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"Vítima" de uma sociedade conservadora e de pais ainda mais conservadores, fui criada à base de regras e de educação política extremamente elevada. Desde o começo da minha adolescência fui "ofertada" à um casamento criado por meus pais. Ele; filho de um banqueiro de grande estima social e de família tradicional, eu; filha de um advogado bastante prestigiado. Nada mais certo, nada mais exato. O casamento perfeito de noivos perfeitos de famílias perfeitas. Nunca fui de dizer não aos meus pais, fui educada numa escola de freiras desde meus seis anos de idade, e desde sempre ouço entre as paredes do colégio interno as tais palavras ecoando sonoramente distinguíveis "Noiva perfeita" "Casar bem e ter futuro próspero" "Seguir à risca os consentimentos de seus pais"
Esses, pareciam ser a visão de uma vida boa e feliz.
Eu, particularmente não dizia não, para evitar discussões, gostava de ser uma filha obediente, minha mãe me respeitava, eu sempre fui a primeira da classe em tudo. Mas não era exatamente o que eu queria pra mim, um noivo que eu mal conhecia, mesmo sendo impossível eu conhecer um homem por mim só, e fora o detalhe de ser submissa, e muitas vezes eu me sentia vendida sem dó nem piedade. Mas para o meu bem, eu dizia sim.
A minha sorte foi, que acabamos por nos apaixonar um pelo outro.