Já de manhã, me levanto e vou para o banheiro, olho meus braços e vejo as cicatrizes neles, lavo o meu rosto, pego uma roupa qualquer do guarda-roupa e visto, desço as escadas que dá direto para a sala, vou até a cozinha e avistei minha mãe.

— Mãe vou sair está bem? – Digo pegando meu celular e skate.

— Por que vai se vai sai? – ela fala em um tom de voz alterado.

— Porque eu não quero ficar aqui, beleza?! – tento sair.

— Você fica aí nesse seu quarto, fica andando nessa merda, fica se cortando, por qual razão? Se nem tem nem amigos. Então por que fica saindo? – ela fala como se importasse comigo.

— Eu saio pra esquecer da escola, daqui, porque aqui em casa, na escola ou em algum lugar com minha "família" ou colegas, – faço aspas com minha mão – eu acabo sofrendo isolamento e preconceito, só pelo meu jeito de ser. Cansei disso, CANSEI! – digo saindo, pegando a chave.

Saio sem rumo, quando chego em uma ponte, coloco o skate de lado e fico em pé para pular, olho para baixo, vejo aqueles carros indo e vindo. Quando tomo a decisão de pular, vem uma imagem de uma pessoa em mente, para minha surpresa penso em Maggie, e imediatamente caio para trás. Fico pensativo sem entender, meio que sinto uma força sobrenatural me puxando, logo em seguida pego meu skate e sai de lá bem rápido.

Vou direto para minha casa, entro batendo a porta, subo as escadas correndo, ao chegar em meu quarto tranco a porta, vou até a janela e vejo Maggie na casa de Demi e fico lembrando da cena que tinha acontecido na ponte.

"Você vai ter uma segunda chance! Não há estrague!", me lembro de ter escutado essa frase quando tinha caído para trás.