Um som alto era ouvido dentro de um apartamento, um som parecido com o de um alarme digital. Uma pessoa irritada levantou a parte superior de seu corpo da cama e socou o despertador, espatifando-o.

Era um rapaz que aparentava estar nos quinze anos que não usava nada mais do que uma camiseta cinza e uma calça de moletom preta. Ele parecia um elfo latino. Tinha cabelos escuros cacheados que no momento estavam mais bagunçados do que o normal e seus olhos escuros tinham sombras sob eles. Sua mão estava no momento bagunçando ainda mais os cabelos.

— Ah!, eu não sei por que Gwen insiste para eu usar o alarme. A escola só começa amanhã.

Ele notou um papel em cima da mesinha que estava ao lado de sua cama e o pegou, e viu que a letra na carta estava em grego antigo.

Λέων, εγώ έπρεπε να φύγει νωρίς για δουλειά. Έχει ήδη μαγειρεμένα αυγά και μπέικον.

Queria dizer.

Leo, tive que sair mais cedo para o trabalho. Tem ovos e bacon já preparados.

Ele sabia que era de seu pai, Hefesto, ex-deus da forja e do fogo, que agora era apenas um mortal, mas que ainda tinha seu dom com a forja e concerto. Na maioria das vezes ele tinha de sair mais cedo para o trabalho pois seu trabalho como mecânico era muito conhecido, mas ele e Leo ainda tinham dificuldades financeiras. Leo agradecia que pelo menos eles tinham dinheiro suficiente para pagar a pensão.

Leo se levantou da cama e espreguiçou, andando a paços largos e pesados para o banheiro, pegando uma escova de dentes vermelha com chamas desenhadas em volta. Leo agarrou a pasta de dente e a espremeu, jogando a substância na escova. Ele iniciou sua higiene matinal sem muita animação.

Ao terminar Leo saiu do banheiro e estava prestes a ir ao guarda roupa, mas seu celular tocou. Leo caminhou até a mesinha ao lado de sua cama e pegou o celular, colocando-o na região da orelha.

— Alô.

Ei, Leo. O que foi que aconteceu ontem à noite? Meu pai me disse, mas eu queria mais informações. A voz de Gwen Stacy dizia do outro lado da linha.

— Bom, por onde começar? Três ladrões roubando bolsas de velhinhas, cinco gatos presos em árvores — e por falar nisso, os bombeiros não estão fazendo um trabalho muito bom —, dois assaltos à mão armada e um assalto ao banco. Ou seja, uma noite tranquila.

Caramba. Eu não sei como você consegue fazer tudo isso.

— Quando se é um semideus, não é tão difícil — ele disse e ouviu uma risadinha de Gwen, fazendo-o sorrir. — Mas enfim, era só isso o que queria saber, ou tem mais um motivo para me chamar?

Ah, quase ia me esquecendo. Estou em uma convenção aqui no museu de arte e pensei que talvez quisesse vir aqui. Tem algo que quero lhe mostrar.

— Claro — disse Leo sorrindo. — Só deixe eu me arrumar e já estou indo.

Leo desligou o celular e foi até o guarda roupa, abrindo as portas e tentando decidir o que vestir. Um som de batida na porta interrompeu seu momento de indecisão e ele foi até a porta, abrindo a porta e vendo o gerente do hotel em que ele e seu pai moravam, o sr. Hale. Era um homem meio baixo e gordo que vestia um terno e calça pretos, com uma camisa branca e gravata preta. Tinha óculos com lentes pequenas que combinavam com seus olhinhos pequenos.

— O que foi, sr. Hale? Meu pai e eu já pagamos o aluguel há uma semana.

— Não é isso, Leo — ele disse com um sorriso. — É que tem uma pessoa que quer ver você.

— Quem? — perguntou Leo, confuso.

— Ele não pode subir, por isso você deve descer. Ele está esperando. — E o sr. Hale saiu da sua frente e desceu as escadas para o térreo.

— Estranho. Quem iria querer conversar comigo? — Leo pensou em voz alta, decidindo ignorar e ver por si próprio quem é que queria vê-lo.

