A Irmã De Renesmee

Fim da Segunda Temporada


Pov. Renesmee

Calma, tente se acalmar Renesmee. Precisa pensar no que vai fazer agora...

Eu estava desesperada enquanto andava em círculos pela sala.

Tinha acabado de acontecer a pior coisa que um dia eu poderia ter imaginado.

Eu não sabia como contar aos outros. Eu tremia e estava achando que ia desmaiar a qualquer momento.

Não sabia o que fazer, minha família precisava chegar logo ou eu teria que ir atrás deles.

Foi dívida nesse dilema que ouvi a porta da mansão se abrir.

Todos entraram juntos, rindo e conversando ao mesmo tempo, até Jacob aparecer e me ver encurralada no canto da sala, tremendo e assustada.

De repente eram muitas pessoas ao meu redor. Os Volturi, a guarda, os Roller...

—Renesmee? – Jacob se aproximou de mim - Qual o problema?

Eu estava encolhida no canto da sala quando ele perguntou, comecei a chorar.

—Eu... É, ai... – comecei a gaguejar enquanto tremia.

Jake passou os braços pelo meu ombro me confortando, toda nossa família se aproximou preocupada.

—O que foi Ness? – Meu pai perguntou aflito. Só que minha voz não saia.

—Elizabeth... - sussurrei chorando mais ainda.

—O que tem ela? - Nicolas perguntou entrando na sala.

Eu olhei para ele e engasguei.

Agora ia ser um surto. Eu não queria ser a portadora de noticias ruins.

Mas meu silêncio estava fazendo Nicolas cerrar os punhos como quem ia voar em mim se eu não dissesse logo.

—Ela foi levada - disse de uma vez reunindo minhas forças - Sequestrada.

Eu já estava soluçando nessa hora, e a sala parecia ter congelado. Nicolas me olhou sem dizer uma palavra.

—O que? - foi Lucy quem perguntou - Como aconteceu ? Aonde?

—Ah meu Deus – minha mãe arfou colocando a mão no peito.

Naquele momento todo mundo entrou em desespero, menos os Roller, por que ficaram preocupados com Nicolas que estava sem reação.

Ele me encarava parecendo estar se segurando para não surtar. Lucy tentou falar com ele, mas ele não respondia.

— Vamos atrás dela! Vamos agora! – meu pai já tinha começado a arrumar suas coisas quando Carlisle o segurou pelo braço.

—Edward calma. – contestou meu avô.

—Como isso aconteceu? – Alice perguntou tão assustada quanto eu - Como eu não vi acontecendo?

—Devia estar preocupada demais em vigiar os Volturi Alice, não foi sua culpa - disse Carlisle.

—Gente esse nem é o pior. – disse tentando manter a calma, mas minha voz saiu trêmula e todo mundo ficou em alerta de novo me encarando.

—Então o que é?- Daniel perguntou.

—A Liza ela, meio que... Tipo... Ela... - eu respirei fundo irritada com o destino por deixar para mim a função de dar essas notícias. - Olha, eu não sei como dizer a vocês. Na verdade era ela quem deveria dizer, mas... Lá vai – eu dei um passo a frente e encarei meu cunhado que ainda estava me olhando. Tomei coragem e contei. - Elizabeth está grávida!

A expressão de Nicolas mudou na hora e eu nem sei descrever o que ele devia estar sentindo.

O resto da sala ficou horrorizada com a notícia. Parece que eu anunciei que ela estava morta.

Foi meu pai quem quebrou o silêncio, depois de minutos com todo mundo se encarando.

—O que? – sussurrou ele. - Como você sabe disso?

—Eu estava com ela quando descobriu. – respondi.

A expressão do meu pai era algo que eu teria rido se não fosse a tensão do momento.

—Grávida? - Caius gritou de repente nos assustando e me lembrando de que os Volturi ainda estavam aqui. - Quem lhe deu o direito de engravidá-la seu, seu... – esbravejou para Nicolas que até agora não tinho dito nada.

Nicolas pareceu despertar de um transe quando Caius gritou com ele.

Caius estava serrando os punhos para ele, quando Nicolas simplesmente atravessou a sala na direção dele o pegando pelo pescoço e o levantando no ar.

