A Intercambista
Não acredito!
<p>Capítulo 4- Não acredito!</p> <p><strong>Edward POV</strong></p> <p>Depois que eu e Bella apostamos, eu fiquei realmente contente por ver que ela não pretendia tornar as coisas fáceis. Não entendo por que eu a chamei para essa aposta, mas agora o que importa é que já está feita e eu tenho que cumpri-la. Como eu já tinha dado a partida, estava pensando no que faria para ela se entregar.</p> <p>Estávamos almoçando, de vez em quando a olhava; parecia nervosa e pensativa, mordia o lábio inferior de um modo muito... Sexy, deixando-me quase em êxtase. Não sabia o que tanto me prendia a ela, mas parecia-me uma mulher diferente, nenhuma daquela atiradas do meu colégio. Aff... Tenho que sempre ser simpático e dar \"foras\" sem que eu as machuque. Sempre fui ensinado como tratar muito bem uma dama, apesar das garotas não serem, literalmente, <em>damas</em>. Bella, não. Não se derretia por mim, ao contrário, me desafiava, me testando, querendo ver se eu não tinha nenhum defeito.</p> <p>Ri internamente. A vi balançar a cabeça e ir se levantar, quando acendeu uma luz na minha cabeça. Era agora que ela caia.</p> <p>Levantei-me logo após, indo em sua direção, grudando-me por trás de seu corpo que emanava um cheiro delicioso. Suspirei em seu pescoço que estava descoberto por ela estar de rabo-de-cavalo, senti-a se arrepiar, o que era um excelente sinal e que eu não pude deixar de rir. Coloquei lentamente o prato na pia e voltei a minhas mãos através de seus braços que estavam esticados, indo até seu ombro, puxando-a para poder beijar seu pescoço de forma sensual e não pude deixar de inspirar seu cheiro maravilho.</p> <p>De repente ela me pegou de surpresa, virou-se de frente para mim, segurando firmemente o meu rosto com suas mãos macias.</p> <p>-Você é bem rapidinho, não é mesmo? – Ela mordeu o lábio na minha frente e acho que acabei deixando-a perceber. – Será que tem de ser tão rápido? – Sussurrou de um modo sexy. – Adoro jogos. – Puxou meu rosto para mais perto, eu estava ficando embriagado. Foi sua vez de morder o meu pescoço. Arrepiei-me e só eu sei o quanto lutei para não agarrá-la agora mesmo.</p> <p>Deu-me um monte de mordidinhas, chegando perto de minha boca. Fechei meus olhos com força e cerrei os pulsos, assim eu poderia <em>tentar</em> me concentrar, o que estava se tornando impossível.</p> <p>-É melhor respirar, Edward. – Brincou.</p> <p>Sorri, mantendo os meus olhos fechados para manter o foco e respirar um pouco por ela se afastar. A prendi contra a pia com toda a minha força. Ela cambaleou um pouco. Bingo!</p> <p>Abri meus olhos e a olhei no profundo dos seus olhos cor de chocolate. Parecia nervosa. Já mencionei como ela era linda quando estava nervosa?</p> <p>-Talvez deva falar isso a si mesma, minha querida. – disse calmamente, ainda sorrindo. Estava incrédula. Perfeito.</p> <p>Olhei sem quer, de novo, para sua boca e fechei meus olhos aproximando-me de seu rosto. Tenho que admitir que estava curioso de como seria a sensação de beijar aquela boca.</p> <p>-Merda... – Escutei-a murmurar e fechar os olho, dando-me um incentivo, logo percebi que nem estava lembrando que isso era uma aposta. Escutei o barulho da porta, como reflexo afastei-me rapidamente pegando o pano de prato fingindo que eu estava secando a louça e Bella se virava novamente para a pia, começando a lavá-la. Estava corada, pude ver pelo canto do olho, somente a deixava mais linda, se é que isso era possível.</p> <p>-Ah! Estão ai! – A voz de minha mãe entrou muito animada e estava sorrindo. – Como estão? – Caminhou até mim, beijou-me na bochecha e deu-me um abraço, disse-lhe um breve \"oi, mãe\". Logo foi a vez de Bella, não pôde retribuir por causa das mãos molhadas. – Fico feliz que estejam se dando bem. – Sorriu. Colocou a bolsa sobre a mesa e foi até a geladeira.</p> <p>-Já almoçaram?