POV Clarisse

Fomos na direção dos clubes noturnos. A Diva nos aconselhou a ficarmos juntos, e a não entrar nos clubes. Ficamos procurando por horas. Não encontramos nada.

Já estávamos quase desistindo, quando de repente Grover parou. Por ser um sátiro, ele sentia cheiros que nem humanos, nem semideuses podiam sentir. Ele e virou em direção ao local onde estivemos horas atrás, no início da noite, e correu até lá.

Seguimos ele, indo parar em um lugar escuro. Um beco. Bem distante das outras pessoas. Senti um arrepio. Havia alguma coisa errada com aquele local.

Toquei na pulseira que se transformava em minha lança elétrica. Não podia usa-la. Suspirando, peguei a espada de aço que eu ganhara. Os outros também pegaram suas armas. Thalia tinha uma faca no cinto, e já estava com seu arco de caçadora nas mãos, e uma flecha de ponta de aço preparada. Annabeth segurava uma adaga. Percy também tinha uma espada nas mãos; contracorrente, mas uma mudança na mágica da espada fez com que ela fosse ora de bronze celestial, ora de aço, dependendo da situação. Nico tinha duas katanas, e Grover apenas uma flauta. Desde que se tornara senhor da natureza, melhorara muito com a flauta mágica, fazendo com que em suas mãos ela fosse uma arma perigosa.

Segundos depois, senti a aproximação de alguém. Um forte cheiro de talco de bebê golpeou minhas narinas. Logo, estávamos cercados por cerca de 30 homens pálidos e com sorrisos medonhos no rosto.

A maioria trazia pistolas, semiautomáticas e revólveres. Poucos tinham facas na mão, mas eu sabia que todos tinham outros "brinquedinhos" encondidos.

Os cães rosnaram, ameaçadores. E a luta começou.

Corri em direção à um grupo de redutores armados com semiautomáticas. Alguns dispararam contra mim, a maioria errou, e desviei com a ponta da espada uma bala que vinha em direção à minha cabeça.

Enfiei a espada no peito do que estava mais próximo, mais ou menos na altura do estômago. Ele soltou um grito de dor e caiu no chão, espirrando sangue negro.

Descrevendo um arco com a lâmina, cortei a cabeça de um redutor que tentava me acertar com uma faca, e, por algum motivo que não pude explicar, enterrei a espada no ponto aonde deveria estar seu coração. Houve uma explosão de luz, e eu fiquei momentaneamente cega.

Ouvi o som de duas pistolas sendo recarregadas, e logo vi que um redutor apontava ambas para mim. Antes que eu pudesse reagir, ele desaparece em outra explosão de luz, e em seu lugar aparece Annabeth com seu boné de invisibilidade na mão. Ela dá um sorriso feroz e volta para a batalha.

A luta passou como um borrão. Eu cortava, golpeava e me esquivava. Se fossem humanos normais, nós não teríamos nenhum problema em derrotá-los. Só que eles não eram nada disso. Eram mais fortes. Mais resistentes. Mais rápidos. Apesar disso estávamos indo bem. faltavam poucos, apenas dez, mas a nossa posição defensiva não era boa. Estávamos de costas para um muro.

Eu tinha alguns cortes, além de uma bala alojada na coxa e outra que atravessara meu ombro esquerdo. Minha perna cedia toda vez que eu apoiava o peso nela, e meu braço esquerdo se recusava a se mexer. Mas eu nunca desistiria de lutar. Além do mais, alguns dos outros tinham ferimentos piores que os meus.

De repente, ouço o som de passos. Arrisco desviar os olhos do combate, e vejo mais vinte redutores se aproximando. Droga, pensei. Não conseguiríamos enfrentar todos eles. Eu já estava cansada, não só por causa da luta, mas também porque passei o dia todo andando no meio do mato, e passei a noite toda acordada.

Tirando energia de uma reserva oculta, começo a lutar com mais vigor, mas não adiantou. Logo seríamos subjugados por eles. Comecei a rezar silenciosa e desesperadamente ao meu pai e a todos os deuses que consegui lembrar o nome, pedindo por ajuda.

Ouço novamente o som de passos. Porcaria, pensei. Agora é que nós vamos realmente morrer. Mas, então, escuto o som de tiros, e alguns redutores caem no chão. Vejo pessoas vestidas de preto, sombras na escuridão, lutando contra os inimigos. Mas eu mal conseguia me manter em pé, por causa da perda de sangue, e logo caí, soltando a espada no chão e mergulhando na inconsciência...