[Sabo]-FINALMENTE LIVRE DA ESCOLA! -gritei no primeiro sábado das férias, acordando meus irmãos

[Luffy]-E eu indo pro Ensino Médio... Awh...

[Ace]-E eu ficando rico! Ah galera, agora que eu falei nisso... -ele saltou da cama, abriu a porta, checou o corredor e fechou de novo - Tenho uma coisa pra contar pra vocês, mas a Dadan não pode saber ainda.

[Sabo]-Você vai ser pai? -me fingi espantado

[Ace]-Não, seu idiota. E não Luffy, não te comprei um açougue.

O mais novo fez beiço e se calou:

[Ace]-Olha, não é grandes coisas... Mas eu tô pra arrumar uma casa pra mim. O Oyaji tá me dando uma força e tal... Não é um investimento barato, mas eu tô empenhado. Acho que em um ano pago o dinheiro que ele me emprestou e talvez arrumo um carro. Não é legal?

[Luffy]-Uau! O Ace tá indo bem na vida!

[Sabo]-Realmente, é deveras impressionante. Parabéns, irmão.

[Ace]-Sabo... Por que você e a Koala não arrumam um trabalho e uma casa?

[Sabo]-Cê quer dizer só eu, né? A Koala é podre de rica. Ela não precisa disso.

[Ace]-Mas ia ser legal se ela trabalhasse com você, não?

[Sabo]-Mesmo que ela trabalhasse, o dinheiro seria irrelevante com a fortuna que o tio dela tem.

[Ace]-Para de ser pessimista, cara. Conversa com ela. Nós dois temos que vazar da Dadan o quanto antes! Liberdade, lembra?

[Luffy]-E eu ainda vou ter que esperar... -ele cruzou os braços e bufou - Não é justo eu ser tão novo assim.

[Ace]-Mas a gente pode te raptar daqui e levar pras nossas casas. Afinal, somos irmãos. Por falar em aqui, que horas são?

[Sabo]-São 7h15. Pelo Pai Celestial... No primeiro dia de férias. O que a gente vai fazer? Ainda faltam 45 minutos pra Dadan parar de roncar e fazer café.

[Ace]-Ora, vamos fazer. Ei, o que acha de chamar a Koala pra vir pra cá?

[Sabo]-EEEEEEEEEEEEEEH?! Tá maluco? A garota mora do outro lado da cidade.

[Ace]-Ela fica sozinha o dia todo, não fica?

[Sabo]-Sim, mas...

[Luffy]-Vamos buscar ela, Sabo. Vai ser divertido brincar com ela lá fora.

[Sabo]-Pera, é minha namorada ou a melhor amiga de vocês dois?

[Ace e Luffy]-Os dois. -eles afirmaram seriamente

[Sabo]-Argh. Certo, eu vou lá buscar ela. Vocês, façam alguma coisa legal pra comer.

Saímos os três no maior silêncio para o andar inferior. Fui para o telefone e os dois para a cozinha. Disquei o número e esperei um xingamento:

[Koala]-Nham... Nhm... Bom dia, casa do Dr. Hack. Aqui é a sobrinha dele, pois não?

[Sabo]-Sua voz é tão suave quando acaba de acordar... Gostei disso. -e sorri

[Koala]-S-S-S-S-S-S-S-S-S-S-SABO?! O-O que aconteceu pra você me ligar a essa hora?

[Sabo]-Os meninos querem que você venha pra cá zoar com a gente. Seria incômodo?

[Koala]-Nossa... Um convite pra passar o dia com o meu namorado e os irmãos legais dele? Mas é claro que eu quero. Você vem me buscar ou vou praí?

[Sabo]-Eu vou aí. Chego em até 20 minutos, tá?

[Koala]-Ah... Sabo... Teria problema se você demorasse um pouquinho aqui?

Uma lâmpada acendeu na minha cabeça. Soltei um riso triunfante:

[Sabo]-Claro. Eu aviso.

E desliguei. Não precisei dizer uma palavra, somente olhei para o Ace e ele entendeu:

[Ace]-Acabe com ela, campeão. Deixe ela na lona.

[Luffy]-Por que o Sabo vai bater na Koala? O que ela fez?

[Ace]-Nada, Luffy. Deixa o Sabo.

Peguei minha carteira no quarto e saí no gás. Peguei o ônibus começando a sair da inércia e sentei nas cadeiras da frente. Desci no ponto e continuei correndo até a casa dela. Antes que eu tocasse a campainha, ela abriu a porta sorridente:

[Koala]-Nossa, você tá bastante suado. Quer tomar um banho?

