A intenção era sempre mostrar ao morador de rua que ele não ficaria um hilota para sempre. Por isso, além de dar mantimentos e roupas a eles, muitas vezes Rudolf e Ayesha tiravam um tempinho para oferecer a eles minipalestras, com base em suas próprias vivências. Por vezes convidavam eles próprios a contar como haviam sido suas vidas, como haviam chegado àquela situação.

Alguns eram mais abertos para esse diálogo. Outros eram mais reservados e, com esses, o casal não forçava a barra.

— Onde agora? – perguntou Ayesha após alguns dias. – Ásia de novo?

— Pensei num lugar mais... tropical.