</p> <p>-Já. – respondemos em uníssono.</p> <p>Levantou a sobrancelha.</p> <p>-O que houve? Vocês estão estranhos, aconteceu alguma coisa? – Eu conhecia aquela expressão, ela começou a ficar preocupada.</p> <p>-Eu fiz o almoço, mãe, vai quer? – Mudei rápido de assunto, mas não deu muito certo.</p> <p>-Edward Cullen! O que está havendo? – Fez uma pequena pausa. - E cadê o seu irmão? Oh Meu Deus! Aconteceu alguma coisa com o meu Jasper? – Levou as mãos a boca, estava começando a entrar em desespero.</p> <p>-Não! – Acalmei-a.</p> <p>-Então o que é? E onde ele está?</p> <p>-É... – Olhei para Bella pedindo ajuda, mas por sua expressão vi que não podia contar com isso. – Era disso que eu e a Bella estávamos falando antes de você chegar, mas era meio que um... Segredo. – Tentei e minha mãe fez uma cara de não estar entendendo nada, era verdade, nem eu estava entendo o que eu estava falando, e levou as mãos à cintura. – De Jasper. –Depois eu me desculparia com ele por isso e, teria de inventar uma desculpa por mentir para nossa mãe, coisa que eu nunca fazia.</p> <p>-De Jasper? Mas... Por quê? – Lembrei das aulas de teartro e olhei-a como se eu não devesse falar e dei de ombros, saindo muito natural. – Diga-me agora. – disse calmamente, ordenando claramente.</p> <p>-Ele saiu com a amiga de Bella, e nós achamos que eles vão ficar. – disse com firmeza, até eu acreditei em mim mesmo. Fiquei orgulhoso.</p> <p>-Ficar? – Puts... Ela ia mesmo me obrigar a explicar?</p> <p>-É mãe, quando as pessoas saem, sem compromisso, e acabam... Se beijando. – Dei de ombros.</p> <p>-Ah! – Sorriu. – Era isso? Eu estava crente que era coisa ruim. – Sentou-se. – Na minha época nós chamávamos isso de encontro.</p> <p>Certo, não pare se não ela volta ao assunto, tente parecer normal, não digo isso por mim, e sim por Bella.</p> <p>-É, considere tipo isso, só que se beijam sem ter de assumir compromisso sério. – Recostei-me na bancada. Estava aliviado.</p> <p>-Deixe-me ver se entendi, ele saíram e vão se beijar só que não vão namorar? É sempre assim essas... Ficadas?</p> <p>-Não, eles podem namorar depois se quiserem, mas se não, está tranqüilo também. – expliquei-lhe calmamente.</p> <p>Miha mãe franziu o cenho.</p> <p>-Isso não está certo. – resmungou. – Disse que fez o almoço, não é mesmo? E qual foi o <em>menu</em>? – disse em francês.</p> <p>Eu ia falar quando fui interrompido pela voz de Bella que chamou a minha mãe, nos viramos automaticamente a ela, estava encostada na porta, corada. Podia tirar uma foto e ficá-la olhando o dia inteiro. Disse que iria para o seu quarto, deixando-me sem esperança de vê-la quando estivéssemos a sós.</p> <p>Bufei.</p> <p>Ela subiu e falei a minha mãe o <em>menu</em>. Sentei-me do seu lado.</p> <p>-Então, mãe, como foi seu dia? – perguntei sem ter o que fazer.</p> <p>Ela sorriu.</p> <p>-Foi ótimo, querido. Ganhei mais uma cliente, ela está querendo reformar a casa toda e disse que deixaria tudo em minhas mãos, pois disse que ouviu falar muito bem de mim. – Ela parecia radiante, não pude deixar de sorrir junto dela.</p> <p>-Muito bem, Dona Esme. – disse animado. – É assim que eu gosto de ver.</p> <p>-Obrigada, querido. – Tombou a cabeça de lado. Conheço essa expressão, tomara que eu esteja errado. – Está diferente. – Constatou.</p> <p>Levantei a sobrancelha.</p> <p>-Estou normal. – confirmei.</p> <p>-Não, está com um brilho no olhar. – Sorriu de um jeito maternal.</p> <p>-Certo... – cantarolei levantando-me. – Tenho deveres a fazer, vou indo. – Beijei o topo de sua cabeça e sai da cozinha.</p> <p>-Tenho certeza que esse menino está diferente. – escutei-a dizer. Riu baixinho.</p> <p>Revirei os olhos e subi as escadas, a porta de Bella estava fechada, pensei em dar uma desculpa para vê-la, mas resolvi ir até o meu quarto. Deitei-me na minha cama de casal e fiquei olhando para o teto.