Ninguém teve coragem de mover um músculo nessa hora.

—Cala a boca! - disse apertando o pescoço endurecido de Caius. - Tenho problemas maiores agora do que ter que lidar com seu chilique idiota. Não quero ouvir o nome dela na sua boca, seu inseto! Ou desconto toda a minha raiva do desaparecimento dela em você!

—Você a condenou - Caius disse num fiozinho de voz enquanto se debatia no ar.

—Vai para o inferno! - então Nicolas simplesmente o jogou pela janela da sala.

Eu arregalei os olhos quando Caius saiu voando sem rumo para fora da mansão. Ninguém da guarda se intrometeu nem disse nada, Aro apenas olhou para Nicolas engolindo em seco.

Meu cunhado deu as costas a todos e saiu da sala.

Eu e Lucy nos encaramos e fomos atrás dele. Não sabiamos se ele ia querer matar o Caius...

Ele já estava na varanda quando o alcançamos.

—Nicolas! – gritou Lucy.

—Calma pelo amor de Deus - pedi me colocando na sua frente.

E ele andou na minha direção e eu achei que ele fosse me matar também.

—Ela esta grávida. – ele sussurrou – Ela esta grávida? – ele repetiu mais como uma pergunta dessa vez.

—É, esta.

—Isso não está acontecendo - ele murmurou agoniado, olhando para os lados como se estivesse perdido. - Ela esta grávida e desapareceu. Preciso ir atrás dela.

—Nick espera. - Lucy o impediu. - Você não pode ir atrás dela agora. Você nem sabe onde ela pode estar.

—Não vou ficar aqui parado. Não posso, eu deixei isso acontecer Lucinda. Tenho que encontra-la.

—Não vai acontecer nada com ela eu lhe garanto. É a Elizabeth - disse como se fosse óbvio e ele revirou os olhos.

Nos dois claramente, a víamos de maneiras diferentes.

Eu enchergava minha irmã como a pessoa que me salvou mais de uma vez, que matava se fosse necessário, que enfrentava um clã inteiro por minha causa e os fazia ter medo dela.

Nicolas a via como alguém que ele precisava proteger. Que não conseguiria sem ele, que era responsabilidade dele.

—São os Headkros, eles a levaram.- ele cuspiu as palavras - Já pensou o que pode acontecer se eles sonharem que ela está grávida?

—Não começa a pensar besteira - disse atordoada.

—Nicolas, faltam poucos dias para a lua cheia. Você vai conseguir encontrá-la nessa noite. Você é o único que pode. – falou Lucy

—Como? – perguntei

—É o Elo - ela explicou - Na Lua cheia não importa onde ela esteja, a lua vai mostrar o caminho a ele. Eles não podem ficar separados. Então vai ficar fácil de encontra-la.

—Renesmee - Nicolas chamou e eu o encarei - Como descobriu que ela estava grávida?

Eu suspirei antes de responder.

—Longa história.

[...]

2 DIAS ATRÁS!

Estava no quarto assistindo a um filme com Elizabeth. Quando olhei para ela, tinha quase certeza que estava chorando.

—Liza, está tudo bem? – perguntei olhando pra ela que escondeu os olhos. - Está chorando?

—Não... – sussurrou.

—Claro que está, o que houve?

—É o filme – disse soluçando.

Encarei a TV e a encarei de novo, totalmente confusa sobre o que estava fazendo ela chorar.

—É um filme de ninjas assassinos. – disse e ela se estressou.

—Que droga Renesmee, deixa de ser insensível! – levantou da cama gritando e chorando ao mesmo tempo.

Entrou no banheiro e bateu a porta com força.

O que droga estava acontecendo com ela? Elizabeth estava mais mal humorada do que o normal.

Alice apareceu no segundo seguinte na porta do quarto, cheia de sacolas.

—Tia, oi.

—Oi amorzinho. - disse entrando no quarto e colocando as sacolas na cama - Trouxe umas roupas pra vocês, vieram da viagem com quase nada.

—Obrigada tia, não precisava se incomodar.

—É claro que precisava. Experimentem e digam se serviu, ou se vou precisar trocar alguma peça. Preciso ir agora, Carlisle me quer de olho nos Volturi para eles não arrumarem problemas em Forks. - disse me dando um beijo e logo em seguida saindo do quarto.

