A História Segue

Uma Experiencia de Quase Morte


LETICIA NARRANDO…

— Escuto a voz de Fernando ao longe com um tom triste, parece está chorando, abro os olhos e levanto me sentando, olhando o lugar, estou em um quarto de hospital, olho Fernando, sorrindo _ Fernando meu amor. - ele não respondeu e parecia está olhando direto por mim. _ Fernando.. - levantei para abraçá-lo passando direto por ele, surpresa olhei pra trás olhando minha mão logo a minha frente vendo me deitada aparentemente dormindo. _ mas? - como eu poderia estar lá e aqui ao mesmo tempo.

— Lety, por favor amor, eu preciso de você, volta para mim - seus olhos lacrimejavam muito, ele estava chorando, tentei abraçá-lo mas sempre transpassa ele _ Por favor. - ele segurou minha mão, olhei pra ele, senti seu toque mas eu não me mexia, meus olhos começaram a lagrimar.

—Eu estou aqui. Estou aqui Fernando, por favor me escuta. - resolvi sair dali, precisava descobrir o que tava acontecendo, porque estava naquela cama e como minha barriga havia crescido tanto, foi passando pelos corredores olhando o movimento, vendo a Carla, corri para falar com ela, mas ela estava falando com um enfermeiro.

— Você fez o que eu mandei, certo? - ela falava prestando atenção ao seu redor _ A Letícia não pode acordar - como assim não posso acordar? me aproximei pra escutar mas a conversa. _ ela e as filhas dela devem morrer antes do fim desse mês, você me entendeu?

— Sim senhora Carla - respondeu um enfermeiro alto de cabelos pretos cacheados, ele parecia um anjinho, mas porque ele faria isso? _ Eu faria tudo por você - ele olhava para ela com um olhar que o Fernando olhava pra mim, ela não podia tá usando o que eu estava pensando, podia?

— Muito bom, se fizer tudo do jeito que eu te expliquei, seremos felizes juntos e eu te darei a chance que deseja, se quiser até sairemos do méxico. - deu um beijo no rosto dele e se afastou, ele gosta dela, mas porque ela quer me matar? _ amanhã eu volto para ver você e ter notícias. - segui ela, precisava saber o porque disso.

— Carla… - a voz era do Ariel. _ O que faz aqui? Você não é bem vinda neste lugar

— Não sou bem vinda pra você Ariel, que não confia em mim, mas o Fernando sim, e enquanto ele confiar eu virei aqui, você não pode me impedir, e se quer saber, nunca vai conseguir provar que eu tô por trás do envenenamento daquela horrorosa. Sabe porque? Porque ninguém vai acreditar em você. - ouvir aquilo me deixou desnorteada, eu precisava sair dali, mas como? eu não sabia como, só corri de volta pro quarto quando vi o mesmo enfermeiro de antes entra no quarto.

— Oi Marcos… - Então ele se chama Marcos.

— Oi seu Fernando, vim administrar a medicação da dona Letícia - falou enquanto aplicava um remédio injetável, e eu sentir a dor mas meu corpo parecia não se mexer, era uma dor aguda e muito forte, como se tivesse várias agulhas na minha pele.

— Martin e Max já tem algum parecer sobre a Lety?

— Não senhor, parece que os medicamentos não estão fazendo efeito ao corpo dela, mas logo mas eles virão explicar, eu preciso ir. - se retirou da sala.

— A dor em meu corpo era tão forte que a única coisa que eu podia fazer era gritar de dor por ajuda do Fernando que por ironia do destino não me escutava muito menos me ouvia, foi então que eu senti algo me puxa de volta para o meu corpo e mas uma vez a escuridão se fez presente.

FERNANDO NARRANDO…

— Depois que o Marcos saiu do quarto eu senti um calafrio estranho e então a máquina que monitorava a Letícia começou a apitar, seu coração tinha parado e eu corri chamando o médico em desespero, não podia perder la, não, não era justo perder la agora depois de toda a nossa luta. Não, eu não ia deixar. _ Max, por favor a Lety, minha Lety, ela não… - as palavras me fugiram mas consegui levar Max ao quarto que logo tratou de chamar os outros médicos que a levaram do quarto, mas uma vez em 2 meses ela está tendo uma parada, tentei seguir o Max mas fui impedido. _ QUE DROGA ELA E MINHA ESPOSA - gritei mas o maximo que conseguir foram seguranças ao meu alcanço, como sempre.

CARLA NARRANDO…

— Como está sendo fácil tirar essa songa do meu caminho. É como tirar doce de criança tudo está dando certo mas uma parada e suas filhas já eram e então será a vez dela deixa esse mundo direto pro inferno que é o lugar dela. Não vejo a hora de isso acontecer. Idiota do Marcos que tão bobinho acreditou em minhas promessas, mal ele sabe que assim que eu conseguir meu objetivo ele será apagado para sempre, não vou deixar um garoto vivo para me ameaçar, não, isso nunca. Vou até a sala de Marcos e o beijo de surpresa. Que ele será morto eu sei, mas não significa que eu não possa usar lo mas um pouco.

— Carla o que faz aqui? - ele pergunta e eu apenas sorriu voltando a beijá-lo.

— Você fez um bom trabalho, merece uma recompensa. E eu tranquei a porta ninguém pode entrar e nem estão em horário de intervalo, podemos aproveitar por alguns minutos. - tenho que confessa que Marcos é bem gostosinho, mas não chega aos pés de Fernando, ninguém chegar, depois de brincar um pouco com ele, deixei ele dormindo me troquei e sair de lá indo até o quarto do Fernando, ele com certeza precisaria de consolo, afinal a sua querida esposa está morrendo não é mesmo?

— Fernando… - entro no quarto, para minha sorte Ariel não está perto, me aproximo e abraço ele que nada faz além de retribuir o abraço.