</p> <p>Minha mãe achava que eu estava diferente, mas diferente como? Acho que tinha medo de saber a resposta. De repente veio a minha mente a imagem de Bella olhando-me com seus olhos castanhos, de Bella da vez em que entrei no seu quarto para chamá-la para jantar e ela \"dormia\", pois estava muito agitada falando de como sentia falta de sua mãe e lembro-me de que falou meu nome, mas acho que foi a minha imaginação.</p> <p>Senti vontade de tocar piano e de compor uma música para ela, talvez uma música de ninar. Sentei-me na cama e fiquei olhando o meu piano me chamar, fazia um tempo que não o tocava. Fui até ele e passei os dedos levemente por todas as teclas, sentei-me e peguei uma partitura em branco e comecei a testar as notas para ver qual fazia uma melodia harmoniosa e soasse como uma canção de ninar.</p> <p>Minha mãe apareceu em meu quarto com um sorriso enorme por me ver tocar de novo.</p> <p>-Ah! Meu querido! Fico feliz de ouvi-lo tocar novamente. – Estava muito feliz, via em seus olhos.</p> <p>Retribui o sorriso.</p> <p>-Obrigado, mãe. Quer que eu toque a sua favorita? – Sabia que isso a faria ais feliz ainda, ela amava a música que compus para ela.</p> <p>-Claro! – Não cabia mais espaço em seu sorriso.</p> <p>Toquei a sua música e terminei-a sorrindo, era bom tocar de novo.</p> <p>-Está apaixonado. – disse minha mãe.</p> <p>-Hã?</p> <p>-Está apaixonado, nunca te vi tão radiante e conheço esse olhar muito bem, é um olhar apaixonado, está brilhando. – Sorriu abertamente. – Diga-me, querido, quem é a sortuda?</p> <p>-Não tem sortuda. – Voltei a olhar o piano.</p> <p>-Tudo bem se não quiser dizer, te entendo e respeitarei o seu tempo. Continue a compor a música dela.</p> <p>Hã? Como ela sabia que era para ela? Antes que eu pudesse perguntar minha mãe já havia saído.</p> <p>Voltei a minha atenção a composição, quando terminei e a tocava pela última vez, só que completa, escutei alguém limpar a garganta, olhei diretamente nos mais belos olhos que já vi. Automaticamente parei de tocar.</p> <p>-Não pare. – disse ela. Não ia lembrar onde tinha parado. – Estava lindo. – Sorriu, mas logo o tirou. Não entendi. – Posso entrar?</p> <p>-Claro. – Sorri. – Mas feche a porta quando entrar, de preferência tranque. – brinquei. Ela pareceu não entender.</p> <p>-Um? Por quê? – Fez uma pausa. – Ah! – Abaixou a cabeça, corando. Sorri. – Eu tinha esquecido. – Fechou a porta, mas não a trancou. Olhou-me. – Então, não sabia que tocava.</p> <p>-É, toco piano desde que me conheço por gente. Minha mãe ama quando toco, estou um pouco enferrujado, pois não tocava fazia um tempo, agora a pouco ela me ouviu e veio me abraçar. – Sorri timidamente olhando para as teclas. – Um pouco constrangedor.</p> <p>-Não, tem sorte de ter uma mãe assim. – Sorriu.</p> <p>-É, eu sei. – Cheguei para o lado no banco e bati para que ela se sentasse ao meu lado. – Não quer se sentar?</p> <p>Achei que iria negar, mas não, sentou-se. Ela ainda estava nervosa quanto a minha presença, faria isso mudar.</p> <p>-O que estava tocando? – perguntou.</p> <p>-Não sei, somente veio a minha cabeça. Acabei de compor, quer ouvir?</p> <p>-Claro.</p> <p>Estalei os dedos, fazendo uma brincadeira e funcionou, ela riu. Comecei a tocar sua música, parecia bem mais fácil tocá-la quando ela estava por perto. Claro, fora ela que me inspirara. Logo que terminei eu a olhei, esperando que dissesse alguma coisa.</p> <p>Corou, abaixando a cabeça e olhando para as mãos sobre o colo.</p> <p>-Gostou? – perguntei gentilmente, pois ela não tinha dito nada. Temia que não, pois a tinha feito isso.</p> <p>Olhou-me com um sorriso. Isso me fez me aliviar.</p> <p>-É claro. Parece-me uma canção de ninar. – Olhou para o piano e por um pequeno instante pareceu se perder em pensamentos.</p> <p>-E é. – confirmei-lhe.</p> <p>Podia jurar que escutei seus batimentos cardíacos aumentaram. Olhei-a confuso e ela mordeu o lábio, uma típica pista de quando estava nervosa.