A História Sempre Se Repete - 2ª Temporada
Chudley Cannons
P.O.V. Rose
– Por Merlin, Draco, será que você pode calar a boca?
– Mas eu só estou dizendo que se o Chudley Cannos ganhar agora o meu time vai perder algumas posições.
– Mas o Puddlemere United nem está jogando!
– Não, mas se o Chudley Cannons ganhar vai ficar com mais pontos que o Puddlemere, Astoria!
– Grande coisa.
– Eu não torço para o Chudley Cannons! Não quero que eles ganhem!
– Mas seu filho joga pelo Chudley Cannons então você quer que eles ganhem sim. Agora cala a boca.
Ah! Discussões de casais. Como são divertidas.
– Mas por que é que tenho que assistir o jogo com ele perto?
– Pelo amor de Deus, Ronald! Fica quieto pelo menos um minuto!
Como se não bastasse uma eu estou no meio de duas discussões. Nada melhor.
– E ele ainda dizendo que não quer que o Chudley Cannons vença. – Papai disse bufando pelo nariz.
– Tanto faz, Ron.
– Hermione!
– É só um jogo!
– Não é não! Esse jogo pode fazer toda a diferença no campeonato.
– Ron! É o primeiro jogo que o Chudley Cannos joga no campeonato!
– E se ganhar já pode passar na frente de três times. – Papai disse revirando os olhos. – Espero que esse apanhador faça um bom trabalho. – Ele disse olhando para mim.
Ótimo agora a culpa vai ser minha se Scorpius não pegar o pomo.
– Entendeu, Rosinha?
– Pai, o que é que eu tenho a ver com isso?
– Não sei. Por que esse jogo não começa logo?
– Talvez por que tenhamos chegado há cinco minutos apenas e duas horas antes do jogo, pai. – Respondi. De quem foi a brilhante ideia de vir para o campo tanto tempo antes? Isso mesmo! Da genial e perfeita Rose Weasley Malfoy. Palmas. – Na verdade acho que vou dar uma passada no vestiário. – Disse me levantando do camarote completamente vazio exceto por nós cinco.
– Ah! Eu vou com você, Rose. – a Senhora Malfoy disse.
– Vou junto também. – Mamãe se levantou. – Eu é que não fico naquele lugar como os dois. – Ela disse rindo quando saímos do camarote.
– Eu já disse para você sair logo daqui! Você não é mais capitão desse time, será que pode nos deixar em paz? – Ouvi a voz de Gwenog Jones gritando antes de chegar nos vestiários.
Cormac McLaggen saiu de lá espumando de raiva e parou quando viu minha mãe.
– Hermione! Quanto tempo!
– Olá, Cormac. – Mamãe disse com um tom de voz impaciente.
– Como anda?
– Ótima. Preciso ir agora. – Ela me segurou pelo braço me forçando a andar.
– O que foi isso, mãe?
– Não suporto o McLaggen.
– Nem sabia que vocês se conheciam.
– É... estudamos juntos em Hogwarts.
Ela e Astoria se olharam e trocaram um sorriso. Ok, então.
– Podemos entrar? – Perguntei para Gwenog quando chegamos à porta do vestiário.
– Ah. Tudo bem. – Ela disse sorrindo, mas olhando irritada para as costas de McLaggen. – Só não demorem muito, por favor, Rose.
– Sem problemas.
Scorpius tinha saído de casa bem cedo para vir para cá. Nem estava acordada ainda, tinha ido dormir bem tarde estudando e ele não me acordou. Normalmente ele fica nervoso em dias de jogos.
– Oi. – Disse baixo no ouvido dele. O loiro estava sentado num banco de costas para mim. Virou a cabeça sorrindo quando me ouviu.
– Oi, ruiva. – Falou me dando um rápido beijo. – Oi, mãe. Oi, senhora Weasley.
Passamos alguns minutos conversando, até que Gwenog disse que eles precisavam por logo os uniformes e se preparar para o jogo e praticamente nos expulsou de lá.
– Bom jogo, Scorpius! – Astoria disse o abraçando.
– Boa sorte. – Falei sorrindo e o beijei.
Quando voltamos para o camarote papai e o senhor Malfoy estavam quietos e olhando fixamente para cantos opostos do lugar. Hugo já tinha chegado e estava sentado entre os dois com uma cara de quem se esforça para não rir.
– Sabe, já se passaram alguns anos e ainda acho engraçado quando papai e o senhor Malfoy são obrigados a ficar juntos na mesma sala. Parece que eles têm cinco anos. – Hugo falou baixinho para que só eu ouvisse.
– Exatamente! Acho que você não é o único que acha isso. – Respondi rindo.
Depois de muitos olhares feios entre meu pai e Draco o jogo finalmente começou.
Duas horas e meia de jogo. Trezentos e quarenta a cento e sessenta era o placar quando para felicidade geral da nação meu pai perdeu toda a vontade de matar Scorpius. Ele pegou o pomo. Chudley Cannons ganhou de quatrocentos e noventa a cento e sessenta. Nada mal.
Nós esperamos Scorpius quase na saída do vestiário depois do jogo. Assim que ele saiu corri até ele e o beijei pulando em seu pescoço.
– Nada mal, filhote de doninha. – Disse sorrindo. – Parabéns!
– O que você vai me dar de presente por isso, ruiva? – Ele perguntou com um sorriso torto e um olhar malicioso.
– Te mostro em casa. – Falei encostando meus lábios nos dele. - Agora se comporta porque meus pais e seus pais estão ali.
– Parabéns, Scorpius. – O senhor Malfoy disse dando um rápido abraço no filho. – Só não fico mais feliz por que vocês passaram o Pudlemere.
Astoria revirou os olhos e empurrando o marido para o lado abraçou Scorpius.
– Bom, mas era só uma questão de tempo para o Chudley Cannons sair na frente do Pudlemere. – Papai disse.
Ótimo. Vai começar.
– Em que universo, Weasley?
– Em todos! Pudlemere não tem a mínima chance!
– Os Cannons não vão ganhar do Pudlemere nunca!
– Hum... pai, não é por nada não, mas você está no campo do Chudley Cannos e... sabe... eu jogo nesse time...
– Tudo bem. Tudo bem! Foi um ótimo jogo, Scorpius.
– Claro que foi, o jogo do Chudley Cannos é sempre ótimo. – Ouvi papai resmungando e mamãe olhando feio para ele, apesar de ter um ar de riso no rosto.
– Ah... eu preciso pegar minha mochila lá dentro. – Scorpius disse.
– Nós já vamos indo então, filho. – A senhora Malfoy disse.
– Ok.
Eles se despediram de todos nós e saíram.
– Vamos também, Mione?
– Vamos. Tenho uns projetos de lei para analisar em casa. Você vem também, Hugo?
– Sim.
– Então, Tchau. – Mamãe disse me abraçando. – Não se esqueçam do almoço lá em casa amanhã.
– Pode deixar, mãe.
Papai passou a mão pela cintura da minha mãe e eles e Hugo foram embora.
– Espera um pouco, ruiva. Vou pegar minhas coisas e já vamos.
– Tudo bem.
Menos de cinco minutos depois Scorpius voltou colocando a mochila nas costas.
– Pronto? – Perguntei. – Vamos logo. Ainda temos que pegar a Claire.
O loiro tinha acabado de colocar o braço sobre meus ombros e começamos a andar quando ouvi uma voz.
– Scorp! Que ótimo jogo!
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