Abri as sacolas na cama e comecei a olhar as roupas. Tinham umas que eram bem a cara da Elizabeth, e várias do meu gosto.

Liza saiu do banheiro alguns minutos depois.

—Mais calma? – perguntei e ela assentiu com a cabeça – Certo, o que está acontecendo com você? Está estranha.

—Eu já disse, foi o filme, me emocionei – disse olhando as sacolas

—Com o que? Terei que resaltar mais uma vez que era um filme de ninjas assassinos?

—Estou me sentindo em um interrogatório, da pra você parar?

—Ta bom. – bufei voltando a olhar as sacolas. – Essas roupas são as suas, Alice pediu para experimentar e ver se servem.

10 MINUTOS DEPOIS...

—Renesmee é só você subir o zíper!

— Liza não é por nada não, mas o que você anda comendo? – perguntei pasma.

Estava a tempos tentando fechar o zíper do vestido dela, mas não subia. Se eu colocasse mais um pouco de força rasgaria a roupa.

—Nada demais - deu de ombros.

O Zíper não fechava onde estavam seus seios. Eu desisti respirando fundo enquanto observava ela.

—Seus peitos estão enormes, por isso não fecha. O que você está comendo hein? - Perguntei de novo cruzando os braços.

Ela deu de ombros desistindo do vestido e o tirando.

—Alice deve ter pego o número errado.

—Não, esse é o seu número – falei enquanto ela colocava suas roupas de volta. Liza sentou na cama e eu me sentei ao lado dela. - Estou preocupada com você.

Ela respirou fundo passando a mão nos cabelos.

— Não sei o que está acontecendo - suspirou derrotada e sua mão foi para o colar em seu pescoço - Sim eu sei que estou estranha, mas acho que é por causa de tudo que esta acontecendo. Me sinto culpada, estou assustada e ansiosa demais, então estou descontando na comida.

—Você nem gosta de comida...

—É mas, passei a gostar agora.

Eu a encarei achando aquela desculpa muito estranha.

—Eu vou deitar - avisei a ela - Amanhã estarei no seu quarto cedo, vamos resolvermos algo importante.

Ela que nem se quer deu atenção para o que eu disse. Eu já imaginava o que ela tinha, só estava com medo de que fosse verdade.

Eu mal dormi a noite ansiosa para o dia seguinte. Quando amanheceu eu sai de casa pra ir ao shopping.

Quando voltei ao chalé, meus pais estavam na mansão e Elizabeth ainda estava dormindo.

—O que você quer? – disse abrindo a porta do quarto irritada.

Eu passei por ela entrando no quarto. Ela não ouviu o aviso que dei ontem?

Elizabeth deitou de novo, mas eu puxei sua coberta.

—Vim te ajudar a resolver seus problemas.

—Eu não tenho problemas, eles é que me possuem. – falou com a cara no travesseiro.

Fui até a janela e abri as cortinas deixando entrar a luz do dia. Ela resmungou.

—Elizabeth estou falando sério. O que está acontecendo com você, pode ser muito sério. – disse decidida a fazê-la levantar. Ela sentou me encarando. - Levanta dessa cama agora! - Ela entendeu a seriedade de minhas palavras e foi até o banheiro fazer sua higiene.

Trocou de roupa e voltou para o quarto parecendo estar dormindo ainda.

—Diga – pediu sentando na cama e eu joguei a sacola nela. Quando ela abriu o saco seu rosto ficou sério. – Para de brincar comigo. - ela jogou a sacola na cama - Pra que isso?

—Pra comer que não é, né.

Ela se levantou da cama e andou pelo quarto me encarando.

—Por que esta me dando um teste de gravidez Renesmee? Eu não estou grávida.

—Não está? - eu perguntei e ela parou de andar - Não é o que está parecendo.

—Renesmee não viaja...

—Vamos retomar os últimos dias, ok? Ai você me diz se estou viajando. - disse a ela. - Você está dormindo igual um urso. Passou mal com o cheiro dos lobos. Comeu uns 5 pedaços de bolo sem gostar de comida. Chorou em um filme onde não tinha o que chorar. O vestido que ficaria largo em você, ficou apertado. O que mais eu preciso dizer Liza?

