Acordei em uma cama de marshmallow. Não era o mesmo quarto que eu ficara da ultima vez que estivera no reino doce. Finn também não estava adormecido ao lado da cama. Lembrando do que foz, obviamente ele não estaria esperando que eu acordasse. Ele deve querer que eu morra, deve me odiar.

Apoiei as mãos ao lado do corpo para darem impulso, mas senti muita dor olhei para elas e ambas estavam enfaixadas. Com a mão esquerda, retirei a bandagem da mão direita. Havia um furo nela, do tamanho de uma bola de golfe. Não sangrava. Minha mão estava toda roxa, meio azulada. As duas mãos estavam assim. Os braços também estavam azulados. Retirei o lençol que estava dobre o meu copo. Eu estava apenas com faixas brancas me enrolando no peito e abaixo do quadril. Meu corpo magro e longo estava todo azul. Passei a mão no rosto e a pele estava dura. O que estava acontecendo comigo.

Me acomodei para sair da cama mas perdi o equilíbrio e cai no chão, levando parte dos matérias de cirurgia que estavam ao lado da cama, fazendo muito barulho. Jujuba devia estar perto da porta, por que entrou correndo, junto com Marceline e com o Mordomo Menta. Marcy me pegou do chão e me recolocou na cama, apesar das minhas reclamações. Mordomo menta recolhia as coisas que eu havia derrubado no chão, e me observava diretamente no peito, onde uma marca esbranquiçada de onde eu enfiara a pedra maior da coroa estava. Podia ser os meus olhos me enganando, mas antes dele sair, sorriu para mim.

- Eu tô bem pessoal. Quero saber o que aconteceu comigo, por que eu tô... azul? – perguntei para as duas, que trocaram um rápido olhar de confidencia. Ah não. Nada bom. Elas não queriam e dizer alguma coisa. Alguma coisa seria. – Me contem. E nem tentem me desconversar, eu sei que vocês sabem de algo que não querem me contar.

- Nos não sabemos o que aconteceu com você, se é o que esta querendo dizer. Queremos que você descanse, e se me permitir, quero fazer mais exames em você. – disse jujuba, abrindo uma gaveta do outro lado da sala e pegando uma seringa e uma agulha.

- Perai – disse Marceline. Ela parecia meio brava. Seus cabelos se agitaram como se houvesse uma ventania na sala. – você disse que assim que ela acordasse, eu poderia a levar pra casa. Que historia é essa de fazer mais exames?

Jujuba estava meio assustada. Ela se recompôs as havia algo de estranho em seus olhos. Medo, talvez.

- Marcy, eu falei isso dias atrás. Olha a condição dela! Você acha mês...

- Eu não quero saber disso! Ela acordou, ela tá legal! Eu quero que ela venha pra casa. Comigo. Você só quer que ela seja seu ratinho de laboratório!! – respondeu Marceline, gritando com jujuba. Seus olhos agora estavam de um vermelho sangue assustador. – ela é a minha irmã e finalmente eu vou ter um tempo pra aproveitar com ela.

Jujuba estava pronta para responder. Algo estava martelando nas minhas juntas. Algo que ela dissera.

- Você disse dias? Ahh... não... de novo não... a quanto tempo estou dormindo? Por favor, me digam que não foram anos! – olhei para as duas. Marcy não envelhecia e jujuba... bem, como eu deveria saber o tempo de envelhecimente de doce? Eu não teria como dizer quanto tempo se passou desde aquele momento. Alias? O que aconteceu depois? – vocês podem me dizer o que aconteceu? Como eu vim parar aqui?

- Eu te soquei na cara. Você apagou. Arrumamos toa a bagunça que você e a PF fizeram. Você esta apagada a uma semana e... bem... acho melhor você comer algo e descansar um pouco antes de conversarmos melhor. – Marcy me olhou preocupada e era meio claro que ela não queria muito conversar sobre isso.

- Tudo bem. Só me deixem um pouco sozinha. – esperei que Jujuba e Marceline saíssem e fechassem a porta antes de me levantar. Assim que coloquei os pés para fora da cama, vi que algo estava errado. Eu conseguia andar muito bem, e meu corpo parecia leve, como se eu estivesse embaixo d’água, apesar dos meus movimentos não serem tão lentos.

Caminhei na direção da porta e, não tão surpresa, vi que esta estava trancada. Andei pelo quarto procurando uma saída alternativa, em vão. Como uma ultima tentativa, chamei hera mentalmente e fiquei diante da janela, que deveria ter uns bons metros do chão, mas ela não apareceu.

Me arrisquei a pular da janela e cai em um arbusto doce, que deveria ser de marshmallow, e amorteceu minha queda. Antes que eu pudesse me levantar eu escutei um barulho de conversa. Escutei a voz da Princesa de Fogo. E a voz do Finn, que parecia estar meio rouca, de tanto gritar talvez. Procurei fazer silencio para não os atrapalhar. Não queria que eles pensassem que eu estava ali escondida de proposito, mas aparentemente a minha queda não fora tão silenciosa quanto eu desejara.

- Saphira..? – falou a voz suave e terna da Princesa de Fogo. Finn caminhou na direção dos arbustos e me ajudou a sair deles. Tanto Finn quanto a princesa de fogo pareciam um tanto assustados. Finn principalmente.

- Eu... posso falar com você por um minuto? – perguntei a princesa de fogo. Finn olhou para ela pelo canto dos olhos e se afastou de nos, sem antes lançar um olhar serio na nossa direção. – princesa... me desculpe. Eu não sei o que aconteceu, eu perdi o controle, não queria ter te ferido. Eu não conseguia parar eu... sinto tanto...

Senti um calor próximo a mim. A princesa de fogo se aproximara e sorria com carinho.

- Eu sinto muito também. Eu também perdi a cabeça e incendiei a casa do Finn e do Jake. E quase matei vocês dois. Por ciúmes, de aguem que nem gosta mais de mim. Não quero estragar nossa amizade por conta disso. – disse, seu rosto estava coma expressão pálida, como uma vela quase se apagando.

- Heh, duvido que o Finn ainda deve gostar de mim depois de me ver como uma louca jogadora de neve. Fico feliz que não precisamos ficar mal uma com a outra. – respondi a princesa, me despedindo com um aceno discreto. – preciso ir agora, nos vemos depois.

Segui caminhando pela lateral do castelo quando vi hera conversando com a princesa jujuba. Assim que me viram foram correndo ao meu encontro.

- Saphira onde você estava? Entrei no quarto e você não estava mais lá! – disse Jujuba, exasperada.

- Eu saltei da janela, precisava pegar um ar e andar um pouco – respondi, dando de ombros.

- VOCÊ O QUE??? – praticamente gritou a Princesa. – você esta em fase de recuperação e saltou da torre mais alta do reino doce?? Sem se machucar?

Enquanto Jujuba gritava comigo, percebi que Hera me encarava. Ela fazia uma expressão de concentração, mas não falava nada. Tentei falar com ela pela mente. Nada. Um bloqueio, como se eu estivesse vazia de novo. E sozinha.

- Você esta prestando atenção? SAPHIRA!! – me virei bruscamente para Jujuba e sorri, como se estivesse entendendo. – é melhor você entrar, você tem uma visita importante.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.