Leo saiu pela porta vestindo uma camiseta vermelha com capuz por baixo de uma jaqueta preta e jeans pretos rasgados na área dos joelhos e sapatos pretos. Uma bolsa-carteiro amparava de seu ombro, enquanto seu cinto de ferramentas mágico estava em sua cintura. Ele o tinha desde que descobriu que era um semideus, e por sorte os deuses não o tiraram dele — talvez não pensassem que Leo fosse uma ameaça com o cinto, talvez tivessem sentido pena dele e o deixado com o cinto. Leo não se importava.

Leo desceu as escadas a passos rápidos, apressado para ver quem queria vê-lo e para ir até o museu de arte para ver Gwen. Ao descer, ele teve uma chocante e desagradável surpresa.

A sua frente estava um homem em uma cadeira de rodas motorizada com um cabelo ralo e uma barba desalinhada. O homem sorria para ele.

— Olá, Leo — ele disse cortês.

— O que faz aqui? — perguntou Leo rispidamente, franzindo a testa.

— Também é bom ver você. — Ele foi na sua direção.

— O que você quer, Quíron?

— Apenas conversar. Acabamos de descobrir que Gaia modificou as memórias dos deuses e que você não trabalhou para ela. Portanto, você e seu pai podem...

— Nem pensar. — Leo nem olhou para Quíron uma segunda vez enquanto abria a porta do hotel.

— Vamos, Leo. Cadê aquele garoto que vivia correndo para lá e para cá como um tornado e que parecia ter café correndo nas veias ao invés de sangue?

— Ele foi banido — disse Leo sem se virar.

— E, como eu disse antes, ele pode voltar. — Quíron olhava Leo intensamente.

— Mas eu não quero. Gosto de viver aqui.

Leo começou a correr ao notar que Quíron não desistiria assim tão fácil. Quíron se movia com a cadeira de rodas o mais rápido que podia, mas Leo era muito mais rápido. Ele agradecia muito naquele momento sua supervelocidade.

— Leo, volte aqui! — Quíron exclamou.

— Sem chance — Leo respondeu, rindo.

* * *

Ao chegar ao Museu de Arte de Manhattan, Leo correu pelos degraus e adentrou as portas. Ele viu que o museu estava até que um pouco vazio. Havia poucas pessoas caminhando dentro do museu, vendo as obras com curiosidade. Ele pedia licença as pessoas e passava em volta delas, vendo se encontrava sua amiga entre essas pessoas.

Ele não a viu, mas ele pôde ver outra pessoa, ou melhor dizendo, pessoas. Ele não podia acreditar no que estava vendo.

Ah, qual é? Será que hoje é o Dia Internacional de Azararação ao Leo?, pensou Leo, rapidamente colocando o capuz por cima da cabeça e se misturando na multidão tentando não ser visto pelas pessoas que encontrou.

— Ei, Leo. — Uma voz preencheu os ouvidos de Leo. Ele se virou e viu Gwen correndo até ele.

Gwen estava vestindo o de sempre: uma camiseta roxa por baixo de um agasalho fino verde e uma saia preta. Os cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo e os óculos cobriam os olhos azuis.

— Ei, Gwen.

— Você demorou.

— Desculpe. Tive uns probleminhas, mas consegui consertar.

* * *

Quíron finalmente alcançou Leo em um beco, agarrando seu ombro e o virando na sua direção, dizendo:

— Finalmente consegui pegá-lo.

Mas quando ele o virou, viu um rosto mecânico, como o de um robô. Não, um robô não. Um autômato.

— LEEEEEEEEEEEEEOOOOOOOOO!

* * *

Leo sorria um sorrisinho maroto, mas conseguiu escondê-lo e perguntou:

— Mas enfim, o que você queria me mostrar?

— Venha. — Ela abanou a mão em um gesto que dizia para ele segui-la, o que ele fez, enquanto retirava o capuz da cabeça.

Leo não entendia aonde ela queria levá-lo, e nem por que ela queria lhe mostrar pessoalmente, ao invés de lhe dizer pelo celular. Mas ele a seguiu de qualquer maneira. O que tinha a perder?