[Sabo]-Você tava falando sério?

[Koala]-O que, sobre aquilo? É só um pouco. Não vamos direto ao assunto.

[Sabo]-Então...

[Koala]-Sim.

[Sabo]-Você sabe que isso me coloca anos-luz na frente dos meus irmãos, né?

[Koala]-Uau, e eu achava que o Ace já tinha conhecido esse caminho. -ela sorriu de novo

Depois do banho, e já com a mochila pronta para o final de semana lá em casa, voltamos por outro caminho ao invés de pegarmos ônibus. De repente:

[Dragon]-Ei, vocês dois aí.

[Sabo]-Nós?

Um homem alto, cabeludo e bem vestido nos abordou:

[Dragon]-Vocês têm cara de jovens bons de serviço. Já trabalham?

[Koala]-Não, senhor. Nós acabamos de concluir o Ensino Médio.

[Dragon]-E o que pensam em fazer na faculdade?

[Sabo]-Algo que nos faça trabalhar com gente. Tipo ciências sociais, né?

[Koala]-É uma opção.

[Dragon]-Excelente. Eu me chamo Monkey D. Dragon, e sou dono de um jornal de grande circulação. Se vocês vão fazer ciências sociais, gostaria que trabalhassem comigo.

[Koala]-Mas precisaríamos fazer jornalismo, não?

[Dragon]-Não para aquilo que eu preciso que vocês exerçam.

[Koala]-E o senhor pretende nos contratar quando?

[Dragon]-Bom, vocês podem ir ao prédio na segunda-feira e fechamos seus contratos. E se lhes convém, digo que ganharão no piso de milhões de berries.

[Sabo]-Pera um pouco aí. -fiz uma expressão séria

[Koala]-Que cara é essa, Sabinho?

[Sabo]-Você disse "Monkey D.". Monkey D. Luffy.

[Dragon]-É o meu filho. Você o conhece?

[Sabo]-Eu sou irmão dele.

O homem coçou o queixo e me encarou:

[Dragon]-Estranho... Nem eu nem a mãe dele tivemos outro filho. E você é loiro.

[Sabo]-É que eu moro com ele. Por que ele não está com o senhor?

[Dragon]-Como perdi a mãe dele, e sou o dono de um jornal muito famoso, vivo viajando por aí. Não teria tempo de cuidar do Luffy e não confio em babás. Daí dei ele pro meu pai. Ah, dê isso pra ele. -ele estendeu um cartão - A senha está no papel atrás. Tem dinheiro o bastante pra ele se virar aí. Por favor, os quero aqui na segunda-feira, já que terça estou viajando outra vez. Agora, se não se importam... -ele parecia apressado

[Koala]-Uau... Isso foi bem... intenso.

Chegamos em casa pouco tempo depois, juntamente com o café da manhã. Meus irmãos desistiram de fazê-lo pois a Dadan já havia acordado e acabou fazendo pães de queijo, café e bolo:

[Dadan]-Olha só, se não é minha garota preferida.

[Koala]-Oi gente, bom dia! -ela sorriu - Eu posso passar o final de semana aqui?

[Dadan]-Claro querida, por favor. Você já tomou café?

[Koala]-Ainda não, mas obrigada. Eu vou aceitar com prazer.

Assim que me sentei, o Ace cutucou minha perna por baixo da mesa e me encarou. Só respondi um "sim". Ele fez dois dedões positivos, mas eu senti seu orgulho de "primogênito" ser ferido. Tomamos café e a Dadan foi pra feira comprar algo diferente para o almoço. Estávamos os 4 na sala: Koala com as pernas no meu colo, Luffy jogado no sofá de dois lugares e o Ace deitado no tapete:

[Luffy]-Tá caloooooor...

[Ace]-Koala.

[Koala]-Ela própria.

[Ace]-Você trouxe roupa de banho?

[Koala]-Hã... Mais ou menos. Por que?

[Ace]-Tá calor pra caralho, vamo lá pra fora.

[Sabo]-Ace. -franzi a testa

[Ace]-Cala a boca e deixa no pai. Se arrumem aí e me encontrem lá embaixo em dez minutos.

Me arrumei com o Luffy no quarto e a Koala se trocou no banheiro. Dez minutos, já estávamos lá no terreiro. E nem sinal do Ace. O que era estranho. Cerca de segundos depois, o Luffy foi derrubado por um jato de pressão:

[Luffy]-Uaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!!! Brrrrrr, i-i-isso t-tá gelado!

