Capitulo 10

PV Seth

Já se passou mais um mês e o dia da transformação chegou novamente. Carlisle mandou reunir todos na sala, pois queria conversar com todos.

_Bom pessoal, desde a primeira transformação da Luna venho procurando uma cura para sua dor e seu esquecimento, já que a maldição não pode ser quebrada. – disse Carlisle serio – E eu consegui! – disse Carlisle com um sorriso estampado no rosto. Luna correu e deu um abraço nele, e eu fiquei muito feliz de ver minha Luna feliz.

_Obrigada! Obrigada! Obrigada! Você é melhor pai do mundo! Mas... O que eu devo fazer?

_Quando a gente te prender as correntes e a lua começar a nascer eu irei te dar o remédio, eu só espero que funcione.

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P.V Luna

_Preparada? – perguntou-me Seth

_Sim, só um pouco nervosa, será que isso vai dar certo mesmo?

_Claro que vai, Carlisle sabe o que esta fazendo.

_É você tem razão não tem com o que me preocupar. – e mentalmente acrescentei espero. Eu amo minha família, não acreditei que Carlisle ficou esse tempo todo pesquisando uma cura, é inacreditável, que depois de séculos vivendo assim com essa dor, agora talvez ela vá passar e essa escuridão também. Bom chegou a hora de eu tomar o “remédio” como diz Carlisle.

_Pronta? Se você não quiser tomar, se quiser esperar eu ter certeza de que vai dar certo não tem problema. – Carlisle perguntou-me.

_Não eu irei tomar. – falei determinada, pois eu preferia que esse remédio desse errado e eu virasse uma retardada, do que passar por essa dor, pelo menos eu posso dizer que tive coragem e tentei.- Vamos lá. Pode me da eu to preparada pra tudo agora.

Depois de tomar o liquido amarelo, com um gosto devo dizer de cera de ouvido, não que eu tenha comido será de ouvido alguma vez, mas é assim que eu penso que é o gosto. H-O-R-R-Í-V-E-L! A lua chegou e nada de dor, a lua subiu, subiu e subiu e eu não senti nada, nem uma fincadinha de alfinete, nadinha. Mas eu percebi quando meus ossos mudaram, quando meus olhos ficaram vermelhos, quando começou a crescer pelos na minha mão (uma coisa que eu nunca tinha visto) quando eu levantei e comecei a crescer, eu devia ter uns três metros de altura, eu nunca vi coisa tão grande, e uma coisa que nunca tinha acontecido aconteceu, eu nunca estava no meu corpo quando isso acontecia e agora eu podia ver, era como se fossem dois seres dentro de um mesmo corpo.

Eu estava fascinada por saber que Carlisle tinha conseguido. E quando eu olhei para baixo eu vi, minha família, toda me olhando , esperando que eu dissesse alguma coisa eu acho, mas quando tentei soltar uma palavra, parecia mais um urro, ou um latido, eu não sei o que foi. Mas de repente eu comecei a me lembrar de tudo que eu fiz.

Brasil 1900

O noticiário avisava:

O que esta a solta nesse pais , mais de cem mortos em uma semana, será um monstro? Mas monstros não existem! O que esta acontecendo? Os corpos foram encontrados totalmente irreconhecíveis! Tomara que peguem esse animal, ou o que quer que seja não há mais segurança, a policia detectou alerta a população. Tomem cuidado!

Eu lembro de ver essa noticia, mas eu não sabia que era eu, mas agora eu tinha certeza, eu estava vendo a morte de cada um, de cada pessoa, e isso era pior do que a dor, eu tinha que sofrer por tudo que causei.

Inglaterra 1910

O monstro dentro de mim atacava novamente, com mais fúria, só que dessa vez eu criei alguns lobisomens, não sei o que aconteceu, mas deve ter outros dez lobisomens espalhados pela Inglaterra, varias mortes, famílias desnorteadas com a mortes de parentes, amigos. Foi na Inglaterra que vivi o maior tempo.

Egito 1961

Nos jornais diziam:

CIDADE DESERTA!

O que aconteceu com a população? Simplesmente sumiu? Será possível que decidiram todos se mudar de uma vez? A resposta é não! Estão todos mortos.

Não vá pensando que eu matei a cidade toda em uma noite, eu os matei num prazo de 40 anos, não todos porque alguns realmente fugiram. Mas isso não justifica o que fiz. Mas eu não entendo como hoje eu não mato ninguém, será que eu só precise de sangue quando estou em forma de lobisomem?

No ano 2000, eu já estava nos Estados Unidos, e foi a partir daí que comecei a me prender. E depois disso zero morte. Pelo menos isso não! E sem perceber eu fiquei revendo lembranças a noite toda, o sol já estava nascendo e eu já fui voltando ao normal.

Quando a transformação acabou eu estava com muito sono, morrendo de fome e triste. Muito triste, por saber que eu era uma assassina.

_E então Lu como foi? – perguntou minha melhor amiga. Mas eu não consegui responder, estava sem voz e a única coisa que consegui fazer foi chorar. Chorar, chorar e chorar. Eu não conseguia parar.

_Meu bem, fala o que aconteceu pra gente, deu errado, você se lembrou de alguma coisa? – perguntou papai. E eu soltei apenas um murmúrio

_E-eu s-s-sou uma... A-ssa-ssina. – disse em um sussurro fraco e entre soluços. E depois disso eu apaguei.