Tudo começou num dia tranquilo do reino Rune Midgard, onde no topo de uma colina com vasta grama e flores, sob um céu amplo e azul sem nuvens, um belo jovem de cabelos azuis e olhos dourados, estava deitado sentindo a brisa passar por seu corpo suado, depois de um árduo treinamento de espada. O jovem desde que se lembrava, gostava de deitar-se na grama da colina enquanto olhava para o céu, depois de um dia exaustivo. Sua espada de madeira que era sua única amiga estava ao seu lado inseparável, enquanto o garoto observava o infinito acima de sua cabeça, e sonhava em lutar contra os vários monstros deste mundo.

— Ahh, tudo é tããããão chato por aqui. Mesmo depois de tanto tempo, eu ainda sou um aprendiz que não tem idade para virar um espadachim, e por isso tenho que ficar preso aqui em Izlude. - Disse o garoto num suspiro cansado e tedioso.

O garoto não sabia quem eram seus pais, apenas sabia que ambos haviam morrido lutando contra monstros, e agora ele estava aos cuidados do orfanato da igreja de Prontera, até que ele pudesse se defender sozinho. Mesmo entre as outras crianças, ele não se sentia muito parte delas, já que quase todos os órfãos, iriam seguir o caminho de deus e se tornariam noviços para servir a igreja, enquanto ele e mais três decidiram se tornar um espadachim, arqueiro, e gatuno. Por este motivo, ele algumas vezes recebia olhares indesejáveis, acusando-o de traição a igreja, como eles já haviam passado por lavagem cerebral dos bispos.

Um dia, algo aconteceu que mudaria para sempre o seu destino, que o levaria para a estrada da riqueza, glória e ódio.

Como uma boa história de um espadachim, esse "algo" que mudou seu rumo na vida, foi uma bela garota.

Num dia enquanto estava caçando lunáticos nos campos perto de Prontera, ele ouviu os gritos de uma menina, e correu para verificar o que era. E lá ele encontrou uma bela menina de cabelos loiros, e olhos violeta que era uma aprendiz que estava correndo desesperadamente de um zangão que vinham perseguindo a garota, por causa do pote de mel que ela estava carregando. O garoto preparou-se mentalmente para combater o mais forte inimigo que ele já tinha enfrentado como um aprendiz, e correu para salvar a moça. Um momento antes do ferrão do zangão acertar a menina, ele correu furtivamente, e mirando em seu abdômen, ele conseguiu desferir um golpe crítico raspando um pouco do HP do monstro, que em seguida com raiva virou seu aggro para ele, e começou a atacar. Esquivando várias vezes, e usando suas skills de FINGIR DE MORTO e PRIMEIROS SOCORROS, ele conseguiu pouco a pouco tirar o HP dele, apesar do seu estar baixando também. A garota inicialmente assustada, ao ver o menino que tinha vindo salvá-la, não apenas não correu para ajudar, como ela imediatamente saiu em direção ao portal da cidade de Prontera sem nem olhar para trás com o pote de mel em suas mãos. Ao ver isso, o garoto sentiu-se decepcionado com a atitude dela, mas ela não seria muito útil de qualquer maneira. Ao perceber a distração do garoto, o zangão imediatamente conseguiu acertar um golpe do seu ferrão nele que o fez desabar no chão a beira da morte como seu HP estava perigosamente vermelho.

— Será que morrerei aqui? Para uma reles abelha? - Pensou o garoto angustiado ao ver o zangão preparando-se para o golpe final.

BOOM

Assustado com o barulho, o garoto abriu os olhos e viu a grande abelha virar pó, depois que uma enorme lança a espetou no meio do corpo, cravando-a no chão. Ao olhar ao redor, viu aquela mesma menina loira de olhos violeta, ao lado de um dos guardas de Prontera que tinha jogado sua lança. Ele vestia uma armadura de cavaleiro, e montava um peco peco, que corria em sua direção.

— Você está bem? - perguntou o guarda.

— Sim, estou. Obrigado por me salvar cavaleiro.

— Foi graças a essa jovem aqui. Ao entrar na cidade ela correu loucamente a procura de um guarda, quando me encontrou e me guiou até aqui. - Disse o guarda ao pegar o garoto ferido e coloca-lo na garupa do peco peco com a menina, fazendo-a ficar nas costas do jovem, que podia sentir sua doce fragrância, enquanto o guarda colocava uma poção amarela em sua boca, curando o jovem herói levando ambos para PRONTERA.

Ao entrarem o guarda os deixou perto da kafra, e voltou para o seu posto na cidade.

E agora, o garoto e garota ficaram sozinhos sem saber o que falar, até que o jovem respirou fundo e deu um passo a frente.

— Olá, meu nome é Thanatos, aprendiz a se tornar espadachim. Obrigado por ter trazido o guarda. - disse Thanatos ao estender a mão para a jovem que deu um sorriso brilhante de retorno.

— Oi, Thanatos. Meu nome é Lucille, aprendiz a se tornar uma gatuna. - disse Lucille enquanto apertava a mão do jovem bonito a sua frente, ambos se encaravam perdidos no olhar do outro.