Ela parou em frente a um contêiner e ele viu que dentro dele estava uma linda joia. Tinha uma cor vermelha suave, quase rosa, e era encrustrada com vários rubis pequenos. Era a joia mais linda que ele já vira.

— O que é? — perguntou, não aguentando mais a curiosidade.

— É uma joia nova que o museu ganhou. É um diamante de mais duzentos e cinquenta e três quilates. Vale uma fortuna.

Leo assobiou.

— Caramba, quem me dera ter uma dessas.

Gwen lhe deu um tapa no braço.

— Au! — Leo a olhava confuso. — O que eu fiz?

— Não diga isso. Tem muitos policiais por aqui guardando a joia.

— E precisava me bater?

— Não — Gwen respondeu simplesmente —, mas que graça teria?

— Ora, sua... — Leo de brincadeira rosnou.

— Leo?

Leo, confuso, se virou para ver as mesmas pessoas que ele viu quando entrou no museu, fazendo-o engolir em seco.

Eram três meninas. Uma delas tinha cabelos pretos curtos e olhos azuis — em um tom elétrico. Outra era uma menina alta e asiática com cabelo preto e cacheado, que usava muitas joias e uma maquiagem perfeita. Outra tinha cabelos cor chocolate longos que caíam pelos ombros e tinha olhos que pareciam mudar de cor.

A última poderia estar com o cabelo diferente, mas Leo a reconhecia muito bem. E as outras continuavam as mesmas.

— Leo, quem são elas? — Gwen sussurrou em seu ouvido, confusa.

— Velhas amigas — respondeu Leo, ainda com um olhar nervoso.

— Leo, é você mesmo? — perguntou a com cabelos cor chocolate.

Hum... Há quanto tempo, não é, Piper, Thalia, Drew? — Ele arranhou a parte de trás da cabeça, bagunçando os cabelos cacheados.

— Leo! — Piper pulou em Leo, jogando os braços em volta de seu pescoço e apoiando a cabeça em seu peito. — Que saudade.

Erm... Também senti saudade — disse Leo, não sabendo mais o que dizer.

— Faz tempo, Garoto da Reparação — Thalia disse, sorrindo na sua direção.

— É. — Leo deu de ombros.

— Oi, Leo. Há quanto tempo. — Drew sorria docemente para Leo, fazendo-o desconfiar.

— O que estão fazendo aqui? — perguntou Leo após Piper sair de seus braços.

— Viemos dizer que você pode voltar ao... — Piper foi interrompida.

— Eu já disse a Quíron que não — disse Leo firmemente.

— Mas... por quê? — perguntou Piper, confusa.

— Eu fui banido do Acampamento Meio-Sangue por um erro dos deuses, mas os outros campistas concordaram, mesmo não tendo suas memórias interferidas. — Leo estava de testa franzida agora.

— Leo, não fale sobre o acampamento na frente de uma mortal — disse Thalia com desgosto.

— Ela sabe tudo sobre os deuses gregos. Ela pode ver através da Névoa. — Leo agora empurrava Gwen para longe, com ele indo atrás. — Vamos, Gwen.

— Vamos, Leo, o que você tem a ganhar vivendo em Manhattan? — perguntou Drew, irritada.

— Uma vida normal — respondeu Leo sem virar a cabeça.

— Mas olhe só a taxa de criminalidade. Você quer viver em uma cidade cheia de crimes, quando poderia viver em um lugar seguro como o acampamento? — Drew sorria vitoriosa.

— A taxa de criminalidade em Manhattan baixou graças ao Homem-Aranha — Leo rebateu, devolvendo o sorriso.

— Ele é apenas uma lenda, Leo. Essa foi a sexta coisa mais idiota que você já disse. — Drew balançou a cabeça como se estivesse desapontada.

— Eu não quero nem saber quais foram as outras cinco. Eu já vou indo. — Leo saiu com Gwen o seguindo.

* * *

— Leo, você as odeia? — perguntou Gwen de repente, curiosa.

— Não — respondeu Leo. — Exceto Drew, mas ela é desprezível assim mesmo. Mas a questão é que Piper e Thalia foram uma das únicas pessoas que não acreditaram que eu trabalhava para Gaia.

