A Lenda de Wander - A Sombra Do Colosso

Capítulo 17: Paraíso Flutuante


De volta ao templo, a sexta estátua da direita se quebra, e Wander rodeado por onze silhuetas, acorda.

Teu próximo inimigo é... Um paraíso flutua sobre o lago... Um ser silencioso exerce trovão... Uma ponte se movendo para atravessar aos terrenos mais elevados.

Seguindo seu caminho, o jovem se dirigiu ao solo, e levantou sua espada. Seu inimigo se localizava no nordeste daquelas terras. Wander cavalgou naquela direção. Após alguns minutos, ele pôde ver de longe, dois longos pilares. Ao se aproximar, havia uma ponte terrestre que levava até a parte norte das terras.

Havia então mais um acesso para aquela área. Wander então notou que não era apenas a ponte da praia que dava acesso à área norte. Ao cavalgar por mais alguns minutos, encontrou mais um templo do lagarto. Este, porém, o jovem ignorou.

Ao andar um pouco mais, Wander pôde ver mais dois pilares, com mais uma ponte natural. Esta que desta vez, levava até uma espécie de floresta. Quando atravessou a ponte, uma leve neblina pareou pelo local. O jovem entrou na floresta. Era escura, com pouca iluminação. Havia um pequeno riacho, que seguia até uma cachoeira.

Wander não entendeu. Pois aquela floresta não havia saída. Quando se virou para voltar de onde veio, viu duas saídas. Uma era de onde entrou, e uma outra, que o jovem não percebeu ao passar. Wander caminhou até ela, e viu que seu destino continuava naquela direção.

Após caminhar pela ponte terrestre estreita na parede, Wander chegou a mais um templo, daqueles dos lagartos de cauda branca. A batalha contra o último colosso havia degastado bastante o jovem, que matou e comeu o lagarto. Continuando sua trajetória, o garoto chegou a um local sem saída.

Havia uma construção de pedra impedindo o caminho. Wander usou sua energia que acabara de renovar, para escalar e dar meia volta pela construção, deixando Agro para trás. Após atravessar, o jovem chegou ao fim do caminho, onde se viu obrigado a pular no lago à direita. Ele levava de um lado até uma cachoeira, e do outro, para os limites da arena.

O jovem escolheu seguir adiante. Passou por um imenso portão de pilares, até chegar a um local com três espécies de quiosques de pedra para fora da água. Ao subir no que parecia um deles, mas todo destruído, Wander pôde escutar um alto barulho vindo de baixo da água. De repente, uma criatura com aparência desconhecida aparece.

Este é Pelagia, o Grande Monstro Marinho. O 12º Colosso que deverás enfrentar.

O colosso possuía uma máscara no rosto, com duas presas na boca. Não possuía olhos, e tinha espécies de dentes em sua cabeça. Sua pelagem era de um verde bem forte, capaz de se confundir com algas. Com certeza, era dono de um dos de aparência mais estranha, e possuía 27 metros.

As pontas de suas presas eram azuis, mas começaram a ficar laranjas. De repente, a criatura disparou tiros de eletricidade por elas, obrigando Wander a pular dentro da água. O jovem começou a driblar o colosso, tentando alcançar suas costas. Após um tempo tentando, ele conseguiu.

– Se seu ponto fraco estiver na sua cabeça, esse será muito fácil! – dizia Wander, confiante

A pelagem de Pelagia realmente era muito bonita. Wander começou a escalar suas costas, até sua cabeça. A criatura se chacoalhava, mas o garoto continuava firme, graças a força que aquele rabo branco de lagarto lhe dava. Ao chegar no topo da cabeça, o jovem encontrou dentes. Haviam uns no centro e nos dois lados.

Tu não pode alcançar seus órgãos vitais como tu és agora...

A dica de Dormin confundiu Wander. Com raiva, o garoto socou a espada em um dos dentes, o que apontava para a esquerda. De repente, o colosso se virou para a esquerda, fazendo o jovem tombar para o lado.

– O que é isso?!

Wander deu desta vez, uma espadada nos dentes do centro, fazendo a criatura seguir para a frente. O jovem teve uma ideia. Ele levantou sua espada, tentando encontrar o sigilo do colosso. Estava abaixo dele. Wander socou a espada uma vez nos dentes do centro, e outra, nos da direita, fazendo Pelagia ficar de cara com um dos quiosques.

O jovem pulou da cabeça da criatura, para o teto do quiosque. Lá, ele levantou novamente sua espada, apontando o ponto fraco na barriga da criatura. Ele não podia fazer nada para alcança-lo, até que a criatura se levantou e colocou as duas patas sobre o teto do quiosque, tentando derruba-lo.

Isso abriu uma brecha para o jovem chegar a sua barriga. Lá, realmente havia um ponto fraco. Wander deu três cravada, fazendo o colosso se abaixar novamente. Mesmo de baixo d’água, com tanta pressão do peso do colosso sobre si, o jovem deu mais uma cravada.

Sem fôlego, Wander começou a subir desesperadamente para a superfície. Ao chegar, pegou muito fôlego, e mergulhou novamente para onde estava o colosso. Lá estava ele, morto e negro. As essências saíram de seu corpo, possuindo o jovem.

Neste exato momento, um grupo de soldados em cima de seus cavalos se aproximavam das Terras Proibidas, liderados por Lord Emon.

– Só mais um pouco... – dizia Emon, para seus soldados.