A gente tinha acabado de chegar em casa, ofereci algo para ela beber ou comer, mas claramente ela recusou, então subimos para meu quarto para ver o que a gente poderia encontrar naqueles livros velhos, e também iremos ter ajuda da boa e velha internet.

Por alguma razão minha mãe teria saído do seu emprego mais cedo. Quando ela entrou, não consegui ouvir ela bater à porta da sala, ela claramente estava cansada e subiu para seu quarto, passou diante o meu e me viu com alguém e foi falar com a gente.

— Oii... não sabia que você iria trazer alguém aqui em casa hoje... pensei que não tinha amigos... – interrompo ela.

— Mãe... a gente só está estudando, e ela é uma colega da escola... temos muito o que estudar, poderia nos dar licença por favor? – me levanto e vou até ela, quando olhei bem em seus olhos, aparentava estar chorando, eu gostaria de saber, mas achei melhor deixar ela na dela.

— Wesley... bom... a gente depois poderíamos conversar, eu preciso te falar uma coisa... – acenei com a cabeça fazendo o movimento de sim.

Logo volto para minha cama, lá estava os livros. Maggie pega um livro de sua bolsa, e seu notebook e começa a ler, logo eu faço o mesmo. Eu quase não estava entendendo nada daqueles livros, então vou até meu computador e coloco para traduzir aquele livro que eu estava lendo.

— Maggie, o que quer dizer Puro Sangue, Mundanos, Mestiços? – ela veio correndo ver o que eu estava lendo.

— Bom... era esse livro que estava procurando para poder te explicar o que você poderia ser, e para explicar o que eu sou. – me levanto dando lugar para ela sentar – Obrigada. - me sento no pé da cama.

— Posso começar explicando o que é um "Mundano". Um mundano quer dizer humanos puros, sem ter modificações no sangue. Já os Puros Sangues não são mais considerados humanos assim dizendo... falando grosseiramente, seres sobrenaturais, pois eles fazem coisas que se quer um mundano poderia sonhar em fazer. Os Mestiços não são nem puro sangue e nem mundanos, estão meio que no "meio", metade humano e metade sobrenatural. Deu pra entender mais ou menos?

— Deu pra entender sim... então pela sua explicação e a lógica que nem eu e nem a minha mãe conhecemos quem é o meu pai biológico, pode se dizer que ele pode ser um sangue puro que abandonou sem alguma explicação a minha mãe? – criou meio que um ponto para tentarmos descobrir o que eu sou.

— Bom, há uma boa explicação para isso, os humanos e puro sangue não podem ter relações, isso que cria os mestiços. A comunidade dos puros sangues meio que tentaram fazer a extinção dos mestiços... – a interrompo.

— Mas por quê? Se eles são metade humanos e metade sobrenaturais, quer dizer que são mais fracos que os puros sangues, são inferiores, não é? É a pura lógica.

— Aí que está o famoso erro dos humanos, achar que a mistura genética vai ser mais fraca se misturar algo forte com algo tão fraco, os mestiços são muito poderosos, a maioria deles não conseguem controlar os poderes, eles ficam loucos com os pensamentos que acabam tendo, pesquisas pela internet que claramente mente sobre muitas coisas, e o poder que aumentava cada vez mais. O poder de um mestiço é tão grande que alguns acabam se transformando em outros seres que são conhecidos como Bestas, quando um mestiço chega a tal nível que não consegue se controlar, é preciso usar uma enorme força, poderes e feitiçaria para conseguir contê-los, mas isso pode acabar matando-os, ou podemos acabar abrindo um portal e mandando eles em uma dimensão onde eles são livres/presos livremente. – talvez eu tenha ficado um pouco assustado ou perdido com essa história ou explicação. – E foi por aquela história que estava circulando na escola que eu resolvi tentar ajudar o "mestiço".

— Mas como tenho certeza do que eu sou? Tem algum tipo de teste para descobrir isso? Algum exame, sei lá, alguma coisa? - meio que fiquei um pouco apavorado com isso tudo.

— Ter tem, mas não é agradável... – quando ela acaba de falar isso a campainha toca e a gente fica no topo da escada escutando quem poderia ser.