</p> <p>-E... Esta música é dedicada a alguém? – Ah! Era isso?</p> <p>Pensei no que dizer, mas não me pareceu uma boa idéia dizer que fora para ela.</p> <p>-Sim. – Não precisava dizer quem, só que tinha sido feita para alguém.</p> <p>-Um... Certo. Desculpe perguntar, mas para quem é? – Será que eu via ciúmes? Não, acho que foi impressão de novo.</p> <p>-Curiosa? – Brinquei para mudar o rumo da história e assentiu aparentemente envergonhada. – Um... Você a não conhece. – disse enfim, mas não pareceu convincente. Por que com ela eu não conseguia mentir?</p> <p>Riu nervosamente.</p> <p>-Sabe, não sei por que, mas não me convenceu. – Droga! Invente uma desculpa! Gritei na minha mente, mas não veio nada então tive que apelar para a \"aposta\" que eu nem ligava mais.</p> <p>-É mesmo? Ou está apenas tentando se convencer disso? – disse virando-me em sua direção.</p> <p>Pareceu empalidecer. Provavelmente acertei, era fácil de lê-la.</p> <p>-Não sei do que está falando. – Enfim disse.</p> <p>-Talvez esteja com inveja de que uma garota tenha o prazer de ter uma música feita por mim e talvez você queira uma. – Tentei mudar o rumo da história. Sorri e peguei seu rosto com as duas mãos e beijei a base de seu pescoço.</p> <p>Eu estava viciado em seu cheiro, por isso de eu sempre ir em seu pescoço, escutei-a respirar fundo. Ótimo.</p> <p>-Você tem um ego enorme. – comentou e tentei não rir. Isso era mentira, eu não me achava só fazia isso com ela.</p> <p>-Então isso confirma o que eu disse? – Desafiei-a com um sorriso malicioso nos lábios. Tracei um percurso por seu pescoço até chegar bem perto de sua boca. Era difícil até mesmo para mim que a estava tentando.</p> <p>-Não. – disse firmemente</p> <p>Iria mudar isso por mais que isso me fizesse perder o controle.</p> <p>-Mesmo? – Beijei o canto de sua boca, senti que ela estava mole.</p> <p>-Mesmo. – Não me pareceu forte o bastante, dando o ponto.</p> <p>Aproximei-me de sua boca... Deus! Eu ia beijá-la e eu estava louco por isso! O que está acontecendo? Ah! Não quero nem saber.</p> <p>-Não faça isso com a sua mãe em casa... – murmurou, quase sem forças, dando-me uma desculpa. Senti que ela também me queria. – Lembre-se que... – Sua respiração estava muito alta. - A porta está aberta e se ela nos vir assim, não vai ter problema para você, mas sim, para mim.</p> <p>É mesmo! Se ela tiver relações comigo, terá que voltar para sua casa. Não quero isso! Afastei-me sem pensar duas vezes. Ela pareceu estar surpresa pelo meu ato rápido. Virei-me para o piano, como sempre digo, mais fácil para pensar.</p> <p>-É mesmo, quase fomos pegos na cozinha, se eu não tivesse sido rápido, ela ia notar alguma coisa. Agora foi culpa sua que veio até o meu quarto. – Queria que saísse como um comentário, mas acho que soou como eu estar resmungando.</p> <p>- Pode ser. - Finalmente disse. Levantou-se e caminhou até a porta, sem ao menos dizer tchau ou um boa noite.</p> <p>-Tchau. – Eu disse.</p> <p>Ela me olhou e sorriu.</p> <p>-Tchau. Boa noite. – disse abrindo a porta.</p> <p>-Boa noite. – respondi.</p> <p>Saiu e eu voltei a olhar para o piano. Logo voltou e entrou colocando apenas a cabeça para dentro. Levei um leve susto, nada que fosse perceptível.</p> <p>-Ah! Eu já ia me esquecendo. Você toca divinamente, parece ter nascido para isso e a música é igualmente perfeita. – Acho que ela percebeu que a olhava sem entender e eu estava de boca aberta, mas logo a fechei quando a percebi. Ela me elogiou? E ainda disse que amou a música? – Então, boa noite de novo. – Sorriu. E eu só pude ficar olhando-a como um imbecil antes de sair e fechar a porta.</p> <p>Depois que voltei ao meu estado normal, eu estava elétrico e precisava de um banho para poder relaxar e poder tentar dormir. Suspirei e entrei no meu banheiro.</p>
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