—Eu não estou grávida – disse com uma cara de interrogação. Ficou em silêncio por alguns segundos. Depois sua expressão ficou seria - Estou?

—Faça o teste. – pedi pegando a sacola e dando a ela de novo.

Ela pegou o teste como se ele fosse uma bomba. Eu estava me preparando para a estéria dela conforme o resultado.

Minutos depois ela saiu do banheiro com o teste na mão, colocou em cima da bancada e sentou na poltrona totalmente pálida.

—E se der positivo? – perguntou aflita.

—Pode não dar.

—Mas e se der? - ela me olhou totalmente perdida. - Eu, mãe? Isso é loucura. Não sei cuidar nem de mim mesma, quem dirá de outra pessoa. De um bebê... – disse com lágrimas nos olhos.

—Calma....

—Não tem como ter calma! - ela balançou a cabeça indignada - Isso está errado Renesmee, eu mãe, não é uma boa combinação.

—Quer saber, para mim eu acho que você é a pessoa mais preparada para ter um filho.

— É porque você claramente ficou doida, né. - disse soltando um riso no meio das lágrimas. - Eu não tenho condições de cuidar de um filho Ness. Não tenho.

Eu a abracei sentindo todo o seu desespero. Ser gêmea as vezes nos proporcionava sentir a mesma dor, na mesma intensidade, ou seja, eu também já estava chorando.

Alguns minutos depois estávamos as duas aflitas, tomando coragem para ver o resultado do teste.

—Olha logo – pedi agoniada. -Estou passando mal.

— Olha você, foi você quem comprou, vai lá.

—O futuro filho será seu - disse a empurrando - Então vai ver logo. Vamos acaba logo com isso.

Elizabeth levantou da poltrona e foi até o teste.

O pegou na mão e me olhou do jeito que eu já esperava. O teste caiu de suas mãos e eu corri para abraça-la.

Sim, agora era real.

—O que eu vou fazer agora? - ela perguntou.

—Ter um filho - respondi chorando. Estava mais perdida que ela. - Meu Deus, eu vou ser tia.

—Renesmee presta atenção - disse me segurando pelos ombros quando eu comecei a viajar - Estamos no meio de uma batalha. Estou grávida enquanto estamos no meio de uma batalha!

Eu engoli em seco vendo a gravidade da situação.

—Ok. Precisa falar com Nicolas.

Na hora que disse seu nome, ela ficou mais pálida ainda e se sentou na cama.

—Nicolas - ela sussurrou o nome dele fechando os olhos - Como vou contar isso para ele?

— Contando. Você vai se sentir melhor quando ele souber. Vocês dois vão achar uma solução, eu tenho certeza. - garanti tentando dar apoio. - Vamos, eu vou com você até lá. Mas depois é com você.

Eu sabia onde Nicolas estava, porque ele e Jasper estavam treinando alguns vampiros para a batalha.

Fomos o caminho todo andando, devagar. Liza estava tensa, pálida e assustada. Devia estar se preparando para contar pra ele.

Quando menos esperávamos, um homem alto de cabelos loiros e olhos azuis apareceu simplesmente do nada.

Eu e Elizabeth paralisamos no lugar quando ele saltou na nossa frente.

—Meninas – ele deu um sorriso assustador. – Qual de vocês é Elizabeth Cullen?

Eu e minha irmã nos encaramos sem entender nada.

—E quem quer saber? – perguntei.

—Deixa eu me apresentar, sou Ícaro Headkros – seu sorriso aumentou quando viu nossas caras. – Então, qual das duas é a Elizabeth?

—Está interessado porquê? – Ela perguntou dando um passo a frente.

—Se não me disserem, vou levar as duas – vi o terror passar diante de minha face.

O homem veio diretamente para mim quando Elizabeth gritou.

—Sou eu! - Antes que ela pudesse fazer algo.

Ele a pegou por traz forçando um pano contra sua boca. Em minutos ela desmaiou.

—Você não vai levá-la - Disse avançando nele que me deu um chute, me fazendo cair sentada.

Quando abri os olhos eu estava sozinha. Não tinha ninguém comigo, nem rastro algum, nem cheiro.