[Ace]-Menos um. Faltam dois.

Lá estava ele, de óculos escuros e camiseta amarrada na cabeça, segurando a arma de alta pressão da Dadan de lavar o passeio e a varanda. Ele provavelmente se sentia um mercenário:

[Ace]-Sabo, você.

[Sabo]-Eu?!

E fui acertado no peito por um jato concentrado de água que chegou a doer. Ele sorriu e ajeitou a camiseta na cabeça:

[Ace]-Ko-a-la.

Ela se encolheu esperando um "soco d'água", mas ele foi generoso girou o bocal da arma para não matar a coitada da Koala:

[Ace]-Pronto. Agora ninguém mais tá com calor.

Uma figura de lama surgiu, com um olhar de ódio e bufando. Num movimento brusco, ele tomou a arma das mãos do Ace e limpou o rosto:

[Luffy]-Ace... Eu vou acabar com você.

[Ace]-Ah, merda. Merda, merda, merda.

Não deu tempo de dar dois passos. À queima-roupa, o Luffy quase fez um rombo no peito do Ace. Ele caiu de cara no barro. Tomei a arma dele, acertei ele à queima-roupa também e comecei a rir:

[Koala]-Nossa amor, que brutalidade.

[Sabo]-Tem que ser assim. Não pode ter dó.

[Koala]-Oh, é mesmo?

Agora foi a vez da Koala tomar a arma das minhas mãos e me dar um jato à queima-roupa, que me fez cair na lama e ouvir os risos dos três:

[Sabo]-Isso dá divórcio, sabia?

[Koala]-Você não vai ficar livre de mim, fofinho. Desculpe.

[Ace]-Você é a melhor cunhada! Faz de novo?

Ela encarou o Ace a tirou nele. Depois disso, acertou a si mesma (sem força) e começou a rir. Até que a Dadan chegou:

[Dadan]-Eu adoro quando vocês fazem bagunça onde podem fazer bagunça. Agradeço muito. Mas aí, eu trouxe costela e batatas.

[Ace, Sabo e Luffy]-AÊÊÊÊÊ!!!!

[Koala]-Eu nunca comi.

[Sabo]-Sabe, Koala... A Dadan faz a melhor costela da galáxia. Não existe outra igual!

[Dadan]-Obrigada pelo elogio, Sabo. Logo fica pronto. Enquanto isso, brinquem aí.

Ficamos mais umas duas horas atirando e jogando lama uns nos outros. Para a minha surpresa, a Koala estava deveras interativa com os dois. E isso era bom, porque mostrava que ela já era da família. Assim que a Dadan bateu o sino, nos lavamos e esperamos ela trazer toalhas. Comemos ali fora mesmo, na beirada do cimento.

No dia seguinte, fomos brincar de carrinho de rolimã na floresta. Aquele final de semana foi um dos melhores da minha vida, pois passei integralmente com a minha família. Sim, minha família! Meus irmãos e minha futura esposa. Na hora de levar a Koala de volta pra casa, os dois foram comigo:

[Koala]-Eu nem sei o que dizer... Foi incrível! Adorei o final de semana com vocês.

[Ace]-Você é da família.

[Luffy]-É! A gente gosta de estar com você. Você é legal!

[Koala]-Obrigada, meninos. Assim eu até sinto que vou me casar com o Sabo...

[Sabo]-Pois eu te peço em noivado, aqui e agora.

Os três ficaram calados, me encarando como quem não entendeu o que ouviu:

[Koala]-O que foi que você disse?

[Sabo]-Você me ouviu claramente.

[Koala]-Mas Sabo, não temos nem uma casa, emprego e faculdade...

[Sabo]-E daí? Vamos começar essa aventura juntos.

Ela suspirou, tendo o rosto completamente vermelho:

[Ace]-E vocês já têm as testemunhas. O que os impede?

[Koala]-Mas e se der tudo errado?

[Sabo]-Bom... A gente dá um jeito. E vai por mim, tudo tem solução. Meus irmãos sabem muito bem disso.

[Luffy]-O Sabo é um cara bom. Você vai se divertir muito com ele!

[Sabo]-Vai dar tudo certo. Eu prometo.

Ela chorou sozinha, enquanto sorria por trás das mãos e nos olhava. Não sei o que aconteceu, mas meus irmãos captaram a minha confiança e a retransmitiram para a Koala. Em meio às lágrimas, ela balançava a cabeça como um sim e sorria ao olhar pra mim:

[Koala]-Eu aceito então. Vamos começar a aventura juntos!

Nos abraçamos e finalizamos com um beijos debaixo do poste de luz queimado. Ela entrou em casa e nós partimos, já que passava da meia-noite.

Voltei lá cedinho na manhã seguinte para irmos ao encontro com o tal pai do Luffy. Encontramos o homem assoprando um copo de café na porta da padaria. Assim que ele nos viu, eu acenei:

[Dragon]-Que bom que vieram, garotos. Achei que não ia conseguir a atenção de vocês.

[Koala]-Precisamos desse trabalho mais do que nunca agora. Ele me pediu em noivado ontem, e precisamos de meios pra construir a nossa vida juntos.

[Dragon]-Meus parabéns ao novo casal! Bom, vamos aos negócios? Venham comigo.

Seguimos ele por uma escadaria até uma salinha de recepção:

[Secretária]-Oh, senhor Dragon! Chegou mais cedo?

[Dragon]-É, eu vou fazer admissão desses dois para a Revolução.

[Sabo]-Espera aí, que Revolução?

[Dragon]-Vocês vão saber já já. Onde está o cartão do elevador?

A mulher de cabelos azuis entregou um cartão a ele e uma porta secreta abriu-se ao lado do elevador:

[Dragon]-Por aqui, por favor.

Descemos pelo elevador com ele e fomos parar em um salão inferior. Haviam muitas pessoas lá, todas conversando. Quando o viram, silenciaram e mantiveram postura:

[Dragon]-Bom dia, senhores. Descansar. Trouxe novos integrantes à nossa causa nobre.

Nós dois estávamos mortos de vergonha, mas "cumprimentamos a todos". Continuamos até o escritório dele, um belo salão luxuoso com cadeiras vermelhas e dragões por todo lado:

[Sabo]-Tá, que que tá rolando aqui?

[Dragon]-Ah, o jornal é só fachada. Esse é o meu verdadeiro investimento: Uma equipe de pesquisa e defesa.

[Sabo]-O que quer dizer com isso?

[Dragon]-Se houver um governo fanfarrão em algum lugar do mundo, estaremos lá pra ajudar quem precisa. E também, somos humanitários. Captamos recursos e levamos aos necessitados.

[Koala]-Você não fica pobre?

[Sabo]-Acho que não, né amor.

[Dragon]-Faz pouca diferença. O mercado acerca do jornal é gordo, então não falta investimento. Somos uma boa mídia, falamos o que devemos falar. E se nos ameaçarem... Bom, o Kuma ali -ele apontou para um cara alto e pesado - vai tirar satisfação. É isso, o que acham?

[Sabo]-Vamos ser mercenários?

[Dragon]-Vocês não precisam pegar em armas. Podem ficar com o jornal e a ajuda humanitária.

[Koala]-Me parece uma boa, Sabo. Eu aceito.

[Sabo]-Cara, isso é muito surreal.

[Dragon]-Muito bem, tendo os dois admitidos, vamos fazer uma comemoração e já vou designar a primeira análise de campo de vocês. Não se preocupem, você auxiliarão a equipe principal como escribas.

Olhei para a Koala, um pouco preocupado. Ela estava encantada com aquilo, mal sabia eu explicar porquê. Resolvi aceitar por ela:

[Dragon]-Agora, estes dois fazem parte da nossa Rebelião. Serão da equipe técnica até que digam o contrário. Os recebam bem!

Houve uma ovação generalizada. Fomos apresentados ao católico gigante chamado Bartholomew Kuma e a um transexual chamado Emporio Ivankov. Eles eram os braços do Dragon, pra tudo. Kuma era o comandante da "ofensiva", e Ivankov chefiava as pesquisas. Por ora, ficaríamos sob a guarda dela.

Com o tempo, fomos ganhando fama no campo de pesquisa. Nossos chapéus eram nossos "apelidos" para os que não tinham intimidade. Eu decidi me aventurar em campo com o pessoal do Kuma, e lá encontrei meu lugar. Dois anos depois, fui promovido a braço direito do Dragon no lugar do Kuma, que se aposentou por razões próprias. Eu e a Koala compramos um terreno num condomínio perto da cidade e montamos a nossa casa por lá. Quanto à faculdade, fizemos ciências sociais. Ela acabou estudando sozinha muitos outros assuntos. E assim começou a nossa aventura, juntos