está falando mas...Como sabe que eu...
— Audição de vampiro e eu sou seu vizinho- Ele respondeu apontando a enorme casa ao lado da minha.- Assenti.
— Tudo bem...Me prove que é um vampiro Debochei.
— É um tanto assustador,então pense bem se quer ver...Te monstros mais tarde...Mas agora volte pra casa,você deu sorte me encontrar,porque as pessoas aqui não são muito amigáveis- Assenti rindo e entrei em casa de novo,ignorei meus pais,subi,Tomei um banho e me preparei pra dormir,deitei.
Foi aí que os pesadelos começaram,eu sentia mãos me tocarem,ouvia vozes dizendo "Eu estou te vendo". Via sombras. Eu suava frio,coloquei a cabeça pra dentro da coberta,ouvi minha janela sendo aberta.coloquei os olhos pra fora e vi que James estava sentado nela.
— Será que dá pra me convidar?Eu não quero cair e ter que subir de novo - Ele continuou me encarando.
— Entra James - "Tá maluca?" E se ele for um sereal killer ? Minha consciência me atacava. Ele veio até mim e se deitou ao meu lado. Que abusado.
— Então...Ainda quer ver o lance de vampiro?- Ele me olhava fixadamente.
— Quero - Eu não deveria confiar assim,mas eu estava com problemas e ele me fazia esquecer,Vampiro? HAHA essa é boa.
— Não grita OK?
— OK - Falei com um sorrisinho,ele respirou fundo e me olhou. A parte branca dos olhos dele tomaram um tom de vermelho escuro,embaixo do olhos,traços como se fossem rachaduras,e as presas ficaram enormes. Meu sorriso sumiu na mesma hora,meus olhos se arregalaram e eu pulei para trás.
— Não,não fique com medo...Não vou te machucar - Seu rosto voltou ao normal enquanto ele falava e se aproximava.
— Você tem aula amanhã, eu te vejo lá
— Como você...Claro..Audição de vampiro.. - James sorriu pra mim e se levantou.
— Bem eu vou indo porque seu pai ta subindo a escada e ele não vai gostar de me ver aqui - Acenei com mão, ele sentou na janela,piscou pra mim e pulou. Ouvi um leve baque e corri para ver se ele tinha se machucado,mas ele não estava mais lá.
Como prometido meu pau entrou no quarto.
— Durma,amanhã bem cedo te levarei pra nova escola - Revirei os olhos e voltei pra cama. Assim que ele saiu,tentei dormir mas apenas fiquei rolando de um lado para o outro com os barulhos e toques...