A Lua e o Dia

Capítulo 3 de 3


A Lua e o Dia

Dia 217 – Meio dia

Pátio da escola de Echo Creek

Assim que foram salvos pelos colegas de classe, o quarteto ainda teve que se explicar ao corpo docente.

Principalmente a parte do lagarto de dois metros morto na entrada.

Sem titubear, eles afirmaram que se tratava da péssima dedetização da escola, que não estava funcionando como deveria.

Depois um ano de loucuras, desde que aceitara a princesa de Mewni na escola, isso ocorria diariamente. No entanto, o diretor já sabia como lidar com aquela situação.

Ele se lembrava de sua conta bancária, entupida de ouro mewniano e de que poderia beber o Rum que bem entendesse trancado em seu escritório.

....

Ouro Mewniano e álccol curam tudo.

....

Com as aulas canceladas, os quatro foram almoçar num restaurante próximo.

Tinham alguns assuntos a resolver.

Evelyn começaria primeiro.

Abrindo sua mochila, ela empunhou a varinha – a verdadeira – e a devolveu a Full Moon, que precisou de uns segundos para entender o gesto.

— Mas.... Eu vi o Marco....

— Era uma cópia. Caso desse errado. Agradeça às duas, elas que fizeram. E num prazo muito curto.

— Não foi fácil – Disse Evelyn – Principalmente em simular o mesmo peso da original. Mas ficou convincente.

— Caras, não sei se espanco vocês ou se beijo!

— Um beijo cairia bem – Disse Marco.

— Sem dúvidas! – Concordou Evelyn.

— Me contento se você pagar a conta. – Disse Janna

Garçom, mais batatinhas, por favor.

....

O clima estava agradável, mas Marco tinha que quebra-lo.

Uma pena, ainda que fosse necessário.

— E então, o que seus pais disseram quando você contou tudo?

— Eles ficaram orgulhosos. Disseram que eu cresci muito.

— Vai voltar pra casa, então?

Full Moon sorriu, piscando em seguida.

— Não. Nem perto. Parece que namorar a distância com um monstro traidor não agradou muito.

— É mesmo? Deixa eu adivinhar: estenderam seu exílio na Terra?

— Só por mais uns cinco ou dez anos. Nada de mais.

Jogando as batatas ao alto, Janna e Evelyn saltaram para agarrar a amiga, uma de cada lado.

A cobrindo de beijos, Full Moon ficou corada com a demonstração pública de afeto.

Marco apenas se sentou e apreciou a cena.

Fofa.

....

Dia 217 – Noite

Casa dos Diaz. Mais especificamente, quarto do Marco

— Então, quer dizer que você me ama, né?

Depois do primeiro beijo, nada melhor do que se deitar e aproveitar aconchegados, o segundo.

E o terceiro. E o quarto.

— E você já sabia princesa, ou não?

— Tinha minhas suspeitas.

E na sequência do quinto beijo, ele veio acompanhado de um tapa certeiro, no meio do rosto.

— Ai! Isso dói!

— Isso, senhor Diaz, é por ter roubado minha varinha!

— Achei que a gente fosse aproveitar o momento.

Full Moon foi até o outro lado do quarto, voltando com um par de algemas felpudas e cor de rosas.

— E vamos. Você vai ser o primeiro.

— A te beijar?

— Não – Ela piscou na direção dele – Mas a fazer todo o resto.

....

Graças aos Céus que existam Sex Shops abertas 24hs.

....

Dia 218 – Manhã

Casa dos Diaz. Mais especificamente, colo do Marco

Abraçados, tendo os corpos cobertos apenas pelo cobertor, eles descansavam da atividade noturna.

Atividade esta que, dali em diante, seria costumeira.

— Não querendo me antecipar, mas posso explicitar um pensamento?

— Vai fundo.

— Meu nome é “Lua”. O seu é “Diaz”.

Se um dia, sei lá, a gente tiver uma filha, nada de nomes com relação a astrologia, pode ser?

Marco riu e beijou Moon na ponta do nariz.

— E por que não?

Diaz, Lua. A gente pode chamar de Star (estrela).

Combina. É a sua cara.

....

Os dias seguintes também não foram normais.

Passaram longe disso.

Mas e daí?

Um mundo novo. Novas situações. Monstros, dragões e cappuccinos a preços acessíveis.

A Terra tinha suas vantagens. E Full Moon iria se aproveitar de cada uma delas.

Não podia pedir mais nada.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.