De repente, Leo sentiu um zumbido na parte de trás da cabeça. Ele imediatamente soube que era seu sentido de aranha, que sempre o alerta quando o perigo está próximo.

— O seu sentido de aranha? — perguntou Gwen. Ela conhecia Leo tão bem que sabia quando o sentido de aranha dele zumbia.

— Sim. Eu vou caminhar pelo museu para ver o que é. Tome cuidado.

— O mesmo com você, Cabeça de Teia — disse Gwen, sorrindo.

Leo revirou os olhos no apelido, mas sorriu para ela, enquanto dava o polegar para cima, indicando que teria.

— Pode deixar.

E saiu correndo.

* * *

Leo olhava discretamente todo o museu, lançando seus olhos no teto, nos lados, até no chão. Talvez seu sentido de aranha estivesse errado, ou lhe pregando uma peça.

É, parece que não é nada..., os pensamentos de Leo foram interrompidos ao ouvir a porta do museu se abrindo estrondosamente.

— ...ou talvez não... — terminou.

Ele correu o mais rápido que pôde até os banheiros, e ao vê-los, empurrou a porta do banheiro masculino e entrou.

* * *

— Podem dizer agorinha mesmo aonde está a joia! Cadê ela? — dizia um homem vestindo uma roupa preta e com uma touca preta cobrindo a maior parte dos cabelos loiros. Parecia ser o líder dos cinco ladrões.

Ninguém na multidão respondeu. Apenas olhavam eles com medo.

— Não vão falar, não é? Então engulam chumbo, seus...

— Não, não, não. Não se deve usar uma linguagem vulgar dessas num lugar público. As mães de vocês nunca lhes ensinou isso?

Todos viraram a cabeça na direção da voz e viram uma pessoa vestindo um terno vermelho e azul apertado com um modelo de teias pretas nas partes vermelhas e uma aranha pequena no meio do peitoral. Outra aranha estava nas costas dele, na parte azul, mas a aranha era muito maior e tinha a cor vermelha. O mais extraordinário: a pessoa estava presa na parede.

— Quem é você, palhaço?

— Palhaço? Eu? — A pessoa apontava para si mesma inocentemente. — Eu não sou palhaço, meu chapa. Sou o espetacular, o incrível, e sem falar irremediavelmente bonito, Homem-Aranha.

— Homem-Aranha? — O homem arregalou os olhos. — Pensei que fosse uma lenda!

— É. Eu ouço muito isso.

— Atirem nele! — o homem gritou apontando para o autonomeado Homem-Aranha.

Os homens atiraram no herói azul e vermelho, mas ele se desviava de todas as balas com extrema facilidade, rindo enquanto o fazia.

— Vocês sabiam que não são permitidas armas aqui? — o Homem-Aranha perguntou enquanto soltava vários fios brancos de seu pulso e puxava as armas, desarmando os ladrões. — Pronto. Viram? Bem melhor.

— Ora, seu... — Os ladrões tremiam de medo e raiva.

— Ah, ah, ah. Lembrem-se o que eu falei sobre linguagem vulgar. — O Homem-Aranha balançava o dedo para os lados, em um gesto de "não".

O Homem-Aranha notou pelo canto do olho Piper, Thalia e Drew o fitando de boca aberta. Ele sorriu por baixo da máscara por isso. Ele também notou Gwen rindo silenciosamente pelos olhares pasmos das três.

— Leo estava certo — Piper suspirou.

Bem, como eu poderia estar errado sobre mim mesmo?, ele pensou enquanto desviava o olhar delas e voltou a fitar os ladrões.

— Então... Devo supor que não vão se render tão facilmente, não é? — ele disse. — Sabem, isso facilitaria muito meu trabalho.

A resposta foi os ladrões correndo pelo museu, talvez tentando fugir do Homem-Aranha, talvez tentando achar a joia, Leo não sabia. E não se importava. Queria apenas acabar com isso.

— Ei, esperem! A festa mal começou e vocês já saem? Sem ao menos provar uns salgados? — Ele soltou um fio de teia de seu denominado "lança-teias", e voou pelo museu, seguindo os ladrões. — Muito bem, como um cara pode encontrar cinco homens vestindo preto e com expressões carrancudas nos rostos?

Ele, por precaução, foi na direção da joia, e viu que os ladrões não estavam ali. Ele sabia que eles encontrariam o lugar mais cedo ou mais tarde. E ele estaria esperando.

(CINCO MINUTOS DEPOIS)

O Cabeça de Teia viu que os ladrões finalmente chegaram, e engasgaram com a visão do vigilante mascarado. Ele sorriu por baixo da máscara.

— Finalmente decidiram curtir a festa? Eu sabia que não resistiriam. — Seu sorriso ficou ainda maior ao ver os ladrões tremerem como varetas. — Então, quem quer dançar comigo primeiro? Hum... — Ele fingia pensar, e então apontou para o ladrão do meio. — Que tal você?

Ele soltou um fio de teia no líder e o puxou, forçando o homem a se aproximar dele, e então o Aranha deu um soco em seu rosto e depois um chute em seu estômago, seguido de uma rasteira, e o ladrão caiu inconsciente no chão.

— O.k. O próximo? — Ele se virou para os outros quatro, que saíram correndo. — Ah, não sejam tímidos. Muitas pessoas não sabem dançar também.

Ele soltou vários fios de teia que se enrolaram em volta de cada um dos ladrões como cordas, e eles caíram no chão, se debatendo para sair das amarras.

— Sinto muito por isso — ele disse antes de pegar uma cadeira e bater nas cabeças dos ladrões com ela, fazendo-os cair desmaiados. — Bem, essa foi uma festa incrível!

* * *

A polícia estava dentro do museu, procurando pelos ladrões. O Capitão Stacy, pai de Gwen, e aliado do Aranha, pensou em voz alta:

— Cadê aqueles imbecis?

— Aqui! — O Homem-Aranha apareceu carregando os ladrões amarrados com sua teia, e ele viu Piper, Thalia e Drew o fitarem com as bocas escancaradas. Gwen lhe lançou um sorriso orgulhoso. — Os bebês ficaram na festa quando deviam respeitar o horário imposto pelos pais para chegarem em casa. Pronto, Capitão. Novinhos em folha.

Ele jogou os ladrões no chão, e eles gemeram, mas continuaram inconscientes.

— Obrigado, Homem-Aranha. Você nos poupou de um grande trabalho — agradeceu o Capitão Stacy com um sorriso sincero.

— Não se preocupe, Capitão. Foi um prazer ajudar. Além do mais, eu estava entediado mesmo. — Ele deu um aceno com dois dedos, como um piloto de avião, e saiu do museu pulando por uma janela.

O Cabeça de Teia soltava fio de teia após fio de teia, até ele pousar em uma gárgula e tirar a máscara, revelando o rosto sorridente de Leo Valdez.

— Ei, Bruce, como está? — ele perguntou a gárgula de pedra. — Que bom. Eu? Eu estou ótimo. Cara, hoje eu tive muito azar. Sabe o Quíron, a Piper, a Thalia e Drew? Bem, eles vieram e me convidaram a voltar para o acampamento. Eu não aceitei, é claro. Quero dizer, aqui é o meu lar, e Manhattan precisa do Homem-Aranha. E você devia ter visto a cara das meninas ao me verem como o Homem-Aranha. Foi impagável.

Ele então se lembrou de Gwen.

— Caramba, eu preciso falar com Gwen, ou ela vai me matar. Foi ótimo falar com você, Bruce, mas agora eu tenho que ir. Nos vemos depois. — E ele pulou da gárgula e escalou o prédio até o topo, vendo a bolsa-carteiro e o cinto de ferramentas lá. Ele os havia deixado ali para que quando ele derrotasse os bandidos, ele não precisasse se preocupar em voltar ao museu.

Ele agarrou a bolsa-carteiro e o cinto e pulou do prédio, e do beco entre o prédio e outro saiu um adolescente sorridente. Ah, sim, aquele havia sido mais um dia normal na vida do semideus filho de Hefesto e portador do fogo, conhecido como Leo Valdez, mas de vez em quando como o Homem-Aranha.