POV Nico

As portas se abrem, e entramos numa sala um tanto... Feminina. Cara, aquela era uma sala feita para uma dama francesa. As únicas coisas que quebravam o padrão "feminino", eram a escrivaninha e o trono, gigantescos, feitos de madeira sólida com pedras preciosas incrustradas, o homem sentado no trono, forte e imponente como um rei, e os guerreiros na sala. Todos eram enormes.

Os dois homens que nos trouxeram se juntaram aos outros. Um silêncio se instalou na sala.

A Diva deu um passo a frente, e falou em nossa mente.

" Saudações Wrath, filho de Wrath. É um prazer poder conhecê-lo."

Nico sentiu um frio na espinha. Imediatamente sua mão se dirigiu à sua espada. Mas ele lembrou que todas as armas haviam sido confiscadas. Se ocorresse alguma coisa, ele teria de lutar apenas usando seus poderes.

– Também é um prazer para nós conhecê-la, lady. Agora, Vishous me disse que voces sabem muito à respeito dos redutores e da irmandade. Poderiam se explicar? - Disse o rei

" Claro. O Ômega não é só inimigo de sua raça. Também passou a ser da nossa ao formar uma aliança com um inimigo de nosso povo. Eu e D. já sabíamos sobre os redutores e a irmandade. Tivemos de revelar a verdade a respeito dos redutores. Quanto à irmandade, sabem tanto quanto um civil." - Respondeu

– E a raça?

" Nada. É um voto de confiança. Contaremos a vocês a respeito de nós, e vocês decidem se somos de confiança ou não."

–Tudo bem. Vamos ver no que isso vai dar. - Declarou

“Posso contar?” – a Diva fala em nossa mente

– Pode. – Annabeth responde por todos nós

A Diva volta seu olhar em direção aos guerreiros.

“Eles são meios-sangues. Filhos de mortais, ou humanos, como
vocês chamam, e deuses gregos.”

–Putz, essa é a parada mais bizarra que eu já ouvi – diz um cara que estava esparramado no sofá.

– É Butch, mas você se esqueceu do que o seu BFF e amante de tricô é. – diz o cara loiro que tinha nos trazido até a mansão.

–Ih, foi mal, Vishous – ele diz.

– sem problemas – responde o outro homem que tinha
nos trazido – E Rhage, lembra-se do que aconteceu da última vez que você falou sobre a parada do tricô? então, a gilete tá aqui no meu bolso. Assim que acabar a reunião, é melhor você correr por que dessa vez eu vou raspar as duas.

– Há, se deu mal. - diz um cara que estava encostado na parede. Sinceramente, ele parecia um globo de luz. Brilhava que nem os vampiros de crepusculo. Não que eu tenha assistido ao filme, é claro.(N/A: nããããããããão, que isso, imagina... Só leu os livros)(N/Nico: Quem mandou voce se meter aqui?)(N/A: Ei, fica calmo. Só estou declarando um fato ¬¬)(N/Nico: É melhor ficar bem quietinha ou eu mando um Avada Kedrava em voce)(N/A: Claro,como se voce fosse o titio Voldy de Harry Potter...)(N/Nico: Shut up!!) Bem, voltando, ele também tinha um monte de piercings. Eu não queria imaginar até onde eles iam. (N/A: Mas imaginou, não foi?)(N/Nico: Vaza daqui, mulher!)(N/A: Nossa, não precisa ser grosso)(N/Nico: ¬¬)

– Caham, fiquem quietos, todos vocês. - diz o rei - Então, algo mais?

" Bem, eu e o D. somos guardiões. Tecnicamente, não temos espécie definida. Mas existem outras raças ocultas. Monstros, dr..." Ela ia continuar, mas uma súbita queda de temperatura a interrompeu.

Uma figura toda vestida com seda negra surgiu, parecendo muito zangada.

– O que voce pensa que está fazendo? Quer causar uma guerra entre os mundos? - Ela diz

" Não.Uma guerra entre os mundos é o que eu menos quero.Mas eu precisava de um jeito de trazer você até aqui, e essa foi a forma perfeita” A Diva respondeu

– E quem é você? – ela pergunta pronta para mandar uma cadela para a lista de animais ameaçados de extinção.

“Que isso mana, não se lembra de mim?”

– Mana...?

“Não se lembra? A terceira filha, aquela que morreu exatamente no mesmo dia em que o mundo nasceu? Puxa, magoou.” Diz a cadela, baixando a cabeça e fingindo estar magoada.

– Diva? – ela pergunta, com voz trêmula

Os guerreiros pareceram ficar relativamente assustados. Possivelmente a mulher de preto não era do tipo que demonstrava emoções.

“Não, que isso, imagina, é só uma ilusão de ótica. Mas, só pra ter certeza, - Diz a Diva, mudando de forma, se transformando em uma linda mulher, com um vestido de seda branca, Cabelos também brancos que desciam soltos e em cascata até os calcanhares, e... Nossa, que óbvio. Um par de enormes asas brancas. Ela abriu os braços - Me dá um abraço, maninha.

OK. Isso está ficando muito estranho. Primeiro, nos encontramos com o rei de uma raça que não sabíamos que existia. Depois, rola um encontro familiar. O que mais falta acontecer? Um dos membros do nosso grupo ser parente de um desses caras? Ou talvez BFF? Ou ainda mais bizarro, um guerreiro da irmandade? Certo, é melhor não pensar nisso. Pode acabar acontecendo.

A deusa se aproximou, e as irmãs se abraçaram.

Após alguns segundos de abraço e melodrama familiar, as duas se
separaram.

– Onde você esteve todos esses anos... Irmã? –Perguntou a mulher de preto, que eu percebi ser a Virgem Escriba, a deusa sobre a qual D. tinha nos falado.

– Em Sydän. – Ela respondeu – Eu fiquei... Apagada, por um tempo.

– Apagada? – Perguntou Annabeth

As reações a essa simples pergunta foram um tanto... Diferentes. Nós, semideuses, estávamos curiosos. A Virgem Escriba e D. Estavam impassíveis. E os guerreiros pareceram congelar no lugar.

A Diva sorriu, tranquilizadora, e disse, olhando para os guerreiros:

– Não precisam fazer essa cara. Eu particularmente não gosto de incinerar aqueles que me fazem perguntas. – ela olhou para Annabeth – Respondendo à sua pergunta, filha de Athena, com apagada eu quis dizer... Ah, bem, foi um tipo de transe. Um transe que durou alguns bilhões de anos. E creio que você já tenha deduzido boa parte da história que eu estou com preguiça de explicar. Não é mesmo?- Ela diz

– Sim... Na verdade, eu andei pensando no seu nome. Não é só uma palavra com 4 letras.Tem um significado mais profundo. E com o que você disse agora eu consegui meio que... Estabelecer uma conexão.

Tive a impressão de que todo mundo arqueou a sobrancelha com isso. Afinal, o que ela estava dizendo não fazia o menor sentido. Na verdade, acho que só as deusas, o D. e o Percy não fizeram isso. Os três primeiros porque entenderam o que ela dizia. E o Percy porque já devia estar acostumado a essa
lógica louca.

A Diva olhou ao redor com um olhar de censura.

Alguém poderia me dizer por que estão fazendo essas caras? Annabeth está certa. Por favor, querida, termine o que estava dizendo.

– Bem... O seu nome significada deusa. Mas... Se trocar as letras de lugar, aparece a palavra vida. Você é a deusa da vida. O que significa que acordou mais ou menos no momento em que surgiu a vida na terra.

– Muito bem, Annie. – Diz a Diva. Então olha para a Virgem Escriba
– Lembra? A lógica ilógica que deveria fazer sentido, mas não faz?

– É mesmo... Nossa, a cara de tacho dele quando você explicou a teoria do caos foi impagável... - Respondeu a irmã

Caramba, agora todos nós olhávamos para elas com uma cara do tipo, oi, vocês fumaram alguma substância não-identificada e potencialmente tóxica hoje? Ou quem sabe comeram cogumelos venenosos? Sério, algumas coisas que elas
falam não têm pé nem cabeça.

Mas, finalmente, elas largaram o papo doido delas e começaram a falar sério. Eu não prestei muita atenção, Mas sabia que estavam combinando uma
aliança. Ou algo do gênero.

Bom, as coisas podiam ser sérias, e mesmo assim eu não prestei atenção. Por quê? Pois eu estava concentrado em outra coisa.

Meus sentidos formigavam. Eu instintivamente soube que havia alguma coisa estranha. Sempre fui capaz de sentir qualquer coisa relacionada à morte. Talvez esse dom fosse útil agora.

Liberei meus poderes, mas com cuidado. Era como tatear no escuro. A diferença é que eu sou bom com o escuro. Quase imediatamente senti algo. Resisti à tentação de examinar. Primeiro eu veria tudo naquela sala, para depois fazer um exame mais minucioso.

Logo terminei. E encontrei coisas beeeeeeeeeeem inesperadas. Eu ia dar uma olhada melhor em algo que tinha sentido, mas então, não sei como, senti a aura dos guerreiros à nossa frente. E aquilo quase explodiu minha mente. Falei a primeira coisa que veio a minha mente, enquanto uma dor de cabeça infernal me assaltava.